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A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA ESCOLAR

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1- Graduandos do Curso de Educação Física (LEF0239/4). Centro Universitário Leonardo da Vinci-
UNIASSELVI. Seminário da Prática V – 27/06/2019 
2- Tutor(a).Wander Caldas de Souza Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI. 
A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA ESCOLAR. 
 
 
 
John Leno Fernandes Moraes¹ 
Elenizy Tavares Souto¹ 
Carlos Yago Rodrigues Fernandes ¹ 
Rodrigo Ribeiro Pinheiro 
 
 
Wander Caldas de Souza² 
 
RESUMO 
A presente pesquisa visa demonstrar a importância da ginástica escolar para o 
desenvolvimento integral do educando. Assim, o objetivo geral da pesquisa é discutir sobre a 
importância do conteúdo de ginástica, como componente obrigatório da Educação Física 
Escolar no ensino fundamental. A necessidade de pesquisar sobre o tema, deve-se ao fato de 
compreender que a ginástica tal como conteúdo importante para a Educação Física Escolar, 
contribui significativamente para o aperfeiçoamento das habilidades físicas, motoras, 
cognitivas, intelectuais, emocionais, sentimentais e sociais. Os resultados da pesquisa 
revelaram que, a ginástica é um conteúdo muito importante para a Educação Física escolar, 
no desenvolvimento das crianças e adolescentes. Esta modalidade além de ter um caráter 
lúdico, melhora flexibilidade, alongamento, resistência muscular, força de explosão, força 
estática e força dinâmica, além é claro de ajudar consideravelmente na melhora da 
coordenação motora. 
 
Palavras Chaves: Ginástica. Educação Física. Professor. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa visa demonstrar a importância da ginástica escolar para o 
desenvolvimento integral do educando. Pois, o estudo do tema é relevante por considerar que 
a ginástica é uma forma particular de se exercitar, utilizando ou não aparelhos, 
proporcionando estímulos ou vivências corporais, enriquecendo de certa forma a organização 
corporal ou cultura corporal do indivíduo. Elas são técnicas de trabalho corporal que, de modo 
geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas, podendo ser o 
intermediador para o preparo para outras modalidades, saúde, recreativa, competitiva ou 
simplesmente de convívio social. 
A necessidade de pesquisar sobre o tema, deve-se ao fato de compreender que a 
ginástica tal como conteúdo importante para a Educação Física Escolar, contribui 
2 
 
 
 
significativamente para o aperfeiçoamento das habilidades físicas, motoras, cognitivas, 
intelectuais, emocionais, sentimentais e sociais. De tal modo, compreender a necessidade da 
inclusão desta modalidade, de forma contínua, nas fases iniciais faz-se necessário para o 
desenvolvimento significativo. Assim, o objetivo geral da pesquisa é discutir sobre a 
importância do conteúdo de ginástica, como componente obrigatório da Educação Física 
Escolar no ensino fundamental. Especificamente objetiva-se realizar uma retrospectiva 
histórica da ginástica, enfatizar sobre a ginástica no contexto escolar e por fim, refletir sobre o 
papel do professor de Educação Física. 
O texto está estruturado da seguinte maneira, inicialmente apresenta-se a história da 
ginástica, em seguida discute-se a ginástica escolar como conteúdo de Educação Física, mas 
adiante apresenta-se os materiais e métodos e discussão dos resultados, encerrando com as 
conclusões da pesquisa. 
 
2. HISTÓRIA DA GINÁSTICA 
A ginástica é um Desporto que envolve a prática de uma série de movimentos que 
exigem força, flexibilidade e coordenação motora. Ela se desenvolveu a partir dos exercícios 
físicos que eram feitos pelos soldados da Grécia antiga, incluindo habilidades para montar e 
desmontar num cavalo, e habilidades semelhantes às executadas num circo. 
A história da Ginástica confunde-se com a história do homem. A Ginástica entendida 
por Ramos (1982: 15) como a prática do exercício físico “vem da Pré-história, afirma na 
Antiguidade, estaciona na Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos 
primórdios da Idade Contemporânea”. No homem pré-histórico a atividade física tinha papel 
relevante para sua sobrevivência, expressa principalmente na necessidade vital de atacar e 
defender-se. O exercício físico de caráter utilitário e sistematizado de forma rudimentar era 
transmitido através das gerações e fazia parte dos jogos, rituais e festividades. 
 Na antiguidade, principalmente no Oriente, os exercícios físicos aparecem nas 
várias formas de luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de atirar com o arco, como 
exercícios utilitários, nos jogos, nos rituais religiosos e na preparação guerreira de maneira 
geral. Na Grécia nasceu o ideal da beleza humana (corpos esculturais e musculosos), o qual 
pode ser observado nas obras de arte espalhadas pelos museus em todo o mundo, onde a 
prática do exercício físico era altamente valorizada como educação corporal em Atenas e 
3 
 
