Buscar

SANAR- SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Cadeia de Sobrevivência ........................................ 3
3. Sequência do SBV do adulto ................................ 4
4. Situações especiais .................................................11
5. Cessar as manobras ...............................................12
Referências Bibliográficas .........................................15
3SUPORTE BÁSICO DE VIDA
1. INTRODUÇÃO
O Suporte Básico de Vida (SBV) é um 
protocolo de atendimento no qual se 
estabelecem o reconhecimento e a 
realização das manobras de ressus-
citação cardiopulmonar (RCP) com o 
objetivo de manter a vítima de parada 
cardiorrespiratória (PCR) viva até a 
chegada de uma unidade de trans-
porte especializada. 
As doenças cardiovasculares repre-
sentam as principais causas de morte 
no mundo, quando analisada a popu-
lação de modo geral. Anualmente, no 
Brasil, há uma estimativa de 200 mil 
PCRs, sendo 100 mil em ambiente 
extra-hospitalar e 100 mil em am-
biente hospitalar. Possuem conside-
rável mortalidade e sem a manobra 
de RCP, a sobrevida da vítima diminui 
de 7-10% por minuto.
O objetivo principal da RCP é prover 
um fluxo de oxigênio e sangue para o 
coração e o cérebro. Ela deve ser fei-
ta imediatamente pois o cérebro não 
tolera mais de 4 minutos de hipóxia 
e após 10 minutos sem RCP tem-se 
morte cerebral estabelecida. 
SE LIGA! 4 minutos de RCP: Inicia-se 
lesão cerebral. 10 minutos: Morte cere-
bral estabelecida. [/SE LIGA]
Os objetivos da RCP são: 
Restaurar a circulação e ventilação pulmonar
Redução das sequelas neurológicas (quanto maior 
o tempo sem circulação, menor a possibilidade de 
recuperação cerebral)
Preservação da vida
Tabela 1.Objetivos RCP.
CONCEITO! A PCR é definida como in-
terrupção da circulação sanguínea em 
consequência da interrupção súbita e 
inesperada dos batimentos cardíacos 
ou da presença de batimentos cardía-
cos ineficazes, acometendo pessoas em 
qualquer ambiente, sendo originada por 
diversas etiologias, como: hipertensão, 
cardiopatias, obstrução das vias aéreas 
por corpos estranhos, acidentes e com-
plicações dos anestésicos locais. 
2. CADEIA DE 
SOBREVIVÊNCIA
A cadeia de sobrevivência foi criada 
para ressaltar a importância da ado-
ção de atitudes organizadas e hierar-
quizadas na situação de provável ou 
confirmada PCR no ambiente extra 
hospitalar. Importante para a identi-
ficação de ritmos associados a PCR 
que sejam passíveis de tratamento 
com o desfibrilador: a fibrilação ven-
tricular (FV) e taquicardia ventricular 
sem pulso (TVsp).
4SUPORTE BÁSICO DE VIDA
O primeiro elo é o reconhecimento rá-
pido da PCR e acionamento do servi-
ço de emergência, para que aumente 
as chances de um socorro imediato e 
eficaz, seguida de uma RCP precoce 
e de qualidade, aumentando a sobre-
vida da vítima.
3. SEQUÊNCIA DO 
SBV DO ADULTO
O atendimento em SBV segue a or-
dem do CAB ou CABD, que se trata 
de um mnemônico para descrever os 
passos simplificados do atendimento 
SBV, onde:
C: corresponde a Checar responsi-
vidade,  Chamar por ajuda,  Checar o 
pulso e a respiração da vítima, Iniciar 
Compressões (30 compressões);
A: abertura das vias aéreas;
B: boa ventilação (2 ventilações);
D: desfibrilação, neste caso, com 
o desfibrilador externo automático 
(DEA).
