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Mutações e Sistema de Reparo do DNA 1. 1. Mutações e Sistema de Reparo “O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.” William Shakespeare 2. 2. Mutações: qualquer alteração na estrutura do DNA. Tipos de Mutações Quanto ao tecido envolvido: - Mutações somáticas: surgem nos tecidos somáticos, que não produzem gametas. Ocorre alterações da fisiologia do organismo - Mutações na linhagem germinativa: surgem nas células que ao final produzem gametas. Uma mutação desse tipo pode ser passada para gerações futuras, produzindo organismos individuais que leva a mutação em todas as suas células somáticas e germinativas. • Quanto à natureza da mutação: - Induzidas: causadas por agentes físicos e/ou químicos - Espontâneas: resultam de mudanças naturais na estrutura do DNA. • Quanto à localização no genoma: - Ao nível do genoma - Ao nível cromossômico - Ao nível gênico Tipos de mutações gênicas Substituições de bases: é a alteração de um único nucleotídeo no DNA. As substituições são de 2 tipos: -transição: uma purina é substituída por outra purina diferente ou, uma pirimidina é substituída por uma pirimidina diferente. -transversão: uma piramidina é substituída por uma purina ou, uma purina é substituída por uma pirimidina. 3. 3. Inserções e deleções: é a adição ou remoção,respectivamente, de um ou mais pares de nucleotídeos. As inserções e deleções dentro de sequências que codificam proteínas podem levar a mudanças de matriz de leitura do gene. As mudanças na matriz de leitura geralmente alteram todos os aminoácidos codificados por nucleotídeos após a mutação. Mas nem todas as inserções e deleções levam a mudanças na matriz de leitura. As inserções e deleções que constem em qualquer múltiplo de três nucleotídeos deixarão a matriz de leitura intacta, embora a adição ou remoção de um ou mais aminoácidos, ainda possam afetar o fenótipo. Essas mutações são chamadas de inserções e deleções inframe, respectivamente. Repetições expandidas de trinucleotídeos: mutações nas quais o número de cópias de um trinucleotídeo(um https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-2-638.jpg?cb=1382821979 https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-3-638.jpg?cb=1382821979 conjunto de 3 nucleotídeos) aumenta em número. As repetições expandidas estão associadas a diversas doenças genéticas. O aumento do número de repetições está relacionado a um aumento na severidade da doença e ainda ao aparecimento mais precoce da mesma com o passar das gerações. Efeitos fenotípicos das mutações Mutação de sentido trocado: é uma substituição de bases que resulta em um aminoácido diferente na proteína. Mutação sem sentido: muda um códon que especifica um aminoácido em um códon de parada(término da tradução). Se uma mutação sem sentido ocorrer no 4. 4. início da sequência de mRNA, a proteína será muito encurtada e geralmente não será funcional. Mutação silenciosa: muda um códon para outro códon que especifica o mesmo aminoácido que o códon original, deixando inalterada a sequência de aminoácidos na proteína. Mutação neutra: é uma mutação de sentido trocado que altera a sequência de aminoácidos da proteína mas não muda a sua função. As mutações neutras quando um aminoácido é substituído por outro que é quimicamente similar, ou quando o aminoácido afetado tem pouca influência na função da proteína. As mutações de perda de função causam a ausência parcial ou completa da proteína normal. A mutação de ganho de função produz uma característica inteiramente nova ou faz com que uma característica apareça em um tecido impróprio ou na época imprópria do desenvolvimento. Agentes mutagênicos Agentes que induzem a aparecimento de mutações. • Agentes físicos: – Calor: cliva as ligações entre as bases e seus açúcares, formando sítios apurínicos e apirimidínicos – gera deleções de ponto. – Luz ultravioleta (UV): forma dímeros de pirimidina (consiste principalmente em duas timinas) que distorcem a configuração do DNA e em geral bloqueiam a replicação. 5. 5. – Radiações ionizantes (raios-X, radiações, e ): a alta energia nessas emissões quebram as ligações fosfodiéster e alteram as estruturas das bases nitrogenadas. Agentes químicos – Análogos de base: similaridade estrutural com determinadas bases nitrogenadas – geram mutações pontuais. 5-bromouracil – derivado da timina por substituição do grupamento metila (CH3) por bromina (-Br) – pode parear com adenina, mas com mudança tautomérica pode parear com guanina. Principais https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-4-638.jpg?cb=1382821979 https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-5-638.jpg?cb=1382821979 sistemas de Reparo do DNA • Prevenção de erros Sistemas enzimáticos que neutralizam compostos nocivos antes que eles reajam com o DNA. Ex: Enzima superóxido dismutase converte radicais superóxido em peróxido de hidrogênio, e a enzima catalase converte o peróxido de hidrogênio em água. • Reparo direto por fotorreativação Presente em bactérias, protistas e plantas. 6. 6. A enzima fotoliase reconhece e se liga a dímeros de pirimidina, mas a enzima não pode atuar no escuro – na presença da luz, a enzima catalisa uma reação que converte o dímero em monômeros de pirimidina, dissociando-se do DNA em seguida. • Reparo por excisão de nucleotídeos Remove lesões volumosas de DNA(tais como dímeros de pirimidina) que distorcem a dupla-hélice. É encontrado em células de todos os organismos, de bactérias a humanos. Primeiro, um complexo de enzimas que escaneiam o DNA, procurando distorções de sua configuração tridimencional. Quando é detectada uma distorção, enzimas adicionais separam os dois filamentos de nucleotídeos na região danificada, e as proteínas de ligação unifilamentar estabilizam os filamentos separados. Em seguida, o arcabouço açúcar-fosfato do filamento danificado é clivado em ambos os lados do dano. Parte do filamento danificado é removida, e o espaço é preenchido pela DNA pol e ligado pela DNA ligase. 7. 7. • Reparo por excisão de bases Uma base modificada é primeiro removida e então o nucleotídeo inteiro é substituído. A excisão de bases modificadas é catalisada por um conjunto de enzimas chamadas de DNA glicosilases, cada uma das quais reconhece e remove uma base modificada específica. Após a base ter sido removida, uma enzima chamada AP corta o fosforil diéster e outras enzimas removem o açúcar desoxirribose. A DNA pol estão adiciona novos nucleotídeos, substituindo um trecho de nucleotídeos do filamento danificado. O corte no arcabouço fofodiéster é fechado pela DNA ligase. • Reparo de pareamento errado. Nucleotídeos inseridos incorretamente distorcem a estrutura tridimensional do DNA e, as enzimas de reparo de pareamento errado detectam essas https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-6-638.jpg?cb=1382821979 https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-7-638.jpg?cb=1382821979 8. 