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Negócio Jurídico

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Negócio Jurídico
● Conceito:
↳ “Negócio Jurídico é a manisfestação de vontade destinada a produzir efeitos
jurídicos, ou uma declaração de vontade, pela qual o agente pretende atingir
determinados efeitos jurídicos admitidos por lei.”
↳ “Declaração de vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de
existência, validade e eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos
pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente.”
● Interpretação:
↳ Discutido por duas teorias:
a) Teoria Subjetiva: intérprete deve investigar a real vontade dos
declarantes.
↳ intensão prevalece sobre a vontade externada nas cláusulas.
b) Teoria Objetiva: interpretação deve ser fiel ao texto da declaração, não
podendo basear-se em elementos exteriores a ela.
c) ↳ palavras consignadas prevalecem sobre a vontade interna.
d) Teoria adotado pelo Código Civil: adotou uma posição intermediária,
fazendo com que o intérprete não possa abandonar a declaração
contida no negócio como também não pode desprezar a vontade
interna.
↳ há preponderância da intenção à literalidade.
↳ art. 112. nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nela
consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem.
↳ Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e
os usos do lugar de sua celebração.
↳ O intérprete deve presumir que os contratantes procedem com lealdade e
que tanto a proposta como a aceitação foram formuladas dentro do que
podiam e deviam eles entender, segundo a regra da boa-fé.
↳ A boa-fé é presumida enquanto a má-fé deve ser provada
● Planos:
● Escada Ponteana:
● Plano de Existência:
↳ Nele estão os pressupostos para um negócio jurídico, isto é, os seus
elementos mínimos, enquadrados por alguns autores dentro dos elementos
essenciais do negócio jurídico.
↳ suporte fático do negócio jurídico.
↳ Não havendo algum desses elementos, o negócio jurídico é inexistente.
1) Manifestação de vontade:
↳ Através da palavra escrita ou falada, gestos ou sinais - ou tácita.
↳ resulta de um comportamento do agente.
↳ Existem manifestações de vontade que, para surtirem efeitos,
necessitam chegar á esfera de conhecimento da outra parte.
↳ declarações receptícias de vontade.
↳ O emprego de meios que neutralizem a manifestação volitiva, como
violência física, tortura psicológica, entorpecentes e até mesmo hipnose,
tornam o negócio jurídico inexistente.
a) Silêncio: “O silêncio é nada, e significa a abstenção de
pronunciamento da pessoa em face de uma solicitação do
ambiente. Via de regra, o silêncio é a ausência de manifestação
de vontade, e, como tal, não produz efeitos.”
↳ Novo CC dá maior valor jurídico ao silêncio.
↳ Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias
ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de
vo vontade expressa.
➢ Exceções:
1) doação pura: o silêncio no prazo fixado significa
aceitação
↳ Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para
declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o
donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a
declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não
for sujeita a encargo.
2) mandato: o silêncio implicará aceitação quando o
mandatário, começar por si execução.
↳ Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e
resulta do começo da execução.
↳ No Plano da Validade, o silêncio caracteriza a omissão dolosa,
quando, nos atos bilaterais, for intencionalmente empregado para
prejudicar a outra parte, que, se soubesse da real intenção do agente,
não haveria celebrado a avença
↳ Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de
uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja
ignorando, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o
negócio não se teria celebrado.
b) Reserva Mental: ocorre quando um dos declarantes oculta a sua
verdadeira intenção, ou seja, quando não quer um efeito jurídico
que declara querer; tem como objetivo enganar a outra pessoa
(contratante ou declaratório).
➔ exemplos:
1) declaração do autor de um livro, de que o produto
da venda dos livros terá destinação filantrópica,
mas com o único intuito de obter lucros.
2) homem, com o propósito de manter relação sexual
com uma mulher, afirma que se casará com ela.
3) estrageiro que, em situação ilegal no país, casa-se
com uma mulher da terra a fim de não ser
deportaodo.
4) declaração do testador que, com a intenção de
prejudicar o herdeiro, dispõe em benefício de quem
se diz falsamente devedor.
➔ situações:
1) se o outro contrante NÃO SABIA, o ato subsiste e
produz os efeitos que o declarante não desejava.
2) se o outro contratante SABIA, configura-se
hipótese de ausência de vontade, considerando-se
inexistente o negócio jurídico.
↳ A vontade livre não consta no CC como elemento essencial, mas é
ceto que está inserido seja dentro da capacidade do agente ou na
licitude do objeto do negócio.
↳ O negócio jurídico que não se enquadra nesses elementos de
validade é, por regra, nulo de pleno direito, ou seja, haverá nulidade
absoluta ou nulidade.
