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TCC VERSÃO FINAL CORRIGIDO biomedicina

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE 
 CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
ANGELA DE JESUS 
MAYARA DOS SANTOS DANTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU 
2021 
 
 
2 
 
ANGELA DE JESUS 
MAYARA DOS SANTOS DANTAS 
 
 
 
 
 
 
RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado ao Centro 
Universitário Estácio de Sergipe, como um 
dos pré-requisitos de Conclusão do Curso de 
Bacharel em Biomedicina. 
 
 
 
 
 
 Orientadora: Prof.ª Dra.Lorena Xavier Conceição Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU 
2021 
 
 
3 
 
 
ANGELA DE JESUS 
MAYARA DOS SANTOS DANTAS 
 
 
 
RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
Artigo Científico apresentado como exigência 
parcial para obtenção do grau de Bacharel 
em Biomedicina à comissão julgadora do 
Centro Universitário Estácio de Sergipe. 
 
 
Aprovada em_____/______/______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Prof.ª Dra.Lorena Xavier Conceição Santos 
Orientadora 
Centro Universitário Estácio de Sergipe 
 
 
Prof.º Me. Anne Caroline Santos Ramos 
Centro Universitário Estácio de Sergipe 
 
 
 
Prof.º Gessiane de Oliveira Brito 
Centro Universitário Estácio de Sergipe 
 
 
 
4 
 
RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
1Angela de jesus 
2Mayara dos santos Dantas 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Compreende-se como automedicação, a forma em que um indivíduo faz uso de 
medicamentos sem a orientação de um profissional de saúde. O hábito da 
automedicação sem acompanhamento médico pode incidir em vários riscos à 
saúde, como intoxicações, envenenamentos, resistência à fármacos, entres outros 
fatores. O presente estudo teve como objetivo, realizar um estudo de revisão a fim 
de compreender quais os fatores promotores destas práticas na população, 
associando a fatores como idade, gênero e classe social, assim como identificar 
como essas práticas prejudicam a saúde da população brasileira. Para tanto, a 
metodologia utilizada parar realização do estudo consiste em uma revisão 
integrativa dos artigos selecionados em pesquisas nos bancos de dados do 
SciELO, Google acadêmicos e LILACS. A prevalência da automedicação foi 
comprovada em diversas classes sociais, onde identificou-se que os medicamentos 
mais utilizados pelos usuários foram os analgésicos e anti-inflamatórios. O uso 
irracional de medicamentos pode trazer sérios danos à saúde do indivíduo, 
podendo ocasionar em óbito do usuário. Espera-se que através deste trabalho, o 
leitor tenha um entendimento objetivo e amplo sobre o assunto abordado. 
 
Palavras-chave: Automedicação; População; Riscos; Medicamentos. 
 
1 Graduanda do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: 
angela.brunna@hotmail.com 
2 Graduanda do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: 
mayaradantas9944@gmail.com 
3 Prof.ª Dr.ª Lorena Xavier Conceição Santos, orientadora e docente do Curso de Biomedicina do 
Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: lorena.conceicao@estacio.br 
 
mailto:lorena.conceicao@estacio.br
 
5 
 
THE RISKS OF SELF-MEDICATION IN THE BRAZILIAN POPULATION 
 
 
Angela de jesus 
Mayara dos santos Dantas 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Self-medication is understood as the way in which an individual uses medication 
without the guidance of a health professional. The habit of self-medication without 
medical supervision can lead to several health risks, such as intoxication, poisoning, 
drug resistance, among other factors. The present study aimed to carry out a review 
study in order to understand which factors promote these practices in the population, 
associating factors such as age, gender and social class, as well as to identify how 
these practices affect the health of the Brazilian population. Therefore, the 
methodology used to carry out the study consists of an integrative review of selected 
articles in research in the databases of SciELO, Google academics and LILACS. 
The prevalence of self-medication was proven in several social classes, where it 
was identified that the medications most used by users were analgesics and anti-
inflammatory drugs. The irrational use of medications can cause serious damage to 
the individual's health, possibly resulting in the user's death. It is hoped that through 
this work, the reader will have an objective and broad understanding of the subject 
covered. 
Keywords: Self-medication; Population; Risks; Medications 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7 
2.REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 10 
2.1 O que é automedicação? ..................................................................... 10 
2.2 Os fatores influenciadores na automedicação ................................... 11 
2.3 Os riscos da automedicação .............................................................. 12 
2.4 Os medicamentos mais usados na automedicação ............................. 12 
2.5 A Automedicação e o covid .................................................................. 13 
2.6 A automedicação e o profissional da biomedicina ............................... 13 
3 MÉTODO ....................................................................................................... 15 
4 RESULTADOS .............................................................................................. 17 
5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 29 
Conclusão ....................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os medicamentos são de grande importância para os tratamentos de 
doenças e tem como principal função ajudar na melhoria e qualidade de vida da 
população, porem seu uso desregulado tem preocupado autoridades pelo fácil 
acesso e facilidade de compra de inúmeros fármacos, sem a exigência de controles 
e receitas medicas pelas farmácias onde são vendidos (DOMINGUES et al 2017). 
Além disso, muitos medicamentos são produzidos para serem utilizados de forma 
profilática, paliativa, curativa e para devidos tratamentos de diagnósticos, porem o 
uso de forma exagerada pode levar o indivíduo a ter sérios problemas de saúde e 
a até mesmo, em situações mais graves levar o indivíduo a óbito (GONÇALVES et 
al.,2017). 
 A OMS - Organização Mundial da Saúde em 1998, definiu o conceito de 
automedicação como a escolha que indivíduo tem de usar medicamentos sem 
prescrição medica ou supervisão de um médico ou dentista (ARRAIS et al., 2016). 
De acordo com Arrais et al. (2016), a busca por determinados 
medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios tem crescido de forma 
progressiva. Grande parte destes medicamentos são comercializados sem receita 
médica e geralmente, tem um efeito rápido no alívio nos sintomas, das dores e 
proporciona ao usuário uma sensação temporária de bem-estar ao longo de seu 
efeito, atuando no momento da dor. Porém, é necessário ficar atento sobre seus 
efeitos, possíveis interações medicamentosas etc. A utilização de medicamentos 
de forma recorrente pode trazer efeitos adversos nos usuários e a possibilidade 
de surgimento de novas doenças, além disso, pode ocasionar uma recuperação 
lenta do problema de saúde pré-existente, podendo retardar um possível 
diagnóstico correto (ARRAIS et al., 2016). 
Oliveira e Barbosa (2018) salienta a necessidade de respeitar devidamente 
as prescrições de medicamentos, para que o uso dos fármacos seja feito conforme 
orientação médica, a fim de seevitar erros e atrasos nas doses indicadas, 
respeitando sempre o período estabelecido para a duração do tratamento, para 
que os critérios de qualidades sejam cumpridos e que se possa cumprir a terapia 
da melhor maneira possível. 
 