 
 
como preparação para a guerra em Esparta. O fato de ser Grécia o berço dos Jogos Olímpicos, 
disputados 293 vezes durante quase 12 séculos (776 a. C. 393 d. C.), demonstra a importância 
da atividade física nesta época. 
Em Roma, o exercício físico tinha como objetivo principal a preparação militar e 
num segundo plano a prática de atividades desportivas como as corridas de carros e os 
combates de gladiadores que estavam sempre ligados às questões bélicas. Recordações das 
magnificas instalações esportivas desta época como as termas, o circo, o estádio, ainda hoje 
impressionam quem os visita pela magnitude de suas proporções. (GYMNASTIK FUR 
JUGEND, 1973). 
Na Idade Média os exercícios físicos foram a base da preparação militar dos 
soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela 
igreja. Entre os nobres eram valorizadas a esgrima e a equitação como requisitos para a 
participação nas Justas e Torneios, jogos que tinham como objetivo enobrecer o homem e 
fazê-lo forte e apto. 
Há ainda registros de outras atividades praticadas neste período como o manejo do 
arco e flecha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida, o salto, caça e a pesca e jogos simples e 
de pelota, um tipo de futebol e jogos de raqueta (RAMOS, 1982). 
A denominação Ginástica, inicialmente utilizada como referencial à todo tipo de 
atividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde as atividades necessárias à 
sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de soldados, adquiriu a partir de 
1800 com o surgimento das escolas e movimentos ginásticos acima descritos, uma conotação 
mais ligada à prática do exercício físico, a partir desta época, 
a Ginástica passou a desempenhar importantes funções na sociedade industrial, 
apresentando-se como capaz de corrigir vícios posturais oriundos das atitudes 
adotadas no trabalho, demonstrando assim, as suas vinculações com a medicina e, 
desse modo, conquistando status. (SOARES, 1994, p. 67). 
Inúmeros métodos ginásticos foram sendo desenvolvidos principalmente nos países 
europeus, os quais influenciaram e até os dias de hoje influenciam, a Ginástica mundial e em 
particular a brasileira. Dentre aqueles que tiveram maior penetração no Brasil destacam-se as 
escolas alemãs, sueca e francesa. Essas questões são amplamente analisadas por autores como 
Ramos (1982), Marinho (1992), Langlade e Langlade (1970, Castellani Filho (1988), Soares 
(1994) entre outros, os quais tem estudado os aspectos históricos relacionados à Educação 
4 
 
 
 
Física e à Ginástica e contribuído de forma significativa para a compreensão de sua evolução 
em nível nacional e internacional. 
Com a evolução da Educação Física, a ginástica se especializou, de acordo com as 
finalidades com que é praticada ou então em correspondência com os movimentos que a 
compõem. A ginástica como modalidades esportivas vem se desenvolvendo bastante nos 
últimos tempos. As provas de ginástica, normalmente são aquelas que se enquadram nos 
ramos conhecidos como ginástica olímpica, ginástica rítmicae ginástica acrobática como 
modalidade esportiva. (CARLOS MADEIRO, 2001) 
Sem dúvida a Ginástica é uma arte, e a cada dia que passa a ginástica vem nos 
surpreendendo, transformando-se no esporte mais lindo de todos, com gestos e coreografias 
fascinantes. E hoje a busca pela ginástica em academias e clubes vem crescendo 
consideravelmente, fruto do sucesso dos ginastas brasileiros. 
3. GINÁSTICA ESCOLAR COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Antes de discutir sobre a Ginástica na Educação Física Escolar, é importante relatar a 
importância da seleção dos conteúdos a serem tratados dentro da aula, assim, Darido (2001) 
conceitua que conteúdos não são somente os saberes específicos da modalidade, e sim uma 
seleção de diversas informações necessárias para o desenvolvimento humano integral, tendo 
em vista uma sistematização metodológica. Aponta ainda ser preciso compreender as 
dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal para a seleção deste conteúdo. 
Nesta perspectiva, identificar a ginástica como modalidade que trabalha as 
necessidades básicas a partir dos fundamentos primários da motricidade humana, tal como 
correr, andar, saltar, girar, rolar, rastejar, trepar e outros (TANI; BASSO; CORRÊA, 2012) 
associado as dimensões dos conteúdos e uma metodologia adequada, é viável identificar uma 
melhora nas diversas facetas dos indivíduos principalmente nas fases iniciais. 
A ginástica é uma forma particular de se exercitar, utilizando ou não aparelhos, 
proporcionando estímulos ou vivências corporais, enriquecendo de certa forma a organização 
corporal ou cultura corporal do indivíduo (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Os PCN´s 
(BRASIL, 1997) apresentam que as ginásticas “são técnicas de trabalho corporal que, de 
modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas” (p. 37), podendo 
ser o intermediador para o preparo para outras modalidades, saúde, recreativa, competitiva ou 
5 
 
