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Fisiologia da audição: 1 Fisiologia da audição: O sentido da audição: Membrana timpânica e o sistema ossicular: A condução do som da membrana timpânica para a cóclea: A membrana timpânica(tímpano) e os ossículos, que conduzem o som da membrana timpânica do ouvido médio, que chega a cóclea(ouvido interno) Fixado a membrana timpânica está o cabo do martelo O martelo está ligado a bigorna por ligamentos, assim, sempre que o martelo se move, a bigorna também se move A extremidade oposta da bigorna se articula com a base do estribo e a placa do estribo fica contra o labirinto membranoso da cóclea, na abertura da janela oval. A extremidade do cabo do martelo é fixada no centro da membrana timpânica, que é constantemente tracionada pelo músculo tensor do tímpano, que mantem a membrana timpânica tensionada. Essa tensão permite que as vibrações em qualquer parte do tímpano, sejam transmitidas aos ossículo, o que não ocorreria se a membrana fosse frouxa Os ossículos ficam suspensos por ligamentos, de tal modo que o martelo e a bigorna atuam como alavanca única, tendo seu fulcro na borda da membrana timpânica A articulação da bigorna com o estribo faz com que esse: 1. empurre para a frente, a janela oval e o líquido coclear no outro lado da janela a cada vez que a membrana timpânica se move para dentro 2. puxe de volta o líquido, todas as vezes que o martelo se movimenta para fora. Fisiologia da audição: 2 A amplitude dos movimentos da placa do estribo a cada vibração sonora tem apenas três quartos de amplitude do cabo do martelo Com isso, o sistema de alavanca não aumenta o alcance do movimento do estribo, na verdade, o sistema reduz a distância, mas aumenta a força de movimento por cerca de 1,3 vez. 💡 A diferença da área da superfície da membrana timpânica e do estribo é de 17 vezes, multiplicada por 1,3 vez, que é a amplificação proporcionada pelo sistema de alavancas, causa 22 vezes mais força total exercida sobre o líquido da cóclea, em relação à que é exercida pelas ondas sonoras contra a membrana timpânica Pelo líquido ter mais inércia que o ar, é necessário aumentar a força, para que a vibração aérea seja transmitida para o líquido. Por isso, a membrana timpânica e o sistema ossicular proporcionam casamento da impedância, entre as ondas sonoras no ar e as vibrações no líquido da cóclea Sem o sistema ossicular e membrana timpânica, as ondas sonoras trafegam diretamente através do ar e ouvido médio e entrar na cóclea pela janela oval, mas a sensibilidade para a audição fica então 15 a 20 decibéis menor Atenuação do som por contração dos músculos tensor do tímpano e estapédio: Fisiologia da audição: 3 Quando sons intensos chegam ao sistema ossicular e ao SNC, ocorre reflexo de 40 a 80 milissegundos, que causa contração do músculo estapédio e em menor grau, do tensor do tímpano. O músculo tensor do tímpano puxa o cabo do martelo para dentro, e o estapédio puxa o estribo para fora. Esses músculos também tem função de diminuir a sensibilidade auditiva da pessoa à sua própria fala. Esse efeito é ativado por sinais nervosos colaterais, transmitidos a esses músculos ao mesmo tempo em que o cérebro ativa o mecanismo da voz. Essas duas forças se opõem e fazem com que todo o sistema ossicular desenvolva aumento da rigidez, reduzindo muito a condução ossicular do som com baixa frequência, em especial as frequências abaixo de 1.000 ciclos/s Esse reflexo de atenuação pode reduzir a intensidade da transmissão do som de baixas frequências por 30 a 40 decibéis, o que é aproximadamente mesma diferença entre a voz intensa e o sussurro. Esse mecanismo tem dupla função: 1. proteger a cóclea de vibrações prejudiciais causadas por som excessivamente intenso 2. mascarar sons de baixa frequência em ambientes com som intenso → remove grande porção de ruídos de fundo e permite que a pessoa se concentre nos sons acima de 1000 ciclos/s, por onde é transmitida a maior parte da informação pertinente à comunicação vocal Transmissão do som através do osso: Como o ouvido interno, a cóclea está incrustava na cavidade óssea do temporal, o labirinto ósseo, as vibrações do crânio inteiro podem causar vibrações do líquido na cóclea. Por isso o diapasão em regiões ósseas do crânio, faz com que a pessoa ouça o som Cóclea: Anatomia funcional da cóclea: É um sistema de tubos espiralados, lado a lado: 1. Rampa vestibular 2. Rampa média 3. Rampa timpânica Fisiologia da audição: 4 A rampa vestibular e a rampa média são separadas uma da outra, pela membrana de Reissner (também, chamada membrana vestibular), que tem função de manter um tipo especial de líquido na rampa média A rampa timpânica e a rampa média são separadas uma da outra pela membrana basilar. Na superfície da membrana basilar, está o órgão de Corti, que tem uma série de células eletromecanicamente sensíveis, as células ciliadas, elas formam os órgãos