8 
 
No Brasil o setor privado é um dos principais produtores e fornecedores de 
medicamentos a população brasileira. A grande maioria desses consumidores são 
pessoas leigas em farmacologia, ou seja, não possuem informações adequadas 
sobre os riscos e possíveis danos que a automedicação pode trazer a sua saúde. 
A falta de controle desses medicamentos tem gerado o aumento de sua 
comercialização, principalmente dos medicamentos de tarja vermelha. Estes, por 
sua vez, são fármacos que são vendidos com mais facilidade pois não necessitam 
de receita medica. Os principais sintomas que contribuem para o aumento da 
automedicação são a dor de cabeça, dores musculares e dores de garganta 
(OLIVEIRA e BARBOSA, 2018). De acordo com Domingues et al. (2017), a 
automedicação racional pode ajudar diminuir pequenos sintomas e ajuda nos 
tratamentos de enfermidades menores sem necessidade de internamentos ou 
ocupações em hospitais. 
Os riscos da automedicação podem estar associados às dificuldades 
encontradas pela população em acessar os serviços de saúde, resultando em 
adoecimento sem avaliação clínica, atrasos nos diagnósticos ou diagnósticos 
incorretos. Vários fatores têm influenciado nessa facilidade de compra de 
fármacos, por exemplo, a falta de acesso ao sistema único de saúde, custos com 
planos e consultas medicas. No Brasil, entende-se muito pouco sobre a 
população associada a essa prática, a utilização de medicamento sem 
acompanhamento devido pode ocasionar consequências graves, na maioria das 
vezes irreversíveis. De acordo com Domingues et al (2017), tais motivos 
acarretam na busca individual por medicamentos que minimizem os sinais e 
sintomas das patologias que lhes acometem, levando o indivíduo a tomar 
medicamentos sem recomendação médica sem saber quais os efeitos 
determinado fármaco pode ocasionar no organismo, incidindo em riscos: riscos 
relacionados a intoxicação, reações alérgicas, dependência química ou efeitos 
mais graves. 
Esta pesquisa tem como propósito buscar entender sobre a prática da 
automedicação; quais fatores levam a essa pratica e quais os riscos e danos que 
pode causar a saúde do indivíduo. 
 
9 
 
Diante do exposto, o objetivo geral da pesquisa foi analisar os riscos da 
automedicação na população brasileira e como essa prática pode trazer 
consequências para a vida das pessoas, além de identificar os riscos e reações 
adversas da automedicação; relacionar fatores como: idade, gênero e classe social; 
sistematizar as consequências do uso irracional dos medicamentos sem prescrição 
medica e entender como alguns medicamentos agem no corpo humano quando 
administrado de forma contínua. 
Desta maneira, visto que a automedicação é um problema de saúde pública, 
sendo ele sociocultural e econômico, observamos que há uma necessidade de 
entender mais sobre essa prática e buscar formas para tentar ajudar e controlar 
esses hábitos de se automedicar, tendo como objetivo estudar os fatores e riscos 
que estão associados a automedicação na população brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
2.REVISÃO DE LITERATURA 
 2.1 O que é automedicação? 
Para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a 
automedicação consiste na “utilização de medicamentos por conta própria ou por 
indicação de pessoas não habilitadas, para o tratamento de doenças cujos 
sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional 
de saúde habilitado.” A automedicação, portanto, diz respeito, ao uso de 
medicamentos sem prescrição de um profissional habilitado, como médico ou 
odontólogo. 
A Automedicação pode ser compreendida por quem a pratica, como uma 
forma de autocuidado. Tais hábitos desenvolvem-se a partir do uso de 
medicamentos conhecidos através da mídia ou em relações socias. Para 
Bartikokski e colaboradores (2018), a automedicação atrasa ou impede terapias 
adequadas ao diagnóstico, podendo inibir sinais e sintomas indicativos podendo 
acarretar em complicações e problemas mais sérios. É importante que as 
pessoas sejam alertadas sobre a utilização de medicamentos de forma racional 
(BARTIKOSKI et al., 2018). 
 Segundo Batista (2020), a prática da automedicação arraiga-se a 
diversos fatores, sendo os principais as questões socioculturais, econômicas 
e/ou associadas aos serviços de saúde. Nesta investigação notou-se a 
associação, estatisticamente significante, entre a renda mensal e o uso de 
medicamentos, sendo condizente com outros estudos, e podendo ser justificado 
pelo fato de que Indivíduos com problemas de saúde e baixo nível 
socioeconômico, implica no maior uso de medicamentos, suportada pela 
dificuldade no acesso aos serviços de saúde e o não pagamento de taxas 
assistenciais médicas. Verificou-se neste estudo que, os participantes que 
apresentaram algum tipo de dor, tinham mais chances de terem praticado a 
automedicação nos últimos de 15 dias. 
 
11 
 
A razão para isto pode estar relacionada com o fato de a dor ser apontada 
como a principal causa da incapacidade do indivíduo, sendo a medicação o meio 
mais indicado para o tratamento, tendo em vista a maior disponibilidade dos 
fármacos e a certa facilidade ao acesso. 
2.2 Os fatores influenciadores na automedicação 
O sistema único de saúde (SUS) é um sistema que apresenta vários serviços 
à saúde de forma gratuita, como, por exemplo, consultas, exames e cirurgias. O 
problema é a super lotação e os atrasos nos atendimentos disponibilizados. Com 
essa demora, a população tem optado por um meio mais rápido de aliviar sinais e 
sintomas, especialmente a dor localizada - através da busca por medicamentos em 
farmácias populares e privadas. 
A facilidade em adquirir medicamentos é um dos fatores considerados de 
grande peso, pois a maioria das pessoas consegue medicamentos com bastante 
facilidade aumentando assim a possibilidade de automedicação. Os idosos são 
possivelmente, o grupo mais medicado na sociedade, devido ao número de 
doenças crônicas com idade, tendo assim mais efeitos colaterais e dessa maneira 
aumentando a quantidade que vai tomar. 
A fim de controlar a prática da automedicação, a OMS estabeleceu como 
seu grande desafio, o de ampliar a divulgação e trazer melhorias na racionalidade 
quanto ao uso de medicamentos, havendo então a necessidade de promover 
estudos que proporcionem a avaliação desses usos e observar o padrão do 
consumo de medicamentos sem orientação médica (MARQUES, 2014). 
Compreender alguns fatores como a má qualidade de oferta de fármacos, o não 
cumprimento obrigatório da receita medica e a carência de informações e instrução 
da população em geral, justificam a preocupação em implementar estratégias do 
uso racional de fármacos (SILVA, et al., 2012). 
O acúmulo de medicamentos nas residências tem sido um outro fator 
importante na prática da automedicação. Muitas pessoas ao sentirem alguma dor, 
logo recorrem aos fármacos disponíveis em casa e acabam tomando remédio por 
conta própria, ou por indicação de algum familiar, ou pessoas mais próximas. Além 
disso, fatores como a familiaridade com o medicamento, experiências positivas 
anteriores, a função que um medicamento exerce sobre a população e as 
 
