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Apostila de Contabilidade Bancária_UNIFIEO

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TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 1 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
BANCÁRIA 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profo. José Ap. da Costa Filho 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 2 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
CONTABILIDADE 
 
CONCEITOS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 3 de 59 Da Costa_02/2013 
HISTÓRIA 
(Fonte: http://pt.wikibooks.org) 
 
Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se em por volta de 8.000 a.C., em Uruk, 
cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque. Uruk era um centro da 
civilização sumeriana. Esses primeiros registros contábeis constituíam-se em fichas de 
barro, guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio. 
Por exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. 
 
Se esse boi fosse transferido para outra pastagem ou fosse emprestado, a sua ficha seria 
igualmente transferida para um outro receptáculo de barro, registrando dessa forma o evento 
ocorrido e auxiliando o controle do patrimônio por parte do proprietário. Dessa forma, um 
único evento contábil (por exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos 
de barro: um, representando o estoque de bois do dono do boi, forneceria uma ficha e outro, 
representando o direito do dono do boi sobre a pessoa que estava tomando o boi 
emprestado, receberia esta ficha. Isto seria um duplo registro da transação, ou em outras 
palavras, um lançamento de partida dobrada. 
 
Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de 
tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização de pão, cerveja, materiais e trabalho 
escravo, em Uruk e Ur, também na Suméria. Dessa forma, a invenção da escrita pelo 
homem está intimamente ligada ao surgimento da Contabilidade. 
 
O antigo Egito também contribuiu com grandes avanços na ciência contábil, principalmente 
devido à necessidade do governo de organizar a arrecadação de impostos. Os antigos 
egípcios inovaram ao efetuar os registros contábeis utilizando valores monetários, no caso o 
shat de ouro e prata. 
 
Na antiga Grécia, a burocracia da cidade de Micenas mantinha arquivos que registravam, 
em placas de barro, lançamentos de impostos, propriedade territorial, reservas agrícolas, 
inventários de escravos, de cavalos, de carros de guerra e de peças desses carros. Com o 
desenvolvimento da democracia grega, os governantes eleitos passaram a ter que prestar 
contas de como utilizavam os recursos públicos, através de demonstrações contábeis 
inscritas em pedra. 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 4 de 59 Da Costa_02/2013 
 
Os antigos romanos se preocupavam em registrar cuidadosamente o seu patrimônio 
pessoal, utilizando tábuas de cera gravadas com estiletes pontiagudos para rascunhos, que 
em seguida eram transcritos para papiros ou pergaminhos. De alguns destes escritos, 
denominados ratio, surgiu o livro Razão atual. 
 
Na administração governamental, os romanos tinham a figura do Contador Geral do Estado, 
que controlava as finanças imperiais, e era um dos mais importantes funcionários da 
máquina estatal. 
 
Na Idade Média, a ciência contábil européia sofreu um retrocesso. O colapso do império 
romano do ocidente e a invasão dos bárbaros germânicos ocasionaram a diminuição 
drástica do comércio no continente, devido à insegurança generalizada e à desorganização 
das atividades produtivas. Houve uma decadência cultural, devido ao pouco valor dado 
pelos invasores à cultura livresca. A alfabetização ficou restrita aos mosteiros. Como a 
população tornou-se analfabeta em sua maioria, e praticamente não havia mais comércio, 
não havia mais meio nem razão de se efetuar a contabilidade, ocasionando uma interrupção 
na evolução da ciência contábil. 
 
No continente americano, no entanto, a civilização inca desenvolveu nesse período um 
original sistema de contabilidade, os quipus. Estes eram cordões de lã ou outro material 
qualquer que, através de nós, registravam quantidades úteis para a administração do 
Império Inca. O sistema numérico usado era o decimal, sendo que o nó, pela sua 
localização, podia estar na casa das unidades, dos decimais, das centenas ou dos milhares. 
 
A cor dos cordões significava um item padronizado: se o cordão fosse amarelo, por exemplo, 
representava milho, desde que de acordo com o contexto. Pois, dado o número de cores ser 
menor que o número de itens patrimoniais, cada cor podia representar mais de um tipo de 
item. Daí, o amarelo poder representar milho ou ouro, dependendo da situação. 
 
Dadas as complexidades na leitura dos quipus, existia um tipo de funcionário especializado 
na sua leitura, o quipucamayuc, ou "guardião do quipu". Vale notar que, para cada tipo de 
uso do quipu (militar, econômico, estatístico, religioso etc.), existia um tipo de quipucamayuc. 
Pode-se dizer que cada tipo de quipucamayuc se especializava num determinado ramo da 
contabilidade. Assim, existiam quipucamayucs militares, religiosos, econômicos, etc. 
 
No final da Idade Média, ocorre o renascimento comercial e urbano da Europa, devido ao fim 
das invasões bárbaras. Isto gera a necessidade de um desenvolvimento da ciência contábil, 
como forma de controlar o fluxo comercial em expansão. Esta necessidade é particularmente 
sentida nas cidades do norte da Itália (Gênova, Veneza e Florença), que desenvolvem de 
maneira independente umas das outras sistemas contábeis utilizando partidas dobradas 
(registros das operações mercantis mostrando a origem e a aplicação dos recursos). 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 5 de 59 Da Costa_02/2013 
 
A Idade Moderna tem início oficial em 1453, com a conquista de Constantinopla pelos 
turcos. A necessidade da abertura de novas rotas para a Ásia levou diversas nações da 
Europa Ocidental, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, a procurarem por 
novas rotas marítimas para a Ásia que não passassem pelo Oriente Médio dominado pelos 
turcos. Isto gerou as Grandes Navegações. 
 
Com a descoberta da América e da rota marítima para a Índia, houve um grande incremento 
do fluxo comercial europeu. As nações que conduziam esta expansão necessitaram da 
técnica contábil desenvolvida pelas cidades do norte da Itália a fim de controlar as 
transações comerciais. Esta técnica contábil veio a ser denominada Escola Contista, e teve 
como figura principal Luca Pacioli, um frei italiano que sistematizou e popularizou o 
sistema de partidas dobradas desenvolvido pelas cidades do norte da Itália na Baixa Idade 
Média. Para tal popularização, contribuiu o fato de a obra de Pacioli ter surgido juntamente 
com a criação da impressora de tipos móveis por Gutenberg, o que possibilitou uma ampla 
difusão do livro de Pacioli que expunha o sistema de partidas dobradas. A primeira edição 
da obra clássica de Pacioli, La summa de arithmetica, geometria, proportioni et 
proportionalità, foi impressa em 10 de novembro de 1494, em Veneza. 
 
A Escola Contista tinha como objetivo o controle do patrimônio da empresa através da 
apuração do saldo das contas. As contas seriam o somatório dos direitos e obrigações que o 
proprietário tinha em relação a cada pessoa. Além de Luca Pacioli, outro importante 
personagem desta escola foi Benedetto Cotrugli. 
 
Uma inovação desta escola foi a criação da conta de capital, que determinava a dívida da 
empresa para com os proprietários. A criação de inúmeras sociedades por ações nesta 
época gerou a necessidade desta separação do patrimônio da empresa do dos proprietários. 
No final do século XVIII, eclode a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimentodas 
grandes indústrias torna a contabilidade tradicional, baseada no custo de aquisição das 
mercadorias para revenda (CMV), insuficiente. Surge a Contabilidade de Custos, que cria o 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que é a soma dos custos de fabricação do produto. 
 
A Idade Contemporânea teve início com a Revolução Francesa, em 1789, a qual determinou 
um período histórico de libertação do indivíduo frente ao Estado. Tal libertação significou, a 
nível de história da contabilidade, o surgimento de inúmeras escolas contábeis. 
 
A primeira foi a Escola Lombarda ou Administrativa, que surgiu com a publicação de La 
Contabilità Applicata Alle Ammministrazioni private e pubbliche, de Francisco Villa, em 1840. 
Esta escola defendia que o principal objetivo da contabilidade era a administração das 
entidades. Vale lembrar que a Administração de Empresas ainda não se constituía em um 
ramo independente do conhecimento, nessa época. A contabilidade deixava de se limitar à 
apuração dos saldos das contas e passava a se preocupar em como gerir as empresas. 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 6 de 59 Da Costa_02/2013 
A Escola Personalista, Logismográfica, Jurídico-personalista ou Toscana surgiu em 1867, 
com a publicação de I Cinquecontisti Ovvero La Ingannevola Teorica Che Viene Insegnata 
Negli Istituti Tecnici Del Regno E Fuori Del Regno Intorno Il Sistema De Scrittura A Partita 
Doppia E Nuovo Saggio Per La Facile Intelligentza Ed Applicazione Del Sistema por 
Francesco Marchi. Além dele, destacaram-se nesta escola Giuseppe Cerboni e Giovanni 
Rossi. Fundava-se no estudo das relações jurídicas entre os proprietários da empresa, os 
correspondentes (terceiros que negociavam com a empresa) e os agentes consignatários 
(empregados a quem eram confiados os valores da empresa). 
 
A Escola Controlista ou Veneziana surgiu com a publicação de La Ragioneria, de Fabio 
Besta, em 1880. Além de Besta, seus principais defensores foram Vittorio Alfieri, Carlo 
Ghidiglia, Pietro Rigobon e Pietro D'Alvise. Segundo esta escola, o objetivo da contabilidade 
seria o controle das empresas. Tal controle poderia ser anterior ao fato econômico 
(contratos, por exemplo), concomitante (vigilância sobre os empregados, por exemplo) ou 
posterior (balanço patrimonial, por exemplo). O controle poderia ainda ser ordinário (quando 
parte da rotina da empresa) ou extraordinário (quando ocorresse de forma excepcional). 
 
A Escola Norte-Americana surgiu em 1887, com a criação da AAPA (American Association 
of Public Accountants). Esta escola se preocupou em melhorar a qualidade da informação 
contábil, de modo a torná-la mais útil para as empresas. Ao mesmo tempo, se preocupou em 
padronizar a informação contábil, de modo a facilitar a comparação entre o desempenho das 
várias empresas por parte dos investidores. 
 
