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1 CENTRO PAULA SOUZA ETEC DE MAIRINQUE Contabilidade Laura Kirschnick Cardeal Vasconcelos AUXÍLIO NA GESTÃO COMPETENTE DE UMA MICROEMPREENDEDORA INDIVIDUAL Mairinque 2019 2 Laura Kirschnick Cardeal Vasconcelos AUXÍLIO NA GESTÃO COMPETENTE DE UMA MICROEMPREENDEDORA INDIVIDUAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Contabilidade da Etec de Mairinque, como requisito parcial para obtenção do título de técnico em Contabilidade. Mairinque 2019 3 AGRADECIMENTOS O desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso contou com a ajuda de diversas pessoas, dentre as quais agradecemos: À professora orientadora Sandra Carnelossi, que durante 10 meses nos acompanhou pontualmente, dando todo o auxílio necessário para a elaboração do projeto. Aos professores do curso de contabilidade que através dos seus ensinamentos permitiram que nós pudéssemos hoje estar concluindo este trabalho. A todos que participaram das pesquisas, em especial Gisele, proprietária do estabelecimento Isy Baby, pela colaboração e disposição no processo de obtenção de dados. Aos nossos pais, que nos incentivaram a cada momento e não permitiram que desistíssemos. 4 RESUMO Este trabalho visa auxiliar na gestão competente de uma microempreendedora individual cuja apresenta dificuldades em administrar o seu patrimônio, tais como controle de caixa, estoque, além de infringir o princípio da entidade. Para o desenvolvimento desse trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo aonde possibilitou serem levantados importantes dados sobre gestão competente em uma loja de bebês na cidade de Alumínio – SP. Durante esse estudo foram indicadas medidas que assessorassem suas decisões para a estabilidade da sua empresa, acompanhando seus registros e conscientizando sobre a importância do princípio da entidade e por consequência obtendo uma reeducação financeira, assim alcançando um crescimento, valorização de sua entidade e possibilidade de autogestão, já que o MEI não necessita contratar um contador para o auxílio da mesma. Considerando que não há registros de um estudo semelhante na região, julga-se ser um tema relevante a ser aprofundado, possibilitando propostas de recursos para o problema apontado. Palavras-chave: microempreendedora; gestão; auxílio; entidade; competente. 5 ABSTRACT This work aims to assist in the competent management of an individual microentrepreneur whose difficulties in managing its patrimony, such as cash control, inventory, and violate the entity principle. For the development of this work, bibliographic and field research were used, where it was possible to collect important data on competent management in a baby shop in the city of Alumínio - SP. During this study, measures were indicated to support their decisions for the stability of their company, following their records, raising awareness of the importance of the entity principle, and consequently getting a financial education, thus getting a growth, appreciation of its entity and the possibility of self-management, since MEI does not need to hire an accountant to help it. Considering that, there are no records of a similar study in the region, it is considered a relevant topic to be deepened, allowing for resource proposals for the problem pointed out. Key-words: microentrepreneur; management; aid; entity; competent. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................................9 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................10 OBJETIVO ...............................................................................................................................11 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA .........................................................................................12 METODOLOGIA .....................................................................................................................13 DESENVOLVIMENTO - CAPÍTULO 1 .................................................................................14 1. CONTABILIDADE ...........................................................................................................14 1.1 Conceito ........................................................................................................................14 1.1.2 Objeto de estudo da Contabilidade .................................................................14 1.1.3 Finalidade da Contabilidade .............................................................................14 2. OS SEIS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE ............................................16 2.1. Segundo Danilo Milev ...............................................................................................16 2.1.1. O Princípio da Entidade ....................................................................................16 2.1.2. O Princípio da Continuidade ............................................................................16 2.1.3. O Princípio da Prudência ..................................................................................17 2.1.4. O Princípio da Competência ............................................................................17 2.1.5. O Princípio da Oportunidade ...........................................................................17 2.1.6. O Princípio do Registro pelo Valor Original.................................................18 2.2.1. Princípio da entidade .........................................................................................18 2.2.2. Princípio da continuidade ................................................................................18 2.2.3. Princípio da oportunidade ................................................................................18 2.2.4. Princípio da prudência ......................................................................................18 2.2.5. Princípio do registro pelo valor original .......................................................19 2.2.6. Princípio da competência .................................................................................19 3. LEIS ......................................................................................................................................20 4. CNPJ ....................................................................................................................................22 5. MEI ........................................................................................................................................24 6. IMPOSTOS ..........................................................................................................................25 7. REGISTROS CONTÁBEIS ...............................................................................................26 7.1 Importância ..................................................................................................................26 7.2 Detalhes do registro ...................................................................................................26 8. GESTÃO COMPETENTE ..................................................................................................28 9. CONTROLE DE CAIXA .....................................................................................................30 10. LIVRO CAIXA ...................................................................................................................31 11. DESPESAS FIXASE VARIÁVEIS .................................................................................33 7 12. LUCRO E FATURAMENTO ......................................................................................35 12.1. Qual a diferença entre lucro e faturamento? ....................................................35 12.1.1. O que é faturamento? ......................................................................................35 12.1.2. O que é lucro bruto e líquido? ......................................................................36 12.2. Lucro líquido e lucro bruto: conceitos .........................................................37 13. ESTOQUE ....................................................................................................................38 13.1. Segundo o site Portal da Educação ....................................................................38 13.2. Conheça os três melhores métodos para gestão de estoque ......................................38 13.2.1. Método PEPS .....................................................................................................39 13.2.2. Método UEPS ....................................................................................................39 