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AREAS METROPOLITANAS - PIB 2009

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A COMPOSIÇÃO ESPACIAL DO PIB NAS 
METRÓPOLES BRASILEIRAS: 2009 
O FOSSO ENTRE O PIB DO DF E DO ENTORNO METROPOLITANO 
 
EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES METROPOLITANAS NO PRODUTO 
INTERNO BRUTO (PIB) BRASILEIRO E DA COMPOSIÇÃO DO PIB METROPOLITANO 
ENTRE NÚCLEOS E PERIFERIAS METROPOLITANAS: 1999 e 2009 
 
INSTITUTO BRASILIENSE DE ESTUDOS DA ECONOMIA REGIONAL – IBRASE 
CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA - COFECON 
COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL - CODEPLAN 
APRESENTAÇÃO 
O estudo “A Composição Espacial do PIB nas Metrópoles Brasileiras” foi elaborado pelo Instituto Brasiliense de Estudos da 
Economia Regional – IBRASE em parceria com a Comissão de Desenvolvimento Regional do Conselho Federal de Economia – 
COFECON e a Diretoria de Gestão de Informações da Companhia de Planejamento do Distrito Federal – CODEPLAN, com o propósito 
de analisar a atual composição do PIB das 12 principais metrópoles do país e sua evolução nos últimos 10 anos, assim como explicitar a 
condição absolutamente peculiar da virtual área metropolitana de Brasília nesse contexto. 
O presente estudo apresenta dados referentes as regiões metropolitanas brasileiras consideradas “cabeças” do sistema urbano-
territorial nacional, assim identificadas na pesquisa “Regiões de Influência das Cidades” realizada pelo IBGE em 2007, e que são: São 
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Belém e Manaus. 
Ao estudar o quadro nacional, o estudo identifica aspectos sumamente interessantes referentes à evolução econômica dessas 
regiões metropolitanas e as relações entre os núcleos e suas periferias, destacando a situação específica de Brasília, 
 Muito embora não exista como região metropolitana institucionalmente reconhecida, pois a Região Integrada de Desenvolvimento 
(RIDE) do Distrito federal e Entorno não se constitui como tal, Brasília efetivamente forma com um grupo de 10 municípios goianos a 
ela conturbados ou em processo de conturbação uma virtual área metropolitana. 
Em 1980, portanto, há apenas 30 anos, esses 10 municípios possuíam uma população de somente 180 mil habitantes, contingente 
que foi quintuplicado, alcançando 920 mil habitantes no Censo Demográfico de 2010. Ocorre que, diferentemente de outras regiões 
metropolitanas do país, que ao longo das últimas décadas, promoveram uma efetiva ampliação e diversificação da base produtiva em 
suas periferias metropolitanas, tal quadro não se repetiu na periferia de Brasília, gerando uma situação que encontra paralelo apenas na 
região metropolitana de Manaus, que, a bem da verdade, não deveria ser considerada como tal. 
1. EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES METROPOLITANAS 
NO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) DO BRASIL 
 