12 
 
dificuldades de acesso a serviços públicos de saúde contribuem para a 
automedicação (OLIVEIRA e BARBOSA,2018). 
2.3 Os riscos da automedicação 
A automedicação é aceitável pela Organização Mundial de Saúde, desde 
que seja praticada de forma responsável. De acordo com a OMS. este nível de 
automedicação é até favorável, considerável um benefício para o sistema público 
de saúde (OMS, 2005). Dores de cabeça, cólicas abdominais oumenstruais podem 
ser aliviadas com medicamentos de menor potência (CASTRO et al., 2006). 
O uso inapropriado de medicamentos se torna ainda mais preocupante 
quando associados a falta de informação por parte do usuário. De acordo com 
(OLIVEIRA e BARBOSA, 2018) dados do ano de 2016 do Sistema Nacional de 
Informações toxico-farmacológico, no Brasil, 35% dos casos de intoxicações foram 
por medicamentos. As intoxicações por medicamentos podem ocorrer por 
diferentes fatores: por prescrição médica equivocada, superdose, doses 
administradas por vias incorretas, tentativas de suicídios, acidentes, 
automedicação, entre outros fatores. 
O uso sem orientação de medicamentos antibióticos é terminantemente 
proibido no Brasil, onde a dispensação nas farmácias só deve ocorrer com retenção 
da receita médica. Para tais medicamentos, deve-se ter a atenção redobrada, pois 
sabe-se que quando são tomados de forma incorreta (escolha da classe de 
antibiótico adequado, dosagem, posologia) pode facilitar o aumento de resistência 
dos microrganismos, diminuindo a ação dos medicamentos indicados para tratar 
infecções (OLIVEIRA e BARBOSA, 2018). 
 
2.4 Os medicamentos mais usados na automedicação 
De acordo com Oliveira e Barbosa (2018), os fármacos mais consumidos 
são os analgésicos, principalmente o paracetamol, dipirona e salicilatos. Estes 
fármacos podem conferir um alto risco a saúde, podendo estar associados a 
inúmeras complicações graves, como: riscos de hemorragias e síndrome de Reye, 
 
13 
 
ocasionadas por uso inadequados de salicilatos, hepatite medicamentosa e lesões 
hepáticas provocadas pelo paracetamol, anemia hemolítica e aplasia medular pelo 
uso indiscriminado de dipirona (OLIVEIRA e BARBOSA, 2018). 
Os anti-inflamatórios e os antibióticos têm ganhado destaque na 
automedicação por serem capazes de solucionar uma enfermidade temporária sem 
ter a necessidade de procurar um profissional de saúde. Nenhum medicamento 
possui 100% de eficácia, todos tem seus efeitos colaterais, assim como todo 
medicamento tem seu risco. (FERNANDES et al., 2020) 
 2.5 A Automedicação e o covid 
O coronavírus é responsável por ocasionar doenças respiratórias no 
indivíduo, sendo associados a infecções agudas e graves. Além disso, tem se 
destacado como vírus etiológicos emergentes (NOBRE et al., 2014). No Brasil a 
automedicação em tempos de pandemia teve um aumento significativo. O “kit” 
covid é uma combinação de alguns medicamentos sem evidências cientificas 
conclusivas para o tratamento da covid, a distribuição desse “kit” tem sido discutida 
e chama a atenção da população (MELO et al., 2021). 
O “kit” covid é composto por alguns medicamentos contendo a 
hidroxicloroquina ou cloroquina, associada à azitromicina, à ivermectina e à 
nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D. A utilização 
desses medicamentos sem prescrição médica pode levar os usuários a sofrer 
riscos e danos a sua saúde. Quando usados de forma irracional pode ocorrer 
efeitos indesejados, como intoxicações, problemas cardíacos, surgimentos de 
outras enfermidades e até mesmo levar o indivíduo a óbito (MELO et al., 2021). 
2.6 A automedicação e o profissional da biomedicina 
Por ser uma profissão da saúde com atribuições de caráter técnico e em 
pesquisa, o biomédico poderá atuar em equipes multidisciplinares de saúde com 
foco no diagnóstico e na prevenção de agravos a população. O biomédico trabalha 
com segurança na descoberta, prevenção, tratamento de diagnóstico das 
determinadas patologias. Além disso, tem como papel identificar e classificar 
microrganismos causadores de enfermidades, podendo desenvolver 
 
14 
 
medicamentos e produzir vacinas para combater certas patologias (MEDEIROS et 
al., 2019). 
O biomédico pode atuar em diversas áreas da saúde, por exemplo: 
farmacologia, imunologia, toxicologia, dentre outras especialidades, o que permite 
ter uma visão ampla do problema da automedicação na sociedade. 
Portanto, a contribuição do biomédico inclui a prevenção e promoção da 
saúde através de educação sanitária, coleta e armazenamento de material 
biológico para análise e pesquisas de possíveis agentes etiológicos de maior 
incidência na população em que está inserido. (COSTA, TRINDADE e PERREIRA, 
2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 MÉTODO 
 
Para iniciar uma pesquisa bibliográfica é necessário ter um objetivo claro 
do vai pesquisar. A Pesquisa bibliográficas são feitas através de um assunto, 
autor, veículos, período de tempos e por combinações entre eles por palavras 
chaves é feita diversas buscas em bancos de dados, procurando por artigos que 
contenhas essas palavras antes de expor detalhadamente o conteúdo desses 
artigos (TRAINA, JUNIOR 2009). 
Os estudos integrativos trata-se de uma abordagem metodológica, no 
qual permite a inclusão de estudos experimentais e não experimentais para a 
compressão do assunto abordado. Além disso, proporciona agregar propósitos 
que podem ser: definições de conceitos, revisões de teorias, evidencias e 
analises de problemas metodológicos de um assunto. (SOUZA, SILVA, 
CARVALHO et al., 2010). 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica com 
abordagem integrativa, na qual foram utilizados artigos científicos nacionais nas 
bases de dados: Scielo, Google acadêmico e LILACS. Para a seleção dos 
artigos, os critérios para a inclusão foram através de artigos originais na coleta 
de dados que foram publicados referente ao ano de 2010 a 2020, e artigos 
relevantes no ano de 1998. Os critérios de exclusão para a pesquisa: artigos em 
inglês e artigos que não contenham dados sobre o tema abordado. Os 
descritores deste trabalho de pesquisa foram empregados aos termos 
automedicação e riscos, automedicação e o Biomédico, Saúde e população 
brasileira. 
As perguntas norteadoras dessa pesquisa foram: o que é automedicação? 
Quais fatores e riscos influenciam na automedicação? Quais são os 
medicamentos mais utilizados? E qual o papel do profissional da biomedicina na 
promoção da automedicação. 
 No início da pesquisa foram encontrados 60 artigos, onde foram 
considerados os que apresentavam maior relevância sobre a automedicação entre 
os anos de 2011 a 2020. Após a busca foi iniciado o processo de escolha dos 
artigos que mais se aproximaram do tema em foco. Deste total, foram selecionados 
 