 
 
simplesmente de convívio social. Compreender a prática da ginástica, é possibilitar a 
ampliação da dimensão do conhecimento do próprio corpo e melhoria das habilidades físicas 
(BRASIL, 1997). 
Através de suas características a ginástica, enquanto uma prática para todos, promove 
benefícios a partir das diversidades, desenvolvendo a coordenação, confiança, orientação de 
objetivo, disciplina, organização e criatividade. 
Nesta fase inicial percebe-se que o lúdico deve ser desenvolvido dentro da ginástica, 
ligado com a pratica social. Ao brincar a criança desenvolverá, também, o seu lado intelectual 
acerca das variáveis que o permeia, sendo uma criança mais crítica, criativa, criando seu 
próprio espaço de acordo com suas possibilidades. 
 Na infância, com a prática da ginástica no contexto escolar, a criança desenvolverá 
novas habilidades motoras, fato que ao estiver alicerçado por uma prática sistematizada e 
propícia para o mesmo, promoverá ganho significativos ao indivíduo. Gallahue, Ozmun e 
Goodway (2013) tratam as diversas fases do desenvolvimento humano, tal como a fase do 
movimento reflexo, do movimento rudimentar, fundamental e movimento especializado. 
Especificamente na fase do movimento fundamental, os autores (2013) apontam que: 
 
[...]representa um tempo em que as crianças mais novas estão ativamente envolvidas 
na exploração e experimentação do potencial de movimento de seus corpos. É um 
tempo de descoberta do modo de executar uma série de movimentos de estabilidade, 
locomoção e manipulação, primeiramente isolados e depois em combinação com 
outros. As crianças que estão desenvolvendo padrões fundamentais de movimento 
aprendem como responder com controle motor e competência de movimento a uma 
variedade de estímulos. (p. 70-71). 
 
Entende-se que o processo de amadurecimento motor é natural ao ser humano, além 
dos comportamentos adquiridos pelo meio ambiente, de incentivos, instruções, e outros 
fatores influenciadores, são importantes para o desenvolvimento integral. A ginástica trabalha 
no conceito de linguagem, a qual é compreendida a partir dos comportamentos individuais e 
coletivos, dos privados e públicos. Possibilitando uma maior expressão conceitual das 
informações provindas do meio. 
Há também linguagem corporal apreendida com a prática da ginástica, possibilitando 
uma ampliação das expressões corporais, possibilitando o desenvolvimento das competências 
pessoais (LADEIRA; DARIDO, 2003). Intrínseco a isso, nas fases inicias da educação básica 
6 
 
 
 
