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Direito Civil I - Negócio Jurídico

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Direito Civil I
Negócio Jurídico
Conceitos de negócio jurídico:
· É a manifestação de vontade destinada a produzir efeitos jurídicos, ou uma declaração de vontade, pela qual o agente pretende atingir determinados efeitos jurídicos admitidos por lei. – Antônio Junqueira de Azevedo.
· Ato jurídico pelo qual uma ou mais pessoas, em virtude de declaração de vontade instauram uma relação jurídica, cujos efeitos, quanto a elas e às demais, se subordina à vontade declarada, nos limites consentidos pela lei. – Miguel Reale.
Classificações:
Tem como objetivo enquadrar um determinado instituto jurídico, bem como demonstrar a natureza jurídica do mesmo. As classificações servem tanto para os negócios quanto para os atos jurídicos stricto sensu, segundo o art. 185 do CC.
1) Quanto às manifestações de vontade:
· Unilaterais: atos e negócios em que a declaração de vontade emana de apenas uma pessoa, com um único objetivo.
EX: testamento, renúncia.
· Receptícios: a declaração deve ser levada a conhecimento do seu destinatário para que possa produzir efeitos.
· Não receptícios: em que o conhecimento pelo destinatário é irrelevante.
· Bilaterais (ou sinalagmáticos): há duas manifestações de vontade coincidentes sobre o objeto ou bem jurídico tutelado. 
Ex: contrato.
· Plurilaterais: envolvem mais de duas partes, com interesses coincidentes no plano jurídico. Ex: contrato de consórcio ou contrato de sociedade.
2) Quanto às vantagens patrimoniais para os envolvidos:
· Gratuitos: outorgam vantagens sem impor ao beneficiado a obrigação de uma contraprestação. Não envolvem sacrifício patrimonial de todas as partes, situações em que uma parte só tem vantagens, não assumindo deveres.
· Onerosos: envolvem sacrifícios e vantagens patrimoniais para todas as partes do negócio. Ex: contratos de locação e de compra e venda.
· Neutros: não há uma atribuição patrimonial determinada, não podendo ser enquadrados como gratuitos ou onerosos, caso da instituição de um bem de família voluntário ou convencional.
· Bifrontes: tanto podem ser gratuitos como onerosos, o que depende das intenções das partes.
3) Quanto aos efeitos temporais:
· “inter vivos”: destinados a produzir efeitos desde logo, durante a vida dos negociantes ou interessados.
· “mortis causa”: efeitos só ocorrem após a morte de determinada pessoa.
Separação clara no artigo 426 do CC, pelo qual não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
4) Quanto à necessidade ou não de solenidades e formalidades:
· Formais (ou solenes): obedecem a uma forma ou solenidade prevista em lei para a sua validade.
· Informais (ou não solenes): admitem forma livre, constituindo regra geral, pelo que prevê o art. 107 do CC.
5) Quanto à independência ou autonomia:
· Principais (ou independentes): negócios que têm vida própria e não dependem de qualquer outro negócio jurídico para terem existência e validade.
· Acessórios (ou dependentes): a existência está subordinada a outro negócio jurídico, denominado principal.
6) Quanto às condições pessoais especiais dos negociantes:
· Impessoais: não dependem de qualquer condição especial dos envolvidos, podendo a prestação ser cumprida tanto pelo obrigado quanto por um terceiro.
· Personalíssimos (ou “intuitu personae”): dependentes de uma condição especial de um dos negociantes, havendo uma obrigação infungível.
7) Quanto à sua causa determinante:
· Causais (ou materiais): o motivo consta expressamente do seu conteúdo como ocorre. A maioria dos negócios jurídicos assumem essa forma.
· Abstratos (ou formais): razão não se encontra inserida no conteúdo, decorrendo dele naturalmente.
8) Quanto ao momento de aperfeiçoamento:
· Consensuais: geram efeitos a partir do momento em que há o acordo de vontades entre as partes.
· Reais: geram efeitos a partir da entrega do objeto ou do bem jurídico tutelado.
9) Quanto à extensão dos efeitos:
· Constitutivos: geram efeitos ex nunc (que não retroagem). A sua eficácia opera-se a partir do momento da sua celebração.
· Declarativos (ou declaratórios): geram efeitos ex tunc (que retroagem). São negócios cujos efeitos retroagem ao momento da ocorrência fática a que se vincula a declaração da vontade.
Interpretação dos negócios jurídicos:
O Código civil adotou uma posição intermediária: o intérprete não pode abandonar a declaração contida no negócio para buscar livremente a vontade interna dos declarantes, mas também não pode desprezar a vontade interna, procurando desvendar apenas o sentido das palavras. Haverá preponderância da intenção à literalidade.
Art. 112: Nas declarações da vontade se atenderá mais a intenção nela consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem.