8. distorções. Após ter sido reconhecido o erro de incorporação, as enzimas de reparo de pareamento eliminam o trecho distorcido do filamento recémsintetizado e preenchem o espaço com novos nucleotídeos, usando o filamento original como molde. Imediatamente após a replicação, o filamento velho é metilado e o filamento novo não. O complexo de reparo de pareamento errado coloca uma sequência não metilada GATC em íntima proximidade a bases de pareamento errado. Ele corta o filamento não metilado no sítio GATC, e degrada o filamento entre o corte e as bases de pareamentoerrado. A DNA pol e a DNA ligase preenchem o espaço no filamento não metilado com nucleotídeos corretamente pareados. Doenças genéticas e Reparo por DNA danificado Os defeitos no reparo no DNA são a causa subjacente de várias doenças de doenças genéticas. Muitas dessas doenças são caracterizadas por uma predisposição ao câncer. Recomendadas 6.1.1. Categorias de Mutação Humana: A mutação é definida como uma mudança na seqüência de nucleotídeos ou no arranjo do DNA, e assim são classificadas em três categorias: Mutações genômicas: são alterações no número de cromossomos intactos (aneuploidias) que surgem de erros na segregação cromossômica, durante a meiose ou mitose. Mutações cromossômicas: são mudanças envolvendo apenas uma parte de um cromossomo, tais como duplicações, deleções, inversões e translocações, as quais podem ocorrer espontaneamente ou resultar de segregação anormal de cromossomos translocados durante a meiose; Mutações gênicas: são mudanças da seqüência do DNA dos genomas nucleares ou mitocondriais, variando desde uma pequena mudança, como um único nucleotídeo, até alterações que podem afetar milhões de pares de bases. As mutações gênicas são decorrentes de falhas nos processos de replicação https://image.slidesharecdn.com/mutaesesistemadereparo-131026211228-phpapp01/95/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna-8-638.jpg?cb=1382821979 https://pt.slideshare.net/priscilarodrigues81/mutaes-e-sistema-de-reparo-do-dna#related-tab-content ou de reparo do DNA. A codificadora pode levar a perda completa da expressão gênica ou à formação de uma variante protéica com propriedades alterada. Uma mutação genômica que deleta ou duplica um cromossomo inteiro pode alterar os níveis de expressão de centenas ou milhares de genes. De modo semelhante, uma mutação cromossômica que deleta ou duplica grandes porções de um ou mais cromossomos também pode afetar a expressão de centenas de genes. Mesmo uma pequena mutação gênica pode ter grandes efeitos fenotípicos, dependendo de qual gene tenha sido afetado e de qual efeito a alteração tenha sobre a expressão do mesmo. Uma mutação gênica consistindo em uma mudança de um único nucleotídeo na seqüência Algumas alterações no DNA, entretanto, não têm efeito fenotípico. Uma translocação ou inversão cromossômica pode não afetar a porção crítica do genoma e pode não ter quaisquer efeitos fenotípicos. Uma mutação dentro de um gene pode não ter efeito, ou porque a mudança não altera a seqüência primária do aminoácido de um polipeptídio (mutação silenciosa) ou porque a mudança não alterara as propriedades funcionais da proteína (mutação neutra). Nem todas as mutações, portanto, tem conseqüências clínicas. Todos os três tipos de mutação ocorrem com freqüência apreciável em muitas diferentes células. Se uma mutação ocorre no DNA das células que irão fornecer a população da linhagem germinativa, a mutação pode ser passada para as gerações futuras. Em contraste, mutações somáticas ocorrem por acaso em apenas um subgrupo de células em certos tecidos e resultam em mosaicismo somático, como visto, por exemplo, em muitas situações de câncer. As mutações somáticas não podem ser transmitidas à próxima geração. 6.1.2. Tipos de Mutações Humanas 6.1.2.1. Mutação por substituição de nucleotídeos: • Mutação de Sentido Trocado – este tipo de mutação é reconhecido quando a substituição de um único nucleotídeo (ou mutação de ponto) em uma seqüência de DNA é capaz de alterar o código em uma trinca de bases, e assim causar a substituição de um aminoácido por outro no produto gênico. Em muitos distúrbios, tais como as hemoglobinopatias, são derivados de mutações de sentido trocado. • Mutação Sem Sentido ou Mutação de Término de Cadeia – este classe é identificada quando uma mutação pontual no DNA causa, na seqüência do mRNA, a substituição do códon normal por um dos três códons terminais. Como conseqüências da formação de um códon de parada prematuro, o mRNA carregando a mutação é freqüentemente instável, e não é possível a sua tradução; e mesmo que o mRNA esteja estável o bastante para ser traduzido, a proteína gerada será truncada e normalmente tão instável que será rapidamente degradada. Uma mutação de ponto não apenas pode criar um códon de termino prematuro, como também pode destruir um códon de término e permitir que a tradução continue até que o próximo códon de término seja atingido. Igualmente, uma mutação criará uma proteína com aminoácidos adicionais em seus terminais carboxila que poderá comprometer qualquer função fornecida pela região 3-UTR posterior ao códon de terminação normal. • Mutações no Processamento do RA – o mecanismo normal pelo qual os mRNAs transcritos inicialmente são convertidos em mRNAs maduros requer uma série de modificações, incluindo o “cap” 5, a poliadenilação e recomposição. Todas essas etapas na maturação do mRNA dependem de seqüências específicas dentro do mRNA. No caso da recomposição, a remoção dos introns e conseqüente união dos exons requer seqüências específicas dentro e próximas das junções exon-intron (local doador 5’) ou intron-éxon (local receptor de 3’). As mutações que afetam estas bases requeridas em cada ponto doador ou receptora interferem na recomposição normal de RNA naquele local. Uma segunda classe de mutações no processamento do RNA envolve substituições de base no intron que criam locais doadores ou aceptores alternativos que competem com os locais normais durante o processamento do RNA. Assim, pelo menos uma proporção do mRNA maduro, em tais casos, pode conter seqüências de intron impropriamente recompostas. Mutações no encadeamento podem parecer por alteração das sequências conservadas dos sítios doador e receptor de encadeamento ou por ativação de sítios de encadeamento ocultos. 6.1.2.2. Mutação por deleção/inserção: As mutações também podem ser causadas pela inserção, inversão, fusão ou deleção de seqüências de DNA. Algumas deleções e inserções envolvem apenas alguns poucos nucleotídeos e em geral são mais facilmente detectadas pelo seqüenciamento de nucleotídeos. Em outros casos, um seguimento substancial de um gene ou um gene inteiro é deletado, invertido, duplicado ou translocado. Nestes casos, as mutações são normalmente detectadas pelas técnicas de biologia molecular (ex.: transferência de Souther blotting, reação em cadeia da polimerase) ou citogenética (ex.:bandeamento cromossômico, hibridização in situ por fluorescência, cariotipagem espectral). • Mutações na matriz de leitura – Quando o número de bases envolvidas não é múltiplo de três, a mutação altera a leitura da tradução a partir do ponto de mutação, resultando numa uma proteína com sequência de aminoácidos diferentes do esperado. Quando o número de bases envolvidas é multiplo de três, a mutação resulta numa proteína com a adição ou falta de aminoácidos. • Mutação por seqüências de transposição – a inserção de seqüência LINE, como descrito em alguns poucos pacientes não relacionados portadores da hemofilia A, com diversos quilibases de tamanho foi encontrada inserida em um exon no gene do fator VIII, interrompendo a seqüência de codificação e inativando o gene. Este achado sugere que pelo menos algumas das 850.0 cópias da família LINE no genoma humano são capazes de causar doenças por mutagênese insercional. As mutações em distúrbios como a doença de Huntington e a Síndrome do X- frágil envolvem a amplificação de seqüências compostas por 3 nucleotídeos. Nessas doenças, a repetição de um único trinucleotídeo, localizado na região de codificação (no caso da doença de Huntington) ou na região transcrita, mas não traduzida de um gene (no caso da síndrome do X-frágil), pode se expandir durante a gametogênese, na qual é referida como uma mutação dinâmica, e interfere com a expressão gênica normal. Uma repetição na região de codificaçãoirá gerar um produto protéico anormal, enquanto a expansão repetida em partes transcritas, mas não traduzidas de um gene, pode interferir com a transcrição, processamento do mRNA ou tradução. As mutações dinâmicas ainda não são completamente compreendidas, porém acredita-se, que durante a replicação a DNA polimerase deslize pelos filamentos que estão sendo sintetizado, aumentando assim um aumento da seqüência básica de repetição. Este fenômeno é descrito como “slippage”. 