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Sangue Funções do sangue Respiratória Nutrição Excreção: rim e fígado Defesa Equilíbrio hídrico: filtração Regula o pH Pressão osmótica Transporte hormonal Distribui calor Composição Soro: é obtido após a coagulação, porção liquida do sangue sem fatores de coagulação e sem células. Plasma: ↪Proteínas plasmáticas: albumina, alfa/beta/gama globulina, fibrinogênio. • Albumina: sintetizada no fígado, não glicolisada (não possui carboidrato em sua composição, logo, tem menor viscosidade) ➢ Mantém a pressão osmótica do plasma: evita saída de liquido do capilar. ➢ Transporte inespecífico (baixa afinidade ao se ligar) de substancia principalmente lipossolúvel. ➢ Fonte de aminoácidos • Globulinas: ➢ Alfa-globulina: produzida no fígado. ❖ Transporte especifico de substancias ❖ Inibidoras de proteases: não permite a quebra da proteína pelas proteases ➢ Beta-globulina: produzida no fígado. ❖ Função de transporte: lipoproteínas (LDL, HDL), transferina (ferro) ➢ Gama-globulina: produzidas pelos linfócitos. São os anticorpos. ➢ Fibrinogênio: produzido no fígado. Produz a fibrina (é uma “cola” biológica para grudas as coisas). Disfunção hepática O fígado aumenta de volume, com o dano hepático diminui a pressão osmótica e causa ascite (barriga d’água), isto é, acumulo de líquido no abdômen. Como diminui a função hepática, o paciente tem icterícia e essa diminuição atrapalha a coagulação, ou seja, o individuo começa a ter tendencia hemorrágica Enzimas plasmáticas São enzimas intracelulares que são liberadas no plasma após destruição celular. Quanto mais enzima no plasma, mais células foram destruídas. Elas não têm função para o sangue, o único funcionamento é para diagnostico de destruição celular. E dependendo de qual enzima esteja presente, dá para saber qual célula de qual tecido foi destruída. Células sanguíneas: trombócito, eritrócito e leucócito Eritrócito: é um saco de hemoglobina que possui anidrase carbônica (enzima que catalisa a seguinte reação: H2O + CO2 → H2CO3 → HCO3- + H+) ↪Variação patológica no seu tamanho pode gerar: macrocitose (problema ao passar por pequenos capilares - anemia hemolítica) ou microcitose (transporta menos oxigênio – anemia microcítica) ↪Tem habilidade de mudar de forma para passar em alguns capilares menores. ↪Membrana do eritrócito: • Proteínas integrantes da membrana: bomba de sódio-potássio, proteína que troca HCO3- por Cl- (CO2 entra no eritrócito reage com H2O), glicoporina (entrada de glicose). • Proteínas extrínsecas (fora da membrana, mas dentro da célula) da membrana do eritrócito: ligadas ao citoesqueleto permitem a deformação para se ajustar a capilares pequenos. São a espectrina e a actina. ➢ Alteração na espectrina causa esferocitose, que deixa a hemácia esférica e mais sensível a hemólise. ↪Eritrócito velho perde as seguintes funções: ocorre hemólise natural ao perder suas funções no baço. • Capacidade de manter estável o equilíbrio osmótico pela bomba de sódio/potássio, ou seja, a célula recebe água e sofre hemólise. • Movimentação do citoesqueleto. • Oxidação do ferro: o ferro fica no estado férrico que é o estado afuncional para o transporte de oxigênio. Eritropoese: produção de eritrócitos Ocorre na medula óssea a partir de células tronco, as quais são da linhagem hematopoiética (gera todas as hematopoiéticas) e são pluripotencial. Processo: demora 5 dias Célula tronco → eritroblasto basófilo (inicia a produção da hemoglobina) → mitose → eritroblasto policromático → mitose → eritroblasto ortocromático (cheio de hemoblobina) → reticulócito (é o eritroblasto ortocromático que perdeu o núcleo) → eritrócito (é o reticulócito que cai na circulação) Regulação da produção de eritrócitos Se tiver muito eritrócito, maior é a viscosidade do sangue. 