Art. 113: Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
O intérprete deve partir de dados objetivos consubstanciados no negócio jurídico, buscando-se, a partir daí, a real intenção dos declarantes. Ele deve presumir que os contratantes procedem com lealdade e que tanto a proposta como a aceitação foram formuladas segundo a regra da boa-fé.
A boa-fé se presume, ao contrário a má-fé deve ser provada.
	Planos:
1) Plano da existência (ou elementos essenciais do negócio jurídico):
Aqui estão os pressupostos para um negócio jurídico.
Não havendo algum desses elementos o negócio jurídico é inexistente.
Não possui os elementos fáticos que a sua natureza supõe e exige como condição existencial, tornando impossível a sua formação, ou seja, não existe na órbita jurídica, não podendo produzir qualquer efeito jurídico.
· Elementos constitutivos do negócio jurídico:
· Manifestação de vontade
· Agente emissor da vontade
· Objeto
· Forma
O negócio jurídico que não se enquadra nesses elementos de validade é, por regra, nulo de pleno direito, ou seja, haverá nulidade absoluta ou nulidade (art. 166 e 167).
a) Manifestação de vontade (ou declaração de vontade):
Pode ocorrer através da palavra escrita ou falada, gestos ou sinais.
Há exteriorizações de vontade que, para surtirem efeitos, necessitam chegar à esfera de conhecimento da outra parte.
O emprego de meios que neutralizem a manifestação volitiva (como por exemplo a violência física) tornam inexistente o negócio jurídico.
I- Silencio
REGRA: “o silêncio é nada e significa a abstenção de pronunciamento da pessoa em face de uma solicitação do ambiente. Via de regra, o silêncio é a ausência de manifestação de vontade, e, como tal, não produz efeitos.”
Art. 111: O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
EXCEÇÕES:
· Doação pura: o silencio no prazo fixado significa aceitação (art. 539).
· Mandato: o silêncio implicará aceitação quando o mandatário começar por si execução (art. 659).
II- Reserva mental
Ocorre quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção. Tem por objetivo enganar o outro contratante.
Se o outro contratante NÃO SABIA o ato subsiste e produz os efeitos que o declarante não desejava.
Se o outro contratante SABIA configura-se hipótese de ausência de vontade, considerando-se inexistente o negócio jurídico.
b) Agente emissor da vontade:
A participação do sujeito de direito é indispensável para a configuração existencial do negócio jurídico.
c) Objeto:
Utilidade física ou ideal em razão do qual giram os interesses das partes.
d) Forma:
Meio pelo qual a declaração se exterioriza. O tipo de manifestação através do qual a vontade chega ao mundo exterior (escrita, oral, silêncio, sinais...). No direito positivo brasileiro, por expressa determinação legal, consagrou-se o princípio da liberdade da forma.
Art. 107: A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Sem uma forma o negócio jurídico inexiste, pois a simples intenção encerrada na mente do agente não interessa para o direito.
É bom não confundir a forma, enquanto elemento existencial do negócio, com a adequabilidade da forma, pressuposto da validade.
2) Plano de validade
· Requisitos de validadedo negócio jurídico:
· Agente -> capaz
· Vontade -> livre
· Objeto -> Lícito
Possível
Determinado ou determinável
· Forma -> adequada
a) Capacidade do agente:
Os artigos 3° e 4° do CC apresentam as relações das pessoas absoluta ou relativamente incapazes.
Absolutamente incapazes devem ser REPRESENTADOS, os relativamente incapazes devem ser ASSISTIDOS.
O negócio praticado pelo absolutamente incapaz sem a devida representação é nulo, por regra (art. 166, I). o realizado por relativamente incapaz é anulável (art. 171, I).
A incapacidade relativa de uma parte não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
A alegação de incapacidade constitui uma exceção pessoal, uma defesa que somente pode ser alegada por determinada pessoa.
A lei também pode exigir a capacidade específica (ou legitimação).
b) Objeto:
I- Objeto lícito:
Somente será considerado válido o negócio jurídico que tenha como conteúdo um objeto lícito, sob pena de invalidade (art. 166, II).
II- Objeto possível: 
Se o negócio implicar em prestações impossíveis também deverá ser declarado nulo.
· Impossibilidade física: aquela que nasce das leis físicas ou naturais. Deve ser absoluta; atingir a todos indistintamente. A impossibilidade relativa (que atinge o devedor, mas não outras pessoas) não constitui obstáculo ao negócio jurídico.
· Impossibilidade jurídica: acontece quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem.
III- Objeto determinado ou determinável:
