Sociedade, Tecnologia e Inovação - Manter-se atualizado

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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Unidade de 
Aprendizagem 16 
 
 
Manter-se 
atualizado 
 
 
 
 
 
 
 
Ao final desta aula você será capaz de compreender a importância 
do indivíduo e das organizações manterem-se constantemente 
atualizados, para garantir a empregabilidade ou a sua 
competitividade, em um mundo em constante transformação. 
 
 
 
 
Ter capacidade de articular a relação entre a evolução 
tecnológica, a evolução do mercado de trabalho, a evolução 
concorrencial e seus efeitos na sociedade. 
 
 
 
 
Articular os contextos profissionais e tecnológicos de forma 
a entender as mudanças de paradigmas no mundo em 
constante evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Apresentação 
 
Na aula anterior você pode aprender sobre os esforços que as empresas fazem 
para se manterem competitivas, com o uso intensivo das Tecnologias de Informação. 
Para não ficarem obsoletas e perderem seus clientes as empresas inovam, se atualizam 
e abrem espaços diferenciados por meio das redes. Ou seja, as empresas estão em 
permanente processo de atualização. E as pessoas? Em um mundo tão competitivo, as 
pessoas precisam também de atualização permanente para garantir a empregabilidade 
ou a sua competitividade, em um mundo em constante transformação. 
Este é o tema desta aula. Ao final. Esperamos que você compreenda a 
importância do indivíduo e das organizações manterem-se constantemente atualizados 
e acompanharem, de alguma forma, o ritmo da cultura contemporânea, em permanente 
evolução. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
Você já deve ter ouvido alguém dizer: “assim que eu acabar a Faculdade não 
quero nunca mais falar em estudar”. 
Também já pode ter escutado algum empresário dizendo: “A minha empresa já 
atingiu um estágio satisfatório. Não há porque procurar melhorar os meus produtos ou 
a forma de produção”. 
Será que estas posições estão corretas? 
Se não estão, o que é necessário para que possa haver uma evolução pessoal, 
profissional ou organizacional? 
Vamos ver juntos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até algumas décadas atrás, o diploma de nível superior era passaporte para uma 
vida tranquila e prospera. Na música “Química”, o grupo Legião Urbana cantava: 
 
 
 
 
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Chegou a nova leva de aprendizes 
Chegou a vez do nosso ritual 
E se você quiser entrar na tribo 
Aqui no nosso Belsen tropical 
Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão 
Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão 
Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão 
Você tem que passar no vestibular. 
 
 
Nas décadas de 1980 e 1990, a forte internacionalização 
econômica, produtiva e financeira, reforçada pela forte 
evolução tecnológica fez com que as organizações 
revisem as suas formas de atuação e o tipo de 
profissional que lhes é mais interessante. 
 
 
Como vimos durante as unidades anteriores, o mundo tem mudado bastante, 
a forma de se ver os negócios, os empregos e a sociedade de uma maneira geral 
se modificaram de forma acentuada. Tecnologias são implantadas, assimiladas e 
descartadas em períodos cada vez menores. Este contexto faz com que os cidadãos e 
as organizações tenham que se reinventar a cada instante, não dá mais para fazer o que 
prega o dito popular “fazer fama e deitar na cama”. 
Tanto as pessoas, como as empresas, precisam estar em constante sintonia com o 
que esta acontecendo com o seu mercado de atuação e o mundo. O grande desafio esta 
justamente em como manter esta sintonia. Isto é simples, manter-se constantemente 
atualizado. A resposta, apesar de curta e simples, nos trás grandes desafios, tais como: 
no que e de que formar se atualizar. 
Em que área de atuação devemos nos atualizar? Parece ser resposta fácil. No entanto, 
não o é. 
Atualizar-se em tecnologias, métodos e processos que estão correntemente 
em uso é relativamente simples, desde que tenhamos tempo e recursos financeiros 
para tal. Basta procurarmos treinamentos adequado para tal. Porém, o grande desafio 
é como se preparar para o que estar para vir, como saber o que será o “top” do futuro 
e não gastarmos tempo e dinheiro no que não evoluirá e será esquecido rapidamente 
pelo mercado. 
A forma de nos atualizarmos, também parece de resposta fácil, mas não o é. As 
tecnologias e as inovações ocorrem em velocidade tão rápida que as formas tradicionais 
de atualização já não dão conta, ou não dão conta de maneira adequada, de acompanhá- 
las. 
Então o que fazer? 
Muitas alternativas têm sido estudadas e implantadas, porém não há uma 
receita de “bolo” para isto. 
 