↳ O negócio jurídico pode ser também anulável, como no caso daquele
celebrado por relativamente incapaz ou acometido por vício de
consentimento.
2) Agente emissor da vontade: a participação do sujeito de direito é
indispensável para a configuração existencial do negócio jurídico.
↳ sem o sujeito, não poderá se falar em ato, mas em fato jurídico em
sentido estrito.
3) Objeto: utilidade física ou ideal, em razão do qual giram os interesses
das partes.
➔ contrato de mútuo: manifestação da vontade deverá recair sobre
coisa fungível, sem a qual o negócio não se concretizará.
↳ Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O
mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu
em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
➔ contrato de prestação de serviço: a atividade do devedor em
benefício do tomador (prestação) é o objeto da avença.
4) Forma: meio pela qual a declaração se exterioriza.
↳ Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma
especial, senão quando a lei expressamente exigir.
↳ É quando que não se confunda a forma, enquanto elemento
existencial do negócio, com a adequabilidade da forma, pressuposto da
validade.
● Plano de Validade:
↳ As palavras acima ganham qualificações.
↳ Esses elementos são aqueles que estão no plano da existência e da validade
do negócio, trazendo a sua inobservância sérias consequências para o ato
celebrado, aplicando-se a teoria das nulidades.
↳ Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
1) Capacidade do Agente:
↳ A capacidade das partes é INDISPENSÁVEL para a sua validade.
↳ absolutamente incapazes: menores de 16 anos, devem ser
REPRESENTADOS.
↳ relativamente incapazes: maiores de 16 e menores de 18 anos, devem
ser ASSISTIDOS.
↳ Negócio jurídico realizo por ABSOLUTAMENTE incapaz é NULO ou
com NULIDADE ABSOLUTA.
↳ Negócio jurídico realizado por RELATIVAMENTE incapaz é ANULÁVEL
ou com NULIDADE RELATIVA.
↳ A incapacidade relativa de uma parte não pode ser invocada pela
outra em benefício próprio, apenas se o objeto do negócio for indivisível
ou de obrigação comum a todos.
↳ Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita as
co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.
↳ A lei pode exigir, também, capacidade específica (legitimação).
↳ outorga do cônjuge para a alienação de bens imóveis por pessoas
casadas.
2) Objeto Lícito, Possível e Determinado ou Determinável:
a) objeto lícito: o negócio jurídico somente será válido se o
conteúdo for um objeto lícito, não sendo contrário aos bons
costumes, à ordem pública, à boa-fé e à função social ou
econômica de um instituto, sob pena de invalidade.
b) objeto possível: se as prestações forem impossíveis, o negócio
também será declarado nulo.
➔ impossibilidadefísica: nasce das leis físicas ou naturais,
devendo atingir a todos.
↳ a impossibilidade relativa, que atinge o devedor, mas
não outras pessoas não constitui obstáculo ao negócio
jurídico.
➔ impossibilidade jurídica: ordenamento jurídico proíbe,
expressamente, negócios a respeito de determinado bem.
↳ herança de pessoa viva.
c) objeto determinado ou determinável: o objeto é ainda pendente
de determinação.
➔ objeto determinado: quantidade + gênero + qualidade.
↳ BENS INFUNGÍVEIS.
➔ objeto determinável: qualidade + gênero.
↳ BENS FUNGÍVEIS.
3) Vontade:
↳ Manifestação de vontade exerce papel importantíssimo no negócio
jurídico.
↳ elemento basilar e orientador.
↳ A vontade diferencia o negócio dos fatos naturais ou stricto sensu.
↳ A vontade pode ser:
➔ expresso: escrito ou verbal, de forma pública ou explícita.
➔ tácito: resulta de um comportamento implícito do negociante,
que importe em concordância ou anuência.
↳ Existem três regras fundamentais quanto à interpretação dos
contratos e negócios jurídicos em geral:
a) intenção das partes:
↳ Art. 112. Nas declarações de vontade, se atenderá mais à
intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da
linguagem.
↳ intenção > sentido literal.
↳ Aplicador do direito deve sempre buscar o que as partes
queiram de fato, quando celebram o negócio, podendo até
desprezar, em certos casos, o teor do instrumento negocial.
b) boa-fé e os usos do lugar da celebração:
↳ Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
↳ São fatos que devem ser considerados de forma interpretativa
segundo os princípios da eticidade e da socialidade, da seguinte
forma:
➔ os acordos preliminares;
➔ o caráter habitual das relações mantidas entre as partes;
➔ as manifestações anteriores do declarante e do
destinatário;
➔ o lugar, o tempo e as circunstâncias anexas aos fatos.
c) interpretação restritiva dos negócios jurídicos benéficos.