13.2.3. Método MPM ......................................................................................................39 14. CONCORRÊNCIA ............................................................................................................41 15. PLANEJAMENTO DE MARKETING .............................................................................42 CAPÍTULO 2 ............................................................................................................................43 16. VANTAGENS DE SER MEI ............................................................................................43 17. DESVANTAGENS DE SER MEI ....................................................................................44 18. LEVANTAMENTO DE DADOS DE MEIs .....................................................................45 19. SITES E APLICATIVOS QUE AUXILIAM O MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL .............................................................................................................................47 20. A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DA ENTIDADE PARA MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS ......................................................................48 21. LEIS APLICADA EM UM MEI ........................................................................................50 22. IMPOSTOS RECOLHIDOS DE UM MEI .......................................................................53 23. CONTROLE DE FLUXO DE CAIXA POR UM MEI .....................................................54 24. GESTÃO DE CUSTOS ....................................................................................................55 25. MÉTODOS DE GESTÃO DE ESTOQUE PARA O MEI .............................................57 25.1. Principais métodos de controle de estoque ...............................................57 25.2. Controlando o estoque.....................................................................................58 25.3. Ficha de estoque ...............................................................................................59 26. COMO IDENTIFICAR A CONCORRÊNCIA DE UM MEI ...........................................60 26.1. Concorrentes ............................................................................................................60 26.1.1. Como a pesquisa de mercado pode ajudar? .............................................60 26.1.2. Pontos fracos e fortes da concorrência .....................................................61 27. FORMAS DE MARKETING VIÁVEIS PARA UM MEI ................................................62 CAPÍTULO 3 ............................................................................................................................63 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................73 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................74 9 INTRODUÇÃO Diante de um mercado tão disputado é essencial para novos microempreendedores (MEI) manter seu negócio sempre organizado e não misturar vida pessoal com a entidade. Em uma casa por exemplo, todas as receitas e despesas precisam ser controladas a fim de que não ocorram prejuízos e dividas inesperadas, para um pequeno empreendedor não é diferente. Partindo desse ponto de vista uma questão é levantada: que maneira se pode ajudar um microempreendedor a crescer? Com base nesse questionamento, este trabalho tem como objetivo oferecer ferramentas para que o MEI consiga crescer e organizar de maneira fácil o patrimônio de sua entidade. O trabalho justifica-se com o propósito de ajudar e reeducar financeiramente um pequeno empresário para que se obtenha um crescimento e valorização de sua entidade, já que o MEI não necessita contratar um contador para auxiliar na gestão. 10 JUSTIFICATIVA Considera-se que diversos são os casos de microempreendedores que encerram suas atividades por falta de gestões adequadas, seja na situação de controle real da empresa ou por decisões sem fundamentos. É pertinente citar os fatos de infringência do Princípio da Entidade por meio dos microempreendedores, visto que é relevante separar o patrimônio pessoal do empresarial. Consequentemente, julga-se ser um tema interessante a ser aprofundado, possibilitando propostas de recursos para o problema apontado. 11 OBJETIVO Frente as exigências de que se precisa de um profissional contábil para obter bons resultados para o MEI (Microempreendedor Individual), buscando possíveis ferramentas de auxílio, afim de que um empreendedor administre a gestão do seu próprio negócio, como: controle de mercadoria, administração de investimentos, cumprimento de normas legislativas e registros financeiros. Deste modo, temos como referência uma microempreendedora de um estabelecimento de acessórios para bebês no munícipio de Alumínio – SP. Podendo compreender as informações contábeis para ter o maior controle sobre suas despesas e formular estratégias para não comprometer sua vida pessoal e profissional, baseado no Princípio da Entidade. 12 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA Este trabalho visa auxiliar uma microempreendedora (MEI) de uma loja de bebês em Alumínio – SP através de levantamentos contábeis, acompanhando seus registros e conscientizando sobre a importância do princípio da entidade e por consequência obtendo uma reeducação financeira. 13 METODOLOGIA Para que esse estudo se realize serão utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo aonde poderão ser levantados importantes dados sobre gestão competente em uma loja de bebês que apresenta problemas em relação à administração e controle de caixa na cidade de Alumínio – SP. Através de pesquisas e do levantamento de problemas serão traçadas estratégias de ação para dissolução dos mesmos. 14 DESENVOLVIMENTO - CAPÍTULO 1 1. CONTABILIDADE 1.1 Conceito De acordo com Hilário Franco, historiador brasileiro, contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos gastos nele ocorridos, com o fim de fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico edecorrente da gestão da riqueza patrimonial. Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa. Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a Contabilidade é a responsável pela escrituração e apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar o lucro ou prejuízo em determinado período. 1.1.2 Objeto de estudo da Contabilidade De acordo com Alessandro Carvalho, administrador de empresas, o objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio das entidades, ou seja, o patrimônio de pessoas jurídicas (empresas) e físicas (pessoas “naturais”), cujo não é uma condição estável: está em constante movimento e requer técnicas para sua apuração. O patrimônio, objeto da contabilidade, não se resume apenas ao das pessoas jurídicas com fins lucrativos. Pessoas jurídicas de direito público (como União, Estados e Municípios) e pessoas físicas também têm seus patrimônios, que são estudados pela ciência contábil. 1.1.3 Finalidade da Contabilidade De acordo com Danilo Nascimento, contador público, a contabilidade tem por finalidade registrar fatos e produzir informações que possibilitem ao dono do patrimônio certificar-se de que a organização está atuando de acordo com os planos e políticas traçados e decidir qual curso tomar para atingir com mais rapidez, eficiência e eficácia o objetivo proposto de como agir no seu patrimônio. 15 A contabilidade não deve ser utilizada para manipular demonstrações ou dados. Esta ciência se baseia em fatos e deve demonstrar a real situação patrimonial. Ambos concordam que a contabilidade é um instrumento primordial para controle e organização do patrimônio da empresa. Ela é capaz de demonstrar se os resultados são positivos (lucro) ou negativos (prejuízo), com base no registro de todas as movimentações da entidade. A partir dessas informações contábeis, é possível traçar metas e possibilidades para crescimento ou melhoria do seu negócio. 16 2. OS SEIS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE 2.1. Segundo Danilo Milev Graduado em Ciências Contábeis na Universidade Metodista de São Paulo e Júlio Cardozo formado em Ciências Contábeis, pela Universidade Federal do Paraná que atualmente é professor das disciplinas de contabilidade geral, ambos concordam que o primeiro ponto que o contador deve conhecer é os princípios básicos da Contabilidade. É o conjunto de cuidados que o contador deverá obedecer no registro das informações contábeis, e, de modo geral, no exercício da sua profissão. 