16 
 
16 artigos que adequadamente preenchiam todos os requisitos abordados nesta 
pesquisa. 
Figura 1: Fluxograma do processo de seleção dos artigos incluídos na 
revisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 ↓ 
 
 
 
 
 
 
 ↓ 
 
 
 → 
 
 
 
 
 ↓ 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: As autoras, 2021. 
 
 
 
 
Registros após a remoção de duplicadas e 
triplicadas (n=48) 
E
L
E
G
IB
IL
ID
A
D
E
 
ID
E
N
T
IF
C
A
Ç
Ã
O
 
Estudos Incluídos (n=16) 
Registros identificados na pesquisa na base de 
dados: SciELO (n=34); LILACS (n=26) 
T
R
IA
G
E
M
 
Artigos com textos completos 
excluídos por não preencherem 
os critérios de inclusão (n=26). 
IN
C
L
U
S
Ã
O
 
Artigos com textos 
completos avaliados 
para elegibilidade (n=22) 
 
17 
 
4 RESULTADOS 
 
Após a leitura dos artigos e resumos, foram selecionados 16 artigos que apresentaram maior relevância sobre a 
automedicação na população brasileira. A caracterização dos estudos foi agrupada por autores, título, população de estudo, 
categoria de estudo, objetivos e resultados da pesquisa. Posteriormente seguiu-sea análise e discussão dos resultados através 
das opiniões dos autores que discutem o tema abordado. Percebe-se o espaço intervalo de tempo sobre o tema, possibilitando 
um estudo e comparação dos anos. Características dos estudos selecionados estão apresentados na tabela 01. 
Tabela 01: Caracterização dos estudos entre o ano de 2011 a 2020. 
 
AUTOR TITULO POPULAÇÃ
O DO 
ESTUDO 
AMOSTRA/TIPO 
DE ESTUDO 
OBJETIVOS RESULTADOS 
2016 
ARRAIS, 
P.S.D. et al 
Prevalência da 
automedicação 
no Brasil e 
fatores 
associados 
 
Até 60 anos 
de idade 
Transversal Analisar a prevalência e os 
fatores associados a utilização 
de medicamentos por 
automedicação no Brasil. 
Prevalência da 
automedicação brasileira 
foi de 16,1%, sendo maior 
na região nordeste. Maior 
parte das pessoas do sexo 
feminino. 
 
18 
 
2020 
BARROS et 
al. 
Uso de 
analgésicos e o 
risco da 
automedicação 
em amostra de 
população 
urbana: estudo 
transversal 
416 indivíduos Estudo observacional 
transversal com 
amostra de 
população urbana. 
Definir o padrão de uso de 
analgésicos entre os portadores de 
dor crônica (DC) e a seu potencial 
associação à automedicação 
analgésica. 
45,7% (n = 190) portadores de 
dor crônica, sendo os do sexo 
feminino (72,3%; p = 0,04) os 
mais acometidos. A 
automedicação analgésica é 
praticada por 78,4% dos 
portadores de dor crônica 
2016 
PEREIRA et 
al. 
 
Automedicação 
em adolescentes 
da rede estadual 
de ensino na 
cidade de 
Picos/Piauí 
209 
adolescentes 
Estudo descritivo e 
transversal 
Analisar a prática de automedicação 
por adolescentes da rede estadual 
de ensino de Picos-PI 
A faixa etária mais prevalente 
(94) foi de 17 anos (44,9%);122 
(58,4%) do sexo feminino;129 
moravam com a família (61,7%); 
179 na zona urbana (85,7%); e 
149católicos (71,2%). 
209(100%) praticam a 
automedicação, sendo a febre 
(120) o principal sintoma 
(57,4%), e o comprimido (168) a 
forma farmacêutica mais 
consumida (57,4%). 
 
19 
 
2020 
FILLER et al. 
Caracterização de 
uma amostra de 
jovens e adultos 
em relação à 
pratica de 
automedicação 
 
184 
participantes 
com idade 
entre 18 e 35 
anos. 
Estudo descritivo, de 
corte transversal 
Avaliar a prática de automedicação 
de jovens e adultos. 
Apresentou-se alta incidência 
do gênero feminino (80,4%) e 
de jovens com idade entre 18 a 
25 anos (66,3%). Houve uma 
predominância (89,7%) de 
participantes que utilizaram 
medicamentos nos últimos 15 
dias, sendo que a maioria 
(81,5%) fez o uso de algum 
medicamento sem prescrição 
médica. 
2017 
DOMINGUES 
et al. 
Prevalência e 
fatores 
associados à 
automedicação 
em adultos no 
Distrito Federal: 
estudo 
transversal de 
base 
populacional* 
 
1.820 
participantes 
Estudo transversal de 
base populacional 
 
 
 
 
 
Estimar a prevalência e investigar 
fatores associados à automedicação 
em adultos no Distrito Federal, Brasil 
646 participantes usaram pelo 
menos um medicamento; a 
prevalência da automedicação 
foi de 14,9% (IC95%: 
12,6%;17,5%); a análise 
ajustada apontou associação 
negativa em pessoas na idade 
de 50 a 65 anos (RP=0,26; 
IC95%: 0,15;0,47) e com 
doenças crônicas (RP=0,38; 
IC95%: 0,28;0,51); adultos com 
dificuldades na prática de 
atividades cotidianas (RP=2,25; 
IC95%: 1,43;3,53) realizaram 
mais automedicação 
 
20 
 
2020 
FERNANDES 
et al. 
Automedicação: a 
prática entre 
discentes do curso 
de biomedicina de 
uma instituição de 
ensino superior do 
interior do 
Tocantins 
Estudantes de 
biomedicina 
79 discentes 
Estudo de campo de 
caráter exploratório 
O objetivo deste estudo foi 
identificar o perfil e a prática dos 
discentes do curso de biomedicina 
do Instituto Educacional Santa 
Catarina – Faculdade Guaraí, no 
município de Guaraí - TO 
32 (trinta e dois) discentes que 
relataram já ter realizado a 
prática da automedicação. Os 
discentes que estão na reta final 
do curso se automedicam com 
maior frequência comparado 
aos que cursam períodos iniciais 
2020 
XAVIER et al. 
Automedicação e o 
risco à saúde: uma 
revisão de 
literatura 
240 
acadêmicos 
Estudo transversal Analisar a prática da automedicação 
na sociedade brasileira e entender 
os riscos e complicações mais 
frequentes dessa prática. 
91,3% afirmaram realizar 
automedicação e apenas 8,8% 
afirmaram não realizar essa 
prática, estabelecendo uma 
prevalência de quase 
totalidade. 
 