10% são trocados diariamente. A oxigenação tecidual é o principal fator que regula a produção de eritrócitos: ↪Fatores que alteram a oxigenação: • Diminuição no numero de eritrócitos: pode ser por hemorragia, parasitas hematófitos. • Diminuição da funcionalidade dos eritrócitos: pode ser por intoxicações que deixam o ferro em estado férrico. • Diminuição da pressão parcial de oxigênio: causa problema na produção de hemácia. • Doenças pulmonares: a doença provoca lesão no parênquima pulmonar (área de troca), ou seja, diminui a área de troca, sendo assim o parênquima é substituído por tecido fibroso, isto é ocorre fibrose (tecido normal substituído por tecido conjuntivo). Dessa forma, como diminuiu área de troca gera menor pressão parcial de oxigênio e maior pressão parcial de gás carbônico • Insuficiência cardíaca: falta de oxigênio nos tecidos, diminuição de fluxo nos vasos. Quem sabe se está em falta de eritrócito? O rim! ↪Hormônio eritropoetina: 90% produzida no rim e 10% fígado. O rim tem um sensor que detecta a pressão parcial do oxigênio no sangue, produz a eritropoetina, ela vai até a medula óssea e produz eritrócito. ↪Locais de ação da eritropoetina: aumenta a proliferação celular e aumenta a síntese de hemoglobina. Age no eritroblasto basófilo, no eritroblasto policromático, no eritroblasto ortocromático, no reticulócito (antecipa a maturação do reticulócito, ocorrendo o aumento de reticulócito) Hemoglobina Duas porções: 4 hemes + 4 globinas ↪Heme: pigmento (protoporfirina – possui o sitio onde o ferro fica ligado) + ferro ↪Globina: proteína. É a porção que envolve a porção heme e interfere na afinidade do oxigênio com a hemoglobina. Transporte de gás: uma hemoglobina transporta quatro moléculas de oxigênio. Fatores nutricionais essenciais à eritropoiese: ↪Ferro: a absorção do ferro depende da ligação com a transferrina (é limitada) plasmática a qual é produzida no fígado e secretada no intestino pela bile. A transferrina capta o ferro e o leva para o interior do enterócito (célula epitelial da camada superficial do intestino delgado e intestino grosso), onde tem um receptor para a transferrina. No enterócito existe uma outra proteína, a ferritina, a qual armazena o ferro no intestino até precisar do ferro na circulação, o qual sai e vai para a transferrina na circulação. • Não adianta ingerir muito ferro, porque ele só será absorvido de acordo com a disponibilidade de transferrina no intestino, ou seja, o resto será excretado nas fezes. A não ser que seja que ingira de forma endovenosa ou subcutânea que já cai na circulação e não tem limite. • É necessário de 5-10mg de ferro por dia, mas só é absorvido 1-3mg por dia, por isso que ocorre a reciclagem do ferro para conseguir suprimir toda a necessidade do corpo diária. • Hemossiderina: depósito de ferro depois que a ferritina está cheia. • Reciclagem do ferro: quando a hemácia é destruída devido a velhice, os macrófagos endoteliais (células do sistema endotelial) eles fagocitam a hemoglobina e degradam ela, quando eles degradam eles pegam o ferro e joga na circulação, na circulação ele se liga a transferrina para ser transportado e essa transferrina leva ele para os tecidos para ficar armazenado na forma de ferritina. Esse ferro também será usado na síntese de hemácias. • Necessidades de ferro: ➢ É importante durante o crescimento, porque o animal está produzindo mais sangue – a porca produz um leite com pouco ferro, então os filhotes tendem a ter uma carência de ferro. ➢ As fêmeas nos primatas, depois da puberdade, precisa de muito mais ferro por causa da menstruação. Vitamina B12 e ácido fólico Vitaminas essenciais na síntese de DNA. Ausência: ↪Prejuízo na divisão celular: pouco ou nenhuma maturação do núcleo. ↪Alteração no formato dos eritrócitos: • Macro-ovalócitos (maiores e ovais): 1/3 de vida útil quando comparada a de uma hemácia normal VitaminaB12 (cobalamina): ↪Presente no alimento de origem animal como leite, ovo, carne. ↪Essencial para todas as células do organismo. ↪Deficiência deprime todo o crescimento dos tecidos, com ação mais grave no tecido hematopoiético. ↪Processo de absorção: as células parietais do estomago secretam o fator intrínseco (FI). A B12 e o FI se juntam para que a B12 consiga ser absorvida, uma vez que só há receptor para esse complexo na mucosa ileal. A B12 liberada do complexo penetra por pinocitose na mucosa unida a uma proteína celular que permite sua interiorização. Assim, ela é liberada da proteína, vai para o plasma e é transportada pela Transcobalamina II, que é uma proteína carregadora. ↪Anemia perniciosa: ausência do FI, logo, não há absorção da B12. • Processo: ocorre atrofia das células parietais (secreta FI e acido clorídrico) devido presença de auto-anticorpos específicos de anti-células parietais • Os auto-anticorpos bloqueiam as células da mucosa gástrica, impedindo que a ligação entre a B12 e o FI ocorra → ocasiona atrofia da mucosa, gerando ausência de ácido clorídrico livre no suco gástrico e diminuição da secreção de FI → consequência: surge uma gastrite auto-imune com infiltração de células mononucleares, como monócitos e linfócitos T CD4+, na submucosa gástrica. ↪Manifestações clinicas mais frequentes pela falta de B12: anemia, fraqueza, palidez cutânea e icterícia. Também pode ocorrer alterações neurológicas. ↪Tratamento consiste na administração intramuscular de injeções de vitamina B12. Testosterona Aumenta diretamente a produção de eritrócitos Aumenta indiretamente através do aumento da produção de eritropoetina. Anemia: redução anormal do teor de hemoglobina ou do volume de hemácias presentes no sangue. Causas: perda de sangue (hemorragia, menstruação intensa); falhas no tecido ósseo; dietas deficientes de B12, de acido fólico ou de ferro; destruição de células vermelhas (alguns patógenos); perda de eritropoetina (algum problema no rim). Anemia hemorrágica: após a hemorragia rápida, o corpo repõe a porção líquida do plasma em 1 a 3 dias, mas essa resposta leva à diminuição da concentração de células vermelhas da linhagem sanguínea. Se outra hemorragia não ocorrer, a concentração de hemácias, em geral, se normaliza em 3 a 6 semanas. Quando ocorrem perdas crônicas de sangue, a pessoa, com frequência, não consegue absorver ferro suficiente no intestino para formar hemoglobina na mesma velocidade em que ela é perdida. As células vermelhas produzidas são, então, muito menores que as normais, contendo menor quantidade de hemoglobina e dando origem à anemia microcítica (hemácia menor) hipocrômica (cor clara devido a baixa de hemoglobina). Anemia aplástica: aplasia de medula óssea significa falta de funcionamento da medula óssea.. Em aproximadamente metade dos casos de anemia aplástica, a causa é desconhecida, condição chamada anemia aplástica idiopática. Pessoas com anemia aplástica grave morrem se não forem tratadas com transfusões de sangue, o que pode aumentar, temporariamente, o número de células vermelhas do sangue, ou por transplante de medula óssea. Anemia megaloblástica: a perda de qualquer um desses fatores, vitamina B12, o ácido fólico e o fator intrínseco pode levar à reprodução lentificada dos eritroblastos na medula óssea.. Como consequência, as hemácias crescem de modo excessivo, assumindo formas anômalas, sendo denominadas megaloblastos. Por conseguinte, a atrofia da mucosa gástrica, como a que ocorre na anemia perniciosa, ou a perda do estômago após gastrectomia total podem acarretar desenvolvimento de anemia megaloblástica. Como os eritroblastos não conseguem se proliferar, de forma suficientemente rápida para formar