Vamos descrever a sequência com-
pleta a seguir:
Checar a segurança
O primeiro passo é avaliar a seguran-
ça do local. O local deve estar seguro 
para o socorrista e para a vítima, a fim 
de evitar uma próxima vítima. Caso o 
local não seja seguro (por exemplo, 
um prédio com risco de desmorona-
mento, uma via de trânsito), deve-se 
tornar o local ou remover a vítima para 
um local seguro. Se o local estiver se-
guro, pode-se prosseguir com o aten-
dimento.
Avaliação e ação
• Avaliação da responsividade: A 
avaliação da responsividade da 
vítima consiste em checar a cons-
ciência. Deve-se chamar a vítima 
(em voz alta) e realizar estímulo tátil 
tocando-a pelos ombros. Se a víti-
ma responder, se apresente, ofe-
Figura 1. Cadeia de sobrevivência do Suporte Básico de Vida
Fonte: AHA, 2015.
5SUPORTE BÁSICO DE VIDA
reça ajuda. Caso não responda, o 
próximo passo é chamar por ajuda. 
• Chamar ajuda: Deve-se dar prio-
ridade ao contato com o serviço 
local de emergência (por exemplo, 
Sistema de Atendimento Móvel de 
Urgência - SAMU 192) e, se um 
DEA estiver disponível no local, 
providenciar. Se não estiver sozi-
nho, peça para uma pessoa ligar e 
conseguir um DEA, enquanto con-
tinua o atendimento à vítima. É im-
portante designar pessoas para 
que sejam responsáveis em rea-
lizar essas funções.
SE LIGA! A pessoa que ligar para o Ser-
viço Médico de Emergência deve estar 
preparada para responder às perguntas 
como a localização do incidente, as con-
dições da vítima, o tipo de primeiros so-
corros que está sendo realizado. 
• Checar o pulso e respiração: De-
ve-se checar o pulso carotídeo e 
a respiração da vítima durante 10 
segundos. Notada a ausência de 
pulso e de movimentos respira-
tórios (pode ser avaliada através 
da presença de expansibilidade 
torácica) deve-se iniciar imediata-
mente os ciclos de compressões e 
ventilações. Se o pulso estiver pre-
sente, abrir via aérea e aplicar uma 
insuflação a cada 5 a 6 segundos 
(10 a 12/min) e verificar a presença 
de pulso a cada 2 minutos. 
Compressões torácicas
Para realizar as manobras de RCP, é 
necessário se posicionar de joelhos 
ao lado da vítima, desnudar o tórax e 
posicionar a região hipotenar da mão 
dominante sobre o corpo do osso 
esterno, na linha intermamilar entre 
a fúrcula esternal e o apêndice xifoi-
de, e sobrepor a outra mão, entrela-
çando-a.
Figura 2. Técnica das compressões torácicas. 
O número de compressões deve ser 
entre 100-120 por minuto (rápida e 
intensa), deprimindo o tórax em 5 a 
6 cm) e permitindo o retorno com-
pleto do tórax após cada compres-
são, sem retirar o contato das mãos. 
É recomendado o revezamento das 
compressões a cada 2 minutos, pois 
existe relação entre RCP prolongada, 
fadiga e redução da eficácia das com-
pressões.
6SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Figura 3. Posicionamento para realização das com-
pressões torácicas. 
A tabela abaixo traz orientações para 
realização da RCP baseada em evi-
dências científicas com seus respeti-
vos graus de recomendação e níveis 
de evidência. 
CLASSE DE 
RECOMENDAÇÃO
INDICAÇÕES
NÍVEIS DE 
EVIDÊNCIA
Classe I
Realização de compressões torácicas efetivas em todos os pacientes 
em parada cardíaca.
B
Classe I
Posicionamento da região hipotênar de uma mão sobre o esterno e da 
outra mão sobre a primeira, entrelaçando-as.
C
Classe IIa
Realização de compressões na frequência mínima de 100 compres-
sões/minutos.