21 
 
2019 
SILVA et al. 
Acesso e 
implicações da 
automedicação em 
idosos na atenção 
primária à saúde 
121 
Idosos 
Estudo seccional Avaliar o acesso e sua interferência 
no processo da automedicação em 
idosos. 
A prevalência de 
automedicação foi de 66,7%, 
associada negativamente ao 
acesso, atributo 
desfavoravelmente avaliado 
pelos idosos (média de 3,4). A 
febre (19,8%) foi a principal 
queixa motivadora de 
automedicação, sendo os 
analgésicos, os fármacos mais 
utilizados na automedicação. 
2020 
HENRIQUES 
et al. 
Promoção do uso 
racional de 
medicamentos no 
contexto dos 3º e 
4º ciclos da 
educação de 
jovens e adultos 
 
Jovens e 
adultos 
Abaixo de 60 
anos 
Pesquisa 
epidemiológica 
transversal, 
quantitativa e 
descritiva 
Traçar o perfil socio 
econômico, demográfico e 
farmacoterapêutico dos alunos 
incluídos na presente 
pesquisa; bem como, 
promover atividades de 
educação em saúde. 
 
A maioria dos estudantes 
jovens e adultos com idade 
abaixo de 60 anos (75,7%), 
predominando o sexo 
feminino (69,6%) e parda 
(63,3%). Quase metade dos 
participantes é constituída de 
desempregados (45,5%). As 
classes medicamentosas 
predominantes foram os 
analgésicos, anti-
hipertensivos, anti-
inflamatórios, antiácidos 
e hipoglicemiantes. 
 
 
2020 
MOTA, K de 
Faria et al. 
Medicamentos 
isentos de 
108 
farmacêuticos 
Estudo descritivo Identificar os MIP mais comumente 
dispensados em farmácias 
comunitárias da região 
Os MIP mais dispensados 
constituem fármacos ou 
associações de fármacos com 
 
22 
 
prescrição (MIP): 
o farmacêutico 
pode prescrever, 
mas ele sabe o 
que são? 
 
metropolitana de Belo Horizonte, 
bem como o perfil de 
conhecimentos dos farmacêuticos 
em relação a categorização legal 
desta classe de medicamentos. 
efeitos analgésico e/ou anti-
inflamatório. Além disso 35,2% 
dos farmacêuticos listaram ao 
menos um medicamento não 
considerado isento de 
prescrição. Dentre 468 
medicamentos citados, 54 
representavam medicamentos 
sob prescrição médica. 
2020 
SUMIYA et 
al. 
Mudanças de 
hábitos de vida 
em trabalhadores 
da atenção 
primária durante 
a pandemia de 
COVID-19: um 
estudo 
transversal 
 
Trabalhadores 
da Saúde de 3 
Estados 
Mato Grosso 
do Sul, Paraná 
(PR), São Paulo 
(SP 
Transversal Discutir algumas mudanças de 
hábitos de vida em trabalhadores da 
atenção primária em saúde 
provocadas pela pandemia de 
COVID-19 no Brasil. 
A maioria dos profissionais 
reportou medo moderado 
(47,4%) de contrair a COVID-19, 
seguido por muito medo 
(27,3%). Demonstrou-se 
prevalência quanto ao 
pessimismo em relação ao 
enfrentamento da COVID-19 no 
Brasil, tendo em vista as 
respostas o pior estava por vir 
(67,5%) e estamos no pior 
período (20,2%) 
2020 
PRADO et al. 
Uso de 
medicamentos 
prescritos e 
automedicação 
em homens 
 
1.063 homens transversal de base 
populacional 
Estimar a prevalência, verificar os 
fatores associados ao uso de 
medicamentos segundo prescrição e 
identificar os principais fármacos 
consumidos sem indicação, frente ao 
motivo do uso, em homens adultos. 
Dos 1.063 homens, 45,3% 
referiram uso de ao menos 1 
medicamento nos 3 dias que 
antecederam a pesquisa e, 
desses, 32,9% referiram uso 
exclusivamente prescrito e 
11,2% relataram 
automedicação. Em relação ao 
consumo de medicamentos, 
45,3% (IC95% 41,3 - 49,4) 
relataram ter consumido ao 
 
23 
 
menos 1 medicamento nos 3 
dias prévios à entrevista 
2018 
SILVA et al. 
A pratica da 
automedicação 
em crianças por 
seus pais: 
Atuação da 
enfermagem 
17 familiares 
cuidadoresde 
crianças 
Qualitativo, de 
caráter exploratório e 
descritivo 
Conhecer como se dá a prática 
da automedicação em crianças por 
seus pais. 
A automedicação ocorreu nos 
casos de febre, dor e cólica; os 
medicamentos mais utilizados 
foram analgésicos, antitérmicos, 
além de remédios para cólica, 
trato respiratório e plantas 
medicinais; visavam a amenizar 
os sintomas; referiram 
dificuldade de locomoção até 
um atendimento de saúde, 
indicação de familiares, 
farmacêuticos e pediatras em 
consulta anterior. 
2020 
MOREIRA et 
al. 
Uso de 
medicamentos 
por adultos na 
atenção primária: 
inquérito em 
serviços de saúde 
de Minas Gerais, 
Brasil 
 
1.159 usuários transversal Descrever e avaliar o perfil de 
utilização de medicamentos em uma 
amostra representativa de 
usuários adultos da atenção 
primária do Sistema Único de Saúde 
(SUS) de Minas Gerais. 
949 usuários (81,8%) relataram 
ter usado medicamento nos 
últimos 30 dias. A maior parte 
dos usuários de medicamentos 
(80,1%) era do sexo feminino, 
mas a proporção de homens 
aumentou com a idade, 
chegando a 34,7% na faixa 
etária de 65 anos ou mais 
 
24 
 
2011 
MASTROIAN
NI et al. 
Estoque 
doméstico e uso 
de medicamentos 
em uma 
população 
cadastrada na 
estratégia saúde 
da família no 
Brasil 
319 domicílios transversal, descritivo 
e observacional 
Identificar domicílios atendidos pela 
estratégia saúde da família (ESF) que 
possuíam estoque de 
medicamentos, avaliar as condições 
de armazenamento e conhecer o 
modo de uso dos medicamentos 
Foram encontrados 
medicamentos em 255 
domicílios (91,1%). Dos 326 
locais de guarda de 
medicamentos, 217 (75,8%) 
eram inadequados (de fácil 
acesso a crianças ou expostos a 
umidade, luz). Das 2 578 
especialidades farmacêuticas 
encontradas, 2 059 (79,9%) 
tinham algum problema de 
segurança ou identificação, o 
que foi observado em 236 
(84,3%) domicílios. 
2019 
BARROS et 
al. 
 
