Buscar

Parvovirose e Cystoispora

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Parvovirose 
Sanidade animal 
Introdução 
• Prevenção primária: vacinação 
• Parvovirose canina e panleucopenia felina 
• Causada por um vírus pequeno 
Tríade epidemiológica: 
• Ácido nucleico - armazenamento de material ge-
nético = DNA —-> sofrendo menos mutações que 
RNA 
• É um vírus não envelopado: não tem envoltório 
externo com lipídios —> maior resistência as 
condições ambientais e aos desinfetantes 
• Presença de capsídeos: cobertura protéica 
• Estabilidade ambiental: consegue se manter viá-
vel no ambiente; 6 a 8 meses, podendo ficar até 1 
ano (quem mantém o parvovirus são os fatores 
ambientais) 
• Elevada resistência a: 
- Temperatura: 56ºC durante 24h 
- Solventes, gorduras: álcool 70% 
- Soluções orgânicas: iodadas, fenólicas e amônio 
quaternário 
• É necessário uma limpeza adequeada e manu-
tenção ambiental === remoção da matéria orgâ-
nica 
- Ambiente precisa estar limpo para fazer a desin-
fecção 
- Aldeídos: efeito + —> utilizando o glutaraldeído ; 
formalina 
- Halogênios a base de hipoclorito: efeito + —> uti-
lizando o hipoclorito de sódio 5% - deixar por 
30 min 
- Limpeza de pisos, paredes, gaiolas, vasilhames, 
comedouros, bebedouros, caixa de areia, sapa-
tos, roupas 
- Em situações de abrigos: Ideal é ter um pé de 
lúvio para não levar o agente 
Hospedeiro 
• Parvovirus canino e felino 
- Felino: FPV - causando panleucopenia felina 
- Canino: CPV - causa parvovirose canina 
- Esses virus são relacionados, são próximos 
Evolução da doença: 
- Todo virus é intracelular 
- Replicação viral ocorre no núcleo da célula —-> 
partículas virais no núcleo geram corpúsculos de 
inclusão intranuclear (é o acumulo de compo-
nentes virais) 
- Esses corpúsculos são visíveis no microscópicos, 
auxiliando no diagnóstico de tecidos/ corte his-
tológico de necropsia 
- O parvovírus dentro do organismo acomete célu-
las com elevada divisão celular = tropismo por 
esses tecidos 
• Acomete criptas da mucosa intestinal = essas 
possuem intensa atividade celular 
- Tecidos linfóides: linfonodos mesentéricos, tonsi-
las, orofaringe 
- Medula óssea 
- Tem capacidade de infectar tecidos fetais e em 
neonatos na primeira semana de vida (no cão = 
acometimento cardíaco e no gato = manifesta-
ção maior no sistema nervoso, no cerebelo prefe-
rencialmente) 
O que ocorre em cada tecido: 
Tecidos linfóides: 
- Agrupamento de linfócitos 
- Multiplicação do vírus, tendo uma diminuição dos 
linfócitos 
- Acúmulo de linfócitos abaixo da mucosa: folícu-
los linfóides == virus destrói os linfócitos 
Medula óssea: 
- Células troncos produzem células sanguíneas, 
quando virus atinge essas células, a produção de 
leucócitos diminuem = panleucopenia 
- Neutrófilos: defesa contra bactéria - como estão 
diminuídas —-> ocorre uma disposição para in-
fecções secundárias (quebra da barreia intesti-
nal) 
Não possuem efeitos contra o parvovírus 
- Ácido hidroclorídrico 
- Álcool, éter, acetona 
- Amônia 
- Clorexidene 
- Peroxido de hidrogênio 
- Ácido peracético 
- Amônia quaternaria 
- Juntando esses dois fatores: do tecido linfóides e 
da medula óssea === vírus causa imunossupres-
são 
Criptas mucosa intestinal 
- No intestino, microvilosidades (parte superior = 
especializada, produz enzimas, secreta e absorve 
nutrientes, não possuem capacidade de se re-
produzir) 
- Nas criptas, não são especializadas, mas essas se 
