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1ª Avaliação - Direito do Consumidor - 2021 2

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Avaliação 1ª Unidade
Direito do Consumidor
Professor: Sergio Emilio Schlang Alves
Aluna: Clara Santos Lima
1º) Rômus adquiriu um automóvel em 15 de julho de 2015, na concessionária “Dois Irmãos”. Em 20 de setembro de 2015, observando alguns pontos de ferrugem em toda chaparia, Rômus propõe contra a concessionária ação ordinária para substituição do produto, por outro da mesma espécie, sob alegação de que o simples reparo comprometerá a sua qualidade, bem como diminui o seu valor, face a extensão do vício. Ao contestar, argui a acionada, em sua defesa, que dispõe de até 30 dias de prazo para sanar o vício, na forma disposta no art. 18 do CDC.
INDAGA-SE: Deve o juiz acolher o pleito do autor? Por que? 
 
R: Sim, pois conforme o §3º do art. 18 do CDC, visto que a ferrugem pode ter contaminado a chaparia do veículo, e decorrente da extensão do vício compromete toda sua qualidade e diminui o valor do bem. 
2º) Caio, médico cirurgião, adquiriu para seu consultório um aparelho de ultrassonografia, um sofá e uns quadros de um famoso pintor para sua sala de espera. 
INDAGA-SE: O médico adquiriu os referidos bens como consumidor ou fornecedor? 
Explique.
R: Caio, ao comparar a máquina de ultrassonografia, se apresenta como fornecedor, visto que será utilizada como seu material de trabalho para repassar o diagnóstico a terceiro, no caso, o paciente. Em relação ao sofá e aos quadros, Caio será considerado consumidor, já que os materiais adquiridos não serão utilizados como insumos para a atividade final de comercialização (atendimento médico).
3º) Justus, médico, ao realizar uma cirurgia no Hospital Bom Jesus, prescreveu medicamentos que causaram uma forte alergia no paciente, sofrendo danos físicos. Instado o Hospital a responder pelo reparo de danos, em ação proposta pela vítima, independentemente de culpa, na forma do art. 14 do CDC, defende-se o acionado requerendo a produção de provas para ser verificada se a culpa era sua ou erro do laboratório que, ao apresentar os resultados dos exames, não indicou quais os medicamentos que o autor era alérgico.
INDAGA-SE: Tratando-se de Responsabilidade pelo Fato do Serviço, deve o juiz deferir as provas requeridas pelo réu? Por que?
R: Não, pois, a responsabilidade será objetiva (do art. 14 do CDC), salvo os profissionais liberais, como é o caso dos médicos, pois a sua pretensão não se vincula ao resultado e sim ao meio, sendo necessária uma análise da conduta do profissional durante à prestação de serviço para aferir sua culpa, conforme § 4° do supracitado artigo, sendo o acolhimento por parte do juiz do pedido de provas pelo réu, hospital, ato puramente protelatório para o andamento do processo. 
4º) Ulpiano celebrou com o Banco Maioral um contrato de financiamento de um automóvel, com reajuste anual pela taxa cambial. Vencido o primeiro ano, o banco reajustou de acordo com o contrato, porém a taxa cambial foi excessivamente onerosa, por fatos supervenientes. Irresignado, o consumidor ingressou com uma ação contra o fornecedor, requerendo a modificação da cláusula contratual que trata dos reajustes. 
INDAGA-SE: Em razão do princípio “pacta sunt servanda”, de que os contratos devem ser cumpridos, o fornecedor deverá manter a taxa cambial prevista no contrato? Justifique e explique!
R: Com o art.5, VII, o Código do Consumidor Brasileiro adota a teoria da imprevisão,onde o consumidor não pode responder por situação econômica que não deu causa, no caso concreto, o aumento excessivo da taxa cambial, trazendo no art. 6, V do CDC a garantia da modificação de cláusulas, em razão de fatos supervenientes. Vemos assim que o princípio de pacta sunt servanda não é absoluto, haja visto que a manutenção das cláusulas tornaria excessivamente onerosa a situação do consumidor e causaria extrema vantagem para o banco (art. 478 do CC).