Uso de 
analgésicos e o 
risco da 
automedicação 
em amostra de 
população 
urbana: estudo 
transversal 
 
416 indivíduos Observacional 
transversal 
Definir o padrão de uso de 
analgésicos entre os portadores de 
dor crônica (DC) e a seu potencial 
associação à automedicação 
analgésica. 
Foram incluídos 416 indivíduos; 
45,7% (n = 190) portadores de 
dor crônica, sendo os do sexo 
feminino (72,3%; p = 0,04) os 
mais acometidos. A 
automedicação analgésica é 
praticada por 78,4% dos 
portadores de dor crônica. O 
tratamento analgésico vigente 
mais frequente é composto 
pelos anti‐inflamatórios não 
esteroides (AINES), dipirona e 
paracetamol. 
Fonte: Autoria própria (2021).
 
25 
 
 
Na tabela 02: A distribuição dos estudos foi separada por autores, fatores que influenciam na automedicação, classe 
medicamentosa e medicamentos utilizados da automedicação apresentadas nos artigos já selecionados. 
 
AUTOR FATORES QUE INFLUENCIAM NA 
PRATICA DA AUTOMEDICAÇÃO 
CLASSE MEDICAMENTOSA MEDICAMENTOS 
UTILIZADOS 
 
2016 
ARRAIS, P.S.D. et 
al 
Aspectos demográficos, socioeconômicos, 
condições de saúde, acesso aos serviços de 
saúde. 
Analgésicos 
 
Dipirona 
cafeína-orfenadrina-
dipirona e paracetamol. 
2020 
BARROS et al. 
Dor crônica Anti-inflamatórios 
Analgésicos 
 
AINES, dipirona 
paracetamol 
 
2016 
PEREIRA et al. 
 
Crença religiosa. 
Ingestão de bebidas alcoólicas 
Uso de tabaco 
 Facilidade de conseguir medicamentos 
 
 
Analgésicos 
Anti-inflamatórios 
 
Comprimidos 
Xaropes 
2020 
FILLER et al. 
Elevado custos das consultas médicas. 
Demora nos atendimentos. 
Ter sido tratado anteriormente com o mesmo 
medicamento para a mesma doença. 
Um familiar ou amigo tomou e indicou. 
Viu propaganda do medicamento na mídia 
Analgésicos/antitérmicos 
Antialérgicos/anti-histamínicos 
Anti-inflamatórios 
De acordo com o artigo 
não foram citados nomes 
de medicamentos, só a 
classe medicamentosa. 
 
 
26 
 
(internet, TV, etc.) 
2017 
DOMINGUES et al. 
Presença de dor ou desconforto 
Doença crônica. 
Ansiedade e Depressão. 
Analgésicos 
Anti-inflamatórios e 
antirreumáticos. 
Hormônios sexuais e 
moduladores do sistema 
genital 
Dipirona sódica e 
combinações 
Paracetamol 
Diclofenaco e 
combinações. 
Ciproterona e 
etinilestradiol. 
2020 
FERNANDES et al 
Informações da internet. 
insatisfação com o Atendimento em postos 
de saúde e hospitais. 
Falta de tempo para realizar uma consulta 
médica. 
 
Analgésicos 
Os anti-inflamatórios 
 
 
De acordo com o artigo 
não foram citados nomes 
de medicamentos, só a 
classe medicamentosa. 
2020 
XAVIER et al. 
Cefaleia e resfriados 
Variedade de produtos fabricados pela 
indústria farmacêutica. 
Facilidade de comercialização de 
medicamentos. 
 
Analgésicos 
Anti-inflamatórios 
Antiácidos 
Paracetamol 
Dipirona 
 
2019 
SILVA et al. 
 
 
 
 
 
Mal-estar 
Funcionamento das UBS 
Atendimento na APS à noite e/ou nos finais 
de semana 
 
 
 
Analgésicos 
Anti-hipertensivos 
sedativo e ansiolítico 
 
Sinvastatina, Losartana 
Potássica e ansiolíticos 
benzodiazepínicos 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 HENRIQUES 
et al. 
Facil acesso 
Remédios baratos 
Influência 
do marketing na TV. 
 
Analgésicos. 
Anti-hipertensivos. 
Anti-inflamatórios. 
Antiácidos. 
Hipoglicemiantes 
 
Cloridrato de 
Propranolol. 
Captopril. 
Bicarbonato de sódio. 
 
2020 
MOTA, K de Faria et 
al. 
Dor em geral 
Estresse 
Demanda física 
Qualidade de vida 
Analgésicos e anti-
inflamatórios não esteroidais 
(AINES) 
Dipirona, paracetamol, 
ibuprofeno, simeticona, 
Bicarbonato de sódio, 
loratadina, vitaminas e 
sais minerais. 
2020 
SUMIYA et al 
Estresse 
Medo 
Mudança de comportamento 
De acordo com o artigo não 
foram citados classe 
medicamentosa. 
De acordo com o artigo 
não foram citados nomes 
de medicamentos, só a 
classe medicamentosa. 
2020 
PRADO et al. 
Familiaridade com o medicamento, 
experiências prévias positivas, dificuldade de 
acesso aos serviços. 
Dores de cabeça 
 
Anti-inflamatórios. 
Analgésicos. 
 
 
Dipirona 
Diclofenaco 
Paracetamol 
 
28 
 
2018 
SILVA et al. 
Febre 
Dor 
Cólica 
 
Antitérmicos 
Analgésicos 
 
Paracetamol, a dipirona, 
a Novalgina e o 
ibuprofeno. 
Alivium, Luftal e 
Simeticona. 
 