2.1.1. O Princípio da Entidade1 O princípio da entidade fundamenta-se no preceito de que o patrimônio2, enquanto objeto da contabilidade, deverá ser separado: um é o patrimônio da empresa – ou da entidade- e o outro são os patrimônios pessoais. Acontece muito desrespeito a esse princípio em pequenas empresas, nas quais não há um controle rígido da contabilidade. O desrespeito à separação do patrimônio da empresa e da família tem como consequência uma desorganização na contabilidade da família, e, mais ainda, da empresa, gerando enormes dívidas. Isso, de acordo com a forma em que a empresa estiver constituída pode ter consequências judiciais significativas em caso de falência, como no caso das MEI’s (Microempreendedor individual) ou microempresas, por exemplo. 2.1.2. O Princípio da Continuidade Esse é o princípio mais simples de entender-se, quando abrimos uma empresa, geralmente, a ideia é a de ela continuar existindo por tempo indeterminado e é justamente isso que o princípio da continuidade aborda. Ela pressupõe de que a empresa terá continuidade por um longo período. 1Instituição, sociedade, pessoa jurídica estabelecida para fins específicos. 2 São os bens, direitos e obrigações de valor econômico e pertencentes a uma pessoa ou empresa. https://blog.sejakino.com.br/desafios-da-gestao-para-o-novo-empreendedor/ 17 2.1.3. O Princípio da Prudência3 Esse princípio refere-se ao momento de mensurarmos um ativo4 ou um passivo 5da empresa. É também denominado como princípio do conservadorismo. O que significa isso? Para mensurarmos um ativo, será adotado o menor valor, enquanto que, para mensurarmos um passivo adotaremos o maior valor entre dois ou mais existentes, por exemplo. Essas hipóteses referem-se às alternativas que sejam do mesmo modo válidas para poder quantificar um ativo ou um passivo ou o patrimônio líquido. No caso do Patrimônio Líquido também será adotado o menor valor. Isso evitará possíveis equívocos no levantamento de informações contábeis tais como supervalorização do ativo ou subvalorização do passivo, sendo que, em ambos os casos, a chance de haver um descontrole financeiro na empresa, caso o princípio não seja obedecido, é muito grande. 2.1.4. O Princípio da Competência Basicamente, há dois ‘regimes’ para registrar determinada conta: o regime de caixa, no qual você registrará determinado fato contábil apenas quando você liquidar um passivo ou receber um ativo e o regime de competência, no qual, você registra o passivo ou o ativo desde que o fato gerador é obtido. 2.1.5. O Princípio da Oportunidade Esse princípio, nada mais é do que registrar os fatos6 contábeis de maneira tempestiva e íntegra, ou seja, de maneira completa e no momento em que o fato foi gerado, ou o mais próximo disso possível, pois, dependendo do porte da empresa, é inviável realizar o reconhecimento de maneira imediata. Considerando que as demonstrações servem para a informação de usuários externos a respeito de toda a situação da empresa, em especial, nos casos das sociedades por ações, essa tempestividade e integralidade é essencial. 3 Calma, ponderação, sensatez, paciência ao tratar de assunto delicado ou difícil. 4 Um termo básico utilizado para expressar os bens, valores, créditos, direitos e assemelhados que, num determinado momento. 5 Corresponde ao saldo das obrigações devidas. 6 Aquele que provoca modificação no Patrimônio da entidade 18 2.1.6. O Princípio do Registro pelo Valor Original Os componentes do patrimônio, desde ativos até o patrimônio líquido, devem ser registrados pelo valor original da obrigação ou do direito, e no caso, de transações com outros países, o registro é realizado na moeda do país em que a avaliação das variações do patrimônio será realizada, por exemplo, se essa avaliação de variação for realizada no Brasil, o registro será feito em real. 2.2. Segundo o site dicionário financeiro os princípios da contabilidade são um conjunto de normas que representam a essência das doutrinas e teorias relacionadas a essa ciência 2.2.1. Princípio da entidade O princípio da entidade diz que o objeto da contabilidade é o patrimônio. Além disso, esse princípio afirma que os bens da entidade não se confundem com bens particulares – por exemplo, de seus sócios. A autonomia patrimonial também abrange a relação com o patrimônio de outras empresas e determina que a soma ou a agregação de patrimônios de diferentes entidades não cria uma nova entidade. Por exemplo, mesmo se uma pessoa tiver várias empresas e fizer um relatório consolidado de todas elas para ter uma visão mais global de seus negócios, esses patrimônios seguem independentes uns dos outros. 2.2.2. Princípio da continuidade O princípio da continuidade é que o que diz que a contabilidade da empresa deverá ser feita partindo do pressuposto que a empresa manterá suas atividades, ou seja, continuará a operar indefinidamente no futuro. 2.2.3. Princípio da oportunidade O princípio da oportunidade pode ser subdividido em princípioda integridade e da tempestividade. Ele determina que a contabilidade de uma empresa deva produzir informações íntegras, sem omissões nem excessos, em tempo hábil para a tomada de decisões. Isso porque, se faltar integridade e tempestividade, a informação pode perder sua relevância. 2.2.4. Princípio da prudência Também chamado de princípio do conservadorismo, o princípio da prudência tem como objetivo deixar a empresa preparada sempre para os piores cenários, evitando que se superestime o ativo e que se subestime o passivo. 19 De acordo com esse princípio, sempre que existirem mutações patrimoniais com impacto sobre o patrimônio líquido, caso haja alternativas igualmente válidas, a contabilidade deverá lançar sempre os menores valores para os ativos e os maiores para os passivos. Por exemplo, mesmo se a empresa estiver questionando o cálculo de algum tributo na Justiça, deverá registrá-lo no passivo pelo valor questionado, e não contando que ganhará o processo. 2.2.5. Princípio do registro pelo valor original Esse princípio diz que as transações com o mundo exterior à entidade devem ser registradas pelos valores originais, expressos na moeda do país. Se a transação ocorreu em moeda estrangeira, o valor será transformado em moeda nacional no momento do registro. Esse cuidado possibilita a homogeneização do registro do patrimônio e de suas mutações na comparação entre empresas. O valor original determina a linha de base do registro patrimonial, que não é alterada. 2.2.6. Princípio da competência O princípio da competência determina que as receitas e as despesas devam ser incluídas nos registros da entidade no período em que ocorreram independentemente do recebimento ou do pagamento efetivo. Por exemplo, uma venda realizada em dezembro de um ano, mas com boleto gerado para janeiro do ano seguinte, será registrada pelo ano da venda, não pelo ano de pagamento do boleto. O que se pode dizer é que a contabilidade é governada por um conjunto de leis de formação, as chamadas de Princípios da contabilidade, que servem para deixar mais fácil a utilização da contabilidade no dia a dia. http://www.exatagestaocontaibl.com.br/ 20 3. LEIS De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)7, para ser um MEI8 (Microempreendedor Individual) é necessário se enquadrar em algumas exigências do projeto que são: (I) limite de faturamento anual de 81 mil reais; (II) não ser sócio ou titular de outra empresa e não possuir filial; (III) trabalhar sozinho ou com no Máximo um funcionário conforme art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002. Art. 91. Considera-se Microempreendedor Individual - MEI o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido9 receita bruta acumulada nos anos-calendário anterior e em curso de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e que: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 1º e § 7º, inciso III) I - Exerça tão-somente as atividades constantes do Anexo XIII desta Resolução; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 17) II - Possua um único estabelecimento; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso II) III - Não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso III) IV - Não contrate mais de um empregado, observado o disposto no art. 96. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C) § 1º No caso de início de atividade, o limite de que trata o caput será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendidos en tre o mês de início de atividade e o final do respectivo ano calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 2º) A contabilidade é fundamental para porte de empresas, porém mesmo com a Lei complementar 128/2008 onde criou a figura do Micro Empreendedor Individual (MEI), dispensa a contabilidade formal para este segmento, neste caso, torna-se indispensável a contratação de um contador para realização de 7 O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; 8 Microempreendedor Individual; 9 Ter como resultado; 21 procedimentos tributáveis, trabalhistas e procedimentos contábeis, mas vale ressaltar que a figura do contador é de extrema importância para decisões importantes que definirão o futuro do microempreendedor. De acordo com o doutor em direito Crepaldi (2004 p. 20): A contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica. Mesmo nas economias mais simples, é necessário manter a documentação dos ativos, das dívidas e das negociações com terceiros. O papel da contabilidade torna se ainda mais importante nas complexas economias modernas. Uma vez que os recursos são escassos, temos de escolher entre as melhores alternativas, e para identificá-las são necessários os dados contábeis. De acordo com a contadora Bugarim (2009 p.10): [...] a classe contábil brasileira passou a ter um novo e importante desafio: esclarecer e orientar milhares de trabalhadores brasileiros interessados em aderir ao Microempreendedor individual (MEI). Ciente da responsabilidade profissional e social, empresários da área contábil e escritórios optantes pelo Simples Nacional estão se preparando para a missão de fornecer todas as informações necessárias [...] Ambos autores dizem que o Balanço Patrimonial é de extrema importância, pois através das análises de suas informações poderão ser tomadas as melhores decisões para a entidade. 22 4. CNPJ De acordo com Bidu Corretora de Seguros: “CNPJ é a sigla para Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. É necessário fazer o CNPJ antes do início de qualquer atividade comercial. O CNPJ é o número que identifica uma empresa mediante a Receita Federal”. Basicamente, este documento formaliza a atuação de organizações diversas como uma empresa, associações, sindicatos, etc. Em julho de 1999, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica substituiu o antigo CGC (Cadastro Geral de Contribuintes), com o objetivo de unificar os procedimentos cadastrais das empresas. Ter um CNPJ permite que a empresa pratique todos os trâmites legais. Como emitir nota fiscal (física e eletrônica), fazer compras técnicas e em grandes escalas, contratar serviços, possibilitar declarações e envio de documentos fiscais, e empregar outros profissionais dentro da lei. E de acordo com a Consulta Nacional: “Através da consulta de CNPJ é possível conferir a situação cadastral de uma determinada empresa na Receita Federal, ter acesso a várias informações sobre a mesma e verificar se a companhia possui processos judiciais e dívidas vencidas”. Atualmente, no Brasil, o cadastro é aplicado para todas as categorias de empresas, estabelecidas de acordo com seu porte e faturamento. Inclusive para o Microempreendedor Individual (MEI). Esta categoria é destinada aos prestadores de serviço autônomos que faturam anualmente até R$81 mil. Quem é MEI também recebe um número de CNPJ no momento em que se regulariza e passa a ter todos os direitos e deveres de pessoa jurídica. Ambos concordam que o CNPJ é um componente extremamente importante para normalização da empresa, sendo capaz até mesmo de verificar pendências e atrasos na Receita Federal. Portanto, empresas que não possuem 23 CNPJ, atuam ilegalmente e devem pedir a regularização. Assim, evitam que suas atividades sejam suspensas pelos órgãos competentes. 24 5. MEI Segundo o portal do empreendedor MEI é o pequeno empresário individual que atende as condições abaixo relacionadas: a. Tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano, b. Que não participe como sócio, administrador ou titular deoutra empresa; c. Contrate no máximo um empregado; d. Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI, da Resolução CGSN nº 140, de 2018, o qual relaciona todas as atividades permitidas ao MEI. Segundo agenda SEBRAE de notícias para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar hoje até R$ 81.000,00 por ano ou R$ 6.750,00 por mês, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter no máximo um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso da categoria. Ambos os autores dizem que MEI é um pequeno empresário individual que o qual precisa se encaixar em todas as normas definidas pela legislação. http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=92278 25 6. IMPOSTOS Segundo o Serasa, imposto é: “O Imposto é um tributo obrigatório cobrado pelo governo. Isso quer dizer que é um valor que você paga e contribui para custear as despesas administrativas do Estado. O não pagamento pode gerar multas e até punição legal. ” Segundo o site do Dicionário Financeiro, imposto é: “O Imposto é um antigo método de prestação obrigatória cobrada pelo Estado na economia, sendo que no Brasil é atribuído aos governos federal, estadual e municipal. Este capital é arrecadado é utilizado para financiar todos os gastos públicos, principalmente em investimentos onde o livre mercado não alcança. ” O Diário também diz: “Além de arrecadar parte do capital que vem de pessoas físicas e jurídicas, os impostos permitem que o governo consiga rastrear e mensurar a atividade econômica. ” Pode-se concluir que segundo os dois autores o imposto é um tributo cobrado pelo governo para contribuir com as despesas do Estado e que a sonegação destes, pode levar a prisão. 26 7. REGISTROS CONTÁBEIS O registro contábil tem como finalidade registrar todos os fatos econômicos e financeiros ocorridos dentro de uma empresa. Com esse registro será possível verificar quais são os benefícios, direitos, obrigações, receitas obtidas, despesas, enfim, será facilmente possível identificar o quanto ela estará gerando de lucro ou de despesas. Segundo Clóvis Luís Padoveze, Doutor em Controladoria e Contabilidade: “A Contabilidade, por meio da sua metodologia de registro – o lançamento –, mensura os eventos econômicos, classifica-os e incorpora-os ao seu sistema de informação, fazendo seu papel de controle e avaliação econômica do sistema empresa. ” 7.1 Importância É através dos registros contábeis que será possível verificar qual a saúde financeira da entidade, qual o total de bens que acumulados, qual o patrimônio líquido apurado, ver se houve lucro ou não. Portanto é através desses dados que poderá ser tomada as atitudes devidas para a empresa. Segundo o Mestre, doutor e livre-docente em Contabilidade Marion: “O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre s uas tendências futuras.” 7.2 Detalhes do registro A escrituração deve ter no mínimo: 1. Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu; 2. Conta devedora; 3. Conta credora; 4. Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio; 5. Valor do registro contábil; 6. Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil. https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ 27 Na escrituração contábil em forma eletrônica, o lançamento contábil deve ser efetuado com: a) um registro a débito e um registro a crédito, ou; b) um registro a débito e vários registros a crédito, ou; c) vários registros a débito e um registro a crédito, ou; d) vários registros a débito e vários registros a crédito. Ambos autores vêem o registro contábil como algo de extrema importância, pois é um meio de auxiliar os contadores a visualizarem todo o estado econômico e administrativo da empresa, fazendo com que desta maneira os profissionais tomem as melhores decisões para solucionar ou melhorar os fatos futuros. 28 8. GESTÃO COMPETENTE Em 1973, David McClelland publicou o Paper Testing for Competence Rather Than Intelligence, que de certa forma iniciou o debate sobre a gestão competente entre os psicólogos e os administradores nos Estados Unidos. A gestão competente, segundo este autor, é uma característica subentendido a uma pessoa que é casualmente relacionada com desempenho superior na realização de uma tarefa ou em determinada situação. Diferenciava assim a gestão competente de aptidões: talento natural da pessoa, o qual pode vir a ser aprimorado, de habilidades, demonstração de um talento particular na prática e conhecimentos: o que as pessoas precisam saber para desempenhar uma tarefa. O conceito de competência sob a perspectiva do indivíduo é tratado por Afonso Fleury e Maria Fleury em seu livro Estratégias empresariais e formação de competências da seguinte forma: “O conceito de competência é pensado como conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (isto é, conjunto de capacidades humanas) que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas. ” A gestão competente tem recebido muito destaque, ela é de suma importância para o funcionamento com excelência das empresas. Negligenciando este tema, a empresa estaria abrindo mão de se tornar mais competitiva. Sheryl Sandberg formada em economia em Harvard em 1991. Nomeada como uma das pessoas mais influentes do mundo pela prestigiada revista Time por seu trabalho no Google e também pela atuação Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Na contramão Sandberg critica o conceito tradicional de competências caracterizado por um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, por meio da aquisição de atributos. Conforme argumenta o autor: “Por meio da análise de competências, eu estou cada vez mais convencido que os aspectos 29 essenciais da competência humana não podem ser reduzidos a uma lista externa de atributos relacionados ao trabalho, mais especificamente, nós destacamos que o desenvolvimento de competências envolve a mudança na estrutura e no significado das práticas de trabalho. ” Sendo assim, pode-se definir a Gestão por competência como um conjunto de atitudes, habilidades e comportamento afim de estabelecer conhecimento e vivência, capazes de mudar as práticas de um usuário que gerencie por este método. 