o número normal de hemácias, as células vermelhas produzidas são, em sua maioria, grandes, com formas bizarras e membranas frágeis. Essas células se rompem com facilidade, de modo que a pessoa precisa com urgência de quantidades adequadas de hemácias. ↪Deficiência de ácido fólico: nutricional, drogas antifolatos, aumento da utilização ou perda, absorção prejudicada, aumento da necessidade. ↪Deficiência de B12: nutricional, causas gástricas, causas intestinais. Anemia hemolítica: diversas anormalidades das hemácias, muitas das quais hereditárias, tornam as células frágeis a ponto de se romperem facilmente quando passam pelos capilares e, de forma especial, pelo baço. Embora o número formado de hemácias seja normal ou até mesmo maior do que o normal em algumas doenças hemolíticas, o tempo de vida das hemácias frágeis é tão curto que as células são destruídas muito mais rapidamente do que podem ser formadas com o consequente desenvolvimento de anemia grave. A seguir, são discutidos alguns desses tipos de anemia. ↪Esferocitose hereditária: as hemácias são muito pequenas e esféricas, em lugar dos discos bicôncavos normais. Essas células são incapazes de suportaras forças de compressão por não terem a estrutura flexível e frouxa, como uma bolsa, da membrana celular dos discos bicôncavos. Ao passarem pela polpa esplênica e por outros leitos vasculares, são facilmente rompidas até por leve compressão. ↪Anemia falciforme: as células contêm tipo anormal de hemoglobina, denominada hemoglobina S, produzida por cadeias beta anormais da molécula de hemoglobina. Quando essa hemoglobina é exposta às baixas concentrações de oxigênio, ela precipita em longos cristais no interior das hemácias. Esses cristais alongam a célula, conferindo-lhe o aspecto de foice, em vez de um disco bicôncavo. A hemoglobina precipitada também danifica a membrana celular, de tal forma que as células ficam extremamente frágeis, resultando em anemia grave. Tais pacientes frequentemente experimentam um ciclo vicioso de eventos referido como “crise” da anemia falciforme, na qual a baixa tensão de oxigênio nos tecidos produz afoiçamento, levando à ruptura das hemácias, o que, por sua vez, provoca redução ainda maior da tensão de oxigênio, com maior afoiçamento e destruição das hemácias. Uma vez que o processo se inicie, ele progride rapidamente, promovendo redução acentuada da massa de hemácias em poucas horas e, em alguns casos, morte. ↪Eritroblastose fetal: as hemácias Rh positivas do feto são atacadas por anticorpos da mãe Rh negativa. Esses anticorpos fragilizam as células Rh positivas, resultando em rápida ruptura e levando ao nascimento da criança com um caso grave de anemia. Esse assunto é discutido no Capítulo 36 em relação ao fator Rh do sangue. A formação extremamente rápida de novas hemácias, para compensar as células destruídas na eritroblastose fetal acarreta formação de grande número de formas precoces blásticas das hemácias para serem liberadas da medula óssea para o sangue. Anemia hemolítica autoimune: desencadeada pela produção de anticorpos contra as próprias células vermelhas (ou pela ingestão de colostro com anticorpos contra as hemácias do neonato), nos bovinos está relacionado ao Anaplasma marginale, podem resultar de transfusões, da malária e de reações de certos medicamentos. ↪Anaplasma marginale: é uma Rickettsia intra- eritrocitária obrigatória de ruminantes suscetíveis, transmitida biológica e mecanicamente por carrapatos e insetos hematófagos. Efeitos da anemia: ↪Diminuição da viscosidade e resistência do fluxo de sangue → aumento do fluxo de retorno e a sobrecarga cardíaca, esse fato é agravado pela hipóxia que aumenta a frequência cardíaca. ↪Durante exercício: coração não consegue mais aumentar o bombeamento e acontece a hipoxia tecidual e