Foi esta escola a responsável pela divisão da contabilidade em Contabilidade Financeira 
(voltada para informar o público externo à empresa) e Contabilidade Gerencial (voltada para 
informar os administradores da empresa). Uma outra característica desta escola foi a grande 
importância das associações profissionais de contadores em seu desenvolvimento teórico 
(AAA, AICPA, AAUIA, NYIA, NACA, IMA, ASCPA, AIA, CAP, APB, FAF, FASB etc.). Ao 
contrário das demais escolas, a norte-americana se preocupou em ser eminentemente 
prática, evitando construções teóricas muito elaboradas. Esta escola foi ainda responsável 
pela confecção dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos (US-GAAP). 
 
A Escola Matemática defendeu a idéia de que a contabilidade não seria uma ciência social, 
como julgavam as outras escolas, mas uma ciência baseada na matemática, como a 
economia, a engenharia ou a física. Ela via os valores numéricos das contas não como 
realidades físicas, mas como entes abstratos, que podiam referir-se não só a empresas, mas 
a qualquer outra realidade. Isto explicaria como é possível somar valores de realidades físicas 
diferentes, como por exemplo o valor da conta caixa com o valor da conta de estoques. 
 
Os críticos desta escola argumentam que não seria possível separar as contas da realidade 
física que elas representam, ou seja, separar a contabilidade da gestão das empresas. Entre 
os representantes da Escola Matemática, figuram Giovanni Rossi e Pierre Garnier. 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 7 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
A Escola Neocontista surgiu como uma reação à Escola Personalista. Enfatizava as relações 
jurídicas entre proprietário, administrador e empregado. A Escola Neocontista reafirmava a 
importância da apuração dos saldos das contas, como elemento fundamental da 
contabilidade. Esta escola foi representada por pensadores franceses como Jean 
Dumarchey, René Delaporte, Jean Bournisien, Albert Calmés, Léon Batardon e L. Quesnot. 
 
A Contabilidade no Brasil teve como marco simbólico inicial a inauguração da Escola de 
Comércio Álvares Penteado em 1902, em São Paulo. Tal escola adotou a linha europeia, ou 
seja, as escolas alemã e italiana. 
 
A Escola Alemã surgiu em 1919 com a publicação do livro de Schmalembach sobre Balanço 
Dinâmico. Trouxe como inovações: a separação clara do balanço patrimonial da 
demonstração do resultado do exercício, a correção monetária de acordo com um índice geral 
de preços ou com o padrão-ouro, e valoração dos ativos pelos preços correntes. Seus 
principais autores foram Schmalembach, Schmidt, Gomberg, Schär e Gutenberg. 
 
A Moderna Escola Italiana, ou Economia Aziendal, surgiu em 1922, e perdura até os dias de 
hoje. Defende que o objetivo da Contabilidade é calcular o resultado das empresas. Seu 
principal pensador é Gino Zappa. 
 
A Escola Patrimonialista surgiu em 1926, com a publicação do livro Ragioneria Generale, de 
Vincenzo Mazi. Segundo esta escola, o objetivo da Contabilidade é o estudo do patrimônio. 
Este, por sua vez, se dividiria em: contas de ativo, contas de passivo e contas diferenciais (o 
patrimônio líquido). Os críticos desta escola, no entanto, afirmam que este objetivo é 
demasiadamente ambicioso para os recursos de que disporia a contabilidade. Estes críticos 
se localizam principalmente na Itália, razão pela qual esta escola logrou maior sucesso fora 
de seu país de origem. Outro grande pensador desta escola é o brasileiro Frederico 
Herrmann Júnior. 
 
Entre 1950 e 1980, foram muito utilizadas as máquinas contábeis, que eram máquinas 
mecânicas projetadas para o recolhimento e o armazenamento das informações referentes 
às atividades das empresas, por meio de fichas e cartões perfurados. Entraram em desuso 
com o advento dos computadores pessoais. 
 
A contabilidade brasileira, que inicialmente havia adotado as escolas europeias, passou a 
adotar a Escola Norte-americana na segunda metade do século XX, devido ao poderio 
econômico incontestável dos EUA. Três marcos dessa mudança na Contabilidade brasileira 
aconteceram durante a década de 70 desse século: o lançamento do livro Contabilidade 
Introdutória por parte de professores da FEA/USP, o advento da Lei 6.404/76 e a publicação 
da Circular 179/72 do Banco Central. 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 8 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
A partir da Segunda Guerra Mundial, com o surgimento do primeiro verdadeiro computador, 
o ENIAC, a contabilidade sofreu grandes mudanças. Atividades repetitivas que antes eram 
executadas por pessoas passaram a ser executadas com muito maior eficiência por 
máquinas, liberando os contadores para atividades intelectualmente mais criativas. 
 
Este processo promete continuar, com o desenvolvimento de novos programas de 
computador que substituem o trabalho dos contadores. Ao mesmo tempo, a transmissão de 
dados contábeis via internet torna-se cada vez mais difundida, modificando enormemente a 
atividade do profissional contábil. Um exemplo dessa mudança é o adoção crescenteda 
nota fiscal eletrônica, que promete substituir totalmente a versão em papel. 
 
Outra vertente de mudança no cenário contábil é a preocupação da sociedade com a 
preservação ambiental. Isto está gerando uma mudança nos paradigmas contábeis acerca 
da avaliação patrimonial: conceitos como ativo e passivo ambiental estão sendo 
desenvolvidos pelo novo ramo da Contabilidade Ambiental. A preservação da natureza 
começa a ser considerada uma forma de ativo ambiental. 
 
A questão social também começa a ser objeto de estudos da contabilidade, que procura 
meios de incluir em seus relatórios informações sobre o impacto das empresas na 
sociedade, como por exemplo na questão da geração de empregos. A propósito, atualmente 
existe a publicação do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental. 
 
Atualmente também ocorre um movimento internacional de padronização de normas 
contábeis nacionais, tendo como referência o IFRS (International Finantial Reporting 
Standards), o qual por sua vez se baseia predominantemente, embora não exclusivamente, 
no padrão contábil europeu. Tal harmonização das normas contábeis a nível internacional 
facilitará o livre trânsito do capital internacional, o que se espera que dinamize a economia 
mundial rumo a uma maior eficiência na alocação de recursos. A globalização começa a 
atingir a contabilidade através da adoção internacional do IFRS. 
 
Não se pode esquecer ainda os efeitos que uma possível expansão da humanidade rumo ao 
espaço possa gerar na economia. Historicamente, a ciência contábil sempre sofreu um 
grande desenvolvimento em períodos de expansão comercial, devido à própria necessidade 
de maior eficiência nos registros contábeis. Caso ocorra um incremento da exploração 
espacial, com colonização humana fora da terra, isto certamente significará um incremento 
do comércio, com grandes efeitos no desenvolvimento da ciência contábil. 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 9 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
O QUE É CONTABILIDADE? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? 
 
Em um País fortemente industrializado, todos, desde o cidadão comum até os organismos 
de dimensão nacional e internacional, estão envolvidos de diversas maneiras e de modo 
cada vez mais acentuado nas atividades empresariais. É grande, portanto, o número de 
agentes que desejam ser informados a respeito do andamento da vida das empresas. 
 
Mas são poucos aqueles que conhecem de modo claro o papel dos levantamentos contábeis 
em relação aos fatos empresariais. E é cada vez mais estreita a ligação entre as diversas 
funções empresariais (técnica, comercial, administrativa, etc.). Falar de contabilidade 
significa, portanto, vir ao encontro das exigências de um número cada vez maior de 
indivíduos que desejam aumentar seus conhecimentos a respeito dos “fatos empresariais”. 
 
A contabilidade se caracteriza como um Sistema Estruturado de Informações sobre 
eventos realizados por uma Entidade. É a ciência que estuda e organiza os registros dos 
fatos que afetam a situação patrimonial, financeira e econômica de uma Empresa. É regida 
por um conjunto de leis e princípios. 
 
A contabilidade é fundamental não só para registrar os eventos econômicos e financeiros, 
mas também para mostrar como está a empresa num certo momento. 
 
Serve de orientação para o Administrador (Usuário Interno) na tomada de decisões, tanto 
quanto para um possível Investidor (Usuário Externo), além da exigência fiscal 
(Obrigatoriedade Governamental). 
 
A Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidade 
controlar o patrimônio das entidades, apurar seu resultado (lucro ou prejuízo), prestar 
informações aos acionistas, administradores, investidores, a bancos, a governos, etc. 
 
A contabilidade também é importante como ferramenta que possibilita o conhecimento de 
rotinas operacionais das empresas e também por ser fundamental para que se possa 
exercer a Análise de Balanços, essencial para a tomada de decisões nas operações de 
crédito, tomadas ou concedidas. 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 10 de 59 Da Costa_02/2013 
 
QUAL A FUNÇÃO DO CONTADOR? 
 
A função básica do Contador é produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade 
para a tomada de decisões. Entretanto, em nosso País, em alguns segmentos da nossa 
economia, principalmente na pequena empresa, a função do Contador foi distorcida 
(infelizmente), estando voltada exclusivamente a satisfação das exigências do Fisco. 
 
 
 
 
 
 
 
A Contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades para o profissional, 
entre as quais citaremos algumas: 
 
 Contabilidade Financeira – É a contabilidade geral, necessária a todas as empresas. 
Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória para fins fiscais. De 
acordo com a área ou atividade em que é aplicada, recebe várias denominações: 
Contabilidade Agrícola; Contabilidade Comercial; Contabilidade Industrial; Contabilidade 
Hospitalar; Contabilidade Pública; Contabilidade de Seguros; etc. 
 
 Contabilidade de Custos – Está voltada ao cálculo e interpretação dos custos dos bens 
fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados pela empresa. 
 