B
Classe IIa Realização de compressões na profundidade mínima de 5 cm B
Classe IIa Minimizar interrupções das compressões. B
Classe IIa
Revezamento da RCP a cada dois minutos para evitar fadiga e dimi-
nuir qualidade de compressões. 
B
Classe IIb Realização de “duty cycle” de 50% C
Classe IIa
Utilização de equipamentos que avaliam a qualidade das compressões 
durante a RCP.
B
Classe IIa
As manobras de RCP deve ser ininterruptas, exceto se a vítima se 
movimentar, durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da 
equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaus-
tão do socorrista.
C
Tabela 2. Orientação para realização das compressões torácicas. I Diretriz de RCP, 2013. 
7SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Ventilação 
As ventilações devem ser realizadas 
em uma proporção de 30 compres-
sões para 2 ventilações, com ape-
nas um segundo cada, fornecendo a 
quantidade de ar suficiente para pro-
mover a elevação do tórax.
SE LIGA! A hiperventilação é contrain-
dicada, pois pode aumentar a pressão 
intratorácica e diminuir a pré-carga, 
consequentemente diminuindo o débito 
cardíaco e a sobrevida. Além disso, au-
menta o risco de insuflação gástrica, po-
dendo causar regurgitação e aspiração.Figura 4. Componentes para realização das RCPs de 
alta qualidade. 
A abertura de via aérea pode ser re-
alizada com a manobra da inclinação 
da cabeça e elevação do mento e, se 
houver suspeita de trauma, a manobra 
de tração do ângulo da mandíbula.
SAIBA MAIS: GRAU DE RECOMENDAÇÃO
Classe I: Condições para as quais há evidências conclusivas, na sua falta, consenso geral de 
que o procedimento é seguro e útil/eficaz.
Classe II: Condições para as quais há evidências conflitantes e/ou divergência de opinião so-
bre segurança e utilidade/eficácia do procedimento.
Classe IIA: Peso ou evidência/opinião a favor do procedimento. Aprovado pela maioria dos 
profissionais.
Classe IIB: Segurança e utilidade/eficácia menos bem-estabelecidas, não havendo predomí-
nio de opiniões a favor do procedimento.
Classe III: Condições para as quais há evidências e/ou consenso de que o procedimento não 
é útil/eficaz e, em alguns casos, pode ser prejudicial.
Nível de Evidência
Nível A: Dados obtidos a partir de múltiplos estudos randomizados de bom porte, concordan-
tes e/ou de metanálise robusta de estudos clínicos randomizados.
Nível B: Dados obtidos a partir de metanálise menos robusta, por meio de um único estudo 
randomizado ou de estudos não randomizados (observacionais).
Nível C: Dados obtidos de opiniões consensuais de especialistas
Comprimir o 
tórax entre 5 a 
6 cm
100 a 120 
compressões 
por minuto
Ventilar 
adequadamente (2 
ventilações após cada 
ciclo de 30 
compressões.
Permitir o retorno do 
tórax a sua posição 
após cada 
compressão.
Minimizar 
interrupções 
nas 
compressões
8SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Chin lift
Jaw-thrust
Figura 5. Manobras para abertura de via aérea (1) in-
clinação da cabeça e elevação do queixo/ (2) tração do 
ângulo da mandíbula. Fonte: ATLS 10
Existem alguns mecanismos de bar-
reira disponíveis para aplicar as venti-
lações, a fim evitar o contato do socor-
rista com a vítima e uma consequente 
contaminação.
DISPOSITIVO INFORMAÇÕES 
Lenço facial e válvula 
antirrefluxo
Consiste em um lenço facial dotado de uma válvula 
unidirecional ao centro que impede o retorno do ar 
pela boca da vítima, dessa maneira, protegendo o 
socorrista
Máscara de bolso 
(“pocket-mask”)
Unidirecional, envolve a boca e o nariz da vítima.