Na obrigação de dar coisa incerta, o objeto é ainda pendente de determinação, que se dá pela escolha, também denominada concentração.
c) Vontade (ou consentimento livre):
Regras fundamentais quanto à interpretação:
· Intenção das partes: o aplicador deve sempre buscar o que as partes queriam de fato quando celebraram o negócio.
Art. 112: Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
· Boa-fé e os usos do lugar da celebração: devem ser considerados de forma interpretativa segundo os princípios da eticidade e da socialidade da seguinte forma: a) acordos preliminares; b) o caráter habitual das relações mantidas entre as partes; c) as manifestações anteriores do declarante e do destinatário; d) o lugar, o tempo e as circunstâncias anexas aos fatos.
Art. 113: Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
· Interpretação restritiva dos negócios jurídicos benéficos: nos contratos gratuitos, à vontade das partes nunca pode se dar um efeito ampliativo, sempre restritivo. 
Art. 114: os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
d) Forma adequada (livre ou legalmente prescrita):
REGRA: forma livre. Qualquer meio de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei (art. 107).
EXIGIDA PELA LEI: forma especial ou solene. É a exigência de que o ato seja praticado com observância de determinada solenidade, que tem por finalidade assegurar a autenticidade dos negócios, garantir a livre manifestação da vontade, demonstrar a seriedade do ato e facilitar a sua prova (arts. 108, 166, IV e V, 406).
3) Plano de eficácia:
Neste plano verifica-se se o negócio jurídico é eficaz. Doutrinadores chamam esta etapa de elementos acidentais do negócio jurídico.
· Elementos acidentais limitadores da eficácia do negócio jurídico:
· Condição
· Futuro
· Incerto
· Termo
· Futuro
· Certo
· Modo ou encargo
a) Condição:
Determinação acessória, faz a eficácia da vontade declarada dependente de algum acontecimento futuro e incerto.
É um elemento acidental, consistente em um evento futuro e incerto, por meio do qual subordinam-se ou resolvem-se os efeitos jurídicos de um determinado negócio.
· Espécies de condição:
· Condição suspensiva: acontecimento futuro e incerto que subordina a aquisição de direitos, deveres e a deflagração de efeitos de um determinado ato negocial.
Art. 125: Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126: Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
· Condição resolutiva: acontecimento futuro e incerto que determina o desaparecimento de seus efeitos jurídicos.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
 Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.
b) Termo:
É o acontecimento futuro e certo em que começa ou termina a eficácia do negócio jurídico.
O termo corresponde a uma data certa, ao passo que o prazo é o lapso de tempo entre o termo inicial e o termo final (art. 132).
· Classificação:
· Termo inicial (dies a quo) ou suspensivo: suspende o exercício do direito, pois fixa o dia em que o negócio começará a produzir efeitos.
O direito sob termo é considerado direito adquirido.
· Consequências:
- O devedor que paga uma dívida antes do termo, não pode reaver o que pagou; se, ao revés, efetuar o pagamento antes da condição, torna-se viável a repetição do pagamento;
- Se a coisa perecer por caso fortuito ou força maior antes do advento do termo, não há direito à indenização, pois os riscos da coisa são suportados pelo credor.
· Termo final (dies ad quem) ou resolutivo: é o que extingue o direito.
A extinção em razão do advento do termo produz efeitos “ex nunc”.
· Termo certo: o que se reporta a um fato certo e com data certa.
· Termo incerto: se refere a um fato certo, mas cuja data de ocorrência não se pode precisar. Fato certo, mas a data é incerta.
· Legal (ou de direito): estipulado por lei.
· Convencional: estipulado pela vontade das partes.
c) Modo ou encargo:
É determinação acessória acidental do negócio jurídico gratuito que impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido, em prol de uma liberalidade maior.
Uma autolimitação da vontade, típica dos negócios gratuitos. É restrição imposta ao beneficiário da liberalidade.
· Encargo ilícito ou impossível: o encargo considera-se não escrito, reputando-se válido o negócio.
· Espécies de encargo:
· Principal: imposto como a razão determinante do negócio jurídico.
· Secundário: imposto como sendo uma obrigação de menos importância do negócio, de modo que a liberalidade se realizaria ainda que o estipulante soubesse de antemão da nulidade dessa cláusula.
OBS: saber se o encargo é principal ou secundário é uma questão de interpretação do negócio, atento às peculiaridades de cada caso concreto, pois nenhum critério abstrato nos fornece a chave da resolução do problema.
Direito Civil I
 
