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2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA
Figura 1 – Mapa da RM de Goiânia.
Fonte: SEPLAN.
As Regiões Metropolitanas (RMs) foram instituídas em 1973 com a criação de 8 RMs.4 Um de seus objetivos principais era viabilizar um plano de desenvolvimento integrado que contemplasse todos os municípios pertencentes às regiões, promovendo um desenvolvimento econômico e social integrado. Além disso, os municípios teriam preferências de investimentos e empréstimos em relação aos demais, junto à União. Após a promulgação da constituição de 1988 a responsabilidade pela criação das RMs passou a ser controlada pelos Estados. Com isso, foram criadas várias outras regiões, totalizando 37 RMs.
A Região Metropolitana de Goiânia – RMG - foi criada pela Lei Complementar N. 027 de dezembro de 1999, composta originalmente por 11 municípios que formavam, segundo esta Lei Complementar, a “Grande Goiânia” (Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiania, Goianápolis, Goianira, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade). A mesma Lei institui também como espaço metropolitano, o que foi denominado de “Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia (RDIG)” com 7 municípios (Bela Vista, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza, Terezópolis de Goiás) e posteriormente incluiu Guapo e Caldazinha, totalizando 9 municípios na RDIG. A RMG teve alteração três vezes de sua composição pela Assembleia Legislativa. A primeira em 2004 (Lei Complementar no 048 de 09 de dezembro) quando inseriu o município de Bela Vista de Goiás; a segunda em 2005 (Lei Complementar no 054 de 23 de maio de 2005) que tornou parte integrante da RMG o município de Guapó. 
Atualmente, por meio da Lei Complementar no 078 de 25 de março de 2010, publicado no Diário Oficial de 05-04-2010, a RMG passou a ser composta por 20 municípios (Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiania, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Hidrolândia, Inhumas, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade).
A Região Metropolitana de Goiânia (RMG) é considerada, atualmente, uma relevante aglomeração urbana no país, com enorme potencial de desenvolvimento, polarizada pela capital do Estado de Goiás. A capital Goiânia é importante centro de negócios e serviços do Centro-Oeste e caracteriza-se como espaço estratégico, exercendo forte influência em seu entorno imediato, seja em razão da expansão demográfica, seja pela oferta de serviços. A dinâmica socioeconômica da Região Metropolitana de Goiânia acarreta impactos sociais, econômicos e ambientais em seus municípios. As soluções de interesse comum devem ser estrategicamente articuladas no espaço metropolitano visando o desenvolvimento regional e a desejável redução das desigualdades.
De acordo com o Princípio das Funções Públicas de Interesse Comum, definidos no art. 90 da Constituição do Estado de Goiás e estabelecidos no art. 5º da Lei Complementar nº 27, constituem as seguintes atividades: transportes e sistema viário; segurança pública; saneamento básico; ocupação e uso do solo, abertura e conservação de estradas vicinais; aproveitamento dos recursos hídricos; distribuição de gás canalizado; cartografia e informações básicas; aperfeiçoamento administrativo e solução de problemas jurídicos comuns; planejamento; política de habitação e meio ambiente; desenvolvimento econômico; promoção social; modernização institucional.
Segundo o Censo 2010, a população metropolitana é constituída de 2.173.141 habitantes, distribuída num território de aproximadamente 7.315,1 km2, o que lhe confere uma densidade demográfica aproximada de 297,07 hab./km2.
Pela divisão mesorregional, observa-se que aproximadamente 70% da população goiana se concentram nas mesorregiões Centro e Leste Goiano (que abrigam a RM Goiânia e RIDE DF). Na última década, essas duas mesorregiões continuaram aumentando sua participação na população total do Estado e registraram também os maiores crescimentos proporcionais entre as demais: 20,55% e 27,84%.
Incluindo a população de Anápolis (eixo Goiânia-Anápolis-Brasília) de 334.613 mil habitantes, a população dessa região alcança 2.507.754 habitantes – significando que 41,76% da população do Estado vivem em 21 municípios (8,53% dos municípios goianos), os quais distam no máximo 50 Km do pólo metropolitano – a capital Goiânia.
Com relação ao peso da população metropolitana no total do Estado, é possível observar que quando se separa a RM de Goiânia da mesorregião Centro Goiano somente a metrópole abriga 2/3 da população estadual e aumentou sua participação de 34,8% para 36,2% entre 2000-2010. Esse perfil se justifica pela valorização fundiária crescente na capital e à incorporação de estoques de áreas rurais, principalmente nos municípios limítrofes para saldar as demandas por habitação que não são absorvidas pelo núcleo metropolitano, ao favorecer, assim, os movimentos migratórios para estes locais. Concentrando também as maiores mazelas decorrentes das aglomerações desordenadas: pobreza, desemprego, baixo IDH, déficit de serviços de saúde, educação, saneamento básico, além de elevados índices de violência.
Internamente à metrópole goianiense, verifica-se que o peso populacional do núcleo metropolitano e da periferia segue caminhos inversos: enquanto o núcleo vai perdendo peso – de 62,7% para 59,9% da população metropolitana; a periferia vai aumentando sua fatia populacional – de 37,3% para 40,1% da população da metrópole. Três municípios metropolitanos figuram entre as 10 maiores taxas anuais de crescimento de Goiás: Goianira (6,17% - Alta Integração), Senador Canedo (4,74% - Muito Alta Integração) e Santo Antônio de Goiás (4,21% - Média Integração).