insuficiência cardíaca aguda. Efeitos da Policitemia A Policitemia é o aumento da quantidade de hemácias. Pode ser secundária pela existência de tecidos hipóxicos, por diminuição na tensão de oxigênio ou por insuficiênciacardíaca. A Policitemia verdadeira acontece por condição neoplásica nos órgãos produtores de hemácias. Devido ao aumento no numero de hemácias, o sangue fica mais viscoso, o que faz com que o sangue circule com mais dificuldade pelos vasos. Há aumento de volume sanguíneo e do debito cardíaco (o que faz o coração trabalhar mais), a pressão sanguínea pode estar aumentada, aumenta o aspecto corado da pele. Reaproveitamento do eritrócito Ao morrer, a hemácia é reciclada em certas partes. Após cerca de 120 dias, os eritrócitos são destruídos devido ao esgotamento metabólico e são fagocitados pelas células de Kupffer, no fígado, e pelos macrófagos, no baço e na medula óssea. 1. A hemácia é fagocitada por um macrófago e é decomposta em hemoglobina e membrana, em que os fosfolipídeos e proteínas de membranas são digeridos pelo macrófago, 2. A hemoglobina é decomposta em: ↪Globina: é metabolizada dando origem a aminoácidos que serão utilizados como fonte de formação de proteínas para o corpo ↪Heme: o anel do grupo heme é aberto para liberar o ferro presente na hemoglobina no sangue para ser transportado pela transferrina até a medula óssea, para produção de novas hemácias, ou para o fígado e outros tecidos, para armazenamento sob a forma de ferritina 3. A protoporfirina é o único elemento da hemácia que não é reutilizável e é convertida pelo NADPH—em biliverdina a qual é oxidada em bilirrubina 4. A bilirrubina sai de dentro do macrófago e no sangue é conjugada a uma albumina, sendo levada até o fígado entrando nele por endocitose ou por difusão passiva, é catabolizada conjugada com o ácido beta glicurônico, formando o glicuronato de bilirrubina que é mais solúvel. 5. Essa bilirrubina conjugada (pigmento da bile) é secretada na bile através de transporte ativo para os canalículos biliares e daí para os intestinos. 6. Uma vez no intestino, cerca da metade da bilirrubina “conjugada” é convertida por ação bacteriana na substância urobilinogênio, que é muito solúvel. Certa quantidade do urobilinogênio é reabsorvida através da mucosa intestinal de volta para o sangue. Sua maior parte é reexcretada pelo fígado novamente para o intestino, mas cerca de 5% são excretados na urina, pelos rins. Após a exposição ao ar, na urina, o urobilinogênio é oxidado em urobilina; alternativamente nas fezes é alterado e oxidado para formar estercobilina. Fígado e a produção da bilirrubina Principal metabolito do heme. Metabolismo da bilirrubina: Bilirrubina conjugada e não conjugada: ↪Bilirrubina não conjugada: • Produto da clivagem do grupo heme • Insolúveis • Apresentam ligação reversível à albumina • Acumula no tecido adiposo ↪Bilirrubina conjugada: • Produto da esterificação da bilirrubina não conjugada com o acido glicurônico • Solúvel • Excretada na bile • Acumula no tecido conjuntivo (mucosa oral, vaginal, nasal, ocular) Importância da bilirrubina: testes clínicos e laboratoriais. A quantidade excretada de bilirrubina é um ótimo indicador de doenças. ↪Alguns problemas metabólicos como injurias do organismo podem gerar problemas hepáticos e alterações na bilirrubina sérica. O aumento da bilirrubina sérica indica que há alterações no metabolismo, podendo ser causado pelo aumento de células sanguíneas perdias, excesso de produção ou baixa capacidade de catabolização. ↪Sangue: avaliar doenças hepáticas e algumas anemias ↪Urina: bilirrubina na urina não é normal, então ao analisar ela na urina é para saber se tem algum problema de aumento na concentração de bilirrubina no sangue demonstrando que há doença hepática ou renal. ↪Fezes: bilirrubina