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UVA- QUESTIONÁRIO - A2 BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS - 2021 1 (1)

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ORIENTAÇÕES QUESTÕES DISSERTATIVAS: 
 
- As questões somam no total 6, 0 pontos. 
- Devem ser respondidas com mínimo de 4 e máximo de 10 linhas. 
-Devem ser fundamentadas, ou seja, apontar os artigos de lei cabíveis. (NÃO É PARA 
TRANSCREVER ARTIGO. APENAS CITAR). E explicar a resposta, doutrina ... 
- As respostas não devem se resumir a sim, não ou talvez. 
- Podem ser citados casos concretos (se houver). 
- Fazer digitada. (Fonte 12, espaçamento 1,5, tipo da fonte: times new roman ou Arial) 
 
QUESTÕES 
 
Questão 1) Lúcia reside sozinha no único imóvel que possui. Se envolve em uma dívida de IPTU 
e não consegue realizar o pagamento. O imóvel é penhorado em ação de execução. 
Márcio é fiador de Maria em uma locação residencial, e possui um imóvel que reside com sua 
família. Maria se envolve em uma dívida e a execução recai sobre Márcio. 
 
Tendo em vista os dois casos apresentados, e o instituto do bem de família, responda de forma 
fundamentada: (Explique, cite os artigos, doutrina...) 
 
A) Lúcia pode se defender alegando impenhorabilidade de seu imóvel? Explique todos os 
aspectos (1,0 ponto) 
 
Resposta: Sim, Lúcia poderá se defender alegando a impenhorabilidade de seu 
imóvel segundo o artigo 1° previsto na Lei 8.009/90. Apesar da dívida que possui, o 
imóvel não poderá ser penhorado, visto que a devedora tem apenas um imóvel e 
reside nele, dessa forma a lei protege esse imóvel, sendo ele um bem de família e 
tornando ele impenhorável. Assim sendo, a lei assegura que o indivíduo more no 
local, porém, o STJ compreende que não é obrigatório que a pessoa more no imóvel 
para que ele não seja penhorado. Essa hipótese se aplica no caso do imóvel ser 
alugado a terceiros e a renda for usada para a sua sobrevivência ou para pagar 
aluguel de sua moradia, nesse caso, ele não poderá ser penhorado. 
 
B) Márcio pode se defender alegando impenhorabilidade de seu imóvel? (1,0 ponto) 
 
 
 
 QUESTIONÁRIO (NOTA A2) 
CURSO: DISCIPLINA: 
DIREITO BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
PROFA.: NOME: 
MERY CHALFUN 
DATA: Nº de 
ordem 
GRAU: TRABALHO 
PARA A2 
TURMA MATRÍCULA: 
 18 \ 06 \2021 
 
 (QUESTIONÁRIO) 1JUR13A 
Resposta: Não, Márcio não pode se defender alegando a impenhorabilidade de seu 
imóvel visto que a lei não protege os bens do fiador, fazendo com que ele seja 
penhorado. Segundo o artigo 3°, inciso VII da Lei 8.099/90 é possível a penhora do 
imóvel do fiador pela obrigação concedida através do contrato de locação. Sendo 
assim, é constitucional a penhora do bem de família pertencente ao fiador em casos 
de contrato de locação. Contudo, a penhora do imóvel para a quitação de dívidas de 
locação não é considerado bem de família pelo STJ. 
 
 
Questão 2) Guilherme e Carolina, irmãos gêmeos, no dia do aniversário de 18 anos, ganham 
de presente, um carro conversível modelo exclusivo e uma moto personalizada. Carolina 
ganha ainda uma joia de família de sua avó, que é passada de geração para geração. 
No dia da festa ganham muitos presentes de seus amigos e familiares, como por exemplo; um 
computador, um livro de viagens vendido em várias lojas da cidade, e bombom. 
 
Com base no caso narrado e tendo em vista as classificações dos bens considerados em si 
mesmos, responda as questões abaixo de forma fundamentada: (Explique, cite os artigos, 
doutrina...) 
 
