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MODULO 2 CONTABILIDADE RURAL

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1. 
Ao reconhecer um ativo biológico deve-se estar certo e seguro de que ele representa fidedignamente o elemento que se deseja representar nas demonstrações financeiras. No entanto, alguns cuidados e certa prudência são necessários ao avaliar as condições de transformação biológica de cada ativo, a fim de assegurar o reconhecimento e registro livre de distorções. No caso de uma propriedade que trabalhe com o sistema silvipastoril, ou seja, criação de gado consorciado ao cultivo de florestas, em área de terra arrendada, as fêmeas são 25 e os machos são 30. Do total das fêmeas, 15 estão prenhes em fase final. A área de florestas é composta por 70 hectares, nos quais há 50 hectares de árvores de pinus em fase adulta (aproximadamente 75.000 árvores) e 20 hectares de árvores em fase de plantio de mudas (30.000 mudas de árvores).
Assinale a alternativa que corresponda aos ativos biológicos que podem ser reconhecidos pela propriedade e já poderão compor o registro patrimonial da empresa:
Resposta correta
D. 
25 vacas, 30 touros, 75.000 árvores adultas
Os ativos biológicos que poderão ser reconhecidos e imediatamente registrados nas demonstrações financeiras correspondem àqueles que atendem ao que preconiza a NBC TG 00 e a NBC TG 29, ou seja, que a empresa controle o ativo como resultado de eventos passados e for provável que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão para a entidade, além disso, se o valor justo ou o custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente. No caso de referência, a área de terra é arrendada, portanto não pode ser considerada como ativo biológico de posse da entidade, mas os benefícios econômicos gerados pelos frutos colhidos da terra. Dessa forma, serão reconhecidas e contabilizadas as árvores adultas e os animais adultos (vacas e touros). Os bezerros ainda não nasceram, portanto não são reconhecidos ainda e as mudas de árvore ainda não têm valor justo que possa ser mensurado confiavelmente.
2. 
Um dos quesitos a ser atendido a fim de caracterizar e facilitar o reconhecimento e a mensuração de um ativo biológico está relacionado a sua capacidade de gerar benefícios econômicos futuros. Inclusive, uma das definições de ativo trazida pela norma NBC TG 00 reporta à necessidade de que, para reconhecer um ativo como tal, não basta que ele seja de propriedade da entidade, mas que ele tenha capacidade de gerar benefícios futuros.
Nesse sentido, podemos associar tais benefícios à capacidade que um ativo tem de:​​​​​​​
Você acertou!
A. 
remunerar o capital investido, de modo a utilizá-lo potencialmente como unidade geradora de fluxo de caixa líquido positivo durante sua vida útil.
A capacidade de geração de benefícios futuros de um ativo está relacionada ao potencial de geração de fluxos de caixa líquidos futuros, ao longo de sua vida útil, fazendo o melhor uso dos recursos investidos, atingindo a eficácia desejada. O lucro e o retorno aos acionistas não é um critério válido, segundo a norma, para que um ativo seja reconhecido, mensurado e registrado nas demonstrações financeiras, sequer a possibilidade que o ativo ofereça  em ampliar a capacidade produtiva da empresa. O que importa, segundo a norma, é a potencial expectativa de geração de receitas maiores do que despesas ao longo da vida útil desses ativos.
3. 
Tendo como referência o conceito de valor justo trazido pela NBC TG 46, ou seja, “o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração”, a norma oferece à entidade a possibilidade de evitar distorções em seu resultado final, tanto aquelas que lhe prejudicam como aquelas que afetariam a opinião de terceiros a respeito do desempenho real de seus negócios. Hoje em dia, o mercado das commodities é regido pela Bolsa de Chicago, que estipula diariamente o preço dos grãos negociados que abastecem diariamente a Ásia e a Europa. Nesse caso, há ativos biológicos com mercado ativo, ou seja, há preço de referência e características padronizadas, o que permite uma aproximação da realidade. Já no caso de produtos que não têm mercado ativo, a subjetividade desafiará constantemente os gestores a fazerem as melhores escolhas.
No caso de um usineiro que resolve utilizar o bagaço da cana-de-açúcar para fabricar ração para vacas leiteiras, o bagaço da cana é um:
Resposta correta
B. 
um produto agrícola que foi transformado e, por isso, não pode ser mensurado a valor justo.