 Quase metade do PIB nacional em 2009 foi gerado nas 12 metrópoles brasileiras, ou seja, a participação dessas no PIB nacional 
alcançou 47,47% em 2009, conforme revela o Quadro 01. Trata-se de um número expressivo, especialmente se for considerado que elas 
compreendam apenas 233 municípios, ou pouco mais de 4% dos 5.565 municípios brasileiros, muito embora eles totalizem mais de 65 
milhões de habitantes, ou 34,0% da população nacional. 
 O percentual de participação das 12 metrópoles no PIB nacional expressa um avanço em relação a situação de 10 anos atrás, 
quando essa participação era de 45,92%. Observa-se, contudo, que o aumento se deu, quase que exclusivamente, devido a forte 
ampliação da participação da região metropolitana de Brasília. Outras cinco metrópoles apresentaram aumento de participação (São 
Paulo, Curitiba, Goiânia, Fortaleza e Belém) e as outras seis apresentaram participação decrescente. 
O avanço ocorreu também, essencialmente e de forma surpreendente, nos núcleos metropolitanos, ou seja, nos municípios das 
capitais, que com algumas exceções, tiveram aumento de participação no PIB nacional. De outro lado, apenas nas periferias 
metropolitanas de Curitiba e de Goiânia ocorreram substanciais aumentos das participações no PIB brasileiro. 
Deve-se ressaltar que no período considerado, o crescimento populacional nos núcleos metropolitanos (1,24% ao ano) foi bem 
inferior ao verificado nas periferias (1,79% ao ano) e mesmo à média nacional (1,27% ao ano), o quem torna ainda mais expressivo a 
progressão dos PIBs dos municípios das capitais. 
 Este maior avanço do PIB nos núcleos metropolitanos provavelmente reflete o fato de que os municípios das capitais que formam 
as grandes metrópoles têm suas estruturas produtivas cada vez mais vinculadas a oferta de serviços, em particular os mais especializados 
e de maior complexidade, segmentos que tem avançado na estrutura de composição do PIB do país, ao passo que vêm reduzindo o peso 
do setor industrial, cuja participação na composição do PIB vem historicamente se retraindo. 
 Por seu turno, foi precisamente a atividade industrial que nas últimas décadas avançou de forma expressiva em direção às 
periferias metropolitanas. Deve-se ressaltar, entretanto, que a queda na participação das periferias metropolitanas ao longo dos 10 anos 
entre 1999e 2009 foi residual, de apenas 0,67 ponto percentual. 
Ocorre que, não obstante a pequena redução do PIB industrial no PIB global do país nos últimos anos, a atividade manufatureira 
tem uma enorme contribuição para a pujança do PIB em diversas áreas metropolitanas e, em especial, nas periferias. Não por acaso, são 
exatamente as regiões metropolitanas menos industrializadas aquelas em que suas periferias apresentam diminutas participações no PIB: 
Fortaleza, Goiânia, Brasília e Belém. Manaus, constitui-se num caso à parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 01: Evolução da participação das 12 metrópoles no Produto Interno Bruto (PIB) nacional: 1999 e 2009 
 
DISCRIMINAÇÃO 
REGIÃO 
METROPOLITANA 
NÚCLEO 
METROPOLITANO 
PERIFERIA 
METROPOLITANA 
1999 (em %) 2009 (em %) 1999 (em %) 2009 (em %) 1999 (em %) 2009 (em %) 
 