Bolsa-válvula-más-
cara
Deve-se pressionar a válvula por 1 segundo e posi-
cionar adequadamente na vítima, a fim de vedá-la 
da melhor forma possível.
Tabela 3. Dispositivos para realização das ventilações. 
9SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Para o posicionamento adequado dos 
dispositivos deve-se, com uma das 
mãos, direcionar os dedos polegar e 
indicador acima da máscara, fazendo 
uma letra “C”, e pressionando contra 
a face da vítima a fim de vedá-la o 
melhor possível. Os outros três dedos 
devem estar na mandíbula (fazen-
do uma letra “E”) para estabilizá-la e 
abrir a via aérea da vítima. 
Figura 6. Posicionamento do dispositivo de bolsa-vál-
vula-máscara. 
Uso do DEA
O DEA é um aparelho eletrônico por-
tátil que desencadeia um choque 
elétrico com corrente contínua sobre 
o tórax da vítima. O choque determi-
nará uma assistolia elétrica em todo 
o miocárdio, permitindo que o siste-
ma de condução elétrica intracardíaco 
possa reassumir de forma organizada 
a despolarização miocárdica e o ritmo 
cardíaco organizado. O DEA é de ex-
trema importância em uma PCR pois, 
sem ele, o sucesso da RCP varia en-
tre 2 – 5%, enquanto que, na presen-
ça do dispositivo, as taxas de sucesso 
aumentam consideravelmente para 
50 – 80%.
São de pequeno porte, leves, resis-
tentes e com alimentação por bate-
rias que podem ser seladas de chum-
bo-ácido, de níquel-cádmio e de lítio 
e são projetados para serem usados 
de forma simples e confiável por usu-
ários que disponham de um treina-
mento mínimo e é altamente configu-
rável segundo definido em protocolo 
de consenso médico mundial.
Figura 7. Desfibrilador Externo Automático
O DEA possui um programa que lhe 
permite identificar e reconhecer os 
ritmos de fibrilação ventricular (FV) e 
taquicardia ventricular (TV), indican-
do então o choque. Se o ritmo não for 
uma FV ou TV, o aparelho não indi-
cará o choque, devendo-se manter 
a RCP. Inclusive quando ocorre uma 
mudança de ritmo, o aparelho não 
indica o choque, devendo-se checar 
o pulso. Se o pulso estiver presente, 
10SUPORTE BÁSICO DE VIDA
houve retorno da circulação espon-
tânea, devendo-se manter suporte 
ventilatório até a chegada do serviço 
de emergência. Se ausente, as mano-
bras de RCP devem ser mantidas por 
mais 2 minutos até nova checagem 
de ritmo pelo desfibrilador.
Fibrilação Ventricular 
Taquicardia Ventricular
O DEA pode ser manuseado da se-
guinte forma: 
Passo 1: Liga-se o DEA e espera-se 
os comandos do aparelho. As instru-
ções são dadas em português.
Passo 2: Posiciona-se as pás no tórax 
do paciente:
• Eletrodo do lado direito do pacien-
te:  precisa ser colado abaixo da 
clavícula, na linha hemiclavicular.
• Eletrodo do lado esquerdo do pa-
ciente:  deve ser posicionado nas 
últimas costelas, na linha hemiaxi-
lar (abaixo do mamilo esquerdo).
Figura 8. Posicionamento dos eletrodos. 
SE LIGA! A maioria dos DEAs possui 
um desenho explicativo no próprio ele-
trodo que demonstra a posição correta.
O posicionamento é feito dessa for-
ma porque o choque deve passar por 
dentro do tórax para atingir um maior 
número de fibras cardíacas. 
Passo 3: Afasta-se do paciente para 
o DEA analisar o ritmo cardíaco, indi-
cando ou não o choque. Caso o cho-
que não seja indicado, retornar rapi-
damente para RCP.