Negócio Jurídico
 
 
Conceitos de negócio 
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Direito Civil I 
Negócio Jurídico 
 
Conceitos de negócio jurídico: 
 É a manifestação de vontade destinada a 
produzir efeitos jurídicos, ou uma 
declaração de vontade, pela qual o 
agente pretende atingir determinados 
efeitos jurídicos admitidos por lei. – 
Antônio Junqueira de Azevedo. 
 Ato jurídico pelo qual uma ou mais 
pessoas, em virtude de declaração de 
vontade instauram uma relação jurídica, 
cujos efeitos, quanto a elas e às demais, 
se subordina à vontade declarada, nos 
limites consentidos pela lei. – Miguel 
Reale. 
 
Classificações: 
Tem como objetivo enquadrar um 
determinado instituto jurídico, bem como 
demonstrar a natureza jurídica do mesmo. As 
classificações servem tanto para os negócios 
quanto para os atos jurídicos stricto sensu, 
segundo o art. 185 do CC. 
 
1) Quanto às manifestações de vontade: 
 Unilaterais: atos e negócios em que a 
declaração de vontade emana de apenas 
uma pessoa, com um único objetivo. 
EX: testamento, renúncia. 
o Receptícios: a declaração deve ser 
levada a conhecimento do seu 
destinatário para que possa 
produzir efeitos. 
o Não receptícios: em que o 
conhecimento pelo destinatário é 
irrelevante. 
 Bilaterais (ou sinalagmáticos): há duas 
manifestações de vontade coincidentes 
sobre o objeto ou bem jurídico tutelado. 
Ex: contrato. 
 Plurilaterais: envolvem mais de duas 
partes, com interesses coincidentes no 
plano jurídico. Ex: contrato de consórcio 
ou contrato de sociedade. 
 
2) Quanto às vantagens patrimoniais 
para os envolvidos: 
 Gratuitos: outorgam vantagens sem 
impor ao beneficiado a obrigação de uma 
contraprestação. Não envolvem sacrifício 
patrimonial de todas as partes, situações 
em que uma parte só tem vantagens, não 
assumindo deveres. 
 Onerosos: envolvem sacrifícios e 
vantagens patrimoniais para todas as 
partes do negócio. Ex: contratos de 
locação e de compra e venda. 
 Neutros: não há uma atribuição 
patrimonial determinada, não podendo 
ser enquadrados como gratuitos ou 
onerosos, caso da instituição de um bem 
de família voluntário ou convencional. 
 Bifrontes: tanto podem ser gratuitos 
como onerosos, o que depende das 
intenções das partes. 
 
3) Quanto aos efeitos temporais: 
 “inter vivos”: destinados a produzir 
efeitos desde logo, durante a vida dos 
negociantes ou interessados. 
 “mortis causa”: efeitos só ocorrem após 
a morte de determinada pessoa. 
Separação clara no artigo 426 do CC, pelo 
qual não pode ser objeto de contrato a 
herança de pessoa viva. 
 
4) Quanto à necessidade ou não de 
solenidades e formalidades: 
 Formais (ou solenes): obedecem a uma 
forma ou solenidade prevista em lei para 
a sua validade.

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