S. Paulo 18,58 18,93 11,56 12,02 7,02 6,91 
 
R. Janeiro 8,21 7,81 5,55 5,43 2,66 2,39 
 
Brasília 2,41 4,23 2,29 4,06 0,13 0,17 
 
B. Horizonte 3,26 3,13 1,48 1,38 1,78 1,75 
 
P. Alegre 3,24 2,95 1,13 1,17 2,12 1,78 
 
Curitiba 2,25 2,49 1,28 1,41 0,97 1,07 
 
Salvador 2,32 2,12 0,99 1,01 1,33 1,11 
 
Recife 1,71 1,58 0,89 0,77 0,82 0,81 
 
Fortaleza 1,27 1,34 0,93 0,98 0,34 0,36 
 
Manaus 1,36 1,28 1,33 1,25 0,03 0,03 
 
Goiânia 0,71 0,97 0,53 0,66 0,19 0,31 
 
Belém 0,59 0,65 0,48 0,51 0,12 0,14 
 
12 RMs 45,92 47,47 28,42 30,64 17,50 16,83 
 
Brasil 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 
Fonte: IBGE 
 
2. EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO PIB METROPOLITANO ENTRE NÚCLEOS E PERIFERIAS 
METROPOLITANAS 
O Quadro 02 apresenta PIB total, população estimada e PIB per capita para as 12 regiões metropolitanas, seus núcleos e suas 
periferias no ano de 1999. As metrópoles estão relacionadas em ordem decrescente da participação das periferias metropolitanas nos 
PIBs das regiões metropolitanas. 
Analisando-se o processo de ampliação e espraiamento das atividades produtivas ao longo do território nacional, o fato é que o 
Brasil conviveu durante muito tempo com a distribuição de suas atividades produtivas fortemente concentradas nas grandes cidades, 
principalmente, nas suas regiões metropolitanas e, particularmente, nos núcleos destas, desempenhando os municípios periféricos a 
função de cidades-dormitório. 
 A partir de meados da década de 1970, iniciou-se um processo de espraiamento das atividades econômicas, particularmente a 
industrial, para as cidades de porte médio e, dentro das regiões metropolitanas, seu deslocamento para seus municípios periféricos. Este 
processo se deu em tal magnitude que hoje o PIB per capita das periferias de algumas regiões metropolitanas chega mesmo a superar o 
dos núcleos metropolitanos, casos de Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador, e nos demais casos se aproximam bastante. 
Observa-se que em Porto Alegre a participação da periferia alcançara, já em 1999, nada menosque 65,3% do PIB metropolitano, 
seguida por Salvador e Belo Horizonte, onde também a contribuição da periferia para a formação do PIB metropolitano superava a do 
núcleo. 
Muito embora não alcançasse os 50%, a participação das periferias metropolitanas de outras metrópoles era também elevada, 
oscilando entre 32% e 47%, abrangendo este grupo as regiões metropolitanas de Recife, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. A 
característica comum a todas essas metrópoles é a de que são grandes centros industriais, tendo o produto se expandido nas periferias a 
partir de um processo de deslocamento das atividades industriais dos núcleos em sua direção. 
Quadro 02: Produto Interno Bruto (PIB), População e PIB per capita nas 12 principais metrópoles nacionais: 1999 
Regiões 
Metropolitanas 
REGIÃO METROPOLITANA NÚCLEO METROPOLITANO PERIFERIA METROPOLITANA RELAÇÃO (%) 
PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB Perif/ PIB pc Núcleo/ 
(mil reais) (habitantes) (R$) (mil reais) (habitantes) (R$) (mil reais) (habitantes) (R$) PIB Total PIB pc Perif 
 
P. Alegre 73.615.323 3.645.403 20.194 25.546.265 1.336.203 19.119 48.069.058 2.309.200 20.816 65,30 91,8 
 
Salvador 52.587.359 2.957.145 17.783 22.429.326 2.306.015 9.726 30.158.033 651.130 46.316 57,35 21,0 
 
B. Horizonte 73.897.268 4.248.968 17.392 33.607.944 2.200.741 15.271 40.289.324 2.048.227 19.670 54,52 77,6 
 
Recife 38.836.799 3.329.456 11.665 20.282.925 1.432.935 14.155 18.553.874 1.896.521 9.783 47,77 144,7 
 
Curitiba 51.017.653 2.737.486 18.637 28.940.665 1.607.439 18.004 22.076.988 1.130.047 19.536 43,27 92,2 
 
S. Paulo 421.670.081 17.793.768 23.698 262.275.584 10.238.184 25.617 159.394.497 7.555.584 21.096 37,80 121,4 
 
R. Janeiro 186.419.592 10.742.778 17.353 126.032.520 5.806.640 21.705 60.387.072 4.936.138 12.234 32,39 177,4 
 
Fortaleza 28.802.380 3.065.065 9.397 21.022.247 2.179.185 9.647 7.780.133 885.880 8.782 27,01 109,8 
 
Goiânia 16.202.141 1.719.076 9.425 11.987.436 1.080.273 11.097 4.214.705 638.803 6.598 26,01 168,2 
 
Belém 13.480.455 1.811.257 7.443 10.844.521 1.237.254 8.765 2.635.934 574.003 4.592 19,55 190,9 
 
Brasília 54.717.696 2.708.852 20.200 51.865.296 2.030.757 25.540 2.852.400 678.095 4.206 5,21 607,2 
 
Manaus 30.862.768 1.485.627 20.774 30.158.947 1.347.884 22.375 703.821 137.743 5.110 2,28 437,9 
 
12 RMs 1.042.109..515 56.244.881 18.528 644.993.676 32.803.510 19.662 397.115.839 23.441.371 16.941 38,11 116,1 
 
Brasil 2.269.402.540 168.753.527 13.448 
Fonte: IBGE (1) Em valores constantes de 2009 
 