receptores finais que geram impulsos nervosos em resposta as vibrações sonoras. A membrana de Reissner é tão fina e facilmente móvel que não obstrui a passagem de vibrações sonoras da rampa vestibular para rampa média. Portanto, no que se refere à condução do som no líquido, a rampa vestibular e a rampa média são consideradas como câmara única esquematiza as partes funcionais da cóclea "retificada", tendo em vista as vibrações sonoras, está sem a membrana de Reissner na imagem Fisiologia da audição: 5 Vibrações entram na rampa vestibular pela placa do estribo, na janela oval. A placa do estribo sobre a janela oval e se conecta às bordas da janela por ligamento anular frouxo, para que possa se movimentar para dentro e para fora, com as vibrações; O movimento para dentro faz com que o líquido se movimente para frente pelas rampas vestibular e média, e o movimento para fora faz o líquido se mover para trás Membrana basilar e ressonância na cóclea: A membrana basilar é uma membrana fibrosa que separa a rampa média da rampa timpânica. Tem 20.000 a 30.000 fibras basilares que se projetam do centro ósseo da cóclea, o modíolo, em direção à parede externa Essas fibras são estruturas rígidas, elásticas e em forma de palheta que se fixam em suas extremidades basais na estrutura óssea central da cóclea(modíolo), mas não se fixam em suas extremidades distais, exceto se as extremidades distais estiverem imersas na membrana basilar frouxa. Como as fibras são rígidas e livres em uma extremidade, podem vibrar como as palhetas de uma gaita Os comprimentos das fibras basilares aumentam progressivamente, começando na janela oval e indo da base da cóclea a seu ápice, aumentando o comprimento, de 0,04 milímetro, próximo das janelas oval e redonda a 0,5mm da extremidade da cóclea(o helicotrema), aumento de 12 vezes no compriemento O diâmetro das fibras, diminuem da janela oval para o helicotrema e sua rigidez total diminui por mais de 100 vezes, com isso, as fibras curtas e rígidas perto da janela oval da cócela, vibram melhor nas frequências muito altas, enquanto as fibras longas e flexíveis, perto da extremidade da cóclea, vibram melhor nas frequências baixas. Ressonância de alta frequência → perto da base → ondas sonoras entram pela janela oval Ressonância de baixa frequência → perto helicotrema → por conta das fibras menos rígidas e aumento de carga com massas extras de líquido que precisam vibrar ao longo dos túbulos cocleares. Transmissão de onda sonoras na cóclea: Pé de estribo se movimento para dentro contra a janela oval → janela redonda fica abaulada para fora porque a cóclea é delimitada, em todos os lados por paredes ósseas Efeito inicial da onda: onda entra na janela oval→ membrana basilar(base da cóclea) se curva na direção da janela redonda Fisiologia da audição: 6 A tensão elástica criada nas fibras basilares quando se curvam em direção a janela redonda desencadeia onda de líquido que trafega ao longo da membrana basilar em direção ao helicotrema Padrão de vibração da membrana basilar para diferentes frequênciassonoras: Cada onda é relativamente fraca a princípio, mas fica forte quando chega à parte da membrana basilar que tem frequência de ressonância natural, igual a respectiva frequência do som, nesse ponto, a membrana basilar pode vibrar para frente e para trás com facilidade que a energia da onda se dissipa, e a onda deixa de se propagar pela distância restante, ao longo da membrana basilar. 💡 Desse modo, a onda de alta frequência tem trajeto curto, a de frequência média trajeto de meio caminho e a de frequência baixa trafega toda distância. As ondas trafegam rapidamente na parte inicial na membrana basilar e ficam mais lentas quando se afastam em direção a cóclea A transmissão inicial rápida das ondas permite que os sons com alta frequência cheguem longe para se propagarem e se separarem na membrana basilar Fisiologia da audição: 7 Essa diferença acontece, por conta do alto coeficiente de elasticidade das fibras basilares, perto da janela oval e do coeficiente menor ao longo da membrana. Padrão de amplitude da vibração da membrana basilar: As curvas da imagem A abaixo, mostram a posição de uma onda sonora na membrana basilar quando: A→ estribo está todo para dentro B→ voltou a posição neutra C→ está todo para fora D→ voltou ao ponto neutro, mas está indo para dentro A área sombreada mostra o grau de vibração da membrana basilar, durante um ciclo vibratório completo Esse é o padrão de amplitude de vibração na membrana para essa frequência sonora em particular A imagem B, mostra padrões de amplitude de vibrações para diferentes frequências, sendo a amplitude máxima para o som 8000 ciclos/s, ocorre perto da base da cóclea, enquanto as Fisiologia da audição: 8 frequências <200 ciclos/s está perto do helicotrema, onde a rampa vestibular se abre na rampa timpânica. Resumindo: � Parte inicial da cóclea (janela oval) tem fibras