Passo 4: Se indicado, de acordo com 
o direcionamento do aparelho, dê 
a ordem para que os presentes se 
afastem e certifique-se de que não 
há ninguém próximo e principalmente 
encostando no aparelho ou paciente.  
Deflagre o choque e comece imedia-
tamente depois a fazer a compressão 
11SUPORTE BÁSICO DE VIDA
cardíaca para que o coração comece 
a ter novamente a sístole e diástole 
fisiológica. 
SE LIGA! Não é necessário remover os 
eletrodos para realizar as compressões. 
Mesmo se a vítima retomar a consciên-
cia, o aparelho não deve ser desligado 
e as pás não devem ser removidas ou 
desconectadas até que o serviço de 
emergência assuma o caso. 
4. SITUAÇÕES ESPECIAIS
Existem algumas condições especiais 
para o uso do DEA, são elas:
• Homens com excesso de pelo no 
tórax: Os eletrodos colam nos pe-
los e não na pele. Por isso, o apa-
relho não tem uma aderência sufi-
ciente para fazer a análise do ritmo 
e o choque não é deflagrado. É ne-
cessário realizar tricotomia.
SE LIGA! Nas recomendações da AHA 
de 2015 há a realização da tricotomia 
com as próprias pás do DEA (“depila-
ção”). Entretanto, devido aos altos cus-
tos das pás, é inviável realizar tal prática. 
• Pacientes com marca-passo: O 
eletrodo em cima do marca-pas-
so pode interferir a ação do DEA. 
Deve-se colocar o eletrodo abaixo 
do mesmo (visualizado através de 
uma protuberância visível) de 2-3 
dedos.
Figura 9 .Aparência marca-passo sob a pele. Fonte: I 
Diretriz RCP.
• Medicamentos em adesivo: Não é 
recomendado colocar os eletrodos 
em cima de medicamentos adesi-
vos, como os de nicotina ou anti-
concepcional. É preciso retirá-los 
para então seguir com o procedi-
mento.
• Paciente submerso ou molhado: 
Se o paciente estiver com o tórax 
molhado, é preciso secar a área em 
que será colocado o eletrodo. Caso 
esteja submerso, o posicionamen-
to do aparelho só é permitido após 
a retirada do paciente do local. Na 
água o choque irá dissipar, não 
indo para as fibras cardíacas.
Abaixo, orientações para o uso do 
DEA, baseado em evidências cienti-
ficas. 
12SUPORTE BÁSICO DE VIDA
CLASSE DE 
RECOMENDAÇÃO 
INDICAÇÕES
NÍVEL DE 
EVIDÊNCIA
Classe I Desfibrilação é o tratamento de escolha para FV de curta duração. A
Classe I
Se possível, a RCP deve ser realizada enquanto o desfibrilador é 
preparado.
B
Classe IIa
As quatro posições das pás (anterolateral, anteroposterior, direi-
ta-anterior infraescapular, esquerda-anterior infraescapular)são 
equivalentes quanto à eficácia do choque.
B
Classe IIa
Para facilitar a memorização e educação, considerar a posição das 
pás anterolateral um padrão aceitável.
C
Classe IIa
Para crianças de 1 a 8 anos, recomenda-se utilizar atenuador de 
carga se disponível. 
C
Classe IIb
Para crianças <1 ano de idade, um desfibrilador manual é preferí-
vel; se não estiver disponível, um DEA com atenuador de carga por 
ser usado; se nenhuma dessas opções estiverem disponíveis, porá 
utilizar o DEA com pás para adultos.
C
Classe IIb
Se houver um desfibrilador/cardioversor implantado no local onde 
é posicionada uma das pás do DEA, deve-se manter uma distância 
de pelo menos 8cm ou optar por outa posição das pás. 
C
Tabela 4. Orientação para uso do DEA. Fonte: I Diretriz RCP, 2013.