Nesse caso, a cana-de-açúcar é o produto que teria mercado ativo, portanto poderia ser reconhecida como ativo biológico. No entanto, a cana foi transformada e dela foi originado o bagaço, que por sua vez não tem mercado ativo e também não oferece nenhuma confiabilidade para que seu valor seja mensurado a valor justo, devendo ser avaliado, nesse caso, pelo custo.
4. 
Considerando a NBC TG 29 que trata de ativos biológicos e produtos agrícolas, analise as afirmativas.
I. Ativo biológico é um animal ou uma planta vivos.
II. Transformação química compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico.
III. Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.
IV. Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo biológico.
Assinale as alternativas e indique a resposta correta:
Você acertou!
A. 
I, III e IV estão corretas.
Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da colheita de ativos biológicos para venda ou para conversão em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais, pela entidade.
Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.
Ativo biológico é um animal ou uma planta vivos.
Transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico.
Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo biológico.
5. 
No que se refere à NBC TG 29 (R2) - Ativo biológico e produto agrícola, item 43, “a entidade é encorajada a fornecer uma descrição da quantidade de cada grupo de ativos biológicos, distinguindo entre consumíveis e de produção ou entre maduros e imaturos, conforme apropriado”.
Com base nessa informação e considerando a NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola, são exemplos de ativos biológicos para a produção:​​​​​​​​​​​​​​
Você acertou!
C. 
rebanhos de animais para produção de leite.
Ativos biológicos consumíveis são aqueles passíveis de serem colhidos como produto agrícola ou vendidos como ativos biológicos. Exemplos de ativos biológicos consumíveis são os rebanhos de animais mantidos para a produção de carne, rebanhos mantidos para a venda, produção de peixe, plantações de milho e trigo, produto de planta portadora e árvores para produção de madeira. Ativos biológicos para produção são os demais tipos, como rebanhos de animais para produção de leite e árvores frutíferas das quais é colhido o fruto. Ativos biológicos de produção (plantas portadoras) não são produtos agrícolas, mas são mantidos para produzir.
1. 
Em relação aos gastos efetuados em uma empresa rural, há alguns muito específicos, sendo comum, por exemplo, que existam gastos relacionados à secagem dos grãos em secador próprio, ao posterior transporte e à armazenagem, até que estes sejam oportunamente comercializados.
Os gastos envolvidos neste processo são chamados de
Resposta correta
E. 
despesas variáveis.
Os gastos envolvidos no processo de pós-produção (secagem), ou seja, depois da colheita do produto principal, são classificados como despesas. Se as despesas variarem conforme o volume de processamento dos produtos, serão consideradas despesas variáveis. Ao contrário, se elas não tiverem relação com o volume processado, serão despesas fixas. Neste caso, as despesas com a secagem, o transporte e a armazenagem dos grãos será maior ou menor, dependendo do volume de grãos que estiver sendoprocessado naquele momento. ​​​​​​​As despesas não podem ser consideradas custos nem fixos nem variáveis, pois não estão relacionadas ao processo de produção do grão. Também não é um gasto relacionado a investimentos, pois não há a transformação em ativo.
2. 
Sob inúmeros aspectos, a atividade rural é singular, e um desses aspectos diz respeito às características relacionadas à sua infraestrutura. Nos dias de hoje, dado o movimento em favor da tecnologia e do aumento da produtividade, os produtores rurais têm investido cada vez mais em estruturas que possibilitem facilitar o processo produtivo tanto no preparo da terra quanto no cultivo, na colheita e na armazenagem.
Essas estruturas geram gastos operacionais significativos que, contabilmente, são classificados como:
Resposta correta
A. 
Custos fixos.
Os gastos originados na infraestrutura de produção da empresa rural são distribuídos proporcionalmente aos cultivos que a utilizam, não podendo ser contabilizados como ativos (investimento em infraestrutura). São exemplos de custos: depreciação (pelo uso ou desuso), manutenção e reparos, peças e equipamentos de reposição, gastos classificados como custos fixos, pois existirão independentemente da quantidade produzida e vendida, na proporção do investimento feito em infraestrutura. A infraestrutura de produção não é influenciada pela quantidade produzida, portanto não gera custos variáveis, custos diretos variáveis ou gastos gerais sem classificação específica. 
3. 