de comprimento menor, diâmetro maiores, mais rígidas e vibram melhor nas frequências muito altas � Parte final da cóclea(helicotrema), tem fibras de maior comprimento e menor diâmetro, mais flexíveis, vibram melhor em frequências baixas Função do órgão de Corti: Órgão receptor que gera impulsos nervosos em resposta à vibração da membrana basilar. Fica na superfície das fibras basilares e da membrana basilar. Os receptores sensoriais reais no órgão de Corti são dois tipos especializados de células nervosas (células ciliadas) : fileira única de células ciliadas internas, em número de cerca de 3.500 e medindo em torno de 12 micrômetros de diâmetro três ou quatro fileiras de células ciliadas externas, em número de aproximadamente 12.000 e tendo diâmetros de apenas cerca de 8 micrômetros As bases e os lados das células ciliadas fazem sinapse com a rede de terminações nervosas da cóclea, que acabam nas células ciliadas internas(95%), o que enfatiza sua importância especial para a detecção do som As fibras nervosas , estimuladas pelas células ciliadas, levam ao gânglio espiral de Corti ,no modíolo(centro) da cóclea → as células do gânglio enviam axônios para o nervo coclear e SNC no nível da parte superior do bulbo. Fisiologia da audição: 9 Excitação das células ciliadas: Os minúsculos cílios(estereocílios), se projetam cranialmente das células ciliadas e tocam ou emergem no revestimento em gel da superfície da membrana tectorial( fica acima dos esterocílios na rampa média) relação do órgão de Corti com o gânglio espiral e nervo coclear Fisiologia da audição: 10 A curvatura dos cílios, em uma direção, despolariza as células ciliadas e a curvatura na direção oposta, a hiperpolariza→ excita fibras nervosas auditivas → fazem sinapses com suas bases As extremidades externas das células ciliadas se fixam firmemente na lâmina reticular (estrutura rígida composta por placa plana), sustentada por bastões de Corti triangulares, que se fixam as fibras basilares. As fibras basilares, os bastões de Corti e a lâmina reticular se movimentam como unidade rígida. Movimento para cima da fibra basilar, causa rotação da lâmina reticular para cima e para dentro em direção ao modíolo Depois, quando a lâmina reticular oscila para baixo, é distorcida para baixo e para fora, que faz com que os cílios das células ciliadas sejam distorcidos para frente e pra trás contra a membrana tectorial. As células ciliadas são excitadas sempre que a membrana basilar vibra. Sinais auditivos são transmitidos principalmente pelas células ciliares internas: Existem 3 a 4x mais células ciliadas externas que internas, 90% das fibras nervosas auditivas são estimuladas pelas células internas. Lesão células externas→ células internas funcionas→ grande perda auditiva Células ciliares externas : controlam a sensibilidade das células ciliadas internas para diferentes tons → fenômeno afinação do sistema receptor Fisiologia da audição: 11 O estímulo de fibras nervosas retrógradas do tronco cerebral pode encurtar as células ciliadas externas e possivelmente também variar seu grau de rigidez. Esses efeitos sugerem um mecanismo nervoso retrógrado para controlar a sensibilidade do aparelho auditivo a diferentes tons, ativada por meio das células ciliadas externas. Potenciais receptores das células ciliadas excitação das fibras nervosas auditivas: Os estereocílios( protusão das extremidades das células ciliadas) são estruturas rígidas, pois tem estrutura proteica rígida. Cada célula ciliar tem 100 estereocílios em sua borda apical Ficam cada vez mais longos no lado da célula ciliada longe do modíolo, e os topos dos estereocílios mais curtos são fixados por finos filamentos aos lados posteriores de seus estereocílios adjacentes mais longos Sempre que os cílios se curvam na direção dos mais longos, as pontas dos estereocílios menores são puxadas para fora da superfície da célula ciliada, Isso causa transdução mecânica que abre 200 a 300 canais condutores de cátions, permitindo que o movimento rápido dos íons potássio com cargas positivas no líquido da rampa média circunjacente flua para os estereocílios, acarretando despolarização da membrana das células ciliadas. Fibras basilares se curvam para rampa vestibular e as cél. ciliares despolarizam e e, direção oposta, hiperpolarizam, gerando potencial receptor alternante da célula ciliada, que estimula terminações do nervo coclear que fazem sinapse com as bases das células ciliadas. Acredita-se que um neurotransmissor de ação rápida seja liberado pelas células ciliadas nestas sinapses durante a despolarização. É possível que a substância transmissora seja o glutamato, mas não há certeza disso Endolinfa e perilinfa: Endolinfa Rampa média É secretado pela estria vascular, área muito vascularizada, na parede externa da rampa média. Tem alta concentração de potássio e baixo de sódio. Perilinfa Rampa vestibular e timpânica Essas rampas se