6.1.3. Conseqüências moleculares das mutações: É bom pensar nas mutações em termos de seus efeitos sobre o produto protéico. De maneira geral, as mutações podem resultar em GANHO DE FUNÇÃO ou em PERDA DE FUNÇÃO do produto protéico. Mutações de ganho de função - ocasionalmente resultam em um produto protéico completamente novo, mas comumente, resultam em hiperexpressão do produto ou em expressão inapropriada (no tecido errado ou no estágio errado do desenvolvimento). As mutações de ganho de função produzem um distúrbio DOMINANTE. Mutações de perda de função - são em geral vistas nas doenças recessivas. Aqui, uma mutação que resulta na perda de 50% do produto protéico, mas os 50% restantes são suficientes para o funcionamento normal. Portanto o heterozigoto não é afetado. Em alguns casos, entretanto, 50% do produto protéico não são suficientes para o funcionamento normal (HAPLOINSUFICIÊNCIA), podendo resultar um distúrbio dominante. Como muitos distúrbios envolvendo a haploinsuficiência, os homozigotos são gravemente afetados quando comparados com os heterozigotos. As mutações de perda de função são em geral vistas nas doenças recessivas. 6.1.4. omenclatura para as mutações: A posição da mutação é designada como estando no DNA genômico, numa seqüência de cDNA ou no DNA mitocondrial, pelo prefixo g., c. ou m., respectivamente. Uma mudança no nucleotídeo é notada primeiro pelo número daquela base, o nucleotídeo original, o símbolo “>” e o novo nucleotídeo naquela posição. No DNA, os símbolos dos nucleotídeos são maiúsculos; no mRNA eles são em minúsculos. Exemplo: g.1166A>C (mutação no DNA) Os nucleotídeos em um intron (referidos pela sigla IVS) são contados como +1, +2, e assim por diante, onde +1 é a constante G do GT no sítio doador da ligação 5’, ou como –1, -2, e assim por diante, contagem regressiva da altamente invariável G do sítio aceptor de união AG 3’. Exemplos: g.IVS33+2T>A, g.IVS33-2T>A Pequenas deleções são indicadas pelos números dos nucleotídeos deletados, separados por sublinhado (_), seguido pelo termo del, e depois os nucleotídeos reais deletados. Exemplo: c.1524_1427delCGTA Pequenas inserções são designadas por ins após dois nucleotídeos entre os quais ocorreu a inserção, seguida pelo novo nucleotídeo inserido. Exemplo: c.1277_1278insTTAC Uma mutação espontânea ou sem sentido pode ser descrita ao nível da proteína pela doação do aminoácido correto, a posição daquele resíduo, e o aminoácido que substituiu o normal. Ex: Glu6Val As mutações na seqüência do DNA podem ocorrer de forma espontânea (mutação espontânea) ou induzida (mutação induzida). No primeiro caso, as mutações são decorrentes de erros cometidos ela DNA polimerase, durante o processo de replicação do DNA. O surgimento de mutações espontâneas ocorre quando DNA polimerase insere uma base incorreta que não pode formar pontes de hidrogênio com a base no filamento parentalmolde. As mutações espontâneas também podem surgir como conseqüência de mudanças tautoméricas nas bases dos nucleotídeos. Cada uma das quatro bases nitrogenadas é capaz de existir em uma forma rara, isomérica alternativa (tautômero), tendo propriedades diferentes de pontes de hidrogênio. As raras formas imino (A*) e citosina (C*) fazem pares de bases com citosinas e adenina, respectivamente, enquanto que as raras formas enol de timina (T*) e guanina (G*) fazem pontes de hidrogênio com guanina e timina, respectivamente. Uma base pode ser incorporada em sua forma normal e então sofrer uma mudança tautomérica após a incorporação. Durante a rodada subseqüente de replicação do DNA, a presença de um destes tautômeros raros no molde pode resultar na incorporação de uma base incorreta na molécula- filha de DNA (um processo similar ocorre quando agentes mutagênicos chamados de análogos de bases sofrem tautomerização). Depurinação refere-se a quebra de ligações N-glicosílica entre a base (neste caso uma purina) e a desoxirribose do nucleotídeo, com a perda subseqüente da base nitrogenada. A menos que tal dano seja reparado antes da replicação do DNA, há uma grande probabilidade de que surja uma mutação, pois o sítio apurínico não tem a “informação” necessária para especificar a inserção da base complementar correta n o novo filamento de DNA. Se a DNA polimerase atingir o sítio apurínico antes que o reparo tenha ocorrido, a replicação pode parar e/ou uma base incorreta pode ser inserida no novo filamento de DNA em oposição ao sitio apurínico. Novamente, existem mecanismos específicos de reparo envolvendo enzimas chamadas de ENDONUCLEASES AP (AP = apurínico) para lidar com tal dano. A desaminação é um outro processo que origina mutações. Esta mutação é caracterizada pela perda do grupo amino presente na citosina. Esta, por sua vez, transforma-se em uracila. Após uma rodada de replicação, esta mutação leva a substituição do par original G-C por um A-U, que se tornará então um par A-T após outra rodada de replicação. Já as mutações induzidas são causadas por agentes conhecidos coletivamente como mutágenos. Os mutágenos de principal destaque são: Radiação ionizante (raios-X): íons eletricamente carregados quando situados dentro ou próximos de moléculas de DNA podem promover reações químicas que mudam as bases do DNA. A radiação ionizante também pode quebrar a DNA unifilamenar ou bifilamentar. Esta forma de radiação pode atingir todas as células do corpo, inclusive as da linhagem germinativa; Radiação não-ionizante (raios U.V.): esta classe de radiação forma ligações covalentes entre bases pirimidínicas adjacentes (citosina ou timina). Estes dímeros de pirimidina são incapazes de se parear apropriadamente com purinas durante a replicação do DNA. Isto resulta em uma substituição de pares de bases. Como a radiação UV é absorvida pela epiderme, não atinge a linhagem germinativa, mas pode causar câncer de pele. Análogos de bases: podem substituir uma base verdadeira do DNA durante a replicação. O análogo não é exatamente igual à base que substitui, de modo que pode causar erros de pareamento durante as replicações subseqüentes. 