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analise critica a ascenção do dinheiro_monavivian

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FACULDADE UNINASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO
ATIVIDADE AVALIATIVA
A ASCENÇÃO DO DINHEIRO: ANÁLISE CRÍTICA
Mona Vivian Lopes Higino/01435227
O documentário A ascenção do dinheiro desenvolvido por Niall Ferguson é dividido em 6 episódios e aborda desde o surgimento histórico do dinheiro, seu processo de declínio e ascenção, até chegar nos dias de hoje. Neste documentário, Niall explica como o dinheiro passou a desempenhar um papel tão dominante na vida das pessoas e como a sociedade se tornou tão dependente dos sistemas financeiros criados.
No primeiro episódio, Sonhos de Avareza, o autor inicia falando sobre o surgimento da moeda a qual foi evoluindo. A partir da sequência de Fibonacci relacionada com os negócios mostrou como os novos modelos de cálculo poderiam ser aplicados a matemática de cálculos comerciais. 
O dinheiro é dado como uma promessa, assim como o crédito. A raiz do crédito é o credo, ou seja, é entregar dinheiro com promessa e confiança de seu retorno em um futuro fixado, somado a uma compensação – o juros. Na Europa medieval, a concessão de crédito era dada por 3 agiotas e a violência era empregada por eles no intuito de recuperar seu dinheiro. A escala de operações dos judeus - afastados em guetos de cidades medievais – era tão pequena que as perdas de um só insolvente, entre os poucos clientes, poderiam quebrar seu negócio. Deste ponto, Ferguson nos leva a contemplar os riscos inerentes a oferta de crédito. A solução para tal foi a criação dos bancos, que possuem aquilo que os primeiros agiotas não possuíam: escala e diversificação. Assim, nasceu na Itália o primeiro banco: o Banco da família Médici, o qual reduziu os riscos a tal ponto que não foi mais necessário usar de violência para operações de crédito.
O segundo episódio tem como título ‘A escravidão humana” e trata sobre a criação dos títulos, que é fruto do surgimento de crédito. Após a ascenção dos bancos o nacimento do mercado de titulos foi uma grande revolução no mercado financeiro, pois criou uma nova forma dos governos obterem dinheiro emprestado. Levou nações prósperas, como a Argentina, a caírem de joelhos perante o mercado de títulos.
Os governos estavam gastando mais do que os impostos arrecadados. A mera impressão de mais papel-moeda tem um efeito prejudicial: a inflação. Para financiar o excesso de gastos do governo, surgiam os mercados de títulos públicos na Itália renascentista.O maior vilão dos detentores de títulos públicos é a inflação. De nada adianta o rendimento anual se a inflação corrói o poder de compra da moeda, anulando esses ganhos. Ao discorrer sobre a hiperinflação alemã e o processo inflacionário na Argentina, o professor chega a conclusão que o mercado de títulos alemão apresenta duas vulnerabilidades: a inadimplência direta e indireta. Há inúmeros registros históricos de inadimplência, como por exemplo, a Argentina, que deixou de pagar suas dívidas em 1982, 1989, 2002 e 2004. Esta inadimplência, o “calote”, acontece quando a inflação é de tal maneira que anula os juros dos títulos públicos, quando não o próprio valor de face.
No terceiro episódio, Inflando bolhas, são abordados como fraudes contábeis e bolhas financeiras acontecem, onde é mostrada a história de mais de três séculos da bolsa de valores, através da história das companhias de capital aberto e suas ações, comercializadas e cotadas diariamente. O preço que as pessoas estão dispostas a pagar na bolsa de valores indica quanto elas acham que as empresas valerão no futuro. O autor compara as bolsas de valores com bolhas de sabão, pois não se sabe ao certo quando elas irão estourar.
O episódio começa nos países baixos das grandes navegações. O comércio marítimo requeria capitais grandiosos a construção de navios mercantes, escoltas, longas viagens, riscos enormes de guerras e naufrágios, impossibilitavam que um ou poucos capitalistas pudessem com seus próprios recursos empreenderem essa grande aventura. Os lucros também eram vultuosos. Com apenas uma viagem pagava-se o custo da construção de uma embarcação inteira. Através dessa necessidade de recursos surgiu a empresa de capital aberto: uma empresa cuja posse era compartilhada por várias pessoas anônimas e pudesse ser comercializada livremente. Nascia o mercado acionário. A propriedade da companhia era repartida em uma grande quantidade de ações cujo valor unitário era determinado pelo mercado acionário nas condições de oferta e demanda.	
O comércio com a bacia do rio Mississipi era pouco lucrativo, mas as ações da companhia seguiam se valorizando. Como Law era também ministro das finanças, aumentava a venda de ações – elevando seus preços – com políticas financeiras fracas e generosas. Por algum tempo, a distribuição dos dividendos não se deu com os lucros, mas com a bem sucedida venda de papéis. Era uma forma de pirâmide: os rendimentos vinham da venda de mais ações, que era estimulada pela política economia adotada pelo ministro das finanças, e ao mesmo tempo, diretor geral da companhia. Como em qualquer bolha, em algum momento, os fundamentos reais da companhia viriam a determinar seu preço, levando a um nível condizente com seu desempenho econômico real. É quando a bolha estoura e os proprietários de ações vêm sua riqueza desaparecer. 