A mais notável exceção a esta realidade é a região metropolitana de Brasília. Existe um verdadeiro fosso entre o Distrito Federal e 
os municípios que compõem o seu entorno metropolitano tanto em relação ao tamanho do PIB quanto ao valor do PIB per capita. A 
causa principal desta situação foi o excepcional crescimento populacional na periferia sem o correspondente desenvolvimento de 
atividades produtivas, particularmente, da atividade industrial. 
O Quadro 03 apresenta PIB total, população estimada e PIB per capita para as 12 regiões metropolitanas, seus núcleos e suas 
periferias no ano de 2009 nas 12 metrópoles. Observa-se que o PIB da região metropolitana de Brasília totalizou R$ 137,15 bilhões, 
sendo o terceiro maior do País, superando amplamente os das regiões metropolitanas de Belo Horizonte e de Porto Alegre. 
Ocorre que, diferentemente das demais regiões metropolitanas, ele se encontra quase que exclusivamente concentrado no seu 
núcleo, o Distrito Federal, que responde por nada menos que 95,87% do PIB metropolitano. Dessa forma, enquanto em todas as demais 
regiões metropolitanas (exceto Manaus) as periferias metropolitanas continuam apresentando uma expressiva participação nos PIBs 
metropolitanos (média de 35,46%), no caso de Brasília, esta participação limita-se a pífios 4,3%, tendo inclusive refluído em relação a 
1999, quando era de 5,21%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 03: Produto Interno Bruto (PIB), População e PIB per capita nas 12 principais metrópoles nacionais: 2009 
Regiões 
Metropolitanas 
REGIÃO METROPOLITANA NÚCLEO METROPOLITANO PERIFERIA METROPOLITANA RELAÇÃO (%) 
PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB (1) POPULAÇÃO PIB pc PIB Perif/ PIB pc Núcleo/ 
(mil reais) (habitantes) (R$) (mil reais) (habitantes) (R$) (mil reais) (habitantes) (R$) PIB Total PIB pc Perif 
 
P. Alegre 95.593.066 4.064.186 23.521 37.787.913 1.436.123 26.312 57.805.153 2.628.063 21.995 60,47 119,6 
 
B. Horizonte 101.389..327 5.110.593 19.839 44.595.205 2.452.617 18.183 56.794.122 2.657.976 21.367 56,02 85,1 
 
Salvador 68.575.022 3.880.198 17.673 32.824.229 2.998.056 10.948 35.950.793 882.142 40.754 52,43 26,9 
 
Recife 51.073.363 3.768.902 13.551 24.835.340 1.561.659 15.903 26.238.023 2.207.243 11.887 51,37 133,8 
 
Curitiba 80.561.888 3.319.756 24.267 45.762.418 1.851.215 24.720 34.799.470 1.468.541 23.697 43,20 104,3 
 
S. Paulo 613.060.483 19.777.129 30.999 389.317.167 11.037.593 35.272 223.743.316 8.739.536 25.601 36,50 137,8 
 
Goiânia 31.520.069 2.180.763 14.454 21.386.530 1.281.975 16.682 10.133.539 898.788 11.275 32,15 148,0 
 
R. Janeiro 253.025.313 11.740.307 21.552 175.739.349 6.186.710 28.406 77.285.964 5.553.597 13.916 30,54 204,1 
 
Fortaleza 43.301.223 3.655.259 11.846 31.789.186 2.505.552 12.688 11.512.037 1.149.707 10.013 26,59 126,7 
 
Belém 21.145.557 2.161.191 9.785 16.526.989 1.437.600 11.496 4.618.568 723.591 6.383 21,84 180,1 
 
Brasília 137.153.406 3.507.914 39.098 131.487.268 2.606.885 50.438 5.666.138 901.029 6.288 4,13 802,1 
 
Manaus 41.400.427 1.910.548 21.669 40.486.107 1.738.641 23.286 914.320 171.907 5.319 2,21 437,8 
 
12 RMs 1.537.799.144 65.076.746 23.631 992.537.701 37.094.626 26.757 545.261.443 27.982.120 19.486 35,46 137,3 
 
Brasil 3.239.404.053 191.480.622 16.918 
Fonte: IBGE (1) Em valores correntes 
Os 12 gráficos na sequência apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na 
formação dos PIBs das 12 regiões metropolitanas em 1999
 
 
na sequência apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na 
regiões metropolitanas em 1999. 
na sequência apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 12 gráficos seguintes apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na formação 
dos PIBs das 12 regiões metropolitanas em 2009.
seguintes apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na formação 
regiões metropolitanas em 2009. 
 