6.2. RECOMBINAÇÃO Uma importante propriedade do DNA das células é a sua capacidade de sofrer rearranjos, que podem ocasionar desde novas combinações entre os genes presentes em qualquer genoma individual até alterações qualitativas e quantitativas na expressão desses genes. Trata-se de uma fonte de variação genética fundamental para permitir que os organismos evoluam em resposta a mudanças ambientais. Esses rearranjos do DNA são realizados pela recombinação genética. Duas amplas classes de recombinação são comumente reconhecidas: a recombinação geral e a sítio-específica. Na recombinação geral (ou recombinação homóloga), a troca genética envolve seqüências homólogas (complementares) de DNA. Um dos exemplos mais importantes desse tipo de troca entre cromossomos homólogos (denominado crossing–over) acontece na meiose. O crossing-over ocorre entre cromossomos altamente relacionados nos estágios iniciais de desenvolvimento de óvulos e espermatozóides. Na recombinação sítio específica não é necessária homologia extensa do DNA. Nesse caso, as trocas ocorridas são curtas. Seqüências específicas de nucleotídeos são reconhecidas por uma enzima de recombinação sítio-específica que altera a posição relativa das seqüências de nucleotídeos nos genomas. 6.2.1.Recombinação geral Esse tipo de recombinação pode ocorrer em qualquer local ao longo de 2 moléculas complementares de DNA. O principal resultado desse processo é sempre o mesmo: duas moléculas de DNA homólogas sobrepõem-se e trocam partes (crossing-over), isto é, suas hélices duplas quebram-se e as duas extremidades quebradas unem-se com suas parceiras opostas para formar, novamente, duas hélices intactas, cada uma composta por partes das 2 moléculas de DNA iniciais.O sítio de troca pode ocorrer em qualquer lugar da seqüência homóloga de nucleotídeos das 2 moléculas de DNA envolvidas. Uma fita de uma das moléculas faz pareamento de bases com uma das fitas da outra molécula, criando a junção “alternativa” (staggered joint), usualmente chamada de junção heterodúplex, entre as duas diferentes hélices duplas. Não há alteração nas seqüências de nucleotídeos no sítio de troca; a quebra e os eventos de re-ligação ocorrem de uma forma tão precisa que não há perda, ganho ou alteração de um único nucleotídeo. A freqüência de recombinação não é constante ao longo de todo o genoma e é influenciado por efeitos tanto globais quanto locais (• X •, e dentro do mesmo genoma). A recombinação necessita de um mecanismo que permita que um dúplex interaja com outro dúplex homólogo (fitas simples envolvidas). O mecanismo utilizado provém do modo pelo qual os ácidos nucléicos reconhecem um ao outro (complementaridade). Um pareamento extensivo de bases entre dois dúplices homólogos só poderá ocorrer se um corte é primeiramente feito em um deles, deixando a fita livre para os eventos de desenrolamento e enrolamento necessários à formação de um heterodúplex com a outra molécula de DNA. Portanto, qualquer evento de troca requer pelo menos duas clivagens, uma em cada uma das fitas das hélices duplas que irão interagir. Finalmente, cada uma das quatro fitas deve ser clivada para permitir que cada uma seja ligada a uma parceira diferente. Na recombinação geral, esses eventos só ocorrem quando duas hélices de DNA dividem uma extensa região de homologia. Acredita-se que qualquer evento que resulte em quebras na cadeia de DNA estimule o início de um processo de crossing-over. Por isso, por exemplo, radiação UV aumenta a freqüência de crossing-over na célula, ao criar quebras na fita dupla ou regiões de fita simples do DNA. 6.2.1.1. Enzimas e mecanismos moleculares da recombinação genética A ação de conectar 2 moléculas de DNA de fita dupla é o ponto principal do processo de recombinação. A troca recíproca entre as extremidades livres cria uma conexão entre os dois dúplices, que formam uma molécula unida. O ponto no qual uma fita de DNA cruza de um ponto para outro é chamado de junção recombinante. Uma característica importante de uma junção recombinante é a sua capacidade de mover-se ao longo do dúplex. Tal mobilidade é chamada de migração da ramificação. O ponto de ramificação pode migrar em ambas as direções, à medida que uma fita é deslocada pela outra. Quando a molécula unida rota um dúplex em relação ao outro, isso pode ser visualizado em um plano como uma estrutura de Holliday. A molécula unida, formada pela troca de fitas, deve ser resolvida em dois dúplices separados. A resolução necessita de um par de clivagens adicional. Se os cortes forem feitos no par de fitas que não foram originalmente clivadas (o par de fitas que não iniciou a troca), todas as 4 fitas originais são clivadas. Isso resulta em moléculas de DNA “recombinantes combinadas”. Se as mesmas duas fitas envolvidas nas clivagens originais forem clivadas novamente, as outras duas fitas permanecerão intactas. As clivagens liberam os dúplices parentais, os quais permanecem intactos, salvo que cada um possuirá um vestígio do evento de recombinação, na forma de uma região de heterodúplex. Esses recombinantes são chamados de “recombinantes remendados”. Proteína RecA - RecA possui um papel central na recombinação, atuando tanto como uma proteína estrutural como em reações catalíticas. Essa enzima é capaz de parear duas moléculas de DNA homólogas e catalisar as reações de trocas de fitas, levando à formação do heterodúplex de DNA.RecA reconhece especificamente DNA de fita simples e anela esse segmento a uma seqüência complementar de um dúplex homólogo, substituindo, simultaneamente, a fita original complementar pela nova fita. Se ATP está presente, a proteína RecA do filamento pode, então, ir desenrolando sucessivamente diferentes partes do dúplex, na tentativa de anelar o filamento de fita simples a uma região desenrolada. Uma vez que uma pequena porção é corretamente pareada, usando como molde a cadeia intacta, a energia do ATP direciona a reação de pareamento até o final. A proteína RecA é deslocada quando a nova molécula de DNA híbrida é formada. A proteína RecA possui um papel central na regulação da recombinação genética, na reparação do DNA e na mutagênese induzida por UV.Estudos demonstraram que a proteína RecA é ATPase DNA- dependente. No entanto, a reação de troca de fitas é isoenergética (para cada par de bases quebrado, outro par é formado) e ocorre mesmo na ausência de ATP.A proteína RecA pode atuar guiando a formação de uma hélice com quatro fitas, composta pelas duas moléculas de DNA, acelerando o processo de troca de fitas e permitindo que a junção se mova ao longo de toda a região do dúplex. Enzimas Acessórias Proteínas RecBCD - Complexo protéico com potentes atividades nucleásica, de helicase e de ATPase. Uma carcterística importante dessas proteínas é que iniciam o processo de desenrolamento e degradação do DNA somente em uma molécula que contenha uma extremidade livre. Também foi demonstrado que o complexo RecBCD promove a recombinação com maior freqüência em cadeias de DNA que contêm o chamado sítio chi, com seqüência 5’-GCTGGTGG-3’. Quando essa seqüência é reconhecida, uma atividade endonucleásica específica de RecBCD cliva uma das fitas de DNA em uma região próxima ao sítio chi. O reconhecimento desse sítio faz com que a subunidade RecD dissocie-se do complexo ou torne-se inativa, ficando o complexo apenas com sua atividade de helicase. Outras enzimas RuvA e RuvB: reconhece junções Holliday, e atua como helicase RecG: helicase RuvC: endonuclease, reconhece junções Holliday (tetranucleotídeo ATTG): direciona a resolução SSB: protegem o segmento de fita simples da degradação por nucleases até que o processo de pareamento homólogo inicie; DNA polimerase: preenche as lacunas deixadas quando 2 moléculas de DNA recombinantes são clivadas separadamente. DNA ligase: une os fragmentos deixados pela DNA-polimerase. 