O mercado acionário é um dos pilares do capitalismo e, especialmente, da abundância econômica na qual vivemos. Ele é, junto com a moeda, o crédito e o mercado de títulos, um dos fundamentos do bem estar econômico atingido nas economias mais desenvolvidas. O fenômeno das bolhas não é uma característica inerente ao mercado acionário, é o resultado de má conduta de seus operadores, como a história da Companhia do Mississippi e da Enron exemplificam através de excesso de liquidez e fraude contábil, respectivamente.
No quarto episódio, Negócios arriscados, aborda-se o risco dos negócios, especialmente os seguros de vida, seguros imobiliários, fundos de pensão, previdência privada e garantias do governo. Também discorre sobre fundos de derivativos, mercado de futuros em Chicago e opções de derivativos.
A catástrofe do furacão Katrina, que deixou em situação complicada a região de Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005, é citada como exemplo para a aquisição de seguros que a população realiza: após o desastre natural, as apólices de seguro não valiam de mais nada. A região perdeu quase 70% do total de habitantes por a seguradora após isso cobrar valores que a população deveria escolher entre morar na casa ou pagar o seguro. Isso mostra como é complicado apostar em negócios de risco em um mundo tão imprevisível, onde a qualquer momento um fato pode alterar o rumo de sua vida. A partir deste ponto, os fundos de pensão e a proteção do Estado surgem como cenários para ilustrar as garantias que as pessoas precisam para continuar vivendo e após a morte, deixar seus dependentes em situação satisfatória.
O documentário também mostra o modelo adotado pelo Chile na década de 70, no governo de Pinochet, no chamado milagre econômico do país andino. O maior destaque foi para o fato de que nem todos poderiam compartilhar daquele programa de garantias futuras, mas, de uma forma geral, a economia do país progrediu e hoje o Chile é uma nação relativamente estável. 
Por último também mostra estratégia japonesa, onde o governo garantiria os rendimentos da população, que outrora foi eficiente, hoje já oferece riscos, já que em breve haverá mais aposentados do que contribuintes.
No quinto episódio, Seguro com uma casa, mostra-se como o fato de poder pegar empréstimo dando sua moradia como garantia (hipoteca) gerou a grande crise do subprime e a importância do equilíbrio entre dívida e renda.
No episódio retrata que é inteligente ter propriedades e ainda mais inteligente emprestar dinheiro para pessoas que possuem propriedades imobiliárias, pois se ela não lhe pagar o que deve, a casa dela estará a disposição para você reaver parte do seu dinheiro. A importância dada ao setor imobiliário se dá pelo fato de,na sua maioria, ser o setor que só tende a valorizar seu valor.
Mas, com o passar dos anos, o sistema financeiro que mostrara ser promissor e de segurança para os investidores, mostrou-se frágil ao resultar em um crise de emprestimos hipotecários. O setor imobiliário dos EUA na decada de 1930 incentivara aos investidores e proprietários a necessidade de se obter uma casa prória, trazendo benefícios para investidores que planejavam criar renda para aluguéis, visto que a época era mais comum se alugar casa, ou obter uma propriedade através de empréstimos criando uma identidade de posse. Logo, com o surgimento de uma crise sobre a poupança e empréstimos nos EUA, percebeu-se que a origem da crise estava pela má estratégia de abordagem e correção da implementação do mercado imobiliário.
Com a entrada do governo de George W. Bush, o setor imobiliário foi ampliado, referindo-se aos créditos bancários. Tradicionalmente utilizado, o mercado de hipotecas imobiliário era dominado pelo crédito prime (primeira linha), havendo sido implementado outras duas alt-a e subprime. Enquanto a primeira seria uma forma de crédito mais dificultosa de se obter uma avaliação de crédito, além se obter limites de financiamento, as demais linhas de crédito davam margem para se obter um financiamento para interessados com uma renda inferior ao estipulado em uma renda familiar média.
No último episódio, o documentário apresenta o impacto, nomeado pelo autor, da Chimérica na economia global, união dos EUA e da China. A China mobilizada pelo grande fracasso econômico anteriormente protagonizado pelos seus lideres alinhados a um pensamento ideológico socialista e comunista, percebe que a força e o poder deveriam ser financiados monetariamente, e para isso um novo modelo econômico deveria ser adotado, sem precisar de perder seu poder de dominação humana, abrindo portas para algumas cidades com modelos econômicos mais capitalistas, como Hong Kong. A China, começa a se autofinanciar, utilizando da força de trabalho de seu povo, desvalorizando a força de trabalho, ao não remunerar corretamente, mas engrandecendo o estado e evoluindo a economia interna. Logo, os EUA perceberam e utilizaram da barata mão de obra que é oferecido pela China, abastecendo seu mercado interno e fortalecendo o consumo.
Em resumo, este documentário nos mostra os diversos altos e baixos do dinheiro usando a história para comprová-los. O que ele deixou bem claro é que é preciso um equilíbrio entre as receitas e despesas, valorizar e tirar as lições da história, e que a necessidade de conhecimento sobre o mundo das finanças é de grande importância para sociedade. Além disso, o momento financeiro que estamos vivendo atualmente é reflexo de toda a história retratada no documentário.

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