 
 
 
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Dois bons exemplos envolvem o “Centro Paula Souza” do Estado de São Paulo, 
com a ampliação de sua rede de escolas de ensino técnico, as ETECS e de ensino superior 
tecnológico, as FATECS, do qual este curso faz parte e os Institutos Federais de ensino 
técnico e tecnológico do governo Federal, os IFs. 
Tanto um quanto o outro, procuram preparar mão de obra especializada para 
mercados cada vez mais complexos e especializados. Mercados que exigem que seus 
profissionais ou empreendedores tenham uma ampla visão de mundo, visão generalista, 
e sejam extremamente especializados na sua área específica de atuação. 
Apesar desse grande esforço há um amplo descompasso entre o número de 
pessoas que são qualificadas e as necessidades de mão de obra especializada que o 
mercado necessita. 
Outro grande problema é que a educação formal não consegue se atualizar 
no ritmo que o mercado necessita. Em geral, a forma que ensinamos e aprendemos 
continua igual ao que era no início do século vinte. 
Para se tentar contornar esta situação diversas medidas vão sendo testadas 
seja na forma de educação, seja na forma de se obter cérebros que possuam os 
conhecimentos que as organizações necessitam. 
Educação. 
 
Em termos de educação cada vez mais se faz uso de tecnologias, em especial as 
associadas às tecnologias da informação e comunicação (TIC), para melhorar o ensino e 
torná-lo mais abrangente. 
Através do uso de tecnologia procura-se levar aos discentes os mesmos recursos 
que eles encontrarão no mercado profissional. Procura-se cada vez mais se aproximar o 
que se ensina do que realmente será utilizado no dia a dia do profissional. 
Uma das formas de educação que mais se beneficia das TICs é a educação a 
distância, da qual este curso faz uso. Ela vem crescendo de forma acentuada em todo 
o mundo. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, a EAD (educação a 
distância) é uma ótima maneira de se levar o ensino a locais que dificilmente as pessoas 
teriam condições de freqüentar, seja pelas longas distâncias; pelas dificuldades de 
trânsito nas grandes cidades; ou pela falta de tempo das pessoas. 
A educação à distância não é novidade. Desde o século XIX se tem notícias de 
seu uso através de cursos por correspondência. Porém, é com a evolução das TICs, 
em especial da Internet, que este tipo de ensino passa a ter um crescimento bastante 
significativo. 
 
 
Há basicamente três gerações de ensino há distância: 
- Por correspondência, como por exemplo, os cursos 
do Instituto Universal Brasileiro e o Instituto Monitor. 
- Telecursos, como por exemplo o Telecurso 2000. 
- Ambientes interativos com o uso da Internet, chats, 
blogues, etc. 
 
 
 
 
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O ensino à distância - seja na forma totalmente a distância, seja na forma semi- 
presencial - possibilita que o ensino de qualidade chegue às mais diversas pessoas. É 
possível se criar cursos que atendam aos requisitos estabelecidos pelo mercado e na 
velocidade que este requer. 
Universidades Corporativas. 
 
Como as grandes corporações não conseguem ser atendidas em suas 
necessidades pelas organizações formais de ensino passam a desenvolver - muitas vezes 
em parceria com as Universidades tradicionais - seus próprios cursos e treinamentos. 
Estes cursos e treinamentostêm por finalidade preparar pessoas capacitadas para 
o trabalho e a cultura da organização, sejam seus funcionários, fornecedores ou até 
mesmo seus clientes. 
Outra forma que as organizações criaram para preparar profissionais qualificados 
foi a criação de cursos de certificação. As empresas desenvolvem treinamentos e criam 
métodos de avaliação para garantir que aquele profissional treinado é qualificado para 
trabalhar com os seus produtos. 
Este tipo de treinamento é bastante utilizado pelas empresas desenvolvedoras de 
soluções de informática como a Microsoft (certificação Microsoft) e CISCO (certificação 
CISCO). 
 