 Contabilidade Gerencial – Voltada a fins internos, procura fornecer aos gerentes e 
administradores um elenco de informações, exclusivas para a tomada de decisões. 
Diferencia-se das contabilidades já abordadas por não se prender aos princípios 
tradicionais aceitos pelos Contadores. O profissional que exerce a Contabilidade 
Gerencial é também conhecido como Controller. 
 
 Auditor – Se encarrega da verificação da exatidão dos procedimentos contábeis. Pode 
ser Auditor Independente, profissional liberal, embora possa estar vinculado a uma 
empresa de Auditoria, ou Auditor Interno, empregado em uma empresa e que tem a 
responsabilidade da exercer os exames da Contabilidade. 
 
 Analista de Balanço - Atua na área de concessão de créditos, mensuração de 
desempenhos econômico-financeiro; decisão em investimentos; etc. 
 
 Perito Contábil – Requerido na área judicial, por conta de demandas empresariais. 
 
Ainda, Consultor Contábil, Professor de Contabilidade, Pesquisador Contábil, Cargos 
Públicos e Cargos Administrativos. 
 
 
Coleta de 
Dados 
 
Registro dos 
Dados 
 
Relatórios 
(BP-DRE-
DOAR, etc) 
Usuários 
(Tomada de 
Decisões) 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 11 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é definida como a ciência que estuda o patrimônio da empresa. 
 
Patrimônio é definido como o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade, a 
qual pode ser uma pessoa física ou jurídica. 
 
Contabilidade é a ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, seus 
fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, registrando os 
fatos e atos de natureza econômico-financeira que o afetam e estudando suas 
consequências na dinâmica financeira. 
 
A Contabilidade estuda e organiza os registros inerentes aos fatos que surgem em 
consequência das relações entre a empresa e os recursos de terceiros, de modo a 
determinar o resultado econômico do exercício e o capital que tornou possível sua obtenção. 
 
O nome deriva do uso das contas contábeis. De acordo com a doutrina oficial brasileira 
(organizada pelo Conselho Federal de Contabilidade), a contabilidade é uma ciência social, 
da mesma forma que a economia e a administração. 
 
 
PARTIDAS DOBRADAS 
 
É o método de escrituração contábil usado universalmente, apresentado no século XII pelo 
Frade Luca Paccioli. O princípio do método é que não há débito sem crédito e vice-versa. 
O registro de qualquer operação implica que a um ou mais débitos numa ou mais contas 
deve corresponder a um ou mais créditos equivalentes em uma ou maiscontas, de forma 
que a soma dos débitos seja sempre igual a soma dos créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conta_cont%C3%A1bil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Federal_de_Contabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 12 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
LIMITAÇÕES DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade não é um fim; é um meio. Suas informações só terão utilidade se satisfizerem 
as necessidades da Administração e de outros interessados, e não apenas as do Contador. 
A Contabilidade só é capaz de captar e registrar eventos mensuráveis em moeda, embora 
muitos outros elementos não mensuráveis também influam nas decisões. Apesar da 
exuberante exatidão dos números, os relatórios contábeis podem não expressar com 
fidelidade a realidade econômica da entidade, podendo fornecer um retrato desfocado da 
realidade empresarial. 
 
Ou seja: 
 
 Registra somente eventos que podem ser mensurados objetivamente em moeda. Por 
exemplo: não registra o valor de marcas, mercado, tecnologia, qualidade dos funcionários, 
localização geográfica, etc. 
 
 Adota alguns critérios e princípios conservadores (Princípios Convenções) 
 
 Poucas informações qualitativas. Por exemplo: não apresenta, em geral, informações 
sobre prazos, aceitação de mercado, risco de realização. 
 
A maior limitação da Contabilidade está no fato de o Balanço Patrimonial não representar o 
valor de mercado da empresa, pois não é o seu objetivo. 
 
 
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
São os conceitos básicos que constituem o núcleo essencial que deve guiar a profissão na 
consecução dos objetivos da Contabilidade, que consistem em apresentar informação 
estruturada para os usuários. É um conjunto de regras aceitas nos meios contábeis, que 
orienta a atividade do Contador. A aceitação dessas regras, com raras exceções, é universal. 
 
O Objetivo – é informar o usuário 
O Objeto - é o patrimônio das entidades 
 
Os princípios são a forma, o meio e a estrutura utilizados para se chegar aos objetivos. 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 13 de 59 Da Costa_02/2013 
 
Os princípios surgiram da necessidade de se apresentar uma linguagem comum para se 
preparar e interpretar apropriadamente os relatórios contábeis. Dessa forma é possível aos 
usuários (Governo, cliente, fornecedor, acionistas ....) fazerem uma interpretação adequada 
e uniforme de tais documentos. 
 
Vários termos são encontrados na literatura contábil envolvendo essas regras: postulados, 
convenção, norma, conceito, etc. Aqui vamos denominar genericamente como Princípios 
Básicos de Contabilidade, e comentamos alguns deles: 
 
1.1 Entidade 
Pessoa Física: é o ser humano, a pessoa natural. 
 
Pessoa Jurídica: é a personalidade jurídica, que pode ser: 
 De Direito Público (União, Estados, Municípios, etc.) 
 De Direito Privado (Empresas públicas e privadas) 
 Com fins lucrativos (Empresas – mais comuns: Ltda e S/A) 
 Sem fins lucrativos (Fundações, Associações, etc.) 
 
Para todos os efeitos, o patrimônio de uma entidade não se confunde com o de outra; os 
patrimônios dos sócios não se confundem com o da empresa. 
 
As empresas são denominadas Entidades Contábeis, sendo da natureza dos negócios e das 
operações que os sócios, proprietários ou quotistas de determinada entidade sejam também 
entidades distintas. 
 
 
Exemplo: Pai e filho são sócios de uma loja de autopeças localizada no mesmo sobrado em 
que residem. As contas de água, luz, telefone, etc. são únicas. O princípio da Entidade 
requer que se faça a distribuição das despesas, por critérios de rateio se for o caso, de 
modo a se determinar qual parte das despesas deve ser apropriada para a atividade 
comercial e qual à entidade familiar. 
 
Nos casos em que uma instituição participa de outras, elabora-se demonstrações contábeis 
para cada empresa e outras para o grupo, ou seja, Balanço Consolidado. 
 
 
 
 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 14 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
1.2 Continuidade 
Para a Contabilidade, é a premissa de que uma Entidade opera, e irá continuar operando, 
por um período de tempo relativamente longo. Ou seja, as Entidades são consideradas 
como empreendimento em prosseguimento (em operação, em continuidade, em andamento). 
Com base na continuidade, a empresa realiza investimentos, constrói prédios, adquire 
tecnologia, contrai financiamentos, etc. 
 
1.3 Denominador Comum Monetário 
Toda empresa detém uma série de itens diferentes: Dinheiro em Caixa, Estoques, Contas a 
Pagar e a Receber, Imóveis, Máquinas, etc. Como juntar diferentes itens em único relatório? 
Pela avaliação monetária , a Contabilidade homogeneíza e agrega os itens diferentes em 
Denominador Comum Monetário, ou seja, pela adoção da moeda em vigor. 
 
1.4 Consistência 
Uma vez adotado certo critério contábil, ele não deverá ser mudado de ano para ano, 
porque, assim fazendo, impossibilitará a comparação dos relatórios contábeis (no decorrer 
do tempo) e nos estudos preditivos (tendências). 
 
Quando necessária, a mudanção do critério contábil deve ser objeto de evidenciação, 
mediante Notas Explicativas nos relatórios contábeis, expondo as mudanças e suas 
implicações no lucro da empresa, se houver. 
 
1.5 Conservadorismo 
É a posição conservadora (precaução), no sentido de antecipar prejuízo e nunca antecipar o 
lucro. Se o Contador antecipa um lucro, pode induzir acionistas a um otimismo irreal. Por 
exemplo, se uma empresa detém um estoque de R$ 10 milhões, mas que no mercado o 
valor realizável é de R$ 8 milhões, cabe ao Contador antecipar o prejuízo de R$ 2 milhões. 
Note que o prejuízo ainda não ocorreu, todavia, para não esconder uma situação negativa 
que poderá ocorrer num futuro próximo, o prejuízo será antecipado. 
 
 
2.PATRIMÔNIO 
Conjunto de bens, direitos e obrigações de uma Entidade, num determinado momento. 
É por esta razão que o balanço é denominado de Balanço Patrimonial, o qual é uma das 
mais importantes demonstrações contábeis. É através dele que podemos apurar a situação 
patrimonial e financeira de uma Entidade em um determinado momento. Nele estão 
claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da Entidade. 
 
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3.ATIVO 
Conjunto de BENS e DIREITOS (Caixa, Depósitos Bancários, Aplicações Financeiras, 
Estoques, Direitos a Receber, Vendas a Prazo, Investimentos, Veículos, Máquinas, Edifícios, 
Equipamentos, etc.), em uma determinada data, que está a disposição da Entidade para o 
exercício de suas atividades, e que representam benefícios presentes ou futuros. 
 
Um item é caracterizado como Ativo somente se apresentar alto grau de probabilidade de 
geração de benefícios financeiros (presentes ou futuros) para a Entidade. Por exemplo, 
estoques para os quais não haja compradores no mercado não são considerados Ativos, 
pois não representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. 
 
O Ativo é demonstrado em ordem decrescente de grau de liquidez. Divide-se em três partes: 
Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente. O Ativo Permanente 
subdivide-se em três itens: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Vejamos: 
 
2.1 Ativo Circulante: 
Bens e Direitos transformáveis em moeda em até o encerramento do exercício seguinte 
após a data do Balanço. 
 
2.2 Ativo Realizável a Longo Prazo: 
Bens e Direitos realizáveis após o encerramento do exercício seguinte à data do 
Balanço. Também, Bens e Direitos oriundosde negócios não operacionais realizados 
com empresas coligadas ou controladas, acionistas, diretores, etc. Podem ser as 
mesmas contas do Circulante, porém, desde que tenham seus prazos definidos como 
realizável após o final do exercício seguinte (Depósitos Judiciais, por exemplo). 
 