Segregar os custos em fixos e variáveis não é apenas um procedimento contábil, mas também um importante instrumento de gestão de custos. Suponha que, em uma propriedade produtora de milho cuja área cultivada (arrendada) cresceu 10% em relação ao ano anterior, as chuvas foram abaixo da média, prejudicando a produtividade em relação à safra passada.
Assinale a alternativa que corresponde ao que reflete a realidade de seus custos após o término da safra:
Resposta correta
B. 
Os custos fixos totais aumentaram em relação ao ano anterior, já os custos variáveis unitários foram maiores que os do ano anterior e a produtividade foi menor que a do ano anterior.
A situação da propriedade revela que, se a área plantada aumentou em 10% e foi arrendada, os custos fixos totais aumentaram, pois, independentemente da área ter sido produtiva ou não, o gasto ocorreu. Em contrapartida, à área total sofreu com a falta de chuva e a produtividade final caiu, aumentando os custos variáveis unitários em relação ao ano anterior, quando a produtividade foi maior. Quando se produz mais, os custos variáveis são diluídos em uma quantidade maior de unidades produzidas, o que faz com que o custo unitário variável caia. Já neste período, com a queda da produtividade, os custos variáveis foram diluídos em uma quantidade menor de unidades, resultando em uma média pouco eficiente
4. 
Embora os instrumentos de controle de custos e despesas nas empresas rurais tenham se aperfeiçoado nos últimos anos, a formação do preço de venda dos produtos agrícolas ainda é um desafio para o produtor rural, pois o preço das commodities não é determinado pelo produtor e sim pelo mercado.
Alguns dos fatores determinantes para o preço dos produtos agrícolas no mercado mundial são:
Você acertou!
B. 
Demanda, oferta, produtos padronizados e entrega no tempo certo.
Alguns dos fatores determinantes para o preço dos produtos agrícolas no mercado mundial são a quantidade demandada pelas commodities, a oferta de produtos no mercado (estoques de commodities), a existência de produtos padronizados (o que caracteriza as commodities) e a possibilidade de fechar contratos com entrega no tempo certo, para que o mercado de contratos possa funcionar com a regularidade necessária e garantir o abastecimento a nível mundial. Os fatores ligados ao baixo custo, à tecnologia empregada, às produtividades, à eficiência, à qualidade e à redução de áreas plantadas são operacionais e internos, intrínsecos ao processo produtivo, não sendo fatores ligados ao mercado e, portanto, não influenciando no preço final do produto no mercado externo. 
5. 
Atualmente, é comum encontrar empresas rurais que diversifiquem suas atividades, principalmente como forma de garantir mais uma fonte de renda na propriedade. No caso de uma empresa produtora de grãos (soja, trigo, milho, aveia e cevada) que tenha como projeto a implantação de uma agroindústria para produção de embutidos de carne suína, aproveitando parte da infraestrutura existente na propriedade (máquinas e equipamentos, área para produção de milho e para alimentação dos suínos), a utilização da mão de obra excedente em período da entressafra dos grãos, a utilização de parte de um dos galpões que está ocioso e o emprego da mão de obra de um dos filhos que está desempregado. O proprietário almeja uma renda extra da nova atividade, mas também deseja reduzir os custos de produção dos grãos, pois, em seu entendimento, os custos fixos poderão ser compartilhados.
Assinale a alternativa correta:
Resposta correta
D. 
​​​​​​​Parcialmente, os custos fixos da propriedade, a produção de grãos, poderão ter parte de seus valores rateados, desde que identificada sua serventia na produção dos grãos que alimentam os animais e em quê proporção contribuem. Os custos com a mão de obra excedente e ociosa também contribuirão positivamente nos resultados futuros. Os custos fixos poderão diminuir, em pequena proporção, refletindo no valor por unidade produzida dos grãos.
​​​​​​​Quando uma propriedade encontra uma alternativa de renda em um novo projeto, decidindo utilizar estruturas já existentes, deve ter cuidado em não maximizar o uso dessas estruturas e subcustear os processos, ou seja, achar que está “economizando” por estar utilizando recursos já existentes. As atividades são independentes e apresentam expectativas de rentabilidade diferentes ao longo do tempo. Compartilhar estruturas fixas e minimizar o impacto dos custos pode ser uma ótima alternativa, mas os resultados são de longo prazo, e a acurácia no controle das informações e nos cálculos de custos de produção deve ser mantida de forma criteriosa.

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