 
 
Vá até a seção “Navegando por aí” para acessar alguns 
websites de Universidades Corporativas de grandes 
empresas como a Petrobrás, a Vale, a Caixa, etc. 
Veja também as informações sobre as certificações da 
Microsoft e da Cisco. 
Vale a pena conferir! 
 
 
 
Cooperação entre empresas. 
 
Outra forma de uma organização se manter atualizada é trabalhando em 
parceria com outras empresas, muitas vezes concorrentes, para obter ou desenvolver o 
conhecimento necessário para as suas atividades. O filme “Piratas do vale do Silício” de 
1999, por exemplo, mostra este tipo de parceria, nem sempre de uma forma honesta, 
entre a Microsoft e a Apple. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fusões. 
 
A compra ou fusão entre organizações é outra forma de se adquirir conhecimento 
e capacitação em áreas que a empresa não possui a expertise necessária. 
Quando uma empresa deseja adquirir uma tecnologia que não possui, 
desenvolve-la pode ser bastante oneroso, seja em termos de custos, seja em termos de 
tempo. A compra ou fusão com uma empresa que já possua este conhecimento pode 
reduzir custos e tempo, permitindo que esta organização passe atuar mais rapidamente 
com esta nova tecnologia ou conhecimento. 
Outras formas de manter-se atualizado. 
 
Hoje as TICS nos permitem buscar informação nos mais diversos locais e das 
mais variadas formas. O profissional de hoje e do futuro não pode abrir mão delas. 
Participação em chats, fórum de discussão, leitura de blogs especializados, leitura de 
jornais e revistas (online ou não) e outros recursos existentes são essenciais para o 
profissional ou organização que pretenda se manter atualizado e em sintonia com o 
mercado global dos dias atuais. 
 
 
 
 
 
 
 
É, não fácil manter-se atualizado. Aquela sensação não estarmos preparados 
que às vezes sentimos não é privilégio de ninguém. Atinge a todos os profissionais e 
organizações. 
Há muitos textos que falam dos problemas enfrentados por alguns profissionais 
para se manterem atualizados. Vale pesquisar. 
 
 
 
 
 
 
 
Expertise - habilidade, aptidão, perícia para determinada tarefa. A expertise 
pode vir mais da experiência do que do conhecimento acadêmico. Também é sinônimo 
de competência. 
Educação à distância - modalidade de ensino que permite que o aprendiz não 
esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim 
como, permite também que faça seu auto estudo em tempo distinto. Diz respeito 
também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz. 
 
 
 
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Universidades Corporativas - O conceito de universidade corporativa surgiu nos 
EUA, em 1995, quando a General Eletric criou a Cotronville. Mas foi só a partir da década de 
80 que se assistiu a um aumento considerável destes novos espaços de formação. Outro 
componente que contribuiu para o rápido crescimento das universidades corporativas é a 
necessidade de contínua aprendizagem, como conseqüência das vertiginosas mudanças 
no mundo do trabalho, em razão dos avanços tecnológicos permanentes e do processo 
de globalização da economia. As universidades corporativas surgem como solução para 
o alinhamento das iniciativas de treinamento com a estratégia da organização e de 
criação de vantagem competitiva, por meio de aprendizado permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
Vimos nesta unidade a necessidade constante de se estar atualizado. Na próxima 
unidade veremos os riscos à privacidade e à segurança neste mundo todo interligado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTELLS, Manuel. Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 
LEGIÃO URBANA . Disponível em : http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46974/ 
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SOULÉ JUNIOR, Oswaldo; MATTOS, F. A. M.. A influência das crises econômicas das 
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TOFFLER, Alvin. A Terceira Onda. São Paulo: Ed. Record, 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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