Quando se trata de negócios realizados com partes relacionadas (Empresas ligadas, 
Diretores, etc), registra-se como RLP independentemente do prazo de vencimento 
(Itautec vende terreno para o Banco Itaú, por exemplo). 
 
Para as Instituições Financeiras, considerando que a publicação de Balanços não é 
exclusivamente anual, o prazo para definição de “Longo Prazo” precisa ser revisto em 
cada publicação. Para essas organizações, considera-se 365 dias após o Balanço sob 
encerramento. 
 
 
2.3 Ativo Permanente: 
Aplicações em bens e direitos que, em princípio, a empresa não tem a intenção de 
vender, ou seja, tem a intenção de permanência. Divide-se em: 
 
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2.3.1 Investimentos: Grupo formado por contas representativas de bens e direitos de 
qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante e no Realizável a Longo 
Prazo, não destinados a manutenção da atividade da empresa (Exemplos: 
Participações em outras empresas, imóveis não de uso, obras de arte, etc.); 
 
2.3.2 Diferido: Formado por contas representativas de aplicações de recursos em 
despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício 
social (Exemplos: Gastos pré-operacionais, Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos; 
Projetos; Gastos na constituição da empresa). São despesas que não geraram receitas. 
 
2.3.2 Imobilizado: Bens e Direitos de caráter permanente destinados à manutenção da 
atividade da Entidade (Exemplos: Máquinas, Veículos, Edifícios, Marcas, Patentes, etc.); 
 
Em relação ao Ativo Imobilizado devemos levar em consideração: 
 Valor pago pelo ativo, ou seu custo de fabricação ou construção; 
 Quando se compra o ativo de terceiros, o custo de aquisição é determinado pelo 
valor da compra + gastos complementares. Logo, o custo de aquisição 
normalmente é: 
 Valor da compra 
 Gastos com transporte do bem 
 Prêmio de seguro pelo transporte 
 Gastos com a instalação 
 Gastos necessários à transferência do bem 
 
No Ativo Imobilizado temos a seguinte divisão: 
 
 Terrenos 
 Edificações 
 Bens Tangíveis Máquinas e Equipamentos 
 Veículos 
 Móveis e Utensílios 
 Ferramentas 
 
 Patentes 
 Marcas de Indústria 
 Bens Intangíveis Marcas de Comércio 
 Know-How 
 Direitos de Publicação 
 Direitos de Exploração 
 
 
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No Balanço Patrimonial, os elementos do Ativo Imobilizado são registrados pelo custo 
de aquisição, deduzido o saldo da respectiva conta de depreciação. As depreciações 
vão sendo registradas a cada ano, em contas específicas acumuladoras de saldo e em 
contrapartida esses valores são computados como custo ou despesa operacional, em 
cada ano. 
 
A depreciação é aplicável a Bens Tangíveis, tendo em vista a sua vida útil limitada ao 
tempo. Para os Ativos Intangíveis, denomina-se Amortização, enquanto que para 
recursos naturais é Exaustão. 
 
Quando o bem chega a 100% de depreciação contábil e ainda existir fisicamente deixa 
de ser depreciado. O Ativo é baixado contabilmente quando for vendido, doado, etc. Do 
ponto de vista econômico, a depreciação não é considerada como um custo, mas como 
uma fonte de recursos. 
 
A depreciação obedece a Legislação, com taxas diferenciadas. Por exemplo: 
construções/edificações (4%); equipamentos e máquinas (de 10% a 20%); 
equipamentos de escritório (10%); veículos (20%); computadores (20%). A quota anual 
de depreciação define a “vida contábil” de um ativo imobilizado. Outros itens não 
sofrem depreciação, tais como terrenos, antiguidades, obras de arte. 
 
 
 
 
 
 
3. PASSIVO 
 
Conjunto de OBRIGAÇÕES (Salários a Pagar, Contas a Pagar, Empréstimos, Fornecedores, 
Impostos, etc.) existentes em uma determinada data, que já tenham sido assumidas pela 
Entidade em função de fatos já ocorridos, e que apresentem um alto grau de probabilidade 
de que deverão ser cumpridas no futuro (Exemplo: o pagamento futuro de um empréstimo 
obtido no passado). 
 
Uma provável obrigação que ainda dependa de um evento futuro, não se caracteriza como um 
passivo no momento atual (Exemplo: salários de dezembro para o Balanço do mês de junho). 
 
O Passivo é disposto em ordem decrescente de grau de exigibilidade. Divide-se em Passivo 
Circulante Exigível a Longo Prazo. O Passivo também é visto como o “Capital de Terceiros”. 
VIDA CONTÁBIL 
n = 100 sendo: n (vida contábil); 100 (valor do item) e T (taxa de depreciação) 
 T 
 
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3.1 Passivo Circulante: 
Constituído pelas Obrigações da Entidade, inclusive financiamentos para a aquisição de 
bens e direitos, com vencimento previsto para o decorrer do exercício social seguinte à data 
do Balanço. 
 
3.2 Exigível a Longo Prazo: 
Formado por obrigações da entidade com vencimento previsto para após o término do 
exercício social seguinte à data do Balanço (Debêntures, Empréstimos, ...). 
 
 
4. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Representa os recursos que pertencem à Entidade. É a parte líquida do patrimônio, ou seja, é o 
que sobraria se todo o Ativo fosse vendido pelo valor contábil e o todo o Passivo fosse pago. É 
a diferença entre o Ativo e o Passivo de uma Entidade, em determinado momento. 
 
Portanto: ou 
 
O Patrimônio Líquido divide-se em: 
 
 Capital Social: representa o volume de recursos aplicados pelos sócios ou acionistas 
ao longo do tempo, bem como os valores gerados pela empresa e que estão 
formalmente incorporados ao Capital; 
 
 Reservas: correspondem aos acréscimos de Patrimônio da Entidade que não foram 
distribuídos aos sócios ou acionistas. Podem ser originados do desempenho da 
atividade (Reservas de Lucros) ou por outros acréscimos (Ágios na emissão de 
ações, doações, reavaliações). 
 
As Reservas se classificam em: 
 
 Reservas de Capital: valores recebidos que não tramitaram pelo seu Resultado 
como receitas, por se destinarem a reforço de capital; 
 Reservas de Reavaliação: acréscimos de valor atribuído a elementos do Ativo 
por atribuição de valores atualizados de mercado; 
 Reservas de Lucros: representam lucros obtidos pela empresa, retidos com 
finalidade específica ou ainda não distribuídos. As principais são a Reserva Legal, 
Reserva Estatutária e Reserva de Contingências. 
 
PL = A - P A = P + PL 
 
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As companhias abertas, como é o caso das Instituições Financeiras, não podem 
ter a conta “Lucros Acumulados”, pois devem distribuir os lucros aos 
acionistas. O que podem ter são contas de “Reservas” 
 
 
 
 
 
 
 
Verificando um Balanço encontramos as Fontes de Recursos da Entidade, que são os 
componentes do Passivo, tais como: 
 Capital Social 
 Lucros 
 Passivo Exigível (Empréstimos junto a terceiros) 
 
5. PROVISÕES 
 
São elementos de redução do ativo ou verdadeiro passivo. Representam despesas já 
incorridas, mas com total apenas estimado e, portanto, deverão ter como contrapartida um 
débito em conta de despesa. 
 
Exemplo: Provisão para Devedores Duvidosos de duplicatas a receber; Provisão para 
Imposto de Renda; Provisão para 13º Salário; Provisão para Folha de Pagamento; Provisões 
Judiciais; etc. 
 
As provisões são constituídas com base em estimativas ou históricos de eventos 
passados, bem como com base em regulamentação específica, como é o caso das 
Instituições Financeirasem relação a PDD/Provisão para Devedores Duvidosos 
(Resolução 2.682/1999 do Bacen). 
 
Na medida em que as provisões são consumidas, por conta da realização do evento a que 
se destinavam, devem ser procedidas as Reversões. 
 
 
Com o que já vimos, podemos esboçar uma demonstração gráfica do Balanço Patrimonial: 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = CAPITAL PRÓPRIO 
PASSIVO = CAPITAL DE TERCEIROS 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 20 de 59 Da Costa_02/2013 
 
ATIVO 
(Aplicação dos Recursos) 
PASSIVO 
(Fonte dos Recursos) 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo 
Ativo Permanente 
Investimentos 
Imobilizado 
Diferido 
Resultados de Exercícios Futuros 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital 
Reservas de Capital 
Reservas de Reavaliação 
Reservas de Lucros 
Lucros e Prejuízos Acumulados 
 
[Bens (caixa, equipamentos, imóveis, 
veículos, etc.) e Direitos (saldos em 
bancos, aplicações financeiras, duplicatas a 
receber, etc.)] 
[Obrigações (Passivo: capital de terceiros tais 
como empréstimos, fornecedores, contas a 
pagar, etc.) e Patrimônio Líquido (capital 
próprio e lucros)] 
 
 
 
5. REGIME DE COMPETÊNCIA (PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA) 
 
Receitas e Despesas devem ser consideradas em função do fato gerador, 
independentemente dos recebimentos ou pagamentos (fluxo de caixa). 
 
Receitas são aquelas ganhas no período. A receita é caracterizada pelo fato gerador, 
mesmo que os recursos (R$) ainda não tenham sido recebidos. Fato gerador de receitas: 
transferência de produtos, prestação de serviços, acréscimo de juros, etc. 
 
Despesas são aquelas incorridas no período. A despesa só existe se houve receita gerada. 
Fato gerador de despesas: uso ou consumo de bens ou serviços. 
 