6.2.2. Recombinação sítio-específica Pela sua natureza, o crossing-over geralmente preserva a ordem das seqüências de DNA em cromossomos homólogos. Em casos excepcionais, no entanto, as células também utilizam um elaborado processo recombinacional de regulação, que tem como conseqüência o rearranjo de seqüências através da recombinação direta entre sítios especiais. Segmentos de DNA podem ser movidos pela recombinação sítio-específica, resultando, freqüentemente, na expressão de diferentes genes ou grupos de genes. A recombinação sítio- específica não envolve extensa homologia entre as seqüências de DNA, como ocorre no crossing-over. Ela necessita apenas que as seqüências de ligação sejam localizadas por enzimas especializadas, que catalisam a quebra e a reunião das moléculas. Esse tipo de recombinação é iniciado por processos reguladores que tornam as enzimas corretas disponíveis. Na recombinação sítio-específica conservativa, uma molécula de DNA é clivada em ambas as fitas em dois locais específicos e as extremidades são religadas às suas novas parceiras. O primeiro passo na recombinação sítio-específica é a ligação de proteínas (recombinases) a alguns ou a todos os elementos de reconhecimento de um ou ambos os sítiosque irão recombinar. Depois disso, esses sítios fazem uma sinapse (ou troca de fitas). Não é necessária homologia entre as partes recombinantes nessa etapa. A complexidade dos sistemas de recombinação sítio-específica varia muito, e cada sistema tem uma recombinase específica que reconhece as seqüências de DNA. Freqüentemente, a região codificadora dessa recombinase está relacionada com seus sítios de reconhecimento e, algumas vezes, com um elemento reforçador (enhancer) recombinacional. Introdução Com o passar dos tempos, o interesse pela origem do ser e consequentemente fenómenos a que a “ele” se associam, fizeram com que suscitasse o interesse de muitos cientistas, que através de muita pesquisa, descobriram o ADN, um dos aspectos que explicam muitas das características do ser Humano. Ao ADN estão associados erros genéticos e suas implicações, temas que abordaremos neste trabalho, com o objectivo de perceber em que consistem, a sua aplicação, e as suas consequências. DNA O que é o ADN? A sigla ADN é a abreviatura de Ácido Desoxirribonucleico. É no ADN que está contida toda a nossa informação genética, sob a forma de genes. A http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm forma como cada um de nós é resulta da interacção dos nossos genes com o ambiente que nos rodeia, desde o momento em que somos concebidos até à morte. Como é constituído o ADN? O ADN é constituído por quatro tipos de “tijolos” básicos (nucleótidos) que se associam de uma forma específica, formando uma cadeia dupla: adenina (A), guanina (G), timina (T) ecitosina (C). É possível ler a cadeia de ADN, obtendo-se uma sequência de letras, como por exemplo, ATGATTCTGTAGCCTGATCCC. À sequência completa do ADN de cada célula chama-se o genoma. Cada conjunto de três nucleótidos (também chamados bases) codifica um aminoácido, a unidade constituinte das proteínas. Quando existem erros na cadeia do ADN (mutações), poderão são incorporados aminoácidos errados na proteína, e esta deixará de funcionar correctamente – daqui resultam as doenças, como, por exemplo, o cancro. Muitas vezes os erros no ADN são transmitidos de pais para filhos – daqui resultam as doenças hereditárias. Qual a estrutura do ADN? O ADN tem a forma de um escadote enrolado, ou seja, de uma hélice dupla em que os degraus são formados por pares de bases ligadas entre si. A sua estrutura foi proposta há precisamente 50 anos por James Watson e Francis Crick em Cambridge, Inglaterra. A descoberta da estrutura do ADN abriu o caminho para se compreender como é que a informação genética é transmitida de pais para filhos, ou de uma célula para outra, isto é, como funciona a hereditariedade. Hoje em dia, esta descoberta tem um impacto em muitas áreas da vida moderna, tais como a saúde e a medicina, a reprodução, a alimentação, a longevidade, o ambiente e a indústria. A imagem da dupla hélice do ADN tornou-se também num ícone, utilizada por cientistas, artistas e organizações políticas, de tal modo que hoje é considerada a Mona Lisa da ciência. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/adenina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/guanina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/tinina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/citosina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/genoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/base.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm Mutações Uma transformação dos genes determina o aparecimento de novos caracteres. É esse fenómeno que resulta da alteração do ADN obtida sem interacção com outra molécula deADN e que é responsável pela modificação hereditária das características do ser vivo onde ocorreu que se chama mutação. Ela actua do mesmo modo, em planos morfológicos, fisiológicos, bioquímicos, bem como psíquicos. As mutações, conhecidas há muito tempo como monstruosidades hereditárias, foram estudadas primeiro pelo botânico holandês de Vries e sobretudo pelo geneticista americano Thomas Morgan, Existem inúmeras mutações que por sua vez, se subdividem em mutações genéticas (mutações pontuais), mutações cromossómicas estruturais (mutações estruturais) e mutações cromossómicas numéricas . A maior parte das mutações são invisíveis. Os genes mutados recessivos não se manifestam quando em presença dos alelos dominantes. Só se manifestam na sua ausência, em geral quando dois gâmetas portadores de um gene recessivo se reúnem pela fecundação. Algunsgenes mutados apenas determinam pequenas modificações na composição química doorganismo, provocando alterações diminutas e bastante difíceis de observar. Uma mesma mutação pode reaparecer periodicamente. Se for nociva, o gene mutado perder-se-á mais cedo ou mais tarde, visto que o organismo pode ser pouco viável ou ocorrer morte prematura. O facto de se falar em genes normais e genes mutados não significa que os primeiros não provenham igualmente de mutações. A sua persistência deve- se ao facto de serem factores que determinam as características mais favoráveis, sendo possivelmente o produto de uma longa acção de selecção natural que conduziu à sua relativa estabilidade. As mutações ocorrem correntemente em núcleos intercinéticos, isto é, numa fase em que não estão em divisão mitótica. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/molecula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/alelo_dominante.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gameta.