comunicam diretamente com o espaço subaracnóideo, por isso a composição da perilinfa é quase igual ao líquido cefalorraquidiano Fisiologia da audição: 12 A endolinfa possui uma grande importância para o acontecimento da despolarização das células ciliadas ou pilosas, pois contém grande [potássio] e assim possibilita a despolarização Tem alta concentração de sódio e baixa de potássio Ação de não transmitir as vibrações ósseas do nosso crânio para as estruturas membranosas Potencial endococlear: Potencial endococlear : existe potencial elétrico de cerca de +80mV por todo o tempo entre a endolinfa e perilinfa, com positividade no interior da rampa média e negatividade fora. É gerado por secreção contínua de íons potássio positivos para a rampa média, pela estria vascular. A importância do potencial endococlear é que os topos das células ciliadas se projetam através da lâmina reticular, sendo banhados pela endolinfa da rampa média, enquanto a perilinfa banha os corpos das células ciliadas Além disso, as células ciliadas têm potencial intracelular negativo de −70 milivolts em relação à perilinfa, mas −150 milivolts em relaçãoà endolinfa, nas suas superfícies superiores, onde os cílios se projetam através da lâmina reticular para a endolinfa. Acredita-se que esse alto potencial elétrico nas pontas dos estereocílios sensibilize a célula em grau extra, aumentando, assim, sua capacidade de responder ao som mais discreto. Determinação da frequência do som → o princípio do "lugar": Sons baixa frequência → ativação membrana basilar perto do ápice da cóclea(helicotrema) Sons alta frequência → ativam a membrana basilar perto da base da cóclea Sons frequência intermediária → ativam a membrana em distâncias intermediárias, entre os dois extremos Existe organização espacial das fibras nervosas na via coclear, em todo o trajeto da cóclea até o córtex cerebral. O registro de sinais, nos trato auditivo do tronco e nos campos receptivos auditivos do córtex cerebral, mostra que neurônio cerebrais específicos são ativados por frequência sonoras específicas Fisiologia da audição: 13 O principal método usado pelo sistema nervoso para detectar diferentes frequências sonoras é o de determinar as posições ao longo da membrana basilar que são mais estimuladas, que é chamado princípio de lugar para determinar a frequência sonora Extremidade distal da membrana basilar no helicotrema é estimulada por frequências abaixo de 200 ciclos/s É difícil compreender, pelo princípio do lugar, como se pode diferenciar entre frequências sonoras baixas na faixa de 200, baixando até 20. Essas frequências baixas são discriminadas principalmente pelo disparo em surto ou princípio da frequência, isso significa que sons de baixa frequência, de 20 a 1500 a 2000 ciclos/s, podem causar surtos de impulsos nervosos sincronizados nas mesmas frequências, e esses surtos são transmitidos pelo nervo coclear até os núcleos cocleares do cérebro Ainda sugere que os núcleos cocleares possam distinguir as diferentes frequências dos surtos Determinação da intensidade: É determinada no sistema auditivo por três modos: 1. A medida que o som fica mais intenso, a amplitude de vibração da membrana basal e das cél.ciliares também aumenta, de modo que as células ciliadas excitam as terminações nervosas com frequência mais rápida 2. A medida que a amplitude de vibração aumenta, faz com que cada vez mais células ciliadas, nas margens da porção ressoante da membrana basilar, sejam estimuladas, causando somação espacial dos impulsos(isso é, transmissão por muitas fibras nervosas e não por apenas algumas) 3. As células ciliadas externas não são estimuladas significamente, até que a vibração da membrana basilar atinja alta intensidade e a estimulação dessas células notifica o sistema nervoso que o som é intenso. Detecção de alterações de intensidade - Lei da potência: A pessoa interpreta mudanças de intensidade dos estímulos sensoriais, em proporção a uma função da potência inversa da intensidade real No caso do som, a sensação interpretada muda em proporção à raiz cúbica da intensidade real do som. O ouvido pode discriminar diferenças de intensidade do som, do sussurro mais suave ao ruído mais intenso possível, representando aumento de aproximadamente 1 trilhão de vezes Fisiologia da audição: 14 da energia do som ou 1 milhão de vezes de aumento da amplitude do movimento da membrana basilar. Ainda assim, o ouvido interpreta essa grande diferença do nível sonoro como alteração de cerca de 10.000 vezes. Desse modo, a escala de intensidade é bastante “comprimida” pelos mecanismos de percepção sonora do sistema auditivo, o que permite a pessoa interpretar diferenças de intensidades sonoras dentro de faixa muito mais ampla da que seria possível, se não existisse a compressão da escala de intensidade. Unidade em decibéis: Por ter extremas variações da intensidade sonora que o ouvido pode detectar e discriminar