 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 21 de 59 Da Costa_02/2013 
 
1) QUESTIONÁRIO 
I. Se por regulamentação da CVM, os Bancos devem publicar Balanço Patrimonial em 
prazos inferiores ao do fim de cada ano, como fica o prazo para a definição de “Longo 
Prazo”, seja Ativo ou Passivo? 
Considera-se o prazo de 365 dias após o Balanço em encerramento, ou seja, 
para Bancos, o “Longo Prazo” é revisto a cada publicação de Balanço. 
II. Explique por que companhias abertas (S/A) não podem ter a conta “Lucros 
Acumulados” e indique qual a alternativa cabível. 
Não podem ter essa conta por estarem obrigadas a distribuir os lucros aos 
acionistas, mas podem ter as contas de “Reservas”, a exemplo de “Reservas 
Contingenciais” 
 
6. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
São os relatórios da contabilidade. Retratam a situação patrimonial num determinado 
momento da Entidade. Por essa razão requerem cuidado por parte do usuário da 
informação, dependendo do tempo decorrido entre a data de geração do relatório e a data 
de sua análise. Estão regulados pela Lei 6.404/76 – Lei das S/A. 
 
Para as Instituições Financeiras, a regulamentação é da CVM (Comissão de Valores 
Mobiliários), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil, instituída pela Lei 
6.385, de 7 de dezembro de 1976, e juntamente com a Lei das Sociedades por Ações (Lei 
6.404/76), que disciplina o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de 
seus protagonistas. A CVM tem poderes para disciplinar, normalizar e fiscalizar a atuação 
dos diversos integrantes do mercado. Seu poder de normalizar abrange todas as matérias 
referentes ao mercado de valores mobiliários. 
 
A seguir, definimos os principais demonstrativos: 
 
6.1 Balanço Patrimonial (BP): Apresenta uma descrição organizada dos bens e direitos, 
das obrigações assumidas e do patrimônio líquido. É uma posição estática. 
 
Os Bens são registrados por seu valor de aquisição (critério objetivo – o valor pago) e não 
pelo seu valor de mercado (critério subjetivo). 
 
Os Direitos e Obrigações são relacionados pelo seu valor atualizado à data do Balanço. 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 22 de 59 Da Costa_02/2013 
Os Bens e Direitos (ATIVO) são relacionados do lado esquerdo ou na parte superior do 
Balanço, segundo a ordem decrescente de liquidez. 
 
As Obrigações (PASSIVO) são relacionados no lado direito ou na parte inferior do Balanço, 
segundo a ordem decrescente de exigibilidade. 
 
6.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Mostra o resultado do confronto 
entre as receitas e as despesas ocorridas em um determinado período. É uma 
demonstração com característica dinâmica. É a apresentação resumida das operações 
realizadas pela Entidade, durante o exercício social, de forma a destacar o resultado líquido 
do período (Lucro ou Prejuízo). 
 
DRE – Modelo de Apresentação Valores 
RECEITA BRUTA DE VENDA DE PRODUTOS OU SERVIÇOS 
ou RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
( - ) Deduções 
Abatimentos 
Devoluções 
Impostos sobre Vendas 
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS 
 ou RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
( - ) Custo dos Produtos Vendidos ou dos Serviços Prestados (CPV ou CMV) 
 
( = ) RESULTADO BRUTO (Margem Bruta) 
 
 
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas com Vendas 
Salários e outros encargos 
Propaganda e Publicidade 
Provisão para Devedores Duvidosos 
Despesas Administrativas 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 23 de 59 Da Costa_02/2013 
Despesas com Pessoal 
Despesas com Aluguéis 
Despesas Gerais 
Impostos e Taxas 
Provisões em Geral 
Despesas Financeiras Líquidas 
Juros sobre Empréstimos 
Descontos Concedidos 
Despesas e Comissões Bancárias 
(-) Receitas Financeiras 
Juros de Aplicações 
Descontos Obtidos 
Outras Receitas e Despesas Operacionais 
 
( = ) RESULTADO OPERACIONAL 
 
 
( - ) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
( +) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 
( = ) RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS E DISTRIBUIÇÕES 
 
 
(-) Imposto de Renda 
(-) Contribuição Social sobre o Lucro 
(-) Participações e Contribuições 
 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 24 de 59 Da Costa_02/2013 
7. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
7.1 BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo 
Ativo Permanente 
Investimentos 
Imobilizado 
Diferido 
Resultados de Exercícios Futuros 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital 
Reservas de Capital 
Reservas de Reavaliação 
 Reservas de Lucros 
 Lucros e Prejuízos Acumulados 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 
E 
DIREITOS 
CAPITAL 
DE TERCEIROS 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 (CAPITAL PRÓPRIO) 
 
Aplicações 
de Recursos 
Origens 
de Recursos 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 25 de 59 Da Costa_02/2013 
 
Com a demonstração gráfica do Balanço Patrimonial também visualizamos a Liquidez e a 
Exigibilidade da Entidade. 
 
 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
RLP ELP 
Permanente 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
Quanto maior o Ativo Circulante, melhor a liquidez da Entidade. O RLP agrupa itens com 
menor grau de liquidez. No entanto, o que não é objeto deste curso, é preciso uma boa 
análise sobre esses itens, pois a liquidez é dependente da qualidade dos Ativos e também é 
preciso determinar a sincronização entre recebimentos e pagamentos, ou seja, verificar se 
os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas vincendas. 
 
A Exigibilidade indica o grau de endividamento da Entidade. Quanto menor o Passivo 
Circulante, melhor. 
 
A título de exemplo, observemos uma empresa com os seguintes saldos: 
 
 Caixa 100.000,00 
 Conta Corrente no Banco X 200.000,00 
 Contas a Receber 400.000,00 
 Contas a Receber – longo prazo 100.000,00 
 Equipamentos 200.000,00 
 Empréstimos a Pagar 100.000,00 
 Fornecedores150.000,00 
 Impostos a Pagar 50.000,00 
 Capital Social 500.000,00 
 Reservas 200.000,00 
 
O Balanço dessa empresa seria: 
 
MAIOR 
MENOR 
Grau de 
Exigibilidade 
MAIOR 
MENOR 
Grau de 
Liquidez 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 26 de 59 Da Costa_02/2013 
ATIVO 
Ativo Circulante 
Caixa 
Banco X 
Clientes 
700.000,00 
100.000,00 
200.000,00 
400.000,00 
RLP 100.000,00 
Permanente 
Equipamentos 
200.000,00 
200.000,00 
TOTAL DO ATIVO 1.000.000,00 
 
PASSIVO 
Passivo Circulante 
Empréstimos 
Fornecedores 
Impostos 
300.000,00 
100.000,00 
150.000,00 
 50.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 700.000,00 
Capital Social 
Reservas 
500.000,00 
200.000,00 
TOTAL DO PASSIVO 1.000.000,00 
Numa ilustração gráfica, distribuindo os percentuais dos valores totais de cada grupo em 
relação aos totais do Ativo e do Passivo, em uma escala de 1:10, facilmente percebemos 
sua situação de liquidez e endividamento : 
ATIVO PASSIVO 
Circulante 
70% 
Circulante 
30% 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
70% RLP 10% 
Permanente 
20% 
 
 
 
TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA 
 
 
Contabilidade Bancária_I Página 27 de 59 Da Costa_02/2013 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
CONTABILIDADE DE 
INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 28 de 59 Da Costa_02/2013 
1) CENÁRIO BANCÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é o cenário bancário. A Instituição Financeira é o agente intermediador, ou seja, a 
ligação entre as pessoas que buscam recursos e aqueles que possuem recursos. Por meio 
das “Operações Passivas” a IF capta recursos (Origem dos Recursos) e pelas “Operações 
Ativas” destina os valores (Aplicação de Recursos). 
 
A IF obtém ganhos com a destinação, ou seja, ao conceder Operações Ativas cobra juros, 
enquanto que, nas Operações Passivas, paga juros aos clientes. 
 
A IF também é uma Entidade que presta serviços, e por essa atividade cobra tarifas. 
 
Operações Passivas 
Operações Ativas 
Aplicação 
 
de Recursos 
Prestação 
 
de Serviços 
Captação 
 
de Recursos 
Poupadores 
de Recursos 
 
 
INSTITUIÇÃO 
FINANCEIRA 
Usuários 
de Serviços 
Tomadores 
de Recursos 
Custódia de Valores 
Fiança 
Negociação e Intermediação de Negócios 
Cobrança 
Administração de Carteiras 
Capital de Giro 
Descontos de Títulos 
Financiamentos 
Financiamentos Imobiliários 
Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários 
Arrendamento Mercantil 
Depósitos à Vista 
Depósitos em Poupança 
Certificados de Depósitos Bancários (CDB) 
Recibos de Depósitos Bancários (RDB) 
Letras de Câmbio 
Letras Hipotecárias 
Aceites Cambiais 
Debêntures 
Empréstimos no País 
Empréstimos no Exterior 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 29 de 59 Da Costa_02/2013 
Assim, pode-se afirmar que nas entidades financeiras as receitas são geradas pela 
prestação de serviços e pela concessão de operações ativas. 
 
Algumas operações passivas também são geradoras de receitas, por conta de tarifas 
decorrentes de algumas modalidades, como é o caso da Conta Corrente, em que as IF ’s 
cobram taxas de manutenção, por exemplo. 
 
2) COSIF – PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
COSIF é o Plano de Contas que deve ser obrigatoriamente utilizado pelas Instituições do 
sistema financeiro brasileiro autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil de 
conformidade com o disposto no item XII do artigo 4º da Lei 4.595/1964. 
 
As normas consubstanciadas neste Plano Contábil têm por objetivo uniformizar os registros 
contábeis dos atos e fatos administrativos praticados, racionalizar a utilização de contas, 
estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação de 
dados, possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, bem como a análise, a 
avaliação do desempenho e o controle, de modo que as Demonstrações Contábeis 
elaboradas, expressem, com fidedignidade e clareza, a real situação econômico-financeira 
da instituição e conglomerados financeiros. 
 