2020 
MOREIRA et al. 
Possuir o medicamento em casa 
Uso anterior do medicamento 
Dores musculares 
Depressão 
Hipertensão 
Artrite/artrose ou reumatismo 
Diabetes mellitus 
 
antagonistas da angiotensina 
II. 
Agentes modificadores de 
lipídeo 
analgésicos e antipiréticos 
contraceptivos hormonais. 
Antidepressivos. 
Anti-hipertensivos e 
psicofármacos. 
Losartana, 
hidroclorotiazida, 
sinvastatina, omeprazol 
e metformina. 
Clonazepam e a 
fluoxetina. 
sulfato ferroso, 
hidroclorotiazida, ácido 
fólico, omeprazol e 
clonazepam. 
2011 
MASTROIANNI et 
al. 
Compartilhamento familiar 
Utilização de sobras de medicamentos. 
Aquisição de medicamento sob prescrição 
sem apresentação do receituário ou com 
receituários antigos. 
Anti-inflamatório 
Analgésicos 
Anti-hipertensivos 
Antibióticos 
 
 
Novalgina 
Anador 
diclofenaco de sódio 
Dipirona 
 
2019 
BARROS et al. 
 
Dor crônica 
 
Anti-inflamatórios não 
esteroides. 
 
AINES, dipirona e 
paracetamol. 
Fonte: Autoria própria, 2021 
 
29 
 
5 DISCUSSÃO 
 
Com base nos estudos analisados, indivíduos do gênero feminino se 
automedicam mais que o masculino. De acordo com Domingues e colaboradores, 
2017) a prevalência na automedicação é maior nas regiões do nordeste e centro-
oeste do Brasil, com menor incidência na região norte. 
No que tange a faixa etária, os estudos observados relatam que a 
prevalência da automedicação nos jovens e adultos apresentou uma maior 
incidência em indivíduos do gênero feminino (80,4%) com jovens entre idade entre 
18 a 25 anos. Os autores ARRAIS et al. (2016) apontaram em um estudo com 
41.433que a prevalência da automedicação na população brasileira foram 
16,1% (IC 95% 15,0–17,5), sendo maior em pessoas do sexo feminino entre a faixa 
etária de 20–39 anos. 
No Brasil, a prática da automedicação por alguns indivíduos está associada 
a existência de doenças crônicas. Porém, alguns estudos em países desenvolvidos 
relataram a associação entre a prática da automedicação com agravos menores 
em saúde, como gripe, resfriado, cefaleia e dores musculares (DOMINGUES et al., 
2017). 
Em relação à prática entre estudantes da rede estadual do Piauí, foi descrito 
por PEREIRA et al., (2016) que uma amostra de 209 adolescentes, 100% 
afirmaram que praticam a automedicação, onde observou-se nesta amostra que a 
faixa etária prevalente foi de 17 anos, em relação ao total dos entrevistados. No 
que se refere à automedicação por jovens, vale ressaltar que a facilidade para a 
compra de medicamentos é um dos motivos mais comum. Um outro motivo 
apontado para essa prática de se automedicar foi a indicação por amigos ou 
familiares a determinado medicamento já utilizado (PEREIRA et al., 2016). 
Nas crianças a automedicação é uma prática realizada pelos pais. Segundo 
SILVA et al., 2018, os pais automedicam seus filhos por motivos de febre, dor e 
cólica. Entre os medicamentos utilizados estão os analgésicos e antitérmicos, 
sendo eles paracetamol, dipirona, novalgina e ibuprofeno. Inflamação de garganta, 
tosse e dores em geral são alguns dos motivos apresentados pelos pais para a 
prática da automedicação (FILHO E JÚNIOR, 2013). 
 
30 
 
Observou-se que em todos os estudos que a automedicação é menor entre 
os homens. Conforme PRADO et al., (2020) a realização de um estudo com 1.063 
indivíduos do sexo masculino mostrou que a prevalência na automedicação entre 
os entrevistados foi de 17,6%. Sobre os medicamentos mais usados pelos 
entrevistados do gênero masculino, os relatos incidiram em queixas comuns, como 
dores de cabeça frequente e enxaqueca. Sousa e colaboradores observou que a 
obesidade pode ser um fator que contribui para a automedicação entre os homens, 
já que, em pesquisa realizada, verificou-se que entre os indivíduos obesos do sexo 
masculino a utilização de medicamentos para amenizar dores. Entre as principais 
motivações para a automedicação está a carência dos programas destinados à 
prevenção e manutenção da saúde, insatisfação com atendimentos, deficiências 
em ações de ofertas a serviços de saúde, relatam os homens em uma pesquisa 
feita pelos autores (SOUSA et al., 2019). 
No que se refere-se a prática da automedicação nos idosos a prevalência foi 
de 66,7% num total de 121 idosos entrevistados. A febre foi a principal queixa 
relatada pelos idosos, sendo os antitérmicos e analgésicos os fármacos mais 
utilizados (SILVA et al., 2019). 
Em uma pesquisa realizada pelos autores GARCIA et al., (2018) observou-
se que a prevalência da automedicação entre os idosos foi de 78,8%, o que reflete 
o total de 154 dos entrevistados, que relataram utilização de medicamentos por 
escolha própria ou adquiridos nas unidades de saúde pública. Os idosos constituem 
o grupo mais vulnerável da população. 
Ao analisarem dados de 74 idosos considerados ativos, PEREIRA et al., 
(2017) observou que a pratica da automedicação é frequente nestes idosos, 
totalizando em 57 idosos (77%). Os medicamentos mais utilizados foram os 
analgésicos e antitérmicos, para amenizar dores desencadeadas por cefaleia. Em 
um total de 43 indivíduos desta análise (58,1%) a prática da automedicação ocorre 
quase diariamente. 
No que se refere a prática da automedicação em universitários, em um 
estudo feito com 73 discentes do curso de biomedicina do estado do Tocantins, 32 
discentes relataram ter realizado a prática da automedicação. Foi possível 
identificar que o período que mais efetua a prática da automedicação é o 8.º período 
 
31 
 
(FERNANDES et al., 2020). Em relação à prática entre estudantes de enfermagem 
foi descrito por ALVES et al., (2019) que 99% dos entrevistados afirmou praticar a 
automedicação, enquanto apenas 1% afirmaram nunca ter utilizado medicamentos 
sem a prescrição de profissionais habilitados legalmente. 
Em relação à covid, em uma pesquisa realizada pelos autores SOUZA et al., 
2020, foram entrevistadas 509 pessoas, a maioria do sexo feminino (74,5%), no 
qual 69,2% relataram não ter se automedicado. Sobre os fármacos, (52,8%) 
realizaram a automedicação por meio do medicamento Ivermectina, acompanhado 
por azitromicina (14,2%). Além desses medicamentos os suplementos de zinco, 
vitamina C e D tiveram aumento de vendas (MELO et al., 2021). 
Esse aumento de vendas ocorreu por causa de fake News, a disseminação 
da desinformação deu-se através de notícias que circularam em redes sociais. Tais 
notícias noticiavam que o uso desses medicamentos poderia prevenir a covid-19. 
Os fármacos que compõe o fictício “Kit covid” resultaram no aumento de vendas 
em 89,04% no estado do acre e 23,74% no estado de São Paulo no ano de 2020. 
Os principais motivos relatados para a automedicação foi “possuir 
medicamentos em casa” e uso de “medicamento utilizado anteriormente” 
(MOREIRA et al., 2020). Outro fator que pode influenciar a automedicação são as 
propagandas que tendem a mostrar os benefícios dos medicamentos e a facilidade 
de obter em determinados locais de venda (PEREIRA et al., 2016). Demora nos 
atendimentos, elevado custo das consultas médicas, falta de tempo, ter sido tratado 
anteriormente com o mesmo medicamento para a mesma doença são alguns dos 
motivos pelos quais levam a prática da automedicação, afirmam os autores 
(FILLER et al., 2020). 
O baixo nível de escolaridade de um indivíduo pode comprometer a adoção 
de comportamentos saudáveis, a falta de conhecimento e informações sobre os 
riscos de se automedicar pode levar a vulnerabilidade e levar a sérios riscos à 
saúde. Pessoas capacitadas com escolaridade elevada ou bom nível de 
alfabetização pode ser mais consciente acerca dos riscos de determinados 
comportamentos e assim evita-los (PEREIRA et al., 2016). A baixa escolaridade foi 
observada em maior proporção entre os idosos (MOREIRA et al.,2020). 
 