30 9. CONTROLE DE CAIXA Segundo o administrador Diogo Silva Controle de Caixa é uma rotina administrativo-financeira onde você registra todas as movimentações financeiras de entradas e saídas realizadas pela sua empresa diariamente. É mais simples do que controlar o Fluxo de Caixa completo da empresa, funcionando mais como uma ferramenta de controle simples do caixa no dia a dia da empresa, onde você consegue ver rapidamente a situação atual do caixa. Segundo o contador e administrador Marlon Silva controle de caixa é uma ferramenta que organiza e controla todos os movimentos financeiros de recebimentos e pagamentos de valores. O Controle de Caixa auxilia o empresário com informações claras e precisas quanto à situação financeira da empresa e qual o momento de captar ou aplicar o capital10 disponível. É indispensável para a saúde econtinuidade da empresa que se mantenha um controle confiável e que esteja de acordo com os valores reais existentes à disposição da organização. Ambos os autores concordam que o controle de caixa é uma ferramenta indispensável para saúde e continuidade de sua empresa, pois lá que vão estar todos os registros financeiros de sua empresa, mas desde que todos os dados que estiverem nele sejam confiáveis. 10 Parcela do patrimônio líquido de uma empresa através de investimento na forma de ações ou quotas efetuadas na companhia por proprietários ou acionistas 31 10. LIVRO CAIXA Segundo site SÓ Contabilidade livro caixa é um livro auxiliar de registro contábil, e seu uso é facultativo. O Livro Caixa se destina ao controle dos lançamentos exclusivos de entrada e saída, da conta Caixa da empresa. Quando se inicia uma empresa, é necessário que ela possua um controle financeiro de seus lucros e despesas. Neste livro é feito um controle pessoal da empresa, que pode no futuro auxiliar na declaração do 11Imposto de Renda. O Livro Caixa é na maior parte das vezes adotado pela 12tesouraria da empresa ou de qualquer outra entidade com ou sem fins lucrativos. As anotações devem ser 13metódicas, diárias e detalhadas. Não se deve anotar rendimentos futuros (notas que ainda não compensaram e cheques pré-datados). Todas as Notas Fiscais e comprovantes de pagamentos devem ser guardados, pois, são eles que ajudarão a preencher o Livro Caixa corretamente (pode ser de gastos de energia elétrica, aluguel, água, telefone, material de expediente (escritório) e de limpeza, bem como reparos e conservação do local, etc.) Segundo Dicionário Financeiro um livro caixa é um documento que pode ser utilizado nas atividades de uma empresa, de qualquer porte, em que se efetuam os registros de entradas e saídas de dinheiro, e que proporciona um auxílio na 14escrituração contábil. Com o livro caixa ficam registrados os recebimentos e pagamentos de um período diário, mensal ou anual, como os pagamentos a fornecedores, por exemplo. As empresas optantes pelo 15Simples Nacional são obrigadas por lei a declararem os valores do fluxo de caixa. Por isso, é importante que os fluxos de entrada e saída estejam bem organizados. 11 O valor anual descontado do rendimento do trabalhador ou da empresa e entregue ao governo federal. 12Seção de bancos ou de empresas, onde se operam as transações monetárias. 13 Tudo o que é estabelecido de acordo com uma ordem lógica. 14 Primeira técnica contábil utilizada pelo profissional da contabilidade, cuida-se do lançamento dos fatos destinados aos registros de tais operações. 15 É um regime tributário facilitado e simplificado para micro e pequenas empresas. 32 Este documento contribui para o controle do fluxo monetário de um negócio, mas também pode ser utilizado em finanças pessoais ou familiares. Ambos os autores dizem que o livro caixa é um documento que pode ser utilizado nas atividades de uma empresa, apesar de ser facultativo ele pode auxiliar muito nos seus registros contábeis e este documento também contribui muito para o fluxo monetário de seu negócio. 33 11. DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS Segundo o Portal de Contabilidade Despesas Fixas são: “Aquelas que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura. Por exemplo: a) Limpeza e Conservação b) Aluguéis de Equipamentos e Instalações c) Salários da Administração d) Segurança e Vigilância Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos E Despesas variáveis são: “Aquelas que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período. ” Exemplos: a) Matérias-Primas b) Comissões de Vendas c) Insumos produtivos (Água, Energia) ” Segundo o Sebrae Despesas Fixas são: “Aquelas cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido (na indústria) ou ao volume de vendas (comércio e serviço), ou seja, há despesas a serem pagas independentemente da quantidade 34 produzida ou do valor de vendas. Exemplo: aluguel, honorários de contador, seguro da empresa, salário dos funcionários, entre outros. ” E, segundo o mesmo, Despesas Variáveis são: “Aquelas cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido (na indústria) ou ao volume de vendas (comércio e serviço), ou seja, há despesas a serem pagas independentemente da quantidade produzida ou do valor de vendas. Exemplo: aluguel, honorários de contador, seguro da empresa, salário dos funcionários, entre outros. ” Com isso conclui-se que ambos os autores concordam que Despesas fixas são aquelas que não têm variações em seus custos, independente do lucro ou prejuízo da empresa e Despesas variáveis são aquelas que dependem da produção e das vendas de uma empresa. 35 12. LUCRO E FATURAMENTO 12.1. Qual a diferença entre lucro e faturamento? De acordo com o site DIFERENÇA o faturamento é a soma dos ganhos obtidos por uma empresa, enquanto o lucro é o faturamento menos os custos16 que essa empresa teve. O lucro17 de uma empresa pode ser dividido em lucro líquido e bruto. Por exemplo, uma loja vendeu 100 sapatos por R$ 50,00 cada. Seu faturamento foi de R$ 5000. Porém, a loja teve custos de R$ 3000. Diminuindo os custos do valor de faturamento, sabemos que o lucro da empresa foi de R$ 2000. Faturamento - Custos = Lucro 12.1.1. O que é faturamento? O faturamento é valor que uma empresa obtém por meio da venda de produtos ou da prestação de serviços. É o dinheiro que entra em caixa. O faturamento de uma empresa deve ser apresentado aos órgãos encarregados da fiscalização, contendo descrições dos valores obtidos na comercialização de produtos. Esses órgãos responsáveis pela fiscalização e tributos denominam o faturamento das empresas como receita bruta. Ambos concordam que Faturamento é o valor que uma empresa adquire por meio de prestações de serviços, venda de produtos, etc. 16 É o valor pago ao trabalho necessário para a produção de bens ou serviços 17 Ganho auferido durante uma operação comercial ou no exercício de uma atividade econômica. 36 12.1.2. O que é lucro bruto e líquido? O lucro é o valor final que a empresa tem, depois que os gastos são diminuídos do faturamento. Esse lucro pode ser dividido entre lucro bruto e líquido, de acordo com os tipos de gastos. O lucro bruto é definido de acordo com os custos variáveis de uma empresa. Os gastos variáveis são aqueles que dependem da quantidade de bens produzidos, ou da quantidade de serviço prestado, como por exemplo, a matéria prima. A quantidade de ingredientes comprada para uma pizzaria, e os gastos relativos a isso, vão variar se forem vendidas 10 ou 100 pizzas em um mês. Faturamento - custos variáveis = Lucro bruto Já o lucro líquido é o valor faturado, menos os custos variáveis18, os custos fixos 19 e os impostos. Esses custos fixos são os que existem independentemente da quantidade de itens que você vende ou do serviço que presta, como por exemplo, o salário dos funcionários, ou o aluguel de um espaço. Faturamento – custos variáveis – custos fixos – impostos = Lucro líquido Sendo assim, um alto faturamento não significa necessariamente que a empresa terá lucro. Para isso, os gestores devem ter ciência sobre seus gastos fixos e variáveis, para que ao fim do mês seu faturamento seja suficiente para 18 É a soma dos fatores variáveis de produção. Custos que mudam de acordo com a produção ou a quantidadede trabalho, exemplos incluem o custo de materiais, suprimentos e salários da equipe de trabalho. 