a criança é capaz de compreender o mundo que o cerca, distinções dos saberes começam a 
sofrer influencias, apresentando maiores interesses por outros assuntos. 
Apesar de todas as discussões sobre a atuação do profissional de Educação Física, 
percebe-se que o mesmo ainda se encontra relutante quanto a inserção da prática da ginástica 
no contexto escolar. Diversos relatos caminham nas afirmações de que a falta de recursos 
humanos e materiais sãos os motivos da ausência da inclusão, e que apesar de saberem a 
importância e os benefícios que a mesma promove, ainda não se encontram aptos a tratarem a 
ginástica na Educação Física Escolar. 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
Na intenção de atingir os objetivos propostos, utilizou-se diversos materiais dentre os 
quais se pode citar, livros, artigos, textos eletrônicos, observações, entrevistas, regências entre 
outros. Quanto ao método de pesquisa, optou-se pela pesquisa qualitativa, para que assim se 
possa compreender as dinâmicas interna e externa da escola, sendo assim, como ressalta Gil 
(1999, p.132), 
O método de pesquisa qualitativa não requer o uso de métodos e técnicas 
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador 
é o instrumento-chave, havendo com isso uma relação dinâmica entre o mundo real 
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade 
do sujeito que não pode ser traduzido em números. 
Pode-se afirmar que a pesquisa qualitativa é utilizada como meio para analisar com 
certa precisão os dados sociais, prestando atenção para não deformá-los ou reduzi-los, 
deixando “falar a realidade a seu modo”. Utilizou-se a técnica de observação com registro 
fotográfico e entrevista semiestruturada para coletar os dados sobre a temática em questão. 
Este tipo de entrevista assim se caracteriza quando o pesquisador já tem elaborado as 
questões com as quais ele pretende obter as informações para seu estudo, porém, lhe é 
permitido fazer explorações não previstas, oferecendo liberdade ao entrevistado para dissertar 
sobre o tema ou abordar aspectos que sejam relevantes sobre o que pensa (NEGRINE, 1999). 
Reforça-se ainda que a técnica de entrevista é muito utilizada na pesquisa qualitativa, 
pois, segundo BRANDÃO (2000, p. 171-83): 
A entrevista é trabalho, e como tal “reclama uma atenção permanente do 
pesquisador aos seus objetivos, obrigando-o a colocar-se intensamente à escuta do 
7 
 
 
 
que é dito, a refletir sobre a forma e conteúdo da fala do entrevistado” – além, é 
claro, dos tons, ritmos e expressões gestuais que acompanham ou mesmo substituem 
essa fala – e isso exige tempo e esforço. 
A entrevista nos dá a oportunidade de ouvir a voz dos entrevistados, verificando qual 
sua posição em relação aos desafios enfrentados em sala de aula. Esse método, enriquece a 
pesquisa fazendo com que se discuta e reflita sobre as respostas obtidas. As entrevistas foram 
definidas de acordo com a necessidade, e que também foram observadas e realizadas de forma 
prazerosa e satisfatória, no qual foi possível verificar a realidade da aula de Educação Física. 
As entrevistas e as observações foram os instrumentos predominantes, uma vez, que 
entendidos como os mais indicados nas abordagens qualitativas nas quais as intervenções do 
pesquisador no universo pesquisado não é proposta como metodologia, assim como ocorre 
com a utilização de questionário ou de análisedocumental. 
Sendo assim, a coleta dos dados foi realizada na Escola de São Benedito, localizada 
no Bairro de São Benedito, município de Cametá (PA). A escola funciona nos respectivos 
horários: Matutino (manhã) das 7:30 às 11:30 e Vespertino (tarde) das 13:30 às 17:30. O 
sujeito da pesquisa foi a professora de Educação Física da referida instituição qual se 
disponibilizou a responder a entrevista com 03 perguntas semiestruturadas, referentes ao tema 
deste estudo. 
Sendo assim, todas as técnicas e instrumentos de coleta de dados utilizados 
contribuíram para o bom desenvolvimento da pesquisa, facilitando assim a obtenção dos 
resultados para consecutiva discussões e análises. 
 Imagens da aula de Educação Física 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fotos: John Fernandes 
8 
 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Sabe-se que o professor de Educação Física deve antes de tudo ter prazer pelo que 
faz, ter formação em licenciatura, buscar conhecimentos, ter postura, atitude, paciência, 
atenção, criatividades, buscar a formação continuada a autenticidade firmando-se como 
pesquisador, com o intuito de executar com eficiência, habilidade e competência o seu papel 
de educador. Portanto, o professor é o grande agente do processo educacional, e é a alma de 
qualquer instituição de ensino. 
Entre os profissionais de Educação Física do Brasil, existem diferentes 
entendimentos do papel da Educação Física escolar. Poderíamos dizer que um grande grupo 
pensa e age de acordo com uma visão biológica, a partir da qual o papel da Educação Física 
seria melhorar a aptidão física dos indivíduos, com o que estaria, automaticamente, 
contribuindo para o desenvolvimento social, uma vez que os indivíduos estariam aptos a atuar 
na sociedade e, portanto, seriam mais úteis a ela. 
O professor precisa acreditar no que diz ter convicção em seus ensinamentos para 
que os alunos também acreditem e se sintam envolvidos. Precisa de preparo para ir no rumo 
certo e alcançar os objetivos que almeja. Portanto, ele deve utilizar diversas estratégias de 
ensino que trabalhe o desenvolvimento do aluno como um todo, e é aí que entra a ginástica 
escolar. Pois, indagou-se com o entrevistado, qual é a importância da ginástica para seus 
alunos? 
 