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/generecessivo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/fecundacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/organismo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/organismo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htmAs mutações são sempre alterações bruscas e imprevistas do material hereditário. Erros nos mecanismos de síntese proteica Durante o processo de divisão celular e diferenciação celulares, ocorrem, por vezes, erros que conduzem à produção de células anormais, ou seja, a maior quantidade de erros ocorre aquando da divisão celular, devido à necessidade de duplicar cada cromossoma, de modo a que cada célula filha tenha uma cópia. Exemplos de processos onde ocorrem esses erros são na Replicação, na Transcrição e na Tradução. Replicação No decorrer da vida, o DNA sofre alterações denominadas de mutações, causadas por erros que ocorrem durante a duplicação do DNA, necessária para a divisão celular. O aparecimento de mutações no DNA ocorre em todos os seres vivos, um processo que é fundamental para a evolução e diversidade das espécies. O DNA polimerase pode corrigir erros de replicação. Durante a replicação tem-se cerca de 1 erro em cada 109 ou 1010 nucleotídeos. Como este número é muito pequeno pensou-se que não seria possível tanta fidelidade de replicação dada pelo pareamento de bases, mesmo porque estudos relataram que se os erros derivassem única e exclusivamente do pareamento de bases a frequência de erros seria muito maior. Estes dados levaram pesquisadores a desconfiar da existência de outro factor ou factores que estariam agindo para diminuir os erros da replicação. A resposta a esta dúvida veio a ser esclarecida através da observação da existência de uma das acções das enzimas DNA polimerases I e III, na sua acção exonucleásica de 3’ para 5’, retirandonucleotídeos em direcção oposta àquela em que funciona a polimerase. Se um nucleotídeo errado é inserido na cadeia, a enzima polimerase reconhece, pois os nucleotídeos não irão formar pontes de hidrogénio, e retorna ao ponto onde ocorreu o erro hidrolisando http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/traducao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/enzima.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm onucleotídeo errado a partir da extremidade 3’. Depois de removido o nucleotídeo a enzima polimerase continua agindo, agora com actividade polimerásica. Esta revisão e a capacidade de correcção são muito importante pelo facto de que erros na replicação comprometem toda a espécie enquanto que erros na transcrição ou na tradução comprometem apenas umaproteína de determinada célula. Actualmente, sabe-se que a replicação do DNA é um processo com alguma complexidade que envolve a acção de algumas enzimas (Helicase e a Primase). Existe erros tanto na replicação como na transcrição do DNA para RNA. A única diferença é que existe maior probabilidade de erros na transcrição do que na replicação. O mecanismo de replicação é descrito da seguinte maneira: Transcrição Aquando da transcrição de informação de DNA a RNA, as duas cadeias de DNA separam-se parcialmente. A cadeia sense, (aquela que ocorre no sentido: 5’ para 3’), separa-se da cadeia antisense (que ocorre de 3’ para 5’). A cadeia de DNA antisense é usada como molde pelas enzimas da transcrição para a produção do mRNA. Este processo é designado de transcrição. A figura seguinte pretende representar, de forma simplificada, o mecanismo de replicação do DNA. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/enzima.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/especie.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/traducao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/enzima.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidoribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidoribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/enzima.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/rnamensageiro.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm Tradução A tradução é um processo em que utiliza a informação genética proveniente da transcrição para sintetizar proteínas. Essa informação desloca-se para o citoplasma coordenando a sequência de aminoácidos. Para além do mRNA estão envolvidos o tRNA e o rRNA. Neste processo o erro que pode ocorrer é na leitura feita através do mRNA que , se engana, a tradução da cadeia é transferida erradamente para o tRNA, passa para o rRNA até aoaminoácido. Logo, se acontece algum erro ele assim irá para a síntese de proteínas. Na síntese de RNA não ocorre o fenómeno de reparo, fenómeno que ocorre na replicação doDNA, mas como o RNA não sofre replicação os possíveis erros não são passados para futuras gerações. Durante a transcrição, apenas um gene de cada fita de DNA é transcrita. Logo, se ocorrer um erro dentro do gene, ele vai ser transcrito para o DNA. Em algunsorganismos uma cadeia é molde para alguns genes e a outra para outros genes, em outrosorganismos todos os genes transcritos estão na mesma cadeia de DNA. Tipos de Mutações Existem dois tipos de mutações genéticas: as mutações cromossómicas e as mutações génicas. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/traducao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/citoplasma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/rnamensageiro.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/rnamensageiro.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidoribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidoribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/organismo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/organismo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm Mutações Génicas As mutações génicassão as que alteram a informação de um gene através da adição, substituição ou perda de bases, alterando ou não uma sequência de aminoácidos codificada pelo gene, ou impedindo que essa sequência seja produzida. As mutações génicas são a de substituição (troca de um nucleotídeo por outro), a adição (introdução de um nucleotídeo suplementar) e a deleção (perda de um nucleotídeo). Substituição: Ocorre a troca de um ou mais pares de bases. Chama-se transição a substituição de uma purina por outra ou de uma pirimidina por outra e transversão a substituição de uma purina por uma pirimidina ou vice- versa. Adição: Acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição. 5’ ATT CGA TAT TCA 3’ ----» 5’ ATT CGC ATA TTC A 3’ Deleção: Acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição. Quando o número de bases envolvidas não é múltiplo de três, a mutação altera a leitura da tradução a partir do ponto de mutação resultando numa uma proteína com sequência deaminoácidos diferentes. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/delecao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleotidos.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/purina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/pirimidina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/purina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/pirimidina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/molecula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/transcricao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm Quando o número de bases envolvidas é múltiplo de três, a mutação resulta numa proteína com a adição ou falta de aminoácidos. Mutações Cromossómicas As mutações cromossómicas podem ser estruturais ou numéricas. As estruturais derivam de duplicação, deleção, translocação e inversão. Como as mutações cromossómicas alteram trechos inteiros de cromossomas, elas podem ser detectadas por técnicas histológicas como o bandeamento. - Duplicação: quando ocorre a presença de um pedaço duplicado do cromossoma, acarretando uma dupla leitura de genes. - Deleção: quando ocorre a perda de um pedaço do cromossoma, com a consequente perda de genes. - Translocação: quando ocorre a troca de pedaços entre cromossomas não homólogos, provocando erros na leitura. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/translocacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm - Inversão: Não altera a proteina em termos genéticos. Ainda assim, é menos provável ocorrer justamente numa trinca de éxon. Aspectos gerais Origem de novos alelos A mutação proporciona o aparecimento de novas formas de um gene e, consequentemente, é responsável pela variabilidade genética. Entretanto, o processo de melhoramento, viamutação, não é muito usado por ser caro, trabalhoso e de resultado incerto. Em caso de necessidade, é mais fácil fazer uso da variabilidade genotípica obtida pelos processos meióticos, do que tentar gerar variabilidade genética. Podem ser reversíveis As mutações podem se reverterem, mas a mutação nos dois sentidos não ocorrem com a mesma taxa. A reversão requer uma mudança específica, mas a mudança original pode ocorrer em qualquer um dos nucleotídeos da estrutura do gene. Em mutações espontâneas tem sido verificado que u (taxa de mutação) é aproximadamente 10 vezes superior a v (taxa de retromutação). Mutações espontâneas vs induzidas As mutações serão ditas espontâneas quando as causas que deram origem à alteração noDNA são desconhecidas. Quando se conhece a causa diz-se que a mutação foi induzida. Em geral, as mutações espontâneas ocorrem em proporção de 1/10^6 a 1/10^5. Através da indução pode-se aumentar a frequência da mutação, mas, de maneira geral, não se pode orientá-la, no sentido desejado. Um exemplo de uma mutação espontânea vantajosa é o cultivar de soja "Viçoja" mutante originado de plantações de soja. Nestas plantações surgiu uma planta mais alta, tardia e que não segregou dando origem, posteriormente, ao cultivar "UFV - 1" http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm Podem ser recorrentes Como as mutações se repetem tanto no tempo como no espaço, podemos associá-las a determinadas taxas, e deduzirmos teoricamente o seu efeito como agente de alterações da frequência genética de uma população. Podem ser hereditárias A mutação será hereditária quando atingir uma estrutura gamética ou qualquer órgão que venha contribuir para a formação da geração descendente. Uma mutação germinativa poderá ser transmitida de geração após geração, quando a espécie em consideração contar com algum processo que permita a multiplicação da mutação na área somática. Este facto é frequente quando a espécie contar com qualquer processo de propagação vegetativa. As mutações germinativas são consideradas as “verdadeiras mutações. Podem afectar apenas o indivíduo onde ocorrem As mutações que afectam apenas o indivíduo onde ocorrem chamam-se mutações somáticas. Têm como destino serem reparadas pelos mecanismos próprios do DNA, não têm efeito nem originam cancro, quando houver alterações na regulação ou na morfologia da célula. Afectam células somáticas e portanto não são passadas hereditariamente. Causas de mutações As mutações podem ocorrer espontaneamente ou serem induzidas por agentes mutagênicos. substancias químicas, tais como por exemplo, cafeína; álcool; inseticidas e fungicidas, presentes em vegetais e frutas, são responsáveis por uma parte daquilo que julgamos serem mutações espontâneas. Os agentes mutagenicos dividem-se em três grupos: fisicos, quimicos e biológicos. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/alcool.htm Fisicos - Radiação: - A radiação de alta energia (raios gama, betae alfa) causa mutações. A radiação do som é pouco concentrada em energia, porém, absorvida pelos tecidos vivos, converte-se em calor. Por sua vez, este pode aumentar a taxa de mutações. As radiações ionizantes (urânio) são naturais, mas responsáveis por grande parte das mutações. - Temperatura: Em determinados organismos a variação de ºC pode duplicar a taxa de mutação Químicos - Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos: os hidrocarbonetos como aqueles presentes em qualquer tipo de fumo (tabaco principalmente), causam mutações no X. - Outros químicos: como por exemplo arilaminas (corante industrial) no cancro da bexiga, aflatoxina (toxina de fungo presente em alguma comida bolorenta). - Irritação crónica: a irritação crónica com morte e divisão celulares constantes leva a uma maior taxa de mutações devido à maior probabilidade de erros no X quando a sua replicação durante a divisão celular. Como exemplos disso temos, a Hepatite crónica por alcoolismo, a pancreatite crónica por alcoolismo ou a cistite crónica por infecção. - Cafeína: é um derivado da purina; várias purinas foram indicadas como substâncias que causam quebras nos cromossomas de plantas e bactérias. Por este motivo, sempre houve grande interesse pela cafeína por causa da grande quantidade que o homem civilizado ingere através do chá ou café. Biológicos - Vírus: alguns vírus causam mutações no X. Alguns exemplos são o vírus Epstein-Barr, que causa a doença do beijo, Papilomavirus que causa a http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/cromossoma.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/bacteria.htm verruga e o condiloma acuminado (cancros do pénis e colo do útero), vírus da Hepatite B e C. - bactérias: a infecção do estômago crónica com Helicobacter pylori predispõe ao desenvolvimento de cancro do estômago e a linfomas associados à mucosa (Mal Tomas). Exemplos de mutações No Ser Humano podem ocorrer muitas mutações das quais passamos de seguida a enumerar algumas: Exemplos de Mutações que podem causarem deficiências: - Trissomia 21 – é uma representação em triplicado de um cromossomo.; - Sindroma do grito de gato – é uma perturbação do desenvolvimento que tem por causa uma deficiência.; - Anemia Falciforme – é uma das muitas mutações descritas da hemoglobina; - Fenilcetonúria, - Idiotice fenilpirúvica; - Depranocitose; - Trissomia XYY; - Trisomia XXY; - Monossomia X; - Hiperploidia. Exemplo de Mutações que podem levar à morte: - Cancro (tumor) – é o nome de um tumor maligno que se refere geneticamente às doenças em que determinado grupo de células do corpo se divide de forma descontrolada, invadindo os tecidos. É causada por mutações no DNA, que podem ser hereditárias, mas mais frequentemente são adquiridas ao longo da vida. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/bacteria.