multiplicam e dão origem a microvilosidades 
- O parvovírus acomete as células das criptas, ge-
rando destruição/ necrose destas. Assim a vilosi-
dades perdem suas estruturas também — quebra 
da barreira intestinal 
- O que ocorre: diminuição da absorção de nutri-
entes, alteração na consistência das fezes, perda 
de fluidos = diarreia aquosa e sangue por causa 
da exposição dos vasos sanguíneos, assim po-
dem estar presentes nas fezes ; com a quebra da 
barreia intestinal as bactérias conseguem invadir 
Coração: 
- Em uma gestação, pode gerar uma miocardite — 
por isso não utilizar vacina viva atenuada em 
gestantes e filhotes com menos de 4 semanas de 
idade = virus pode sofrer reversão e afetar o 
animal 
Gato: SNC - hipoplasia cerebelar 
- Incoordenação motora, tremores 
- Em gestantes pode causar abortamentos 
- Nao utilizar vacinas vivo atenuada em gestante 
ou filhotes 
Transmissão 
• Principal forma: VIA ORAL (ambiente que man-
tem o virus) 
• Animal ingere partículas virais de um ambiente 
contaminado, como a ingestão de água, alimen-
tos, pisa em algum lugar e lambe, compartilha-
mento de forros, cobertores, fômites 
• VE: fezes e PE: trato digestivo, mucosa oral 
• Viremia: vírus no sangue 
• No sangue atinge células que possuem elevada 
multiplicação: medula óssea e tecido linfoide 
• Imunossupressão pode levar a choque séptico 
• Choque endotóxico: Bactérias da microbiota do 
intestino vão para a corrente sanguínea —> essas 
são GRAM -, e possuem LPS = endotoxinas, en-
tão no sangue liberada toxinas, predispondo a 
diminuição da PA, pela vasodilatação periférica 
• Sepse: SRIS - síndrome da resposta inflamatória 
sistêmica = tempestade inflamatória, inflamação 
generalizada do endotélio, causada pela sepse 
• Choque hipovolêmico: ocorre pela perda sanguí-
nea 
• Tudo depende da resposta imunológica do ani-
mal 
Esquema da transmissão: 
Manifestações clinicas 
Nos cães: 
• Forma entérica: 
- Fezes pastosas 
- Diarreia continua, por vários dias — aquosa, e 
mais tardar muco sanguinolenta (no gato, é me-
nos intensa) 
- Anorexia 
- Depressão 
- Letargia 
- Desidratação 
- Êmese 
• Forma cardiaca 
- Perda das fibra cardiacas 
- Morte súbita 
- Miocardite severa 
Nos felinos: 
• Forma entérica: 
- Vômito amarelado 
- Desidratado 
- Diarreia = não é tão frequente, tão marcante 
• Febre 
• Depressão 
• Anorexia 
• Hipoplasia cerebelar 
- Ataxia 
- Incoordenação 
- Tremores 
- Convulsões 
• A manifestações podem ser modera, subaguda, 
severa, aguda e superaguda - animais com mani-
festações tem uma maior excreção do virus 
• Os animais podem ser portadores ou assintomá-
ticos. - assintomáticos/ subclínicos excretam em 
menor quantidade as partículas virais 
• Tendo uma infecção subclínica ou branda 
• É necessário a excreção de partículas virias, nes-
se caso, pelas fezes para contaminar o ambiente 
Período de incubação: média de 4- 5d (pode variar 
de 2 a 10d), este momento inicia na infecção até as 
manifestações clinicas 
Durante o 7 e 8 dia ocorre multiplicação viral 
Período de excreção viral: ocorre durante o perío-
do de incubação 
De 14 a 17 dias após as manifestações: animal cria 
uma resposta imunológica —- tendo a diminuição 
da carga viral 
Convalescença: recuperação dos tecidos que foram 
lesionados 
Isolamento: 3 semanas em cães e 6 semanas feli-
nos 
Quarentena: 14 dias 
Diagnóstico 
• Isolamento viral: utilizado para instituições de 