As normas e procedimentos, bem como as Demonstrações Contábeis padronizadas 
previstas neste Plano, são de uso obrigatório para: 
 
a) Bancos Múltiplos; 
b) Bancos Comerciais; 
c) Bancos de Desenvolvimento; 
d) Caixas Econômicas; 
e) Bancos de Investimento; 
f) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento; 
g) Sociedades de Crédito ao Microempreendedor; 
h) Sociedades de Crédito Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo; 
i) Sociedades de Arrendamento Mercantil; 
j) Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e Câmbio; 
l) Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários; 
m) Cooperativas de Crédito; 
n) Fundos de Investimento; 
o) Companhias Hipotecárias; 
p) Agências de Fomento ou de Desenvolvimento; 
q) Administradoras de Consórcio. 
 
Sendo o Plano Contábil um conjunto integrado de normas, procedimentos e critérios de 
escrituração contábil de forma genérica, as diretrizes nele consubstanciadas, bem como a 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 30 de 59 Da Costa_02/2013 
existência de títulos contábeis, não pressupõem permissão para prática de operações ou 
serviços vedados por lei, regulamento ou ato administrativo, ou dependente de prévia 
autorização do Banco Central. 
 
A escrituração deve ser completa, mantendo-se em registros permanentes todos os atos e 
fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou não, sua 
composição patrimonial. O simples registro contábil não constitui elemento suficientemente 
comprobatório, devendo a escrituração ser fundamentada em comprovantes hábeis para a 
perfeita validade dos atos e fatos administrativos. No caso de lançamentos via 
processamento de dados, tais como: saques em caixa eletrônico, operações "on line" e 
lançamentos fita a fita, a comprovação faz-se mediante listagens extraídas dos registros em 
arquivos magnéticos. 
 
A partir das disposições legais e das exigências regulamentares específicas atinentes a 
escrituração, observam-se, ainda, os princípios fundamentais de contabilidade, cabendo 
à Instituição: 
 
a. adotar critérios uniformes no tempo, sendo que as modificações relevantes devem ser 
evidenciadas em notas explicativas, quantificando os efeitos nas Demonstrações 
Contábeis, quando aplicável; 
 
b. registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorrem e não na data do 
efetivo ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de competência; 
 
c. fazer a apropriação mensal das rendas, inclusive mora, receitas, ganhos, lucros, 
despesas, perdas e prejuízos, independentemente da apuração de resultado a cada 
seis meses; 
 
d. apurar os resultados em períodos fixos de tempo, observando os períodos de 01 de 
janeiro a 30 de junho e 01 de julho a 31 de dezembro; 
 
e. proceder as devidas conciliações dos títulos contábeis com os respectivos controles 
analíticos e mantê-las atualizadas, conforme determinado nas seções próprias deste 
Plano, devendo a respectiva documentação ser arquivada por, pelo menos, um ano. 
 
A forma de classificação contábil de quaisquer bens, direitos e obrigações não altera, de 
forma alguma, as suas características para efeitos fiscais e tributários, que se regem por 
regulamentação própria. 
 
O fornecimento de informações inexatas, a falta ou atraso de conciliações contábeis e a 
escrituração mantida em atraso por período superior a 15 (quinze) dias, subseqüentes ao 
encerramento de cada mês, ou processados em desacordo com as normas 
consubstanciadas neste Plano Contábil, colocam a Instituição, seus administradores, 
gerentes, membros do conselho de administração, fiscal e semelhantes, sujeitos às 
penalidades cabíveis, nos termos da lei. 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 31 de 59 Da Costa_02/2013 
O profissional habilitado, responsável pela contabilidade, deve conduzir a escrituração 
dentro dos padrões exigidos, com observância dos princípios fundamentais de contabilidade, 
atentando, inclusive, à ética profissional e ao sigilo bancário, cabendo ao Banco Central 
providenciar comunicação ao órgão competente, sempre que forem comprovadas 
irregularidades, para que sejam aplicadas as medidas cabíveis. 
 
Eventuais consultas quanto a interpretação de normas e procedimentos previstos neste 
Plano, bem assim a adequação a situações específicas, devem ser dirigidas ao Banco 
Central/Departamento de Normas do Sistema Financeiro, com trânsito, para instrução, pela 
Delegacia Regional sob cuja jurisdição encontra-se a sede da Instituição, obrigatoriamente 
firmadas pelo diretor e pelo profissional habilitado responsáveis pela contabilidade. 
 
O COSIF está subdividido em 3 partes: 
 
1 – Normas Básicas : trata dos procedimentos que devem ser adotados na Escrituração 
Contábil, Levantamento de Balancetes Mensais e Balanços 
Semestrais, incluindo regras sobre a Consolidação de 
Demonstrações Contábeis; 
 
2 – Elenco de Contas: Divide-se em duas partes. A primeira é a Relação de Contas com 
os respectivos Atributos. A segunda parte é a Função das 
Contas, ou seja, explica o que deve ser contabilizado em cada 
uma das contas; 
 
3 – Documentos de Remessa: São os documentos que devem ser preenchidos 
mensalmente por ocasião do levantamento dos Balancetes, os 
preenchidos semestralmente por ocasião do levantamento dos 
Balanços (junho e dezembro) e os relativos às informações 
trimestrais (março e setembro). 
 
 
ATRIBUTOS: 
Atributos são letras do alfabeto, que representam cada um dos tipos de Instituições do SFN. 
No momento em que se consulta o COSIF, aparecem as letras no campo “Atributos”, 
indicando que tipo de IF se utiliza daquela conta. Vejamos a tabela de “Atributos”: 
 
U) Bancos Múltiplos; 
B) Bancos Comerciais; 
D) Bancos de Desenvolvimento; 
K) Agências de Fomento ou Desenvolvimento 
I) Bancos de Investimento; 
F) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento; 
J) Sociedades de Crédito ao Microempreendedor; 
A) Sociedades de Arrendamento Mercantil; 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 32 de 59 Da Costa_02/2013 
C) Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e Câmbio; 
T) Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários; 
S) Sociedades de Crédito Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo; 
W) Companhias Hipotecárias; 
E) Caixas Econômicas; 
R) Cooperativas de Crédito; 
O) Fundos de Investimento; 
L) Banco do Brasil S/A 
M) Caixa Econômica Federal; 
N) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
H) Administradoras de Consórcio; 
P) Grupos de Consórcio; 
Z) Empresas em Liquidação Extrajudicial. 
 
 
ELENCO DE CONTAS: 
Cada uma das instituições relacionadas tem elenco de contas próprio, sendo que as 
associações de poupança e empréstimo devem utilizar o das sociedades de crédito 
imobiliário. Tais contas são aquelas constantes do COSIF 2.1, sendo permitida, a cada 
instituição, a utilização, apenas, dos títulos contábeis ali previstos, com o atributo próprio da 
instituição (Exemplo de contas no final da apostila). 
 
O Grupamento de Contas e a codificação das contas observa a seguinte estrutura: 
 
GRUPOS (1º dígito) 
I - Ativo: 1.0.0.00.00-7 - Circulante e Realizável a Longo Prazo 
 2.0.0.00.00-4 - Permanente 
 3.0.0.00.00-1 - Compensação 
 
II - Passivo: 4.0.0.00.00-8 - Circulante e Exigível a Longo Prazo 
 5.0.0.00.00-4 - Resultados de Exercícios Futuros 
 6.0.0.00.00-2 - Patrimônio Líquido 
 7.0.0.00.00-9 - Contas de Resultado Credoras (Receitas) 
 8.0.0.00.00-6 - Contas de Resultado Devedoras (Despesas) 
 9.0.0.00.00-3 - Compensação 
 
Após o 1º dígito, seguem-se os demais dígitos, que tem a seguinte significação: 
 
2º - SUBGRUPOS 
 
3º - DESDOBRAMENTOS DOS SUBGRUPOS 
 
4º e 5º - TÍTULOS CONTÁBEIS 
 
6º e 7º - SUBTÍTULOS CONTÁBEIS 
 
 
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8º - CONTROLE (dígito verificador) 
 
 
EXEMPLO: 
I – ATIVO 
1 – CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
1.1 – DISPONIBILIDADES 
 CÓDIGOS TÍTULOS CONTÁBEIS ATRIBUTOS 
1.1.0.00.00-6 DISPONIBILIDADES UBDKIFJACTSWEROLMNHPZ 
1.1.1.00.00-9 Caixa UBDKIFJACTSWER-LMNHPZ 
1.1.1.10.00-6 CAIXA UBDKIFJACTSWER-LMNH-Z 
1.1.1.90.00-2 CAIXA' -------------------PZ 
1.1.2.00.00-2 Depósitos Bancários UBDKIFJACTSW-RO--NHPZ 
1.1.2.30.00-3 DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE INSTITUIÇÕES SEM CONTA RESERVA UBDKIFJACTSW-RO--NH-Z 
1.1.2.92.00-3 DEPÓSITOS BANCÁRIOS -------------------PZ 
1.1.3.00.00-5 Reservas Livres UB--IF----SWE--LMN--Z 
1.1.3.10.00-2 BANCO CENTRAL - RESERVAS LIVRES EM ESPÉCIE UB--IF----SWE--LMN--Z 
1.1.4.00.00-8 Aplicações em Ouro UB--IFJACT----OLM-H-Z 
1.1.4.10.00-5 APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS EM OURO UB--IFJACT----OLM-H-Z 
 NOTA: O Elenco de Contas COSIF possui 79 páginas. 
 
