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@resumosodontologia PATOLOGIA GERAL Milena Almeida @resumosodontologia @resumosodontologia Patologia - estudo das doenças. SAÚDE DOENÇA Saúde - um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, de modo que o indivíduo se sente bem (saúde subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva). Doença - é um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo se sente mal (tem sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis objetivamente (sinais clínicos). Lesões celulares Não-letais Letais Alterações do interstício a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, os locais onde ocorrem e as alterações moleculares, morfológicas e funcionais que apresentam. Letais Não-letais são aquelas em que as células continuam vivas, podendo ocorrer retorno ao estado de normalidade depois de cessada a agressão. são representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise), pela apoptose (morte celular não seguida de autólise). (da matriz extracelular) englobam modificações da substância fundamental amorfa e de fibras elásticas, colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações estruturais @resumosodontologia Distúrbios da circulação Inflamação Aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia e isquemia) Coagulação do sangue no leito vascular (trombose) Aparecimento de substâncias ou corpos que não se misturam ao sangue e causam obstrução vascular (embolia) Saída de sangue do leito vascular (hemorragia) Alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema) se caracteriza por modificações locais da microcirculação e pela saída de leucócitos do leito vascular, acompanhadas por lesões celulares e do interstício provocadas, principalmente, por ação de células fagocitárias e por alterações vasculares que acompanham o processo. @resumosodontologia É uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. Agressões exógenas (físicas, químicas ou biológicas) ou endógenas (estresse metabólico) - agentes inflamatórios. Os sinais cardinais da inflamação: Calor Rubor Dor Edema Perda da função Reação inflamatória envolve uma série de eventos que se iniciam com o reconhecimento da agressão (o agente inflamatório), o que é feito por meio de moléculas que sinalizam a sua presença, reconhecidas por receptores em células do sistema imunitário. Após o reconhecimento, são liberados - mediadores inflamatórios. Quando o organismo é agredido por qualquer agente, o primeiro evento na montagem de uma resposta defensiva é o reconhecimento da existência da agressão. Agressões são reconhecidas por meio de moléculas trazidas com o agente agressor ou geradas por ação deste em componentes do próprio organismo. MECANISMOS DE DEFESA Mecanismos básicos de defesa: 1- barreiras mecânicas e químicas no revestimento do corpo e de suas cavidades (pele e mucosas). 2- resposta imunitária. Pele É uma barreira mecânica que protege contra a invasão de microrganismos, variações de temperatura e umidade e alguns compostos tóxicos exógenos. O epitélio da epiderme é ceratinizado, impermeável e resistente. @resumosodontologia Mucosa A principal secreção dessas glândulas é o muco, rico em proteoglicanos e glicoproteínas, o qual forma uma camada viscosa na superfície de epitélios que promove a aglutinação ou a aderência de bactérias e favorece a sua eliminação para o exterior. Resposta imunitária É o mecanismo de defesa mais eficiente que o organismo possui. O sistema imunitário possui receptores para reconhecer grande número de agentes agressores, os quais carregam certas moléculas ou induzem alterações em moléculas do próprio organismo. Estimulam o organismo agredido a produzir substâncias (mediadores) que atuam na microcirculação para permitir a saída de plasma e de células que irão eliminar ou neutralizar a agressão e induzir o reparo das lesões, o que caracteriza uma inflamação. A resposta imunitária é dividida em: Resposta inata Resposta adaptativa Resposta inata Leucócitos - saem dos vasos após agressões são os mais importantes executores da resposta imunitária inata e adaptativa. As ações biológicas dos leucócitos serão descritas adiante (células do exsudato inflamatório) Representam uma barreira mecânica mais frágil, mas possuem secreções abundantes que contêm substâncias microbicidas secretadas em glândulas na submucosa e na lâmina própria ou em glândulas acessórias. o organismo monta uma resposta defensiva pelo sistema imunitário; a reação ou resposta imunitária é realizada por meio de uma inflamação. Seus mecanismos dependem de genes, é definida já na vida embrionária (linhagem germinativa), razão pela qual eles já existem ao nascimento. @resumosodontologia Plaquetas - As plaquetas são fonte importante de mediadores da resposta imunitária inata, além de atuarem na coagulação sanguínea. Mastócitos - Existem dois tipos de mastócitos: do tecido conjuntivo (MTC) e de mucosas (MM). Os mastócitos sintetizam e excretam ainda citocinas, quimiocinas, leucotrienos e prostaglandinas. Os mastócitos desgranulam e liberam diferentes mediadores. Resposta adquirida Ativa - ocorre quando a pessoa é exposta a micro- organismos ou substâncias estranhas e o sistema imunológico responde. Passiva - ocorre quando os agentes de imunidade (anticorpos contra determinados patogênicos) são transferidos de uma pessoa para outra. FENÔMENOS DA INFLAMAÇAO ● Irritação (que inclui o reconhecimento de alarminas e a liberação de mediadores) ● Modificações vasculares locais ● Exsudação plasmática e celular ● Lesões degenerativas e necróticas ● Eventos que terminam ou resolvem o processo . ● Fenômenos reparativos, representados por proliferação conjuntiva ou regeneração do tecido lesado. QUIMIOTAXIA A migração de leucócitos depende de substâncias quimiotáticas, que orientam o movimento de células por meio de um gradiente de concentração. O agente quimiotático é liberado no interstício e difunde-se, criando um gradiente que diminui em direção ao vaso. CÉLULAS DO EXUDATO INFLAMATÓRIO Fagócitos Macrófagos Proteção que um organismo desenvolve contra certos tipos de microrganismos ou substâncias estranhas. A imunidade adquirida é desenvolvida durante toda a vida de um indivíduo, podendo esta imunidade ser ativa ou passiva. são células envolvidas ativamente nos processos defensivos do organismo, pois são capazes de matar agentes infecciosos diretamente e de processar e apresentar antígenos para a resposta imunitária adaptativa. conjunto de macrófagos livres (circulantes, dos tecidos linfoide e mieloide e de cavidades naturais) e fixos em tecidos. @resumosodontologia Neutrófilo Eosinófilo Fagositose - a ingestão de partículas maiores feita pela emissão de pseudópodes e pela formação de um fagossomo ou vacúolo fagocitário. são muito importantes na fagocitose e na destruição de microrganismos, sobretudo bactérias. Indivíduos com número de neutrófilos circulantes abaixo de 1.000 células/mm3têm quadros graves de septicemia. são granulócitos com núcleo bilobulado. Têm pequena atividade fagocitária, endocitam imunocomplexos, bactérias, fungos, micoplasmas e partículas inertes. @resumosodontologia TIPOS DE INFLAMAÇÃO Inflamações necrosantes: acompanham-se de necrose extensa da área inflamada. inflamações purulentas: agudas ou crônicas, que podem ocorrer em qualquer órgão, têm como característica principal a formação de pus. São causadas por bactérias (mais frequentemente estafilococos e estreptococos - bactérias piogênicas) que induzem grande exsudação de fagócitos e fibrina. Pústula é uma inflamação purulenta aguda, circunscrita, da pele ou mucosas, em que o pus se acumula entre o epitélio e o conjuntivo subjacente, formando uma pequena elevação, geralmente amarelada. Abscesso é uma inflamação purulenta circunscrita, caracterizada por coleção de pus em uma cavidade neoformada, escavada nos tecidos pela própria inflamação e circundada por uma membrana ou cápsula de tecido inflamado (membrana piogênica), da qual o pus é gerado. @resumosodontologia As agressões sofridas pelo organismo são reconhecidas por células e tecidos, os quais montam uma resposta que, juntamente com o agente agressor, também podem provocar lesões. Lesões celulares Os agentes agressores causam modificações moleculares que se somam e, muitas vezes, resultam em alterações morfológicas. As lesões morfológicas aparecem nas células, no interstício ou em ambos. Dependendo da duração e da intensidade da agressão e da natureza do agente agressor, as lesões celulares podem ser : Reversíveis Irreversíveis . Respostas das células a agressões - Estresse celular Frente a agressões, as células dão respostas gerais por meio de mecanismos semelhantes. Estes podem torná-las mais resistentes ou mais adaptadas à agressão ou, dependendo da intensidade desta, induzir morte celular. As respostas e as modificações celulares que surgem após agressões constituem, em conjunto - estresse celular, em analogia às respostas sistêmicas que o organismo monta quando é agredido (estresse). Degenerações Degeneração é a lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias no interior de células. Regeneração - Quando o tecido que sofreu necrose tem capacidade regenerativa, os restos celulares são reabsorvidos