as intensidades sonoras são expressas em termos do logaritmo de suas intensidades reais. Aumento de 1 vezes da energia sonora é chamado 1 bel, e 0,1 bel é chamado 1decibel.1 decibel representa aumento real de energia sonora de 1,26 vez Limiar para audição em diferentes frequências: Som de 3000 ciclos/s pode ser ouvido mesmo quando sua intensidade não passa de 70 decibéis abaixo de 1 dina/cm2 de nível de pressão sonora, o que é um decamilionésimo de microwatt por cm2. Inversamente, som de 100 ciclos/s só pode ser detectado se sua intensidade for 10000 vezes maior que isso. Faixa da frequência da audição: As frequência sonoras que a pessoa jovem pode ouvir fica entre 20 e 20000 ciclos/s Porém, a faixa sonora depende em grande extensão da intensidade. Fisiologia da audição: 15 Se a intensidade for de 60 decibéis abaixo de 1 dina/cm2 de nível de pressão do som, a faixa sonora será de 500 a 5000 ciclos/s Somente com sons intensos, a faixa completa de 20 a 20000 ciclos pode ser atingida. Na idade avançada, essa faixa de frequências em geral é encurtada para 50 a 8.000 ciclos/s ou menos Mecanismos auditivos centrais: Vias nervosas auditivas: As fibras nervosas do gânglio espiral de Corti entram nos núcleos cocleares dorsal e ventral, localizados na parte superior do bulbo. Nesse ponto, todas as fibras fazem sinapse, e neurônios de segunda ordem passam, em sua maior parte, para o lado oposto do tronco cerebral para terminar no núcleo olivar superior. Algumas fibras de segunda ordem também se projetam para o núcleo olivar superior no mesmo lado. Núcleo olivar superior → ascende pelo lemnisco lateral, onde algumas fibras terminam no núcleo do lemnisco lateral, porém muitas outras se desviam desse núcleo e vão para o colículo inferior, onde todas ou quase todas fibras auditivas fazem sinapse. cólico inferior→ passa para o núcleo geniculado medial → onde todas fibras fazem sinapses → prossegue por meio da radiação auditiva → córtex auditivo, no giro superior do lobo temporal Devem ser observados: Sinais de ambos os ouvidos são transmitidos, por meio de vias de ambos os lados do cérebro, com preponderância de transmissão da via contralateral. Em pelo menos três lugares no tronco cerebral ocorre cruzamento entre as duas vias: 1. no corpo trapezóide 2. na comissura entre os dois núcleos do lemnisco lateral 3. na comissura que liga os dois colículos inferiores Muitas fibras colaterais dos tratos auditivos entram diretamente no sistema reticular ativado do tronco cerebral. Esse sistema projeta-se difusamente para cima, no tronco cerebral e para baixo, na medula espinal. e ativa todo SN em resposta a sons intensos. Outros colaterais vão para o verme do cerebelo, que também é ativado, instantaneamente no evento de um ruído súbito. Fisiologia da audição: 16 O alto grau de orientação espacial é mantido nos tratos de fibras da cóclea, em todo trajeto até o córtex. De fato, existem três padrões espaciais para o término das diferentes frequências sonoras nos núcleos cocleares, dois padrões nos colículos inferiores, um padrão preciso, para frequências de som distintas no córtex auditivo e, pelo menos, cinco outros padrões precisos no córtex auditivo e nas áreas de associação auditiva. Função do córtex cerebral na audição: A área de projeção dos sinais auditivos para o córtex cerebral: córtex auditivo → plano supratemporal do giro temporal superior → se estende a lateral do lobo temporal → grande parte do córtex insular → até a porção lateral do opérculo parietal Duas subdivisões distintas: Fisiologia da audição: 17 Córtex auditivo primário→ É excitado diretamente por projeções do corpo geniculado medial. Córtex de associação auditiva(córtex auditivo secundário → são excitadas, secundariamente, por impulsos nervosos do córtex auditivo primário, bem como por algumas projeções das áreas de associação talâmicas, adjacentes ao corpo geniculado medial. Percepção das frequências sonoras no córtex auditivo primário: Pelo menos seis mapas tonotópicos foram descritos no córtex auditivo primário e nas áreas de associação auditivas. Fisiologia da audição: 18 Em cada mapa, sons de alta frequênciaexcitam neurônios em uma extremidade do mapa, enquanto sons com baixa frequência excitam neurônios na extremidade oposta. Na maioria dos mapas, os sons com baixa frequência estão localizados na frente. O córtex tem tantos mapas, porque provavelmente cada uma das áreas distintas disseca alguma característica específica dos sons. Por exemplo, um dos grandes mapas do córtex auditivo primário discrimina quase inteiramente as próprias frequências sonoras e dá à pessoa a sensação psíquica dos tons sonoros. Outro mapa, provavelmente, é usado para detectar de qual direção vem o som. Outras áreas corticais auditivas detectam qualidades especiais, como o início súbito de sons ou talvez modulações especiais, como ruído versus sons de frequências puras. Discriminação de “Padrões” Sonoros pelo Córtex Auditivo A remoção bilateral completa do córtex auditivo não impede o gato ou o macaco de detectar sons ou de reagir, de modo grosseiro, aos sons. No entanto, reduz bastante ou algumas vezes até abole a capacidade do animal de discriminar diferentes tons sonoros e especialmente padrões de som. A destruição dos córtices auditivos primários, no ser humano, reduz bastante a sensibilidade auditiva. A destruição de um dos lados apenas reduz, discretamente, a audição no ouvido oposto; isso não causa surdez, devido às muitas conexões cruzadas, de lado a lado, na via neural auditiva. No entanto, afeta realmente a capacidade que se tem de localizar a fonte do som, porque são necessários sinais comparativos em ambos os córtices, para a função de localização. As lesões que afetam as áreas de associação auditivas, mas não o córtex auditivo primário, não diminuem a capacidade da pessoa de ouvir e diferenciar tons sonoros ou até de interpretar pelo menos padrões simples de som. No entanto, a pessoa costuma ficar incapaz de interpretar o significado do som ouvido. Determinação da direção da qual vem o som: A pessoa determina a direção horizontal da qual vem o som por dois meios principais: 1. o intervalo de tempo entre a entrada do som em um ouvido e sua entrada no ouvido oposto> discrimina a direção muito mais precisamente, pois não depende de fatores alheios. 2. a diferença entre as intensidades de sons nos dois ouvidos Fisiologia da audição: 19 O primeiro mecanismo funciona com frequências abaixo de 3000 ciclos e o segundo opera melhor com frequências mais altas, porque a cabeça é barreira maior ao som nessas frequências. Se a pessoa estiver olhando com precisão na direção da fonte de som, ele chegará a ambos os ouvidos exatamente no mesmo instante, enquanto, se o ouvido direito estiver mais próximo do som que o esquerdo, os sinais sonoros do ouvido direito entrarão no cérebro à frente dos do ouvido esquerdo Os dois mecanismos mencionados não podem dizer se o som está emanando da parte da frente ou de trás da pessoa ou de cima ou de baixo. Essa discriminação é dada principalmente pelos pavilhões auditivos dos dois ouvidos. A forma do pavilhão auditivo muda a qualidade do som que entra na orelha, dependendo da direção de que vem o som. Acontece assim ao enfatizar frequências sonoras específicas que chegam de diferentes direções. Mecanismos neurais para detectar a direção do som: Destruição do córtex auditivo → ambos os lados → perda de quase toda capacidade de detectar direção de onde o som vem Ainda assim, análises neurais para esse processo de detecção começam nos núcleos olivares superiores do tronco cerebral, embora sejam necessárias vias neurais em todo o trajeto destes núcleos ao córtex para a interpretação dos sinais. Mecanismo: Núcleo olivar superior se divide em duas partes: 1. Núcleo olivar superior medial: tem mecanismo específico para detectar o intervalo de tempo entre os sinais acústicos que entram nos dois ouvidos. Esse núcleo contém grande número de neurônios que têm dois dendritos principais, um se projetando para a direita e outro para a esquerda 1. Núcleo olivar superior lateral: relacionado com a detecção da direção da qual o som vem, por simples comparação da diferença de intensidade do som que chega aos dois ouvidos e pelo envio de sinal apropriado ao córtex auditivo para estimativa de direção O sinal acústico do ouvido direito invade o dendrito direito, e o sinal do ouvido esquerdo invade o dendrito esquerdo Fisiologia da audição: 20 A intensidade de excitação de cada neurônio é muito sensível ao intervalo de tempo específico entre os dois sinais acústicos dos dois ouvidos. Os neurônios próximos a borda do núcleo respondem, de modo máximo, a intervalo de tempo curto, enquanto os próximos da borda oposta respondem a intervalo de tempo longo; os intermediários respondem a intervalos de tempo intermediários. Desse modo, desenvolve-se padrão espacial de estimulação neuronal no núcleo olivar superior medial, com o som diretamente à frente da cabeça estimulando um grupo de neurônios olivares de modo máximo e sons de ângulos laterais diferentes, estimulando outros grupos de neurônios em lados opostos. Essa orientação espacial de sinais é, então, transmitida para o córtex auditivo, onde a direção do som é determinada pelo local dos neurônios estimulados de modo máximo. Acredita-se que todos esses sinais, para determinar a direção do som, sejam transmitidos por uma via diferente e excitem um local no córtex cerebral diferente da via de transmissão e do local de término para padrões tonais de som. Esse mecanismo para detecção da direção do som indica novamente como informações específicas, nos sinais sensoriais, são dissecadas à medida que os sinais passam por diferentes níveis de atividade neuronal. Nesse caso, a “qualidade” da direção do som é separada da “qualidade” dos tons sonoros, no