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm - Fibrose cística – esta doença ataca os mais novos, danifica os órgãos digestivos e os pulmões levando à morte prematura As mutações têm algum efeito positivo? Com a série de doenças humanas causadas por mutações, o que dizer dos efeitos positivos? Com milhares de exemplos de mutações prejudiciais, seguramente seria possível descrever algumas mutações positivas se a macro-evolução fosse verdade. Estas seriam necessárias não apenas para a evolução em direcção a uma maior complexidade, mas também para compensar os danos de muitas mutações prejudiciais. Porém, quando se menciona a identificação de mutações positivas, os cientistas evolucionistas ficam estranhamente silenciosos. Mutações e o melhoramento O processo evolutivo consiste basicamente em concentrar em uma população indivíduos com maior frequência de genes favoráveis. Um organismo evoluído é resultante de um processo de selecção, no qual as mutações que lhe eram vantajosas foram preservadas. Portanto, para estes indivíduos é pouco provável que alterações aleatórias nos genes possam contribuir para melhorias, uma vez que o organismo já se encontra em estágio avançado de selecção. Assim, de maneira geral, considera-se que a maioria das mutações são prejudiciais. A mutação é responsável pela variabilidade genética e por extensão pela variabilidade genotípica. Ela fornece a matéria-prima para o processo evolutivo e, em algumas situações é fundamental para o melhoramento, cujo sucesso depende da existência de variabilidade. Entretanto, os organismos mais evoluídos apresentam uma grande diversidade de germoplasma (conjunto de DNA), que associado ao processo meiótico tem fornecido materiais adequados às exigências dos programas de melhoramento. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm O uso de agentes mutagênicos é caro, trabalhoso e de resultado incerto. Seu uso tem se justificado quando não mais existe variabilidade no germoplasma. Mutacismo A ideia de que alguma informação acerca de ambientes antigos era armazenada em unidades que denominamos genes foi apresentada pela primeira vez por Gregor Johann Mendel em 1860. As suas ideias não foram aceites pela comunidade científica até que foram redescobertas por três biólogos no início do século XX. Hugo de Vries, um dos três re-descobridores da natureza específica da informação genética, propôs que as mutações, por si sós, na ausência de selecção natural, podiam originar novas espécies. Esta hipótese foi denominada teoria mutacionista ou teoria da "saltação" ou mutacionismo. Nem de Vries nem nenhum dos outros dois cientistas que defendiam o mutacionismo supunham que as interacções ente os organismos e o meio poderiam ser capazes de alterar a informação genética de uma população. Explicavam que as novas espécies ocorriam somente quando as mutações tinham efeitos drásticos nos indivíduos, de tal maneira que a formação de uma espécie era instantânea. Os mutacionistas consideravam que a selecção natural era estritamente uma força negativa, capaz da manutenção da carga genética da espécie por remoção da carga genética inapta. Hugo de Vries defendia que "a selecção natural pode explicar a sobrevivência do ajustamento mas não explica a chegada do ajustamento". De Vries desconhecia a selecção estabilizadora e rejeitava a hipótese da selecção direccionada como contributos para a evolução de novas espécies. Esta teoria foi muito criticada, dizendo-se que, na reprodução sexual, as espécies necessitavam de dois indivíduos para se reproduzir e como tal a mesma mutação deveria ocorrer não só num indivíduo mas em dois - uma no macho e outra na fêmea - e os genes teriam que transportar o "esperançoso monstro" para as gerações seguintes. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/reproducao_sexuada.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm Função das proteínas nas Características dos seres vivos: O DNA é um polímero com quatro tipos diferentes de bases: Adenina (A), Timina (T),Guanina (G) e Citosina (C). A série de bases é traduzida em sequências proteicas de acordo com os tipos de bases (cada aminoácido corresponde a uma série de três bases). Diferentes sequências de aminoácidos com diferentes propriedades químicas levam a diferentes comportamentos das proteínas. A substituição ou eliminaçãode uma única base pode levar aproteínas diferentes, mais quantidade produzida de uma proteína ou silenciamento do gene. As proteínas não são simplesmente substâncias benéficas que obtemos da carne de outros alimentos. São sequências formadas nos genes de onde têm informações para determinadas características espalhadas por todo o corpo e são, também, moléculas complexas que apresentam um conjunto extraordinário de propriedades e funções, sendo componentes de elementos estruturais transportadores de oxigénio e anticorpos, além de serem enzimas essenciais e catalizadoras na própria molécula de DNA. As proteínas compõem-se unicamente de aminoácidos. Embora existem apenas vinte variedades de aminoácidos, longas repetições de sequências múltiplas permitem dezenas de milhares de combinações de aminoácidos para formar uma grande variedade de proteínas. De facto, existem cerca de 50 mil tipos de diferentes proteínas no nosso corpo em que cada uma dessas combinações de codões é um gene. As proteínas são uma parte muito importante de qualquer ser vivo. Elas entram na composição do nosso corpo e são essenciais para que a máquina humana trabalhe a todo vapor. Conhecer a função de uma proteína ajuda- nos a entender como essa máquina funciona. Quando apanhamos sol sem protector solar, por exemplo, o DNA das nossas células tem que ser reparado. Porquê? Por que os raios ultravioleta, ou raios UV, podem quebrar o DNA. Se o DNA for danificado, essa célula pode morrer ou tornar-se cancerosa. Para que isso não aconteça as proteínas fazem uma reparação e consertam o DNA. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/adenina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/tinina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/guanina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/citosina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/molecula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/anticorpo.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/enzima.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/molecula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/codao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/celula.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm Existem várias proteínas que corrigem os erros nas cadeias do DNA e podem ser essasproteínas que reduzem a taxa de erros ou mutações a um mínimo. Se os genes destasproteínas sofrerem mutações, elas podem ser inutilizadas, ocorrendo maior taxa demutações subsequente – fenómeno denominado instabilidade genética. Proteínas que no momento de origem são inúteis podem vir a assumir alguma função no futuro, devido a mudanças de ambiente, mutação de outras estruturas ou adaptação do organismo. Isso leva-nos de volta à principal função do DNA: produzir proteínas. Por isso é que as proteínas são importantes num ser vivo pois têm a capacidade de reparar e consertar o DNA através da produção de aminoácidos. Conclusão Com este trabalho, podemos concluir que a nível dos genes podem surgir erros que consequentemente provocam mutações e possíveis deficiências (físicas, mentais, etc.) Podemos ainda acrescentar que é devido principalmente a uma “falha” na cópia do código genético do DNA para o mRNA que surgem erros, que por sua consequência darão origem às mutações. http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/gene.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mutacao.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/proteina.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/aminoacido.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/acidodesoxirribonucleico.htm http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/rnamensageiro.htm
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