 
 
seguintes apresentam as respectivas participações dos núcleos e das periferias metropolitanas na formação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. PIB PER CAPITA NAS REGIÕES METROPOLITANAS, NÚCLEOS E PERIFERIAS 
 
Em relação ao PIB per capita, o Quadro 03 revela que o mais elevado entre as 12 metrópoles é o da região metropolitana de 
Brasília (R$ 39.098,00), sendo 26,1% superior ao do segundo maior, São Paulo (R$ 30.999,00). Tratando-se isoladamente o PIB 
per capita dos núcleos das RMs, verifica-se que a vantagem de Brasília (R$ 50.438,00) é ainda maior, sendo 43,0% superior a da 
capital paulista, a segunda colocada (R$ 35.272,00). 
Por sua vez, analisando-se os números nas periferias metropolitanas, a situação se inverte completamente. O PIB per capita 
do Entorno Metropolitano de Brasília (R$ 6.288,00) acha-se no mesmo patamar que os das debilitadas periferias de Belém e de 
Manaus, sendo praticamente a metade dos verificados nas periferias metropolitanas do Recife e de Goiânia e de três a quatro vezes 
inferior aos encontrados nas periferias de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. A causa principal desta situação é a 
não ocorrência na periferia metropolitana de Brasília de um processo que se deu em quase todas as demais RMs: a sua 
industrialização.Até os anos 1960, praticamente restrito ao ABC paulista, este processo se propagou a partir da década de 1970, com a 
fortíssima industrialização de inúmeros municípios metropolitanos. Pode-se destacar dentre esses Guarulhos, Osasco e Mogi das 
Cruzes (RM de São Paulo); Canoas, Triunfo e Novo Hamburgo (RM de Porto Alegre); Contagem e Betim (RM de Belo 
Horizonte); Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu (RM do Rio de Janeiro); Cabo e Jaboatão (RM do Recife) e São 
Francisco do Conde, Camaçari e Candeias (RM de Salvador). 
Deve-se ressaltar ainda que a implantação de plantas industriais estimulou nesses municípios o desenvolvimento dos 
serviços de apoio à indústria, agregando mais valor adicionado ao PIBs locais. Mas a periferia metropolitana de Brasília ficou 
absolutamente à margem deste processo. 
Dessa forma, chega-se nos dias atuais a uma enorme assimetria entre o DF e sua periferia. O PIB per capita de Brasília era 
em 1999 nada menos que 507,2% acima do chamado Entorno Metropolitano de Brasília, e tal diferença ampliou-se 
consideravelmente, chegando a mais de 700% maior em 2009. A segunda maior diferença, muito inferior, é encontrada na região 
metropolitana de Manaus, onde o PIB da capital amazonense era, em 2009, 337,8% acima do verificado em sua periferia. 
Nas demais regiões metropolitanas as diferenças são bem inferiores. O município de São Paulo, por exemplo, possuía em 
2009 um PIB per capita apenas 37,8% superior ao médio verificado na sua periferia metropolitana. Porto Alegre, por sua vez, 
ostentava uma diferença ainda menor, de 19,6%. 
Já em Minas Gerais, o PIB per capita médio dos municípios que compunham a periferia de Belo Horizonte chegava mesmo 
a superar em 2009 o da capital mineira. 
Por fim deve-se ainda considerar a especificidade observada na região metropolitana de Salvador, onde o PIB per capita da 
periferia supera amplamente o da capital. Isto se deve ao excepcional peso da atividade de refino de petróleo e petroquímica nos 
municípios de São Francisco do Conde e Camaçari, respectivamente. Os dois gráficos abaixo apresentam os PIBs per capita 
médio das regiões metropolitanas e dos seus núcleos e periferias metropolitanas nos anos de 1999 e 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PRINCIPAIS CONCLUSÕES 
 