 
32 
 
Em relação à classe medicamentosa, os medicamentos mais usados foram 
os analgésicos, antitérmicos, antibióticos e anti-inflamatórios. Esta informação pôde 
ser verificada na maior parte dos estudos analisados. Os abusos do uso de 
medicamentos podem levar a vários danos no organismo dos indivíduos, fármacos 
como antibióticos podem induzir o surgimento de bactérias multirresistentes 
quando utilizados de forma descontrolada (MORAES et al., 2018). 
Além dos medicamentos citados pelos autores acima, outros medicamentos 
foram citados pelos usuários, na prática da automedicação. Mastroianni e 
colaboradores, (2010) observaram a presença de fármacos como antiulcerosos, 
antiespasmódicos, relaxantes musculares, descongestionantes nasais e diuréticos 
tiazídicos complementam a classe de medicamentos utilizados na automedicação. 
Observou-se que losartana, hidroclorotiazida, sinvastatina, omeprazol e 
metformina foram os medicamentos mais utilizados por jovens e adultos com 
prevalência de automedicação de 81,8% em uma pesquisa feita com 1.159 
entrevistados em 104 municípios e 253 serviços de saúde em Minas Gerais 
(MOREIRA et al., 2020). 
Já nas crianças, os fármacos mais usados foram dipirona (54%) e o 
paracetamol (36%) são os medicamentos mais utilizados, seguidos dos xaropes 
expectorantes apontam os autores (SILVA et al., 2018). 
O uso de bebidas alcoólicas e o uso de drogas ilícitas tem se demonstrado 
maior em portadores de doenças crônicas do que na população em geral (BARROS 
et al., 2020). O risco de tal prática pode alterar algumas propriedades 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos medicamentos e, como consequências, 
suas propriedades terapêuticas, aumentando o risco da toxicidade (MORAESet al., 
2018). 
Medicamentos isentos de prescrição médica podem ser adquiridos 
facilmente em farmácias, entretanto na maioria das vezes são causadores de 
intoxicações e reações adversas (ARRAIS et al., 2016). Quando são adquiridos por 
adolescentes, o risco do uso inadequado pode aumentar, visto que o uso irracional 
é comum nessa faixa etária (PERREIRA et al., 2016). 
 
33 
 
A população idosa é um público que merece cuidados preferenciais em 
relação ao uso irracional de medicamentos. Os idosos fazem o uso de múltiplos 
medicamentos, prática conhecida como polifarmácia (HENRIQUES et al.,2020). 
Entre as reações adversas causadas nos idosos estão os riscos gastrointestinais, 
renais, cardiovasculares e de interações com outros medicamentos 
frequentemente utilizados na atenção primária (SOUSA e ARRAIS, 2018). 
A prática de uso de analgésicos é aceitável desde que esse uso seja de 
forma racional entres os usuários, quando usado de forma correta tende a 
solucionar problemas de saúde de menor gravidade e com isso tem contribuído 
para a diminuição da sobrecarga nos sistemas de saúde (BARROS et al.,2019). A 
promoção do uso racional de medicamentos pode trazer benefícios a população, 
através de práticas de educação em saúde e valorização de experiências vividas 
de práticas e conceitos sobre o tema (HENRIQUES et al., 2020). Desse modo o 
conhecimento sobre o uso de medicamentos através de ações educativas poderá 
reduzir riscos e danos à saúde da população (MARTINS et al., 2011). 
Para SILVA et al., (2019) a automedicação não é facilmente controlada. Para 
tanto, a ajuda de profissionais e serviços de saúde pode surtir efeitos positivos, na 
medida que esse acesso não seja negligenciado ou terceirizado. Mais 
disponibilidades em serviços locais apropriados, em horários flexíveis baseados 
nas necessidades da comunidade e podem ajudar na prática racional de 
medicamentos quando necessário. Nesse contexto, a importância de ações de 
promoção a saúde realizada por profissionais de saúde promove estratégias 
positivas de mudanças na sociedade (TAZIANA et al., 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
A automedicação é uma prática presente na vida da maioria dos brasileiros. 
O ato de se automedicar acontece nas diversas classes sociais, entres elas, os 
idosos são os que mais se automedicam. Verificou-se que pessoas do sexo 
feminino apresentam maior índice na realização desta prática. Os analgésicos e 
anti-inflamatórios estiveram presentes em todos os estudos analisados, indicados 
como os medicamentos mais usados entre os usuários. 
O uso irracional de se automedicar sem a devida orientação médica gera 
danos à saúde da população. Desse modo, essa prática pode levar a superlotação 
em serviços de saúde e gerar gastos desnecessários por partes dos governos. 
A influência das mídias socias e a facilidade de compra de medicamentos 
sem prescrição medica é um dos motivos relatados pela maioria dos usuários. Foi 
possível perceber que o baixo nível de escolaridade contribui para a falta de 
informação da população no uso de medicamentos, fazendo com que a 
automedicação ocorra de maneira mais frequente. 
Acredita-se que a promoção a saúde por parte dos profissionais possa 
contribuir para o uso racional de medicamentos perante a sociedade, é necessário 
realizar ações ativas e educativas para diminuição dessa prática em todas as faixas 
etárias. Tais praticas teriam como foco informar a população dos riscos e efeitos 
adversos que possa gerar no organismo do indivíduo quando é tomado 
medicamentos sem acompanhamento de um profissional de saúde. Contudo, 
espera-se que essas ações possam minimizar a prática da automedicação e gastos 
nos setores de atendimento público diminuindo as internações relacionadas as 
intoxicações pelo uso exagerado de medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
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