nível dos núcleos olivares superiores. Sensação vestibulares e manutenção do equilíbrio: Sistema vestibular: órgão sensorial para detectar sensações do equilíbrio. Encerrado em sistema de tubos e câmaras ósseas, com localização na parte petrosa do osso temporal, há o labirinto ósseo, e dentro dele, o labirinto membranoso, que é a parte funcional do sistema vestibular Composto principalmente pela cóclea(ducto coclear), três canais semicirculares e duas grandes câmaras, o utrículo e o sáculo. Canais semicirculares + utrículo + sáculo → integrantes do mecanismo de equilíbrio Fisiologia da audição: 21 Máculas: Órgãos Sensoriais do Utrículo e do Sáculo para detectar a orientação da cabeça com respeito à gravidade Fica na superfície interna de cada utrículo e sáculo Existe uma pequena área sensorial discreta com 2mm de diâmetro chamada de mácula A mácula do utrículo fica em sua maior parte no plano horizontal, na superfície inferior do utrículo e tem papel importante na determinação da orientação da cabeça, quando está em posição ereta A mácula do sáculo está em sua maior parte no plano vertical e sinaliza a orientação da cabeça, quando a pessoa está em decúbito Cada mácula é coberta por camada gelatinosa, onde ficam imersos pequenos cristais de carbonato de cálcio → estatocônias Estão também na mácula milhares de células ciliadas, elas projetam cílios para cima na camada gelatinosa As bases e os lados das células ciliadas fazem sinapse com as terminações sensoriais do nervo vestibular As estatocônias calcificadas tem gravidade específica duas a três vezes maior que a gravidade do líquido e dos tecidos circunjacentes. O peso das estatocônias curva os cílios na direção da tração gravitacional. Fisiologia da audição: 22 Cinocílio É a sensibilidade direcional das células ciliadas Cada célula tem 50 a 70 pequenos cílios, chamados estereocílios, e mais um grande cílio, o cinocílio. O cinocílio sempre está localizado de um lado, e os estereocílios ficam cada vez mais curtos em direção ao outro lado da célula. Diminutas ligações filamentosas, quase invisíveis até ao microscópio eletrônico, unem a ponta de cada estereocílio ao próximo estereocílio mais longo e finalmente ao cinocílio. Essas ligações filamentosas,quando os estereocílios e o cinocílio se curvam na direção no cinocílio, os filamentos puxam os estereocílios, afastando-os do corpo celular Esse movimento abre vários canais na membrana celular neuronal, em torno das bases dos estereocílios e esses canais conduzem grande número de íons positivos para o interior da célula de líquido endolinfático circunjacente, causando despolarização da membrana do receptor. Inversamente, a deformação do conjunto de estereocílios na direção oposta(oposto ao cinocílio), reduz a tensão nas fixações, fechando os canais iônicos, acarretando na hiperpolarização do receptor. Em repouso, as fibras nervosas que saem das células ciliadas transmitem impulsos nervosos continuamente, 100 por segundo. Quando os estereocílios se curvam em direção ao cinocílio, aumentam o tráfego impulsos. Inversamente, a deformação dos cílios para longe do cinocílio diminui o tráfego de impulsos, muitas vezes inibindo completamente. Fisiologia da audição: 23 À medida que muda a orientação da cabeça no espaço e o peso das estatocônias distorce os cílios, são transmitidos sinais apropriados para o sistema nervoso central controlar o equilíbrio Em cada mácula, cada célula ciliada é orientada diferente para que algumas sejam estimuladas, quando se deformam para trás e outras são estimuladas, quando se deformam para o lado e assim por diante Ocorre padrão diferente de excitação nas fibras nervosas maculares para cada orientação da cabeça no campo gravitacional. Esse padrão que notifica o SNC sobre orientação da cabeça no espaço Fisiologia da audição: 24 Canais semicirculares: Os três canais semicirculares em cada órgão vestibular, conhecidos como canais circulares anterior, posterior e lateral(horizontal), ficam dispostos em ângulos retos entre si, representando três planos no espaço Quando a cabeça é curvada para frente por cerca de 30 graus, os canais semicirculares laterais ficam aproximadamente horizontais em relação à superfície da Terra; os canais anteriores estão nos planos verticais que se projetam para frente e 45 graus para fora, enquanto os canais posteriores estão nos planos verticais que se projetam para trás e 45 graus para fora. Cada ducto tem alargamento em uma de suas extremidades → ampola, e o canais e ampolas ficam cheios do líquido chamado endolinfa. O fluxo desse líquido ao longo dos canais e sua ampola excita o órgão sensorial da ampola da seguinte maneira Cada ampola tem pequena crista, chamada crista ampular Na parte superior dessa crista, existe massa de tecido gelatinoso frouxo, a cúpula. Quando a cabeça da pessoa começa a girar em qualquer direção, a inércia do líquido em um ou mais dos canais