Além dos diversos métodos que a educação física pode aplicar em uma turma temos 
a ginastica que além de ser uma pratica que prende muito bem a atenção dos alunos, 
ela contribui muito para o desenvolvimento deles tanto física quanto mental. Aqui 
na Escola São Benedito eu costumo constantemente aplicar brincadeiras com cones, 
bambolês, que trabalha a coordenação, resistência e raciocínio dos alunos. 
(ENTREVISTADO, 2019) 
Percebe-se diante da fala da professora que, a Educação Física dentro do ambiente 
escolar deve se preocupar com o desenvolvimento integral dos alunos, considerando seus 
avanços motores, cognitivos, sociais e afetivos. Segundo Gonçalves (1994), a Educação Física 
Escolar é compreendida como a prática sistemática de atividades físicas, esportivas ou 
lúdicas, que estabelece relação dialética com outros campos do conhecimento, como a 
biologia, a psicologia, a sociologia e a filosofia. 
Compreender a prática da ginástica, é possibilitar a ampliação da dimensão do 
conhecimento do próprio corpo e melhoria das habilidades físicas (BRASIL, 1997). Através 
de suas características a ginástica, enquanto uma prática para todos, promove benefícios a 
9 
 
 
 
partir das diversidades, desenvolvendo a coordenação, confiança, orientação de objetivo, 
disciplina, organização e criatividade. 
A qualidade das aulas de Educação Física relativos à prática da ginástica, depende de 
um conjunto de fatores que podem estar relacionados aos recursos financeiros das 
Instituições, competência pedagógica dos professores, entre outros. Contudo, tais fatores 
podem interferir na motivação, interesse e participação dos alunos nas aulas de Educação 
Física, gerando um quadro onde muitas vezes os alunos não se sentem atraídos pelas aulas. 
Diante desta afirmação, fez-se o seguinte questionamento: qual é a dificuldade que 
você encontra para aplicar a ginastica na escola? 
O principal obstáculo enfrentado eu acho que não só aqui na escola que eu trabalho, 
mas em muitas outras escolas do município, é que os alunos que chegam para nós 
educadores físicos já vem com uma mentalidade de que a aula de ed. Física é um 
mero momento de lazer onde eles já vem arrumados para uma única prática que é o 
futebol e isso se dá pelo fato desses estudantes já estarem inserido em uma cultura 
de que a Educação Física não é tão importante quanto as demais disciplinas. 
(ENTREVISTADO, 2019) 
As discussões de que as aulas de Educação Física Escolar sempre estão relacionadas 
a prática de esportes, principalmente o futebol, dever ser abordadas constantemente pelos 
professores que trabalham neste ambiente. Devendo ser problematizado e discutido a 
importância das práticas corporais diversificadas nas aulas de Educação Físicas, orientado por 
um professor qualificado, o qual não fará uma redução somente ao aspecto da esportivização, 
mas ampliará para todas as modalidades descritas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
Pensando nesta perspectiva e na contribuição das demais práticas corporais, levanta-
se a importância da seleção das modalidades e dos conteúdos a serem desenvolvidos nesta 
Educação Física Escolar. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) estipulam um eixo 
temático sustentado por três colunas: esportes, lutas, jogos e ginástica; atividades rítmicas e 
expressivas; e conhecimentos sobre o corpo (BRASIL, 1997), aproximando assim da ideia do 
Coletivo de Autores (1992), a qual aponta sobre o eixo temático da Cultura Corporal como 
conteúdo da Educação Física Escolar. 
Dando prosseguimento, à coleta de dados, finalizou-se a entrevista com a seguinte 
pergunta? Como trabalhar a ginástica? 
O principal é ir inserindo outras práticas desde as series inicias para que não haja 
resistência quando o professor aplicar outros métodos na turma e a ginástica pode 
ser trabalhada de todos as formas, nos alongamentos, nas danças, nos exercícios de 
habilidade, e entres outros. (ENTREVISTADA, 2019) 
 
10 
 
 
 