↳ Art. 114. Os negócios jurídicos e a renúncia interpretam-se
estritamente.
↳ Os contratos gratuitos como são a doação e o comodato, à
vontade das partes nunca pode se dar um efeito ampliativo,
sempre restrito.
↳ renúncia: abri mão de um direito.
↳ desistência: abrir mão, momentaneamente, de um direito.
4) Forma Adequada:
↳ Deve-se revestir a forma prescrita ou não defesa em lei.
↳ A forma é elemento constitutivo ou pressuposto existencial do ato,
uma vez que a sua supressão impede a formação ou, até mesmo, o
surgimento do próprio negócio.
↳ sem uma forma de exteriorização, o negócio fica encerrado na
mente do agente, não interessando ao Direito.
a) forma livre: regra; qualquer meio de manifestação de vontade
não imposto obrigatoriamente pela lei.
b) forma especial ou solene: forma exigida pela lei, como requisito
de validade de determinados negócios jurídicos.
↳ a exigência de que o ato seja praticado com observância de
determinada solenidade tem por finalidade assegurar a
autenticidade dos negócios.
● Plano de Eficácia:
↳ Concepção: neste plano, verifica-se se o negócio jurídico é eficaz, ou seja, se
repercutiu juridicamente, imprimindo movimento dinâmico ao comércio
jurídico e às relações de direito privado no geral.
↳ Exemplo: celebrado um contrato de compra e venda existente e válido, só
será juridicamente eficaz se não estiver subordinado a um acontecimento
futuro a partir do qual passa a ser exigível.
↳ Esta etapa é chamada de elementos acidentais do negócio jurídico.
1) Condição:
↳ determinação acessória, que faz a eficácia da vontade declarada
dependente de algum acontecimento futuro e incerto.
↳ elemento acidental, que consiste em um evento futuro e incerto, por
meio do qual subordinam-se ou resolvem-se os efeitos jurídicos de um
determinado negócio.
↳ elementos fundamentais da condição:
➔ voluntariedade (não expressa em lei);
➔ incerteza;
➔ futuridade;
↳ art. 121. considera-se condição a cláusula que, derivando
exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio
jurídico a evento futuro e incerto.
↳ espécies de condição:
a) condição suspensiva: acontecimento futuro e incerto que
subordina a aquisição de direitos, deveres e a deflagração de
efeitos de um determinado ato negocial.
↳ tio que se obriga a doar gratuitamente um imóvel rural ao seu
sobrinho, QUANDO ele casar.
↳ art. 125. subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à
condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá
adquirido o direito, a que ele visa.
↳ art. 126. se alguém dispuser de alguma coisa sob condição
suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquelas novas
disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com
ela forem incompatíveis.
b) condição resolutiva ou terminativa: acontecimento futuro e
incerto que se determina o desaparecimento de seus efeitos
jurídicos.
↳ usufruto de um bem para auferir renda ATÉ QUE cole grau em
curo superior.
↳ art. 127. se for resolutiva a condição, enquanto esta se não
realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a
conclusão deste o direito por ele estabelecido.
↳ art. 128. sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para
todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um
negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização,
salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos
já praticados, desde que compatíveis com a natureza da
condição pendente e conforme aos ditames da boa-fé.
2) Termo:
↳ Acontecimento futuro e certo em que começa ou termina a eficácia do
negócio jurídico.
↳ Características fundamentais:
➔ futuridade;
➔ certeza;
↳ Termo X Prazo:
➔ termo: corresponde a uma data certa.
➔ prazo: lapso de tempo entre o termo inicial e o termo final.
↳ PRAZOS:
↳ art. 132. salvo disposição legal ou convencional em contrário,
computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluindo o do
vencimento.
§ 1. se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á
prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.
§ 2. meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.
§ 3. os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de
início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.
§ 4. os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.
a) termo inicial ou suspensivo: é o que suspende o exercício do
direito, pois fixa o dia em que o negócio começará a produzir
efeitos.
↳ a doação terá início a partir do dia 2 de fevereiro de 2030.
↳ art. 131. o termo inicial suspende o exercício, mas não a
aquisição do direito.
↳ o direito sob termo é considerado DIREITO ADQUIRIDO,
distinguindo-se da condição suspensiva, já que esta impede a
aquisição do direito.