Goiânia é classificada como metrópole 1C e sua área influência abrange a maior parte do território goiano, porção nordeste do Mato Grosso, Oeste Baiano, sul do maranhão, sudeste do Pará e boa parte do território tocantinense. Sobre este último, é importante destacar que as relações estabelecidas entre Goiânia e os centros urbanos do estado do Tocantins se dá por ligações secundárias oriundas da relação direta entre a metrópole goiana e a capital regional, Palmas. Na região sul de Goiás há uma ramificação importante entre a capital e as capitais regionais Itumbiara e Jataí. Outro ponto importante a se destacar é a perda de força da ação territorial de Goiânia no nordeste goiano, devido à concorrência e a influência exercida por Brasília.
Conceitos Básicos
Para maior compreensão do estudo geográfico dentro do Urbanismo é fundamental o conhecimento dos seguintes termos:
Regionalização: é ação de regionalizar, ou seja, dividir determinados locais que possuem aspetos em comum, em regiões de acordo suas características semelhantes. Assim é possível ser feita a diferenciação de áreas na geografia, visto que através dessas divisões são estabelecidos critérios no quais diferenciam um local de outro, obtendo maior eficiência aos estudos. 
Planejamento Regional e Microrregional: o planejamento regional ou microrregional possui a diferença apenas na especificidade de escala. Sendo o regional entre o nacional e local. Ambos são um processo de formulação e esclarecimento de objetivos sociais no ordenamento de atividades em um espaço supra urbano (escala da região).
Microrregião: é a identificação de um território compreendendo vários municípios, com características peculiares de homogeneidade quanto a polarização, necessidades, potencialidades que os diferenciam do território circundante. Pressupõe uma realidade social e econômica que pode envolver funções públicas de interesse comum a municípios limítrofes. Exigindo planejamento integrado com vistas a criar condições adequadas para o desenvolvimento e integração regional. 
Região Metropolitana: pressupõe uma realidade social e econômica, cujo centro dinâmico é a metrópole, polo de atração e ou dominação de um grande espaço de produção e consumo,e cuja manifestação é a intensa urbanização que dá origem a múltiplas funções de interesse comum aos municípios limítrofes que a contem. Alguns princípios referenciais para que ocorra uma RM podem ser a grande concentração populacional urbana (igual ou superior a 1 milhão de habitantes, incluindo municípios polo e entorno); conurbação (mancha urbana continua entre municípios limítrofes); alto grau de urbanização (em cada município da região, evidenciado por percentual maior ou superior a 80%, densidade demográfica igual ou superior a 60hab/km² e por participação formal nos setores de indústria, comercio e serviços igual a 65% do total de pessoas empregadas); polarização dentro de uma rede de cidades (caracterizada por interações entre centro urbanos, diretamente proporcionais as suas massas e inversamente proporcional a distância entre os pares de localidades; destaque no cenário estadual e nacional (baseada na oferta de bens e serviços, diversificados e especializados, por um gripo de municípios a domínios territoriais contíguos, assim como a pontos distantes, ligados por outros tipos de relações socioeconômicas; e a existência de relação funcional de interdependência (relativa a evidentes fluxos migratórios de natureza pendular, assim como a diversos aspectos sociais, econômicos, de infraestrutura e de serviços urbanos que provoquem a necessidade de organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum). 
Cidade: é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas. A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de habitantes até a dezena de milhão de habitantes. 
Metrópole: é um termo que remonta aos gregos, referindo-se a uma cidade mãe (área urbana de um ou mais municípios) que exerce forte influência sobre o seu entorno, polarizando em si complexidade funcional e dimensões físicas que a destacam numa rede de cidades e no cenário regional. Na sua origem latina, o termo refere-se a capital ou a principal cidade de uma província, de um estado ou de uma região. 
Megalópole: são regiões de grande aglomeração populacional constituídas pelo agrupamento de grandes regiões metropolitanas, que se interligam não fisicamente, mas por um eficiente sistema de transporte e comunicação. Trata-se, portanto, de um domínio regional territorial que costuma concentrar os investimentos, as atividades industriais e boa parte da população de um país. Além disso, é importante lembrar que as megalópoles não necessariamente apresentam suas áreas totalmente conurbadas entre todas as suas cidades, ou seja, o seu agrupamento não é físico, mas econômico e territorial. Ademais, não se trata de um espaço exclusivamente urbano, uma vez que as atividades agropecuárias localizadas nesses espaços também fazem parte de seu contexto. 
Questões urbanas: são um conjunto de preocupações e ações nas quais servem para solucionar ou inovar a situação de um determinado sitio urbano. Sendo assim se trata de um conceito amplo podendo haver várias maneiras de identificar tal questão por fazer parte de um sistema. Entretanto que o objetivo é o mesmo: ter consciência de que a cidade deve ser pensada e transformada para melhorar a qualidade de vida da população que a mantem. 
Estruturas territoriais urbanas: De acordo com Flávio Villaça, no livro “Espaço Intra-Urbano no Brasil” as estruturas são dotadas de movimento e o grande desafio intelectual é encontrar a origem dessa movimentação. São considerados nessa estrutura o centro principal da metrópole, os subcentros de comercio e serviços, o conjunto de bairro residenciais, e áreas industriais.

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