Para se compreender as razões da enorme assimetria entre o nível de atividade econômica e a renda do Distrito Federal e de sua 
periferia metropolitana, o ponto de partida é entender as raízes históricas do baixo nível de industrialização da Região Centro-Oeste. 
Nas décadas de 1960 e 1970, que corresponderam à fase de mais acelerada industrialização do País, a ausência de estímulo à 
atividade industrial não atingiu apenas Brasília, mas praticamente toda a Região Centro-Oeste. Não por acaso, a Superintendência de 
Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (SUDECO) foi a última superintendência de desenvolvimento regional a ser criada, a que 
dispôs de menor estrutura por parte do Governo Federal e a primeira a ser extinta. Mais do que isto, enquanto as demais regiões foram 
contempladas com instituições financeiras federais de fomento, tais como o BNB (Nordeste), BASA (Norte) e BRDE (Sul), o Centro-
Oeste ficou privado de tal instrumento, de fundamental importância para a promoção do desenvolvimento econômico, particularmente o 
industrial. 
Já a partir dos anos 1980, quando o País vivenciou um forte processo de desconcentração industrial, com o deslocamento dessas 
atividades das áreas metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro em direção aos estados da Região Sul, ao centro-sul de Minas Gerais e 
ao interior de São Paulo, o Centro-Oeste e Brasília mais uma vez se viram excluídos. 
Portanto, não obstante o excepcional avanço da atividade agropecuária ocorrido nas últimas décadas, o Centro-Oeste permanece 
com um baixíssimo grau de industrialização, respondendo por cerca de 3% da produção industrial nacional, percentual muito inferior à 
participação da região no PIB nacional, já superior a 10%. 
Dessa forma, em busca de um desenvolvimento mais equilibrado, tanto a Região Centro-Oeste quanto a região metropolitana de 
Brasília devem, sim, buscar a industrialização como forma de dar um salto qualitativo em sua estrutura produtiva, estabelecendo como 
desafio a transposição da linha divisória do novo mapa da relocalização da indústria brasileira e inserir-se dentro desta nova fronteira, 
capitalizando parte deste processo ainda em curso. 
Algumas condições para almejar este objetivo estão dadas como um alto grau de instrução da população; uma razoável 
infraestrutura econômica; uma variada disponibilidade de insumos industriais; uma ampla base produtiva no setor agropecuário e, 
principalmente, a existência de um amplo mercado consumidor e de renda acima da média nacional,. Somente a área metropolitana de 
Brasília representa hoje um mercado de 3,6 milhões de pessoas, com renda disponível para consumo superior a R$ 70 bilhões e, se 
considerarmos o eixo Brasília-Anápolis-Goiânia, este mercado ascende a 6,1 milhões, com renda disponível para consumo de quase 100 
bilhões de reais, o 3º maior mercado do País, superado apenas pelas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. 
O que Brasília tem de singular? A principal vocação estratégica de Brasília, ou mais precisamente do Eixo Brasília-Goiânia, 
continua sendo a sua condição de “portão de entrada” para a mais dinâmica região do país, estando na origem de dois dos principais 
eixos de desenvolvimento do país: ao sul, com os principais mercados consumidores (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte etc) e 
grandes portos exportadores (Santos, Paranaguá, Sepetiba e Tubarão) e ao norte, com os importantes portos de Itaqui (São Luís) e Vila 
do Conde (Belém) e, daí com os mercados das regiões Norte-Nordeste e os grandes mercados do Hemisfério Norte. 
 Em síntese, as escalas das transformações ocorridas na Região Centro-Oeste no último século e, particularmente, nas últimas 
cinco décadas, foram de tal magnitude que colocaram a região numa situação de relativo destaque no cenário nacional. Hoje, contudo, 
trata-se de definir novos rumos, e a questão da industrialização tem enorme relevância. Durante muitos anos os investimentos industriais 
não somente deixaram de ser estimulados no Distrito Federal, mas foram mesmo desestimulados, na medida em que a cidade foi 
planejada para desempenhar exclusivamente funções de natureza político-administrativa. Com a necessidade de gerar empregos para 
cerca de 50 mil pessoas que a cada ano chegam ao mercado de trabalho, já passou da hora de se rever esses conceitos. 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO BRASILIENSE DE ESTUDOS DA ECONOMIA REGIONAL – IBRASE 
CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA - COFECON 
COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL - CODEPLAN 
 
 
 
Estudo elaborado em dezembro de 2011 pelo economista Júlio Miragaya, Presidente do Instituto Brasiliense de Estudos da 
Economia Regional – IBRASE; Coordenador da Comissão de Desenvolvimento Regional do Conselho Federal de Economia – 
COFECON e Diretor de Gestão de Informações da Companhia de Planejamento do Distrito Federal – CODEPLAN e pela assessora da 
Diretoria de Gestão de Informações da CODEPLAN Giuliana Correa, graduada em Relações Internacionais.

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