19 É um fator produção que tem custos independentes do nível de atividade da empresa. Qualquer que seja a quantidade produzida ou vendida, mesmo que seja zero, os custos fixos se mantêm os mesmos 37 pagar os compromissos, e haver lucro (dinheiro que sobra depois de cobrir os custos). Para conseguir um lucro líquido satisfatório, é importante que a empresa efetive um planejamento financeiro, crie alternativas de melhoria na produtividade e controle as despesas operacionais. O cálculo da margem de lucro também é importante, para que a empresa tenha uma melhor ideia de pôr quanto vender seus produtos, de acordo com quanto precisa ter de retorno. 12.2. Lucro líquido e lucro bruto: conceitos Conforme o site dicionário financeiro O lucro bruto e lucro líquido se diferenciam pelos fatores que cada um considera, sendo os custos variáveis e custos totais. O lucro bruto considera somente os custos variáveis da empresa, que estão diretamente ligados à produção, por isso, também é conhecido como lucro operacional. Um exemplo é o custo com matéria-prima, que aumentam quanto mais é produzido. O lucro líquido já passa a considerar todos os custos da empresa, variáveis e fixos, o que deve incluir as despesas com impostos, salários, energia elétrica, por exemplo, e que são independentes da produção. De acordo Com o site DIFERENÇA e o site dicionário financeiro o lucro e resultado da diferença entre o faturamento menos os custos sendo assim o lucro bruto considera apenas custos variáveis e o lucro líquido passa a considerar todos os custos da empresa. Um alto faturamento não significa que a empresa terá lucro tem de ser avaliado se os gastos cobriram todos os custos no fim do mês 38 13. ESTOQUE Segundo o site administradores.com os estoques são materiais e suprimentos20 que uma empresa utiliza para a produção de seu produto ou suprimir a necessidade da própria empresa. Nos estoques muitas vezes é possível encontrar matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo ou produtos acabados, que geralmente sempre e feito a rigor um controle, tanto de processos como de disponibilidade dos intens. É sempre importante para uma empresa manter seus estoques abastecidos, muitas vezes, é constituída por seus próprios produtos, com isso, a área de estoques sempre vai ser um local de grande atenção da empresa, pois é onde esta concentrada a maior parte do capital21 da empresa. 13.1. Segundo o site Portal da Educação Publicado por Colunista Portal - Dia a Dia e Estética, podemos definir estoque como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de produção ou operações. O estoque pode ser entendido como qualquer recurso armazenado. Desta maneira, uma fila seria um estoque de pessoas à espera de atendimento; um banco teria um estoque de pessoas e de caixas eletrônicos para atender os clientes. Ambos os autores concordam que o estoque é um recurso utilizado como armazenamento para que supra a necessidade da empresa. E muito importante que as empresas mantenham ele abastecido e controlado com rigor. 13.2. Conheça os três melhores métodos para 22gestão de estoque Segundo a SBsistemas são três os melhores métodos para a gestão de um estoque: 20 O item administrado, movimentado, armazenado, processado e transportado pela logística. 21 Qualquer bem econômico que pode ser utilizado na produção de outros bens ou serviços. 22 É a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar. http://www.sbsistemas.com.br/porque-somos-diferentes/ 39 13.2.1. Método PEPS O método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que sai) obedece a uma ordem cronológica à medida que as mercadorias entram e saem do estoque. Assim, quando as vendas acontecem, dá-se baixa nas primeiras unidades que entraram, ou seja, as mercadorias que chegaram primeiro são as primeiras a serem despachadas, seja para produção, seja na efetivação das vendas. Neste método de gestão de estoque, usam-se os custos dos lotes mais antigos quando as mercadorias deixam o estoque, partindo para o segundo lote mais antigo e, assim, sucessivamente. A circulação dos produtos ocorre de forma ordenada e contínua, refletindo com precisão o seu custo real. 13.2.2. Método UEPS O método UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) segue o raciocínio contrário ao do método anterior, o PEPS. Funciona assim: o custo do estoque leva em consideração o preço das últimas unidades que foram adquiridas e lançadas no controle de estoque. Neste método de gestão de estoque, os preços mais recentes é que valem, já que repercutem os últimos gastos com a reposição de mercadorias. O PEPS é um dos métodos recomendados, sendo inclusive utilizado pelo Fisco. O problema é que este método não é aplicável em todos os setores, tornando-se inviável, por exemplo, nas empresas que lidam com gêneros perecíveis como alimentos. 13.2.3. Método MPM O método MPM (Média Ponderada Móvel ou Preço Médio Ponderado) é bastante utilizado no Brasil pela sua facilidade de implementação. Funciona da seguinte forma: o estoque é controlado permanentemente e, a cada aquisição de mercadorias, o cálculo de custos é refeito. Somam-se os 40 custos do primeiro lote com os do segundo lote e divide-se pela quantidade total de produtos. Este controle faz com que o preço médio do 23patrimônio estocado ofereça uma rentabilidade mediana e segura. Atualmente o estoque vem sendo uma ferramenta muito precisa para a gestão de empresas, são três os tipos mais conhecidos e usados PEPS, UEPS e MPM. 23 São os bens, direitos e obrigações de valor econômico e pertencentes a uma pessoa ou empresa. 41 14. CONCORRÊNCIA De acordo com o Sebrae Nacional: “É necessário conhecer, primeiramente, as próprias características: aquelas referentes aos produtos que comercializa, seu porte, os locais e a capacidade de atendimento. Depois é que se compara com outras empresas que possuem características idênticas ou semelhantes. ” É fato que o mercado é baseado em oferta e demanda. Os dois itens são essenciais para o equilíbrio da economia. Através da oferta e da demanda o comércio consegue definir o preço e a quantidade de produtos a serem comprados. Na verdade, a própria concorrência é vista como uma forma de organizar de auxiliar o comércio na determinação de preços, padrões, e outros elementos. Toda a empresa necessita do entendimento sobre a sua concorrência, além de entender sobre como funciona o mercado, para agir com foco e com maior chance de acerto em suas ações. Ou seja, é imprescindível que o microempresário saiba analisar toda a estrutura do mercado em que atua, pois somente assim tomará as decisões certas para o negócio, com a segurança de se direcionar corretamente. 42 15. PLANEJAMENTO DE MARKETING De acordo com Denis Casita, administrador de empresas, o planejamento de marketing é utilizado para traçar estratégias de forma organizada, visando atingir uma meta. É a partir dele que o Microempreendedor definirá a identidade da empresa e avaliará os resultados de suas ações, sejam eles positivos ou negativos. O planejamento de marketing é importante por inúmeros motivos, começando pela definição de metas e objetivos. A partir do planejamento de marketing, têm-se uma visão de mercado e do negócio com mais clareza. Assim, é possível traçar metas e objetivos que realmente trarão bons resultados. Um segundo ponto é a competitividade no mercado, um bom planejamento determinará o sucesso das estratégias de marketing. Dessa forma, fica evidente que possuir estratégias bem estruturadas, de acordo com a identidade de cada empresa, faz com que os produtossejam reconhecidos pelos consumidores. Assim, o microempreendedor terá lugar no mercado, podendo se tornar a melhor opção para resolver os problemas ou atender às necessidades dos clientes. 