5. CESSAR AS MANOBRAS
Não há um tempo determinado. As 
manobras deverão ser paradas em 
algumas situações, sendo elas: 
Quando parar as manobras de SBV.
Exaustão da equipe e não há quem assumir o SBV
 Cena tornou-se de risco.
Chegada de equipe avançada, que seguirá com o 
suporte avançado
 Mudança de prioridade
Quando existe um grande número de vítimas gra-
ves necessitando de atendimento
Quando há o retorno à circulação espontânea
Existem recomendações também de 
quando não se deve nem iniciar a 
RCP, sendo elas:
Quando não começar as manobras 
de SBV.
Carbonização
Degola
Rigor mortis
Decomposição
Evisceração extensa do cérebro ou coração
13SUPORTE BÁSICO DE VIDA
SAIBA MAIS!
Em pediatria, as manobras de RCP estão indicadas quando a vítima encontra-se sem pulso 
(Parada cardíaca) e sem respiração (Parada respiratória) ou sem pulso e com bradicardia (FC 
< 60 bpm com sinais de má circulação), ou seja, em pediatria, eu preciso contar o pulso da 
vítima, estimando sua FC.
As compressões torácicas devem ser feitas no centro do tórax com uma mão (crianças pe-
quenas) ou 2 mãos como no adulto (no caso das maiores) e no caso de bebês e neonatos, 
deve ser feita com dois dedos no centro do tórax. O tórax deve ser deprimido cerca de 5-4cm, 
e o ritmo depende da quantidade de socorristas na função de comprimir, sendo 30:2 (com-
pressão:ventilação) se 1 socorrista e 15:2 se 2 socorristas.
As orientações para o DEA dependem da idade. Acima de 8 anos o paciente é considerado 
como um adulto e pode usar o aparelho. Abaixo disso, ele é atendido como criança em relação 
à desfibrilação. O DEA sempre possui eletrodos que são específicos para crianças, um botão 
de seleção da idade ou um atenuador de carga, que garante que a distribuição elétrica será 
somente a necessária.
14SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Verifique a segurança da cena
Paciente não responde
Acionar serviço de Emergência
(SAMU 192)
Buscar pulso e respiração 
simultaneamente por 10s
Paciente não respira e não tem pulso
Iniciar RCP
30 compressões e 2 ventilações
DEA chega
Respiração normal, 
com pulso
Respiração anormal, 
com pulso
Observe até chegada do 
serviço de emergência
Administre ventilações de 
resgate: 1 ventilação a cada 5 
a 6 segundos, ou cerca de 10 
a 12 ventilações/min
Continue as ventilações de 
resgate e verifique o pulso a 
cada 2 minutos. Na ausência 
de pulso, iniciar RCP.
Ritmo chocável
Ritmo não chocável
Aplicar 1 choque. 
Reiniciar RCP por 
cerca de 2 minutos.
Verificar o ritmo 
após 2 minutos.
Reiniciar RCP imediatamente.
Verificar o ritmo após 2 
minutos. 
MAPA MENTAL - ALGORITMO PCR NO SBV
15SUPORTE BÁSICO DE VIDA
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
Velasco, I. et al.  Medicina de emergência. 2019.
Martins HS, Brandão Neto RA, Velasco IT. Medicina de emergência. 2015.
Guideline American Heart Association. Atualização diretrizes RCP/ACE. 2015.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 
192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Gonzalez MM, Timerman S, Gianotto-Oliveira R, Polastri TF, Canesin MF, Schimidt A et al . I 
Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras. Cardiol. 2013 
Meaney PA, et al. Improving Cardiac Resuscitation Outcomes Both Inside and Outside 
the Hospital a Consensus Statement From the American Heart Association. Circulation [se-
rial online] 2013.
IEAPE. Como utilizar o DEA? Disponível em: < https://www.iespe.com.br/blog/dea-desfibri-
lador-externo-automatico/>.
16SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Continue navegando