pesquisa 
• Método direto: ensaio imunoenzimático - ELISA 
- Detecta presença de antígeno - virus 
- Amostra de fezes 
- Recém vacinação: pode dar falso positivo no tes-
te rápido 
• Método direto: PCR 
- Detecta o ácido nucleico do DNA do parvovirus 
- Amostra: fezes ou sangue 
- Recém vacinação: pode dar falso positivo 
• Método indireto: elisa indireto 
- Detecta anticorpos no soro 
- Não utilizado na clínica para diagnóstico e sim 
como um marcador de níveis de imunidade. Para 
saber se o animal está imune/protegido 
Tratamento 
• Suporte para o animal se manter e criar os anti-
corpos 
• Fluidoterapia com ringer lactato 
• Soro hiaerimume:a anticorpos prontos para ani-
mais não vacinados 
• Antieméticos 
• Antibacterianos: SEPSE 
• Suplementação: complexo B 
• Estimulante de apetite: cloridrato ciproeptdina 
Vacinação para população de abrigo 
Vacinas recomendadas: 
• Cinomose (CDV) 
• Hepatite: adenovirus - 2 
• Parainfluenza 
• Parvovirus 
Série de vacinas iniciais para filhotes: 
• A partir de 4 a 6 semanas de idade 
• Repetir em até 18- 20 semanas 
Quando adulto: 
• Administrar uma dose antes da entrada do ani-
mal. Repetir em 2 a 4 semanas se possível 
Protozoários intestinais 
Protozoários coccídias: Cystoisospora 
• Doença: coccidiose/cistoisosporose/isosporose 
• Causadora da isosporose canina 
• Presença de complexo apical 
• É um protozoário intracelular obrigatório, se mul-
tiplica dentro da célula intestino, ocorrendo sua 
destruição (atrofia de vilosidade, diminuição da 
absorção de nutrientes e prejuízo da digestão) - 
podendo levar a sangramento 
• Cystoisospora 
• Acomete cães e gatos 
• Liberação dos oocistos nas fezes — esses não 
são infectantes e se tornam quando amadurecem 
= denominado de esporogonia (12 - 24 a 48h pra 
ocorrer esse processo) === torna - se oocisto in-
fectante 
• Espécies especificas que acometem somente 
cães: C. Canis e C. ohioensis. Se um gato ou um 
cachorro estiverem juntos, um não vai passar 
para o outro 
• Espécies especificas para felinos: C. felis e C. ri-
volta 
Manifestações clinicas: 
- Animais filhotes, de ate 3 meses 
- Fezes pastosas, fétidas, evoluindo pra diarreia 
- Pode ter a presença de sangue 
- Dor abdominal 
- Desidratação 
- Anorexia 
- Emagrecimento 
 
Limpeza e desinfecção 
• Se a limpeza for feita todos os dias, não da o 
tempo dos oocistos se tornarem infectantes 
• Pode usar água fervente 
• Desinfetantes a base de amônia a 10% ; pode as-
sociar aldeídos (glioxal) + amônia quaternária 
Transmissão: 
• Ingestão dos oocistos infectantes —-> multiplica-
ção no intestino —> destruição das vilosidades 
(ciclo intestinal) 
• Período de 2 semanas de eliminação do oocistos 
• Ciclo extra intestinal: em vez do oocistos se mul-
tiplicar apenas intestino, uma parte deles vão até 
o linfonodo mesentéricos e formar oocistos dor-
mentes. Não se multiplicam, apenas ficam ‘’dor-
mindo'. Quando reativado, volta para o intestino, 
mas nesse período animal não tem manifesta-
ções clínicas mas faz a excreção de oocistos no 
ambiente. 
• Essa reativação ocorre normalmente na fêmea 
pós parto 
• Necessário fazer o tratamento da fêmea após o 
parto pra impedir essa excreção no ambiente 
Diagnóstico: 
• Amostra de fezes 
• Método de flutuação: visualização dos oocistos 
Tratamento 
• Sulfonamidas: medicamentos que tem sulfas —> 
Trissulfin ®, Giardicid ®, Diaziprim ® 
• Fluidoterapia 
• Probióticos

Outros materiais