43 CAPÍTULO 2 16. VANTAGENS DE SER MEI Segundo jornal SEBRAE-SP de negócios quem se formaliza passa a ter direito à cobertura previdenciária do INSS. Além disso, o MEI é registrado no 24Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e, assim, pode emitir notas fiscais, abrir conta bancária empresarial e ter acesso a linhas de crédito específicas. O MEI pode participar de licitações públicas (vender para o governo), e está dispensado de escrituração contábil e do levantamento anual do balanço patrimonial de resultado econômico. Segundo grupo DPG Acce Qualquer cidadão pode se registrar como MEI, não havendo impedimento mesmo com restrições nos órgãos de proteção ao consumidor O registro como MEI é gratuito. Depois da formalização, o novo empresário deve pagar mensalmente uma contribuição mensal para o INSS, 25ICMS ou 26ISS, que varia de acordo com a atividade registrada. Essa taxa custa, em média, R$ 50 por mês. O MEI pode contratar pelo menos uma pessoa, pagando até um salário mínimo ou o piso salarial da categoria. Ambos os autores concordam que para o MEI é tudo mais simples. Não há taxa de registro, a cobrança dos tributos é mais barata e em valor fixo mensal os controles são simplificados, é possível ter acesso a serviços gratuitos e ainda ter segurança jurídica para desenvolver o negócio. 24 É um cadastro nacional da pessoa jurídica e as equiparadas que são obrigadas a se inscrever antes de iniciar as suas atividades. 25 Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. 26 Imposto sobre serviços de qualquer natureza 44 17. DESVANTAGENS DE SER MEI Segundo o site Vago Contabilidade as desvantagens de ser MEI são Limite do faturamento da empresa em R$ 81.000,00 por ano (faturamento devidamente comprovado). Nesse caso, qualquer excedente de faturamento que você apresente ao banco por meio de documentos ou extratos bancários será informal, sem observância da lei, não oferecendo ao banco nenhuma garantia legal para a cobrança da dívida, por isso seu cadastro será feito com base num faturamento de, no máximo, R$ 81.000,00, o que diminui seu crédito em cheque especial, cartão de crédito e financiamentos, Falta de documentos de interesse do banco, como o 27balanço patrimonial e o 28demonstrativo de resultado do exercício, para a análise econômica da empresa (conhecimento das receitas, despesas, lucro, endividamento etc..), o que também dificulta na hora de conseguir um empréstimo ou financiamento. Segundo o site Ignição Digital as desvantagens de ser MEI são fazer negócios fora do estado, por não possuir nota fiscal eletrônica, o empreendedor corre o risco de ter as mercadorias apreendidas pela fiscalização. Nesta modalidade, é permitido ao MEI contratar apenas um funcionário. Caso haja a necessidade da contratação de mais pessoas, a tributação de custos com contratações muda, e o negócio passa a ser uma microempresa. Devido ao faturamento limitado a R$ 81.000,00 (regra válida desde o início de 2018) no último ano, e como não há a necessidade de contabilidade formal, o MEI pode não dispor de documentação solicitada por bancos ao tentar um eventual empréstimo ou financiamento. Ambos os autores concordam que as principais desvantagens de um MEI são, não poder ter nota fiscal eletrônica, poder contratar apenas um funcionário, ter dificuldade de obter créditos bancários devido ao faturamento limitado conforme a legislação. 27 Uma demonstração contábil que tem, por finalidade, apresentar a posição contábil, financeira e econômica em determinada data, representando uma posição estatísticas. 28 É uma demonstração contábil que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência. 45 18. LEVANTAMENTO DE DADOS DE MEIs O microempreendedor individual – MEI, criada em 2008 pela Lei Complementar n° 128, representando uma das mais importantes dentro da política pública, de modo que possibilita a inclusão social e previdenciária adotada em nosso país, tendo como visão o empreendedorismo. Devido à grande Crise do mercado de trabalho no país. Segundo os dados do IBGE, o desemprego atinge atualmente 13 milhões de brasileiros. Fez com que os números de procura do trabalho por conta própria aumentassem significativamente. No trimestre encerrado em fevereiro de 2019, eram 23,8 milhões de trabalhadores nessa situação Fonte: Sebrae - SP. O número de microempreendedores individuais (MEIs) no país atingiu em março de 2019 a quantidade de 8.154.678 cadastros, de acordo com o Portal do Empreendedor do governo federal. Segundo Alexandre Lima, especialista em gestão estratégica do Sebrae. "O desemprego teve uma elevação e o MEI é uma opção para aqueles que acabaram sendo desligados do trabalho. Mas pode funcionar 46 também como uma porta para o primeiro emprego e para uma atividade empreendedora". A tendência segundo ele é que esse número aumente em 1 milhão de novos cadastros por ano. De acordo com os dados do Portal do Empreendedor MEI, no ano de 2016 foram cadastrados no estado de São Paulo 1.711.010, em 2017 2.010.554 e em 2018 2.043.208 cadastros. Portanto é visível que a cada ano as taxas de cadastros só aumentam isso ocorre devido à crise econômica e trabalhista que nosso país vem passando, as pessoas optam pelo trabalho por conta própria. De acordo com Rodrigo Salem, sócio fundador da MEI Fácil. O aumento significativo de cadastros de Microempreendedores Individuais também está ligado com as exigências dos brasileiros. “ Entendo que alguns fatores contribuem para o aumento, e o principal deles é nosso momento econômico, onde existe muito desemprego, e as pessoas estão em busca de renda com o que já sabem fazer. Outro ponto importante é que mudaram as relações de trabalho, e as empresas precisam mais de prestadores de serviço. Por fim, destaco que o consumidor está muito mais exigente e, no Brasil, quem consome tende a buscar serviços e produtos de confiança. A formalidade, geralmente, garante isso”. Ambos os autores concordam que o motivo do crescimento de cadastros de MEIs está ligado ao difícil momento econômico em que o nosso país está passando, principalmente na questão de desemprego. Portanto, as pessoas estão buscando trabalhar por conta própria para assim garantir seu próprio sustento. 47 19. SITES E APLICATIVOS QUE AUXILIAM O MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL Atualmente a internet oferece vários recursos para auxiliar um MEI (microempreendedor individual), como sites e aplicativos gratuitos/ pagos. Um dos sites mais populares que contém uma cabine de informações e cursos gratuito bem estruturado com diversos temas que leva o MEI a se aperfeiçoar em diversos quesitos é o site do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O SEBRAE é uma entidade privada sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular o empreendedorismo a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Há também outros aplicativos que facilita o dia a dia do pequeno empreendedor, tais como: Trello- uma plataforma gratuita que auxilia na organização de tarefas que é bastante utilizada entre as empresas de todos os portes; Google Drive - um aplicativo gratuito que facilita o armazenamento de documentos importantes de forma virtual, assim sendo ele substitui a utilização de pen-drive; Qipu - unifica o faturamento e despesas do MEI, facilitando o controle financeiro de forma objetiva e organizada, o aplicativo tem recursos gratuitose pagos; Linkedln - plataforma impactou bastante a busca e recrutamento de funcionários, aumentando a rapidez e assertividade nos contatos profissionais, se tornando uma das melhores e mais amplas ferramentas para networking. 48 20. A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ENTIDADE PARA MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS Segundo o site Contábeis: “A maioria dos micro e pequenos empresários, que são administradores do próprio negócio, não colocam em prática o Princípio da Entidade, misturando as contas pessoais e empresariais. ” Muitas das vezes, desconhecem a importância desse princípio contábil e também cita “A Resolução CFC” 750/93, em seu Art 4º, diz: a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. “Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição”. Percebe-se, no entanto, que as empresas familiares e as pequenas empresas encontram obstáculos na segregação das contas, e nota-se dificuldade por parte do proprietário e de seus sucessores em analisar os demonstrativos contábeis e tomar decisões a partir deles, pois não é respeitado o princípio da entidade. Pode este ser um dos motivos que leva esse ramo de empresas a falência. Já segundo o site Kino blog O princípio da entidade fundamenta-se no preceito de que o patrimônio, enquanto objeto da contabilidade, deverá ser separado: um é o patrimônio da empresa – ou da entidade - e o outro são os patrimônios pessoais. Acontece muito desrespeito a esse princípio em pequenas empresas, nas quais não há um controle rígido da contabilidade. O desrespeito à separação do patrimônio da empresa e da família tem como consequência uma desorganização na contabilidade da família, e, mais ainda, da empresa, gerando enormes dívidas. Isso, de acordo com a forma em que a empresa estiver constituída pode ter consequências judiciais significativas 49 em caso de falência, como no caso das MEIs (Microempreendedores individuais) ou microempresas, por exemplo. Ambos os sites Contábeis e Kino blog, concordam que sem a aplicação do princípio da entidade nas MEIs a empresa poderá ter uma consequência ou desorganização muito grande podendo até mesmo falir, para uma empresa de pequeno porte a muitos obstáculos que podem ser evitados com o auxílio de um contador. 