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- Embriologia origina-se do termo Embryon (não nascido) e logia (estudo) e é o ramo da ciência biológica que investiga o desenvolvimento do embrião desde a fertilização até o nascimento; - Considera-se que os relatos mais antigos a respeito da embriologia datam de 1400 a.C., com os egípcios discutindo sobre a placenta e a importância da alma externa, pois não consideravam o embrião vivo até o nascimento do bebê. Os egípcios também descobriram a possibilidade de incubar em fornos os ovos de galinha retirados dos ninhos. Com isso, permitiu-se a visualização de estágios diferentes de desenvolvimento; - De acordo com Demócrito (455–370 a.C.) o sexo de um indivíduo era determinado pela origem do espermatozoide: os machos proviam do testículo direito e as fêmeas do testículo esquerdo. Esta hipótese foi modificada por Pitágoras, Hipócrates e Galeno; - O primeiro registro sobre embriologia é conferido a Hipócrates por escrever sobre obstetrícia e ginecologia. Estabelece-se, assim, uma divisão entre alguns autores que o consideram o pai da embriologia, e não Aristóteles, como visto por outros. Hipócrates acreditava que o embrião era formado pelo sequestro de umidade e da respiração da mãe. Identificou também uma série de condensações responsáveis pela formação de ossos, sangue, abdômen e circulação. É conferido a Hipócrates o conceito de pré-formacionismo, ou seja, que os seres se desenvolvem a partir de miniaturas; - Aristóteles acreditava que o sêmen provia a forma ou a respiração aos embriões e que a fêmea contribuía com alguma substância que ajudasse o desenvolvimento. Também investigou o desenvolvimento embrionário por meio de sua obra intitulada A Geração dos Animais, em que descreveu as diferentes formas que os animais nasciam: dos ovos (oviparidade, como os pássaros, sapos e maioria dos invertebrados), pelo nascimento (vivíparos, como em animais placentários e alguns peixes) ou por produção de ovos que eclodiam dentro do corpo (ovoviparidade, como ocorre em certos répteis e cobras). Além disso, descobriu que as membranas fetais e o cordão umbilical em bovinos possuíam funções importantes para a nutrição fetal; - Também observou que os embriões apresentavam muitas similaridades no desenvolvimento e que as diferenças apareciam de acordo com o seu avanço. A partir disso, estabeleceu os termos meroblásticos e holoblásticos quanto aos padrões de divisão (clivagem) das células que formariam o embrião: holoblástica (o ovo é dividido progressivamente em células menores, como em sapos e mamíferos) e meroblástico (a parte do ovo destinado à formação do embrião se divide, e o restante tem a função de nutrição, como nas aves) e estabeleceu o conceito de epigênese (o embrião desenvolve seus sistemas de órgãos gradualmente, eles não estão pré- formados), que levou cerca de 2 mil anos para ser aceito; - Galeno contribui dando importância ao cordão umbilical para a promoção da respiração ao feto; - Albertus Magnus, promove o renascimento da embriologia como ciência e propõe a teoria do queijo coagulado: acreditava que a mulher continha algum tipo de semente coagulada, como o queijo, que em contato com o sangue menstrual recebia a nutrição necessária para o desenvolvimento e entrava em contato com a semente do homem; - São Tomás de Aquino era um clérigo que deliberou sobre o estado moral do embrião, do feto e dos atos de aborto. Em sua discussão do pecado, moralidade e assassinato, indica suas considerações sobre a vida no interior do útero. Em sua teoria da hominização tardia, a progressão da vida era do tipo vegetal (em estado inanimado) passando por um estágio animal e finalmente formando o humano como o estado animado; - A ciência da embriologia desenvolveu-se muito lentamente paralela à anatomia descritiva. No início do renascimento, os famosos estudos artísticos e anatômicos de Leonardo da Vinci (1452–1519) incluíram investigações de úteros prenhes de uma vaca e incluíam a dissecação de fetos humanos e mensurações do crescimento embrionário. O erro de Da Vinci refere- se à representação da gravidez humana, em que o feto humano se encontra dentro de uma placenta bovina; - O ovo de galinha e suas transformações iniciais em pintos eram óbvias, como tinha descrito Aristóteles, mas o que intermediava a formação de embriões em mamíferos? Onde era encontrado o ovo nos mamíferos? Um dos maiores precursores da descoberta do ovo de mamíferos foi William Harvey (1578-1657) que, em 1651, publicou De Generatione Animalium (Discussões abordando a Geração de Animais), em que descreve o termo Ovo Omnia (todas as coisas provêm do ovo); - No que tange ainda ao entendimento de que todos originam-se do ovo, Regnier de Graaf (1641-1673) promoveu estudos detalhados dos órgãos reprodutivos femininos, especialmente o ovário (que era denominado anterior ao seu tempo como testículo da fêmea). Em seu interior, caracterizou o que chamou de ovos, sendo que na verdade ainda se referia aos folículos, devido à limitação da observação microscópica em sua época. Ainda assim, mais tarde, o médico alemão Bischoff denominou o folículo maduro, o qual expelirá o ovócito durante a ovulação, em sua homenagem como ovo de Graaf; - Na verdade, o primeiro cientista a ver o ovo do mamífero (o qual todos acreditavam existir, mas ninguém tinha visto) foi o médico Karl Ernst von Baer (1792- 1876). Ao abrir o “Ovo de Graaf”, como o folículo era conhecido naquele tempo, encontrou um pequeno ponto amarelo e o examinou sob um microscópio: era o ovócito que conhecemos hoje; - Ernst Haeckel (1834-1919) discutia que “a ontogenia era uma recapitulação da filogenia”, ou seja, a ontogenia observada em dias ou meses reflete a origem e a evolução das espécies. A definição de Haeckel não pode ser considerada totalmente correta, uma vez que o mecanismo de mudança das espécies requer a formação de novas características e o diagnóstico de novas espécies deve ocorrer desde a sua origem até o esquema do seu desenvolvimento; - Hans Spemann (1869-1941) descobriu a região organizadora do embrião, ou seja, o nó primitivo que controla a gastrulação. Esta região em anfíbios foi denominada de organizador de Spemann enquanto que em pássaros foi denominado de Nodo de Hensen, e hoje é denominado de nó primitivo; - O termo trofoblasto foi usado em Congresso em 1888 a partir de estudos desenvolvidos por Hubrecht (1853- 1915) em embriologia comparativa; - Franz Keibel (1861-1929) foi um embriologista alemão que desenvolveu inúmeros painéis do desenvolvimento embriológico de várias espécies inclusive o homem; - Thomas Morgan (1866-1945) foi influente na separação da genética da biologia, além de propor que o desenvolvimento era regulado pelo núcleo. Os estudos foram realizados em modelos de drosófilas, descrevendo muitas características e sequências de cromossomos específicos; - Mary Lyon (1925-2014) foi uma geneticista inglesa que desenvolveu a teoria de inativação do cromossomo X, na qual observou-se que um dos cromossomos X em mamíferos fêmeas são inativados durante o desenvolvimento, além de desenvolver trabalhos em distrofia muscular de duchenne e hemofilia;
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