quem dá a coloração marrom das fezes. Fezes claras é sinal comum de hepatite. Icterícia É o acumulo de bilirrubina no fluido extracelular, tanto na forma não conjugada como na forma conjugada. Possíveis causas: hemólise intravascular, obstrução das vias biliares, problema hepático. Tipos: ↪Pré-hepática: ocorre o aumento da bilirrubina não conjugada. • Causas: doenças hemolíticas, anemias hemolíticas, doenças autoimunes. ↪Hepática: aumento das bilirrubinas não conjugadas e conjugadas. • Causas: doenças hepáticas, medicamentos ou drogas hepatóxicas, câncer. ↪Pós-hepática: aumento da bilirrubina conjugada • Causas: cálculos biliares, obstrução das vias biliares. Porfirina Heme: formado na matriz mitocondrial pela inserção de ferro ferroso no macrocício tetrapirrólico da protoporfirina IX. As enzimas envolvidas nesse macrocício tetrapirrólico são denominadas porfirinas. ↪A maior parte de heme é produzida na medula óssea e fígado. Os mecanismos regulatórios diferem nos dois órgãos: • Fígado: rápido turnover e síntese (adaptação à resposta metabólica – formação das enzimas), 15% da produção diária. • Medula óssea: síntese para desenvolvimento das células vermelhas. ↪A biossíntese do heme acontece a partir de 8 processos enzimáticos: 1. Formação do anel pirrólico 2. Junção do macrociclo tetrapirrólico 3. Modificação das cadeias tetrapirrólicas 4. Oxidação da protoporfirina IX e inserção do ferro ↪A enzima que for alterada ou não estiver funcionando irá acarretar em um tipo de porfiria. • Ex: mal funcionamento da enzima ALA Sintetase acarreta na protoporfiria dominante ligada ao X, ou o mal funcionamento da enzima ferroquetalase acarreta na protoporfiria eritropoiética. Porfiria: a porfiria atinge órgãos e células que a síntese do heme é ativa ↪Quando as porfirinas são expostas a luz, elas se excitam e reagem com oxigênio formando radicais de oxigênio que irão lesionar os lisossomos liberando enzimas proteolíticas causando danos na pele. ↪Devido a deposição das porfirinas nos eritrócitos, eles acabam tendo uma meia-vida menor que 120 dias. E devido a dificuldade de síntese de heme, demora mais ainda a produção de eritrócitos acentuando mais o quadro de anemia nesses animais. ↪Porfiria em bovinos: caracterizada por lesões de foto-sensibilização, coloração marrom-avermelhada nos dentes, ossos e urina. ↪Porfiria em felinos: doença observada na época de erupção dos dentes primários. Possuem pigmentação acastanhada e fluorescência vermelho- rosada sob luz ultravioleta. • Após a troca para os dentes permanentes, esta pigmentação se torna menos visível. • Normalmente não são observados sinais sistêmicos em gatos. • Em outros casos podem ser observados urina cor-de-rosa, dentes marrom-rosados e anemia severa, além de lesões de fotossensibilização. ↪Diagnóstico da porfiria: • Histórico • Sinais clínicos • Alterações laboratoriais, como dosagem de uruporfirina e coproporfirina na urina • Necropsia: ossos aparecem com coloração marrom ou marrom-avermelhada, os pigmentos porfirínicos se depositam nos ossos e dentes por possuírem afinidade pelos componentes minerais destes tecidos. • As porfirinas podem se depositar em outros órgãos como pulmões, baço e rins. ↪Tratamento: • Principal: evitar a exposição à luz solar • Retirar os animais da reprodução, pois se for de fator genético pode ser passado para os descendentes. • Tópico com anti-sépticos e pomadas podem ser associados Viscosidade do liquido no sangue: quanto maior a viscosidade, mais devagar o líquido percorre pelos vasos, tendendo a ter os líquidos mais viscosos na periferia do vaso e os menos viscosos no meio do vaso. Quanto mais viscoso o sangue, mais sobrecarrega o trabalho do coração. Hipóxia: deficiente oxigenação sanguínea.
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