↳ consequências:
➔ o devedor que paga uma dívida antes do termo, não pode
reaver o que pagou; se, ao revés, efetuar o pagamento
antes da condição, torna-se viável a repetição do
pagamento;
➔ se a coisa perecer por caso fortuito ou força maior antes
do advento do termo, não há direito à indenização, pois
os riscos da coisa são suportados pelo credor;
b) termo final ou suspensivo: é o que extingue o direito.
↳ a locação se extinguirá em 03 de abril de 2030.
↳ assemelha-se à condição resolutiva, pois em ambos o direito é
extinto.
↳ a extinção em razão do advento do termo produz efeitos “ex
nunc”, sem que haja retroatividade; na condição resolutiva, os
efeitos são “ex tunc”, ou seja, há retroatividade.
↳ Outras classificações do termo:
➔ termo certo: é o que se reporta a um fato certo e com data certa.
↳ 09 de agosto de 2024.
➔ termo incerto: é o que se refere a um fato certo, mas cuja data de
ocorrência não se pode precisar.
➔ termo legal: estipulado por lei.
➔ termo convencional: estipulado pela vontade das partes.
↳ pelo menos duas pessoas envolvidas.
➔ termo judicial: estipulado pelo juiz em favor do devedor que se
encontra em situação difícil de solver a dívida no prazo, ou seja,
trata-se de caridade jurídica.
↳ juiz concede fora da lei.
↳ inadmissível no direito brasilero.
↳ Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e,
nos contratos, em proveitodo devedor, salvo, quanto a esse, se do teor
do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a
benefício do credor, ou de ambos os contratantes.
↳ Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exequíveis
desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou
depender de tempo.
↳ Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as
disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
3) Modo ou encargo:
↳ Determinação acessória acidental do negócio jurídico gratuito que
impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido, em prol de uma
liberalidade maior.
↳ Autolimitação da vontade, típica dos negócios gratuitos.
↳ restrição imposta ao beneficiário da liberdade.
↳ Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do
direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo
disponente, como condição suspensiva.
↳ Exemplos: Nesse sentido, preleciona Aaron Warner:
➔ faço doação à instituição, impondo-lhe o encargo de prestar
determinada assistência a necessitados;
➔ doo casa a alguém, impondo ao donatário obrigação de residir o
imóvel;
➔ faço legado de determinada quantia a alguém, impondo-lhe o
dever de construir um monumento em minha homenagem;
➔ faço doação de área determinada à Prefeitura, com encargo de
ela colocar, em uma das vias públicas, meu nome etc.
↳ Encargo Ilícito ou Impossível: enquanto a condição suspensiva, física e
juridicamente impossível, invalida o negócio jurídico que lhe é
subordinado, o encargo considera-se não escrito, reputando-se válido
o negócio.
↳ Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo
se constituir o motivo determinante da liberdade, caso em que se
invalida o negócio jurídico.
↳ Se, contudo, o encargo ilícito ou impossível for a razão determinante
da liberdade invalida-se todo o negócio jurídico.
↳ Exemplo: É válida a doação de uma casa, acompanhada de encargo
de auxiliar determinada mulher a prostituir-se (o encargo será tido
como não escrito). É, no entanto, inválida (nula) a doação de uma casa
para nela se montar um prostíbulo.
↳ Espécies de encargo:
a) principal: imposto como a razão determinante do negócio
jurídico.
b) secundário: imposto como sendo uma obrigação de menos
importância do negócio, de modo que a liberdade se realizaria
ainda que o estipulante soubesse de antemão da nulidade dessa
cláusula.
c) observação: saber se o encargo é principal ou secundário é uma
questão de interpretação do negócio, atento às peculiaridades
de cada caso concreto, pois nenhum critério abstrato nos
fornece a chave da resolução do problema.
Encargo Condição Suspensiva
não suspende a aquisição nem o exercício
do direito, salvo quando expressamente
constar no ato como condição suspensiva.
a condição suspensiva impede a aquisição
e exercício do direito.
é coercitivo, pois a pessoa pode ser
constrangida a cumprir a obrigação.
não coage, porque ninguém pode ser
obrigado a submeter-se a uma condição.
se não for cumprido o encargo, o
interessado pode mover ação judicial
visando o adimplemento da obrigação.
não tem essa faculdade.
antes mesmo que a obrigação seja
cumprida, a pessoa já adquire o direito,
porque não suspende a aquisição nem o
exercício do direito.
não tem essa possibilidade.
é menos restritivo que a condição. na
dúvida, o negócio deve ser tratado como
encargo e não como condição.
é mais restritiva que o encargo.
adquiri-se desde logo o terreno. aquisição e o exercício do direito só
ocorrerão após a construção do asilo.

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