semicirculares faz com que o líquido fica estacionário enquanto o canal semicircular gira com a cabeça Fisiologia da audição: 25 Isso faz com que o líquido flua do ducto para a ampola, deformando a cúpula para um lado, como mostrado pela posição da cúpula colorida A rotação da cabeça na direção oposta faz com que a cúpula se deforme para o lado oposto Na cúpula , projetam-se centenas de cílios das células ciliares da crista ampular. Os cinocílios dessas células ciliadas são todos orientados na mesma direção da cúpula, e a deformação da cúpula nessa direção causa despolarização das células ciliadas, enquanto a deformação na direção oposta hiperpolariza as células. Em seguida, pelas células ciliadas, são enviados sinais apropriados por meio do nervo vestibular para notificar o sistema nervoso central sobre a alteração da rotação da cabeça e da velocidade da alteração em cada um dos três planos do espaço. Função do utrículo e do sáculo na manutenção do equilíbrio estático É necessário que as células ciliadas estejam todas orientadas em direções diferentes nas máculas dos utrículos e dos sáculos para que, com posições diferentes da cabeça, células ciliadas distintas sejam estimuladas. Os “padrões” de estimulação das diferentes células ciliadas notificam o sistema nervoso central sobre a posição da cabeça em relação à tração da gravidade. Por sua vez, os sistemas nervosos vestibular, cerebelar e motor reticular excitam os músculos posturais, apropriados para manter o equilíbrio. Esse sistema (utrículo e sáculo) funciona de maneira muito eficaz para manter equilíbrio e detectar não apenas meio grau de desequilíbrio quando o corpo se inclina na posição ereta precisa. Detecção de aceleração pelas máculas do utrículo e sáculo Quando o corpo subitamente é empurrado para frente, quando o corpo acelera, as estatocônias com inércia de massa maior do que o líquido circunjacente se deslocam para trás, sobre os cílios das células ciliadas, é enviada informação de desequilíbrio para os centros nervosos, fazendo com que o indivíduo sinta como se estivesse caindo para trás Essa sensação automaticamente faz com que o indivíduo se incline para frente até que o desvio anterior resultante das estatocônias iguale exatamente a tendência de as estatocônias caírem para trás, devido a aceleração. Fisiologia da audição: 26 O SN detecta estado de equilíbrio apropriado e não mais inclina o corpo para frente, assim, as máculas operam para manter o equilíbrio, durante a aceleração linear, exatamente do mesmo modo que operam durante o equilíbrio estático. As máculas não operam para detecção de velocidade linear. Quando corredores começam a correr, precisam se inclinar para frente para impedir a queda para trás, devido a aceleração inicial, mas ao atingir a velocidade de corrida, inclinam-se para frente para manter o equilíbrio, somente devido a resistência do ar atuando sobre os receptores de pressão na pele, o que inicia ajustes apropriados no equilíbrio para impedir quedas. Detecção da rotação da cabeça pelos ductos semicirculares: Quando a cabeça subitamente começa a girar em qualquer direção(aceleração angular), a endolinfa tende a continuar estacionária devido a sua inércia, enquanto o canais semicirculares giram, o que causa fluxo relativo do líquido nos canais na direção oposta a rotação da cabeça Quando o animal é girado por 40 segundos, demonstrando que: 1. mesmo quando a cúpula está em sua posição de repouso, a célula ciliada emite descarga tônica cerca de 100 impulsos por segundo 2. quando o animal começa a girar, as células ciliadas se deformam para um lado e a frequência de descarga aumenta muito 3. com a rotação contínua, o excesso de descarga da célula ciliada gradualmente retorna de volta ao nível de repouso, durante os segundos seguintes. A razão para essa adaptação do receptor é que, durante os primeiros segundos de rotação, vencida a resistência inercial ao fluxo de líquido no canal semicircular e, após a deformação da cúpula, a endolinfa começa a se deslocar tão rapidamente quanto o próprio canal semicircular; depois em mais 5 a 20 segundos, a cúpula retorna de modo lento à sua posição de repouso no meio da ampola, devido à sua própria retração elástica Quando a rotação de súbito para, ocorrem precisamente os efeitos opostos: a endolinfa continua a girar, enquanto o canal semicircular para. Nesse momento, a cúpula se deforma na direção oposta, fazendo com que a célula ciliada pare inteiramente de descarregar. Depois de alguns segundos, a endolinfa para de se movimentar e a cúpula gradualmente retorna à sua posição de repouso, permitindo assim que a descarga das células ciliadas retorne a seu nível tônico normal. Desse modo, o canal semicircular transmite sinal com uma polaridade quando a cabeça começa a girar e da polaridade oposta, quando ele para de girar. Fisiologia da audição: 27
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