PUBLICAÇÕES OBRIGATÓRIAS POR LEI: 
 Balanço Patrimonial 
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 
 Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) 
 Notas Explicativas 
 
EXIGÊNCIAS ADICIONAIS DO BANCO CENTRAL: 
 Balancetes Mensais 
 Informações Estatísticas Periódicas: 
 Econômico-financeiras 
 Dados Complementares 
 Informações para Central de Risco de Crédito 
 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DE ATIVO: 
1. Circulante e Realizável a Longo Prazo 
 1.1 – Disponibilidades (Caixa, Depósitos Bancários, Reservas Livres, Aplicações em Ouro, 
Moedas Estrangeiras) 
 1.2 – Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Aplicações em Operações 
Compromissadas, Aplicações em Depósitos Interfinanceiros/CDI) 
 1.3 – Títulos e Valores Mobiliários (Livres, Vinculados a Operações Compromissadas) 
 1.4 – Relações Interfinanceiras (Serviço de Compensação, Créditos Vinculados) 
 1.5 – Relações Interdependências (Recursos de Terceiros, Recursos Próprios) 
 1.6 – Operações de Crédito (Empréstimos e Títulos Descontados, Financiamentos, 
Financiamentos Imobiliários, Financ. de Títulos e Valores Mobiliários, Créditos em Liquidação) 
 1.7 – Operações de Arrendamento Mercantil 
 
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 1.8 – Outros Créditos (Avais e Fianças Honradas, Câmbio) 
 1.9 – Outros Valores e Bens (Investimentos Temporários, Bens não de Uso Próprio, 
Despesas Antecipadas) 
 
2. Permanente 
 2.1 – Investimentos 
 2.2 – Imobilizado de Uso 
 2.3 – Imobilizado de Arrendamento 
 2.4 – Diferido 
 
3. Compensação 
 3.1 – Compensação (Coobrigações e Riscos em Garantias Prestadas, Títulos e Valores 
Mobiliários, Custódia de Valores, Cobrança, Negociação e Intermediação de Valores, 
Consórcio, Contratos - Controle) 
 3.2 – Classificação da Carteira de Créditos 
 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DE PASSIVO: 
4. Circulante e Exigível a Longo Prazo 
 4.1 – Depósitos (Depósitos à Vista, Depósitos de Poupança, Depósitos Interfinanceiros/CDI, 
Depósitos sob Custódia, Depósitos a Prazo, Depósitos em Moeda Estrangeira) 
 4.2 – Obrigações por Operações Compromissadas (Carteira Própria, Carteira de 
Terceiros, Carteira de Livre Movimentação) 
 4.3 – Recursos de Aceites Cambiais, Letras Imobiliárias e Hipotecárias e Debêntures 
(Recursos de Aceites Cambiais, Recursos de Letras Imobiliárias, Recursos de Letras 
Hipotecárias, Recursos de Debêntures) 
 4.4 – Relações Interfinanceiras (Serviço de Compensação, Obrigações Vinculadas, 
Repasses interfinanceiros) 
 4.5 – Relações Interdependências (Recursos em Trânsito de Terceiros, Transferências 
Internas de Recursos) 
 4.6 – Obrigações por Empréstimos e Repasses (Empréstimos no País – Instituições Oficiais 
(Assistência Financeira deLiquidez), Empréstimos no País – Outras Instituições (Repasses), 
Empréstimos no Exterior, Repasses no País – Instituições Oficiais, Repasses do Exterior) 
 4.7 – Instrumentos Financeiros Derivativos 
 4.8 – Outras Obrigações (Cobrança e Arrecadação de Tributos, Câmbio Vendido a Liquidar, 
Obrigações Sociais e Estatutárias, Obrigações Fiscais e Previdenciárias, Outras) 
 
5. Resultados de Exercícios Futuros 
 
6. Patrimônio Líquido 
6.1 – Capital Social 
6.2 – Reservas de Capital 
6.3 – Reservas de Reavaliação 
6.4 – Reservas de Lucros 
6.5 – Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
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1. Compensação 
 9.0 – Compensação 
 9.1 – Classificação da Carteira de Créditos 
 
 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DE RESULTADO: 
7. Contas de Resultado Credoras (Receitas) 
7.1 Receitas Operacionais 
 Rendas de Operações de Crédito (Rendas de Adiantamento a Depositantes, 
Rendas de Empréstimos, Rendas de Títulos Descontados, Rendas de 
Financiamentos, Rendas de Financiamentos a Agentes Financeiros, Rendas de 
Financiamentos à Exportação, Rendas de Financiamentos de Moedas Estrangeiras) 
 Rendas de Arrendamento Mercantil 
 Rendas de Câmbio 
 Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 
 Rendas de Títulos e Valores Mobiliários 
 Rendas de Prestação de Serviços 
 Rendas de Participações 
 Outras Receitas Operacionais 
7.2 Receitas Não Operacionais 
 
8. Contas de Resultado Devedores (Despesas) 
8.1 – Despesas Operacionais 
 Despesas de Captação (Despesas de Depósitos de Poupança, Despesas de 
Títulos e Valores Mobiliários no Exterior, Despesas de Depósitos Interfinanceiros, 
Despesas de Depósitos de Aviso Prévio, Despesas de Depósitos a Prazo) 
 Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses 
 Despesas de Arrendamento Mercantil 
 Despesas de Câmbio 
 Resultado de Transações com Títulos e Valores Mobiliários 
 Despesas de Participação 
 Despesas Administrativas 
 Aprovisionamentos e Ajustes Patrimoniais 
 Outras Despesas Operacionais 
8.3 – Despesas Não Operacionais 
 
 
 
 
3) OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
Geralmente, as operações de crédito representam a principal aplicação de recursos 
captados pelas Instituições Financeiras. Portanto, são a fonte de receita mais significativa. 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 36 de 59 Da Costa_02/2013 
 
Cada Instituição atua com as modalidades de operações que a legislação lhe permite, e o 
Banco Central estabelece a nomenclatura contábil a ser utilizada, de acordo com a 
destinação dos recursos e a atividade predominante do tomador de crédito. 
 
3.1) VEDAÇÕES PARA CONCESSÃO DE CRÉDITO 
As Instituições Financeira não podem realizar operações de crédito com: 
 
 Diretores e membros de conselhos, seus cônjuges e parentes até 3º grau; 
 Sócios ou acionistas que detenham mais de 10% do Capital Social; 
 Pessoas jurídicas nas quais a Instituição Financeira ou os membros de sua diretoria 
ou dos conselhos participe com mais de 10% do Capital Social; 
 Empresas cuja diretoria seja total ou parcialmente a mesma da Instituição Financeira. 
 
Tais medidas têm como principal objetivo evitar o desvirtuamento na concessão de crédito 
ou que não seja direcionado para a finalidade prevista. 
 
3.2) CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
Em termos contábeis, as operações de crédito devem ser classificadas em: 
 
I) Empréstimos: operações realizadas sem destinação específica ou vínculo à 
comprovação da aplicação de recursos. Exemplos: Capital de Giro; Pessoal; 
Adiantamento a Depositantes; 
II) Títulos Descontados: operações de desconto de títulos, quer sejam duplicatas que 
tenham por lastro transações comerciais, quer sejam notas promissórias; 
III) Financiamentos: com destinação específica, vinculada à comprovação da aplicação 
de recursos. Exemplos: Financiamentos Imobiliários; Rurais; Máquinas; 
Equipamentos e outros. 
 
As operações de crédito devem ser, também, segregadas por beneficiário, de modo a 
permitir a identificação do direcionamento do crédito. 
 
 
3.3) CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
 
3.3.1 – Operações Prefixadas 
 São operações em que os encargos são conhecidos por serem previamente 
determinados, não estando sujeitos a modificações durante o prazo de vigência contratual. 
 
 São contabilizadas pelo Valor Presente dos créditos (não se incluem juros futuros). 
As rendas ou encargos a apropriar podem ser registrados em subtítulo da própria conta (uso 
interno). 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 37 de 59 Da Costa_02/2013 
 Receitas ou Despesas são apropriadas mensalmente em função da fluência dos 
prazos dos contratos. Devem ser apropriadas as receitas ou despesas “pro rata temporis” a 
partir do próprio mês da contratação e do encerramento. 
 
 Receitas e Despesas devem ser apropriadas pelo método exponencial (juros 
compostos), mas é admitida a apropriação pelo método linear (juros simples) quando a 
operação for contratada desta forma. 
 
Exemplo: A Cia. ABC solicitou um empréstimo para capital de giro junto ao Banco XYZ S/A, 
nas seguintes condições: 
 
a) Data da operação e liberação: 18/07/x1 (crédito em conta corrente) 
b) Vencimento: 16/09/x1 (60 dias) 
c) Valor dos encargos da operação: R$ 200.000,00 
d) Forma de pagamento: no vencimento 
e) Valor liberado: R$ 1.200.000,00 
f) Valor de resgate: R$ 1.400.000,00 
 
Os encargos prefixados no montante de R$ 200.000,00 não são objeto de contabilização 
como rendas a apropriar, mesmo que conhecidas, podendo ser controladas por intermédio 
de subtítulos de uso interno em controles extra-contábeis. 
 
A apropriação como receita será efetuada considerando-se o critério “pró rata dia”, de forma 
exponencial, admitido o método linear caso o empréstimo tenha sido concedido com essa 
condição (para efeitos didáticos usamos o método linear). 
 
 Período de 19 a 31/07/x1 – 13 dias – R$ 43.333,33; 
 Período de 01 a 31/08/x1 – 31 dias – R$103.333,33; 
 Período de 01 a 16/09/x1 – 16 dias – R$ 53.333,34 
 
Contabilização da operação: 
 
- Na liberação do empréstimo em 18/07/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 - Empréstimos 
 C – 4.1.1.20.00-4 – Depósitos de Pessoas Jurídicas 1.200.000,00 
 
- Apropriação de encargos (13/60 avos) em 31/07/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 43.333,33 
 
- Apropriação de encargos (31/60 avos) em 31/08/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 103.333,33 
 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 38 de 59 Da Costa_02/2013 
- Apropriação de encargos (16/60 avos) em 16/09/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 53.333,34 
 
- Na liquidação (pagamento) do empréstimo em 16/09/x1: 
 D – 4.1.1.20.00-4 – Depósitos de Pessoas Jurídicas 
 C – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 1.400.000,00 
 
 
3.3.2 – Operações Pós-fixadas, Taxa Flutuante ou Variação Cambial 
 São operações contratadas com cláusula de atualização em que os encargos são 
conhecidos após a divulgação periódica da variação do indexador (usualmente, TR). 
 
 É contabilizado o valor do principal pelo valor correspondente em moeda nacional. 
 