Identifique pelo menos 2 (duas) classificações para cada um dos bens elencados, explicando 
cada uma das classificações. (As classificações podem ser repetidas, mas devem existir pelo 
menos 4 diferentes) (2,0 pontos) 
 
Resposta: O carro é bem fungível e pode ser substituído por outro da mesma espécie, 
hipótese prevista no artigo 85 do Código Civil. Além disso, o carro também é considerado 
um bem inconsumível, devido a sua utilização não acarretar a destruição da substância. 
A moto é um bem fungível que também pode ser substituído por outro da mesma espécie. 
Além disso, a moto é um bem indivisível que não pode ser fracionado e nem dividido. 
A joia de família é um bem infungível, pois não pode ser substituído por outro, devido ao 
fato de que aquele objeto representa um valor sentimental para a pessoa. Além disso, a 
joia de família é um bem durável, pois a sua utilização não se extingue com o uso. 
O computador é bem fungível que poderá ser trocado por outro, além disso, é um bem 
inconsumível, pois não se extingue com o uso. 
Os livros são bens singulares, devido serem individualizados e representados por uma 
unidade autônoma, hipótese tipificada no artigo 89 do Código Civil. Além disso, são bens 
duráveis, que não se extingue com o uso. 
O bombom é um bem consumível que o seu uso acarreta a destruição da substância, 
previsto no artigo 86 Código Civil. Além disso, é um bem não durável, pois o seu consumo 
faz com que a substância se extingue. 
 
 
Questão 3) Gloria compra um carro ano 2020, e o vendedor oferece como cortesia um tapete 
para o carro, além de uma capa para o estofado. 
 
Viaja com o carro novo e a família para uma casa que alugaram por um período de 1 ano em 
Búzios. Na casa percebe uma infiltração na cozinha e troca o encanamento. Aproveita a obra 
e coloca alguns brinquedos de madeira no jardim para o filho de 5 anos. 
 
A partir das informações quanto aos bens adquiridos e colocados por Gloria, responda as 
seguintes questões de forma fundamentada: (2,0 pontos) 
 
Considerando os bens reciprocamente considerados como podem ser classificados:(diga a 
classificação, modalidades e definição) 
 
A casa que foi alugada 
O tapete (referente ao carro) 
O encanamento (na cozinha) 
Os brinquedos no jardim 
 
Resposta: A casa é geralmente um bem acessório, pois depende de outro para existir, 
sendo assim, em regra a casa é bem acessório que depende de um terreno para existir, 
sendo ele, considerado como bem principal. Porém, no caso em tela, a casa não é 
comparada a outro bem, sendo assim, no exemplo dado a casa é um bem principal. 
O tapete é um bem acessório na modalidade benfeitoria voluptuária, pois depende do 
carro para ser utilizado. Já o carro não depende do tapete para a sua utilização, sendo 
ele, um bem principal em relação ao tapete. 
O encanamento é bem acessório na modalidade benfeitoria necessária, que só existe 
por causa da cozinha, logo, a cozinha é um bem principal em relação ao encanamento, 
pois não depende do encanamento para existir. 
Os brinquedos são bens acessórios na modalidade benfeitoria voluntária em relação 
ao jardim, pois dependem do jardim para existir. Logo, o jardim é um bem principal em 
relação aos brinquedos, visto que não depende deles para existir. 
 
ORIENTAÇÕES QUESTÕES OBJETIVAS: 
 
- As questões somam no total 4,0 pontos. 
- Marcação dupla (mais de uma letra) anula = será considerada errada 
- A resposta deve ser fundamentada em 3 linhas, ou seja, deve ser justificada de forma breve 
o motivo da opção escolhida. Deve ser citado o artigo previsto em lei (NÃO É PARA 
TRANSCREVER O ARTIGO) 
- Questão sem justificativa\fundamentação será considerada errada, ainda que a letra 
marcada esteja correta. 
 
QUESTÕES: 
 
Questão 4) Martha e Carlos casaram-se no ano de 2004 sob o regime da separação de 
bens, divorciando-se em 2018, quando desfizeram a sociedade conjugal. Em 2013, Martha, 
culposamente, colidiu seu automóvel com o de Carlos, causando-lhe danos. Nesse caso, a 
pretensão de Carlos obter a correspondente reparação civil de Martha, segundo o Código 
Civil, (1,0 ponto) 
A) É imprescritível 
B) Prescreveu em 2016 
C) Prescreverá em 2021 
D) Prescreveu em 2018 
E) Prescreverá em 2028 
Resposta: A alternativa correta é a letra C. A responsabilidade civil tem como 
objetivo a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Além 
disso, procura determinar como e em quais condições uma pessoa pode ser 
considerada responsável pelo dano sofrido a outrem e em que medida estará 
obrigada a reparar. Segundoo artigo 206, parágrafo 3°, inciso V tipificado no 
Código Civil, a prescrição da reparação civil ocorre em 3 anos. 
 