por meio da resposta inflamatória que se instala. Fatores de crescimento liberados por células vizinhas e por leucócitos exsudados induzem multiplicação das células parenquimatosas. @resumosodontologia Cicatrização - Trata-se do processo pelo qual o tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo cicatricial. Apoptose Inicialmente conhecida como morte celular programada, é a lesão em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com a sua morte. @resumosodontologia HIPEREMIA É o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em um órgão ou tecido, especialmente na microcirculação. HEMORRAGIA É o distúrbio da circulação caracterizado pela saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas. Púrpura Equimose Hematoma HEMOSTASIA É a parada ou a cessação de um sangramento, pode ser feita naturalmente (hemostasia espontânea) ou artificialmente (ex., ligadura ou cauterização de vasos lesados). é a lesão superficial um pouco maior que as petéquias, geralmente na pele, múltipla, plana ou discretamente elevada. é a hemorragia que aparece como mancha azulada ou arroxeada, mais extensa do que a púrpura e que pode provocar aumento discreto de volume local. o sangue se acumula formando uma tumoração. Como a equimose, hematoma é frequente após ação de agentes mecânicos. @resumosodontologia TROMBOSE É a solidificação do sangue no leito vascular ou no interior das câmaras cardíacas, em um indivíduo vivo. Trombo - é a massa sólida de sangue gerada pela coagulação sanguínea, pode formar-se em qualquer território do sistema cardiovascular. EMBOLIA É a obstrução de um vaso sanguíneo ou linfático por um corpo sólido, líquido ou gasoso em circulação e que não se mistura com o sangue ou linfa. O corpo que circula no interior dos vasos é denominado êmbolo. ISQUEMIA A redução (isquemia parcial) ou a cessação (isquemia total) do fluxo sanguíneo para um órgão ou território do organismo, ou seja, o aporte insuficiente de sangue para manter as necessidades metabólicas dos tecidos. INFARTO Uma área localizada de necrose isquêmica, por interrupção do fluxo sanguíneo arterial ou venoso. EDEMA É o acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades pré-formadas do organismo. @resumosodontologia Alterações do volume celular Quando uma célula recebe estímulo acima do normal, aumentando a síntese de seus constituintes e o seu volume - hipertrofia. Alterações da proliferação celular Aumento da taxa de divisão celular acompanhado de diferenciação normal - hiperplasia. Alterações da diferenciação celular Quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal - metaplasia. Alterações da proliferação e da diferenciação celulares Quando há proliferação celular e redução ou perda de diferenciação – displasia. HIPERTROFIA É o aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares, o que resulta em aumento volumétrico das células e dos órgãos afetados. HIPOPLASIA Hipoplasia é a diminuição da população celular de um tecido, de um órgão ou de parte do corpo. HIPERPLASIA Aumento do número de células de um órgão ou de parte dele, por aumento da proliferação e/ou por diminuição na apoptose. Hiperplasia só acontece em órgãos que contêm células com capacidade replicativa. METAPLASIA Mudança de um tipo de tecido adulto (epitelial ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem: um tipo de epitélio transforma-se em outro tipo epitelial. @resumosodontologia DISPLASIA É uma condição adquirida caracterizada por alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células afetadas. NEOPLASIA Uma das características principais das neoplasias é justamente proliferação celular descontrolada. @resumosodontologia FENÓTIPO As “aparências”. A expressão do genótipo, ou seja, são as características peculiares de cada indivíduo percebidas através dos sentidos (visão, olfato, audição etc.) ou por meio de medições. GENÓTIPO Ao conjunto altamente individual de genes, que tem como substrato físico o genoma. A constituição genética de um indivíduo, ou seja, é a forma como está representado cada um dos alelos para as diversas características de um indivíduo. GENE A unidade da herança genética. Cada gene é formado por uma ou algumas sequências de DNA que conserva(m) e transmite(m) a informação para sequências de RNA, que podem ter funções como tais ou codificar sequências de proteínas. MUTAÇÕES São modificações estruturais permanentes na sequência do DNA. Nem sempre, no entanto, uma mutação resulta em modificação funcional (alteraçãodo fenótipo). REFERÊNCIA Livro: Patologia – Geraldo Brasileiro.
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