 Receitas e Despesas são apropriadas mensalmente em função da fluência dos 
prazos dos contratos, segundo o indexador ou moeda contratados. Devem ser apropriadas 
as receitas ou despesas “pro rata temporis” dentro do próprio mês da contratação e do 
encerramento. 
 
 Receitas e Despesas devem ser apropriadas pelo método exponencial (juros 
compostos), sendo admitida a apropriação pelo método linear (juros simples) quando a 
operação for contratada desta forma. 
 
Exemplo: A Cia. XYZ solicitou um empréstimo junto ao Banco ABC S/A, com cláusula de 
atualização pela TR, com as seguintes características: 
 
a) Data da operação/liberação: 17/02/x1b) Vencimento da operação: 25/06/x1 
c) Valor da operação: R$ 1.000.000,00 
d) Juros: 12% a.a.; 
e) Cláusula de atualização: TR; 
f) Forma de pagamento: Encargos e Principal no vencimento 
 
Outras informações: 
 Variação pro rata dia da TR de 17/02 a 25/02 - 2% 
 Variação da TR mês a mês até 25/06/x1 - 3% 
 
Contabilização da operação: 
 
- Em 17/02/x1, pela liberação dos recursos: 
 D – 1.6.1.20.00-8 - Empréstimos 
 C – 4.1.1.20.00-4 – Depósitos de Pessoas Jurídicas 1.000.000,00 
 
- Pela apropriação de encargos: 
 
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 Em 28/02/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 23.688,77 
 
 Cálculo dos Encargos: 
 1.000.000,00 x 1,02 = 1.020.000,00 (saldo devedor corrigido) 
 1.020.000,00 x 0,12 x 11 = 3.688,77 
 365 
 
 Em 31/03/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 41.456,87 
 
 Cálculo dos Encargos: 
 1.023.688,77 x 1,03 = 1.054.399,43 (saldo devedor corrigido) 
 1.054.399,43 x 0,12 x 31 = 10.746,21 
 365 
 
 Em 30/04/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 42.775,07 
 
 Cálculo dos Encargos: 
 1.065.145,64 x 1,03 = 1.097.100,00 (saldo devedor corrigido) 
 1.097.100,00 x 0,12 x 30 = 10.820,71 
 365 
 
 
 Em 31/05/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 44.868,06 
 
 Cálculo dos Encargos: 
 1.107.920,71 x 1,03 = 1.141.158,33 (saldo devedor corrigido) 
 1.141.158,33 x 0,12 x 31 = 11.630,44 
 365 
 
 Em 25/06/x1: 
 D – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 
 C – 7.1.1.05.00-6 – Rendas de Empréstimos 44.342,89 
 
 Cálculo dos Encargos: 
 1.152.788,77 x 1,03 = 1.187.372,43 (saldo devedor corrigido) 
 1.187.372,43 x 0,12 x 25 = 9.759,23 
 365 
 
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- Em 25/06/x1, pela liquidação do empréstimo: 
 D – 4.1.1.20.00-4 – Depósitos de Pessoas Jurídicas 
 C – 1.6.1.20.00-8 – Empréstimos 1.197.131,66 
 
Tanto a contabilização dos juros como a dos efeitos da atualização monetária são efetuadas 
no mesmo título contábil, Rendas de Empréstimos, o que impede a identificação isolada de 
cada encargo. 
 
 
3.3.3 – Títulos Descontados 
 São operações contratadas com o pagamento de encargos no ato da contratação, 
decorrentes de duplicatas que tenham origem em transações comerciais, ou de notas 
promissórias. No caso de duplicatas, pode envolver várias praças para a sua apresentação, 
sendo a cobrança exercida pelas filiais da Instituição Financeira operadora, bem como 
também pode envolver praças em que não existem filiais daquela Instituição, caso em que 
se utiliza do Banco Correspondente, ou seja, a cobrança é exercida por Agência de outra 
Instituição com a qual a Instituição operadora mantenha convênio. Nesses casos, o 
Correspondente cobra tarifa pela prestação de serviços. 
 
Exemplo: Em 10/05/x1, a Cia. ABC selecionou três duplicatas que se encontravam em sua 
carteira para descontá-las junto ao Banco XYZ S/A (agência bancária), com as seguintes 
características: 
 
 Duplicata no 001 – Goiânia: vencimento 30/06/x1 R$ 4.000,00 
 Duplicata no 002 – Taguatinga: vencimento 30/06/x1 R$ 3.500,00 
 Duplicata no 003 – Paracatu: vencimento 30/06/x1 R$ 2.500,00 
 R$ 10.000,00 
O Banco XYZ aprovou a operação, concedendo desconta à taxa de 10% por título e 
responsabilizando-se pela cobrança. 
 
As duplicatas 001 e 002 são encaminhadas para as agências do Banco XYZ em Goiânia e 
Taguatinga, respectivamente, sendo que: a 001 foi paga no vencimento e a 002 foi paga 
com atraso e, portanto, com encargos de R$ 150,00 em 15/07/x1. 
 
A duplicata 003 foi encaminhada para o correspondente Banco do Brasil, visto que o Banco 
XYZ não possui dependência naquela cidade. No vencimento, a duplicata foi liquidada 
pontualmente. O Banco do Brasil cobrou tarifa de cobrança no valor de R$ 10,00 por título. 
 
A comissão de abertura de crédito (TAC) cobrada pelo Banco XYZ no ato do desconto foi de 
R$ 100,00. 
 
Contabilizações: 
 
- Em 10/05/x1, pela liberação do produto do desconto, incluindo a TAC: 
 
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 D – 1.6.1.30.00-5 – Títulos Descontados 9.000,00 
 C – 4.1.1.20.00-4 – Depósitos de Pessoas Jurídicas 8.900,00 
 C – 7.1.7.99.00-3 – Rendas de Outros Serviços 100,00 
 
- Em 10/05/x1, o Banco XYZ (Agência Brasília) remete as duplicatas 001 e 002 para as 
agências Goiânia e Taguatinga, respectivamente, e a 003 para o Banco do Brasil (além dos 
lançamentos no Banco XYZ, serão desenvolvidos aqueles correspondentes ao Banco do 
Brasil) e com o registro também em contas de Compensação: 
 
 Agência Brasília: 
 D – 3.05.10.00-3 – Mandatários para Cobrança 
 Ag. Goiânia 
 Pela remessa da duplicata 001 4.000,00 
 
 D – 3.05.10.00-3 – Mandatários para Cobrança 
 Ag. Taguatinga 
 Pela remessa da duplicata 002 3.500,00 
 
 D – 3.05.10.00-3 – Mandatários para Cobrança 
 Banco do Brasil 
 Pela remessa da duplicata 003 2.500,00 
 
 C – 9.05.70.00-7 – Cobrança por Conta de Terceiros 
 Cia ABC 10.000,00 
 
 
 Agência Goiânia: 
 D – 3.05.30.20-3 – Títulos em Cobrança Direta de Outras Agências 
 
 C – 9.05.30.00-9 – Cobrança por Conta de Agências 
 Dependência Brasília 4.000,00 
 
 
 Agência Taguatinga: 
 D – 3.05.30.20-3 – Títulos em Cobrança Direta de Outras Agências 
 
 C – 9.05.30.00-9 – Cobrança por Conta de Agências 
 Dependência Brasília 3.500,00 
 
 Banco do Brasil S/A - Agência Paracatu: 
 D – 3.05.30.10-0 – Títulos em Cobrança Direta de Terceiros 
 
 C – 9.05.70.10-0 – Cobrança por Conta de Terceiros 
 Banco SYZ S/A - Brasília 2.500,00 
 
 
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- Em 10/05/x1, pela comissão cobrada pelo correspondente: 
 
 Agência Brasília: 
 D – 8.19.99.00-6 – Outras Despesas Operacionais 
 C – 4.4.4.30.00-7 – Correspondentes no País 
 Banco do Brasil – Ag. Paracatu 10,00 
 
 Banco do Brasil - Agência Paracatu: 
 D – 1.4.4.30.00-6 – Correspondentes no País 
 C – 7.1.7.40.00-7 – Rendas de Cobrança 10,00 
 
 
- Em 31/05/x1, pela contabilização dos encargos: 
 
 Agência Brasília: 
 D – 1.6.1.30.00-5 – Títulos Descontados 
 C – 7.1.1.10.00-8 – Rendas de Títulos Descontados 412,00 
 
 Cálculo dos encargos (utilizando o método linear para efeito didático com vistas 
a melhor compreensão): 
 10.000,00 x 10% = 1.000,00 
 21/51 de 1.000,00 = 412,00 
 
 
- Em 30/06/x1: 
 
 Agência Goiânia: 
 Recebimento da duplicata 001 
 
 D – 1.1.1.10.00-6 – Caixa 
 C – 4.5.1.30.00-7 – Cobrança de Terceiros em Trânsito 4.000,00 
 
 Baixa da responsabilidade – Contas de Compensação 
 
 D – 9.05.30.00-9 – Cobrança por Conta de Agências 
 Dependência Brasília 
 C – 3.05.30.20-3 – Títulos em Cobrança Direta 
 de Outras Agências 4.000,00 
 
 
 Agência Brasília: 
 Pela comunicação do recebimento da duplicata 001 
 
 D – 1.5.1.30.00-6 – Cobrança de Terceiros em Trânsito 
 
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Contabilidade Bancária_I Página 43 de 59 Da Costa_02/2013 
 C – 1.6.1.30.00-5 – Títulos Descontados 4.000,00 
 
 Pela baixa da duplicata 001 – Contas de Compensação 
 
 D – 9.05.70.00-7 – Cobrança por Conta de Terceiros 
 Cia ABC 
 C – 3.05.10.00-3 – Mandatários para Cobrança 
 Agência Goiânia 4.000,00 
 
Observação: A conta Cobrança de Terceiros em Trânsito é prevista tanto no Ativo como no 
Passivo. Ao final de cada mês, por ocasião da elaboração dos balancetes, as contas de

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