Os resultados da pesquisa revelaram que, a ginástica é um conteúdo muito 
importante para a Educação Física escolar, no desenvolvimento das crianças e adolescentes. 
Esta modalidade além de ter um caráter lúdico, melhora flexibilidade, alongamento, 
resistência muscular, força de explosão, força estática e força dinâmica, além é claro de ajudar 
consideravelmente na melhora da coordenação motora. 
Além dos benefícios fisiológicos da atividade física no organismo, as evidencias 
mostram que existem alterações nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos em 
atividade física regular. Essas evidências sugerem que o processo cognitivo é mais rápido e 
mais eficiente em indivíduos fisicamente ativos por mecanismos indiretos como: diminuição 
da pressão arterial, diminuição nos níveis de colesterol (LDL) no plasma, diminuição dos 
níveis de triglicerídeos e inibição da agregação plaquetária. (NIEMAN, 1999) 
Dentre os efeitos psicológicos, a diminuição da tensão emocional pode ser 
considerada como um dos mais importantes, sendo alguns dos seus mecanismos a curto e 
longo prazo. Portanto, se percebe os inúmeros benefícios proporcionados pela prática da 
ginástica no ambiente escolar. 
 
6. CONCLUSÕES 
Os estudos teóricos e a pesquisa de campo evidenciaram a necessidade da ginástica 
ser trabalhada no contexto escolar, pois dentro da Educação Física ela é importante para o 
aluno, seja no aspecto motor, social, cognitivo e até mesmo afetivo. O fato da ginástica 
abranger todos os músculos do aluno, faz com que ele adquira uma maior flexibilidade, 
equilíbrio e força muscular. E tudo isso é conseguido de uma maneira que elas adoram.Embora as vantagens da ginástica escolar sejam muitas, deve-se tomar um cuidado 
especial com a evolução dos exercícios. Deve seguir uma sequência pedagógica adequada. 
Assim, todas as crianças terão um desempenho similar, não favorecendo uma comparação 
negativa entre elas e que pode gerar uma certa frustação e isolamento, contrariando um dos 
grandes benefícios da ginástica escolar que é o desenvolvimento afetivo e social. 
O professor de Educação Física que se propõe a trabalhar com ginástica deve estar 
atento, pois se tratar de um exercício físico de muita complexibilidade e coordenação, e 
principalmente, por ser trabalhado com crianças, há um grande risco de que ocorram lesões 
devido a prática incorreta. Esta lesão além de atrasar o desenvolvimento da criança, pode ser 
também um estímulo a prática deste esporte. 
11 
 
 
 
A boa prática da ginástica escolar está também muito ligada ao apoio da escola. Deve 
dar totais condições de trabalho ao professor de Educação Física, fornecendo a ele local, 
aparelhos e materiais adequados para a prática segura das atividades. 
Devido a todos os seus benefícios, expostos nesta pesquisa, a ginástica escolar vem 
crescendo de uma maneira considerável. Devido a sua grande repercussão, competições 
escolares vêm sendo criadas na modalidade da ginástica geral para todas as idades. Muitos 
alunos que tiveram ginástica como contexto da Educação Física escolar, hoje são ginastas 
profissionais. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação 
Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 
BEZERRA, Sandra Pacheco; FILHO, Raul Alves Ferreira; FELICIANO, Jeane Gomes. A 
importância da aplicação de conteúdos da ginástica artística nas aulas de educação física no 
ensino fundamental de 1ª a 4ª série. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. 2006, 5 
(especial): 127-134. 
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. SP: Cortez Autores 
Associados. 1992. 
DARIDO, Suraya Cristina. Os conteúdos da Educação Física Escolar: influências, tendências, 
dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física Escolar, Niterói, v.2, n.1 
(suplemento), 2001. 
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C.; GOODWAY, Jackie D. Compreendendo o 
Desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7ª Ed. – Porto Alegre: 
AMGH, 2013. 
 LADEIRA, Maria Fernanda Telo; DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física e Linguagem: 
algumas considerações iniciais. Motriz, Rio Claro, v.9, n.1, p.31-39, jan./abr., 2003. 
RAMOS, Eloiza da Silva; VIANA, Helena Brandão. A importância da ginastica geral na 
escola e seus beneficios para crianças e adolescentes. Movimento & Percepção, Espirito Santo 
de Pinhal, SP, v. 9, n. 13, jul. Dez, 2008. 
SOARES, Carmem Lúcia. Imagens da Educação no corpo. Ed. Autores Associados, 
Campinas – SP, 1982. 
SOUZA, Elizabeth Paoliello Machado de. Ginástica Geral: uma área do conhecimento da 
Educação Física. Tese de Doutorado, UNICAMP, Faculdade de Educação Física, Campinas 
(São Paulo), 1997.

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