Questão 5) Marcos, mudou-se para Salvador, e adquire um apartamento na cidade, 
posteriormente, descobre que a vendedora Maria estipulou valor equivalente ao triplo do valor 
de mercado. Ocorre que Marcos desconhecia os valores imobiliários locais e Maria tinha 
conhecimento de tal fato. Além disso, nunca tinha comprado um apartamento anteriormente e 
tinha pressa para abrigar sua mãe e irmã. 
 Nessa situação hipotética, o negócio jurídico poderá ser anulado, uma vez que apresenta o vício 
de consentimento denominado: 
A) Dolo e Erro 
B) Fraude contra credores 
C) Lesão 
D) Coação 
E) Estado de perigo 
 
Resposta: A alternativa correta é a letra C. A luz do artigo 157 do Código Civil, ocorre 
a lesão quando o indivíduo sob necessidade ou por inexperiência se obriga da 
prestação de serviços desproporcional ao valor da prestação que foi proposta. Sendo 
assim, Marcos foi lesionado, pois se aproveitaram de sua inexperiência para realizar 
o negócio jurídico. 
 
Questão 6) Dadas as situações abaixo: 
I. Cora combina com sua irmã que lhe doará um apartamento quando esta se casar. 
II. Marcelo compra um terreno na lua 
III. Mariana, gravida, maior e capaz se casa com Marcos. Marcos se casa devido a temor 
reverencial pelo pai de Mariana. 
IV. Ruth faz um testamento beneficiando Martha com um terreno. Estipula como obrigação 
a construção de um gatil para animais carentes 
 
Marque a opção correta, considerando do que se trata cada item respectivamente: 
 
A) I. Condição suspensiva; II. Objeto impossível e nulo; III. Negócio válido; IV. Encargo. 
B) I. Condição resolutiva; II. Objeto impossível e anulável; III. Negócio anulável; IV. Termo 
C) I. Condição resolutiva; II. Objeto impossível e nulo; III. Negócio anulável; IV. Condição 
D) I. Condição suspensiva; II. Objeto impossível e nulo; III. Negócio anulável; IV. Encargo 
E) I. Condição suspensiva; II. Objeto impossível e nulo; III. Negócio nulo; IV. Encargo 
 
Resposta: A alternativa correta é a letra D. A condição suspensiva (artigo 125 do Código 
Civil) se dá a um evento futuro, logo, o negócio jurídico do primeiro caso só se realizará 
após o casamento da irmã. No segundo caso, o objeto impossível é nulo e consiste em uma 
figura bidimensional que é instantânea e é interpretada por um sistema visual que 
representa uma projeção de um objeto tridimensional. No terceiro caso, o negócio jurídico 
é anulável, visto que Marcos foi coagido a se casar devido ao temor reverencial (artigo 153 
do Código Civil), dessa forma, não houve uma coação de força física, mas sim o medo do 
pai da noiva. E por fim, no último exemplo, temos o encargo previsto no artigo 136 do 
Código Civil, é uma cláusula acessória comum aos contratos em que há uma liberalidade, 
como por exemplo, uma doação. Essa cláusula é imposta pelo doador, restringindo a 
liberdade do beneficiário no que diz respeito a essa doação e a forma que será utilizada. 
Além disso, o encargo poderá também ser admitido em declarações unilaterais de vontade. 
 
Questão 7) Uma mulher, abalada emocionalmente para salvar o marido vítima de um 
atropelamento e uma amiga, aceita pagar o tratamento e ao médico uma quantia muito além 
do que normalmente é praticada, sendo que o médico sabia da condição emocional da mulher. 
Nesse sentido, pode-se anular o referido contrato, alegando-se: 
A) Dolo acidental 
B) Coação 
C) Estado de perigo 
D) Lesão 
E) Só poderá alegar vício quanto ao marido 
 
Resposta: A alternativa correta é a letra C. O artigo 156 do Código Civil, considera-se 
estado de perigo quando o indivíduo realiza o negócio jurídico mediante a uma 
necessidade, sendo assim, aquele negócio jurídico só se realizou visto que houve uma 
situação de necessidade de salvar alguém da família ou pessoa próxima de grave dano. 
Além disso, vale destacar que no estado de perigo não há uma ameaça e sim um dolo de 
aproveitamento da situação.

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