50 21. LEIS APLICADA EM UM MEI Segundo o site Portal do Empreendedor as leis aplicadas para um MEI são: a) Lei nº 11.598/2007 - Cria a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - REDESIM e estabelece normas gerais para a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas. b) Lei Complementar nº 123/2006 - (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) - Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, também conhecido como a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. c) Lei Complementar nº 128/2008 - Cria a figura do Microempreendedor Individual - MEI e modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei Complementar 123/2006. d) Lei Complementar nº 139/2011 - Altera o limite de faturamento do MEI para até R$ 81.000,00 e modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei Complementar 123/2006. e) Lei Complementar nº 147/2014 - Altera a Lei Complementar nº 123/2006, com simplificação de processos e procedimentos, impede o aumento de IPTU, cobranças de taxas diversas e normatiza o processo de cobranças de taxas associativas para o MEI, bem como modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei Complementar 123/2006. f) Decreto nº 6.884/2009 - Cria o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM. g) Lei Complementar nº 155/2016 - Altera a Lei Complementar n° 123/2006, para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional; altera as Leis n° 9.613/98, 12.512/2011, e 7.998/90; e revoga dispositivo da Lei n° 8.212/91. Segundo o site Central do MEI, a Lei Complementar 123/2006 é uma das mais importantes para o MEI, pois o enquadra na categoria de Microempresa e lhe garante todos os direitos de uma. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11598.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp128.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp139.htm http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp147.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6884.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm 51 § 3º Ressalvado o disposto nesta Lei Complementar, ficam reduzidos a 0 (zero) todos os custos, inclusive prévios, relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, às alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos demais itens relativos ao Microempreendedor Individual, incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a demais contribuições relativas aos órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de regulamentação, de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 3º-A. O agricultor familiar, definido conforme a Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e identificado pela Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP física ou jurídica, bem como o MEI e o empreendedor de economia solidária ficam isentos de taxas e outros valores relativos à fiscalização da vigilância sanitária. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 4º No caso do MEI, de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar, a cobrança associativa ou oferta de serviços privados relativos aos atos de que trata o § 3o deste artigo somente poderá ser efetuada a partir de demanda prévia do próprio MEI, firmado por meio de contrato com assinatura autógrafa, observando-se que: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) I – para a emissão de boletos de cobrança, os bancos públicos e privados deverão exigir das instituições sindicais e associativas autorização prévia específica a ser emitida pelo CGSIM; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, dec 2014) II – o desrespeito ao disposto neste parágrafo configurará vantagem ilícita pelo induzimento ao erro em prejuízo do MEI, aplicando-se as sanções previstas em lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) Art. 7º Exceto nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado alto, os Municípios emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 52 Parágrafo único. Nos casos referidos no caput deste artigo, poderá o Município conceder Alvará de Funcionamento Provisório parao microempreendedor individual, para microempresas e para empresas de pequeno porte: I – instaladas em áreas desprovidas de regulação fundiária legal ou com regulamentação precária; ou I – instaladas em área ou edificação desprovidas de regulação fundiária e imobiliária, inclusive habite-se; ou (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) II – em residência do microempreendedor individual ou do titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte, na hipótese em que a atividade não gere grande circulação de pessoas. Os dois autores frisam que o MEI tem como obrigação o pagamento do DAS e que o mesmo deve entregar a sua contribuição. Todas as leis precisam ser cumpridas, para que não se perca o direito de ser um microempreendedor individual. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp147.htm#art1 53 22. IMPOSTOS RECOLHIDOS DE UM MEI Segundo o Sebrae os impostos que devem ser pagos por um MEI são: “Com o registro, o MEI passa a ter a obrigação de contribuir para o 29INSS/Previdência Social. O cálculo correspondente a 5% do limite mensal do salário mínimo e mais R$ 1,00 (um real), a título de 30ICMS, caso seja contribuinte desse imposto e/ou R$ 5,00 (cinco reais), a título de 31ISS, caso seja contribuinte desse imposto. ” “A contribuição ao INSS é reajustada sempre que houver o aumento do salário mínimo. O benefício previdenciário também é aumentado sempre que houver aumento do salário mínimo. ” O Jornal contábil diz: “Assim como todo empresário regularizado, o microempreendedor individual deve pagar sua parte nos impostos. A vantagem de se tornar um MEI é que esses impostos são considerados baixos. Por fazer parte do Simples Nacional, é preciso pagar uma 32DAS mensal. Os impostos são: INSS, ICMS e ISS. ” Os dois autores frisam que o MEI deve pagar o DAS e ainda deixam explícito quais são os impostos que os MEIs devem entregar sua contribuição. 29 INSS: Sigla INSS significa Instituto Nacional do Seguro Social (órgão do Ministério da Previdência Social, ligado diretamente ao Governo) e é responsável pelos pagamentos das aposentadorias e demais benefícios dos trabalhadores brasileiros que contribuem com a Previdência Social (seguro que garante uma aposentadoria ao contribuinte quando ele para de trabalhar), com exceção dos servidores públicos. 30 ICMS: O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é um Imposto Estadual sob Administração Estadual Brasileiro, ou seja, somente os governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência para instituí-lo. 31 ISS: O imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), com exceção dos impostos compreendidos em circulação de mercadorias (ICMS), conf. art. 155 II da CF/88 (ISSQN ou ISS), é um imposto brasileiro municipal, ou seja, somente os municípios têm competência para instituí- lo (Art.156, III, da Constituição Federal). 32 DAS: A sigla DAS é uma abreviação para Documento de Arrecadação do Simples Nacional e na prática é a única guia mensal de recolhimento de imposto que o Microempreendedor Individual é obrigado a pagar. 54 23. CONTROLE DE FLUXO DE CAIXA POR UM MEI Segundo o Sebrae o fluxo de caixa deve consistir: “No fluxo de caixa para MEI deve constar o saldo inicial somado aos recebimentos (seja por meio de vendas à vista ou a prazo, empréstimos contraídos de natureza diversa, dentre outras modalidades de recebimento de receita); o saldo inicial menos os pagamentos realizados (despesas fixas e variáveis, salários de funcionários, impostos e outras contribuições sociais, fornecedores etc.). Por fim, também deve constar o saldo final, no qual serão descritas estimativas dos valores a receber futuramente, além da receita bruta disponível em caixa. “ Segundo o Portal MEI os instrumentos que compõe o livro caixa são: “Na planilha de fluxo de caixa são registrados todos os recebimentos (vendas e serviços à vista, a prazo, duplicatas, entre outros) e todos os pagamentos (compras à vista, a prazo, duplicatas, pagamento de despesas e outros). A previsão e preenchimento podem ser feitos por dia, mês, semestre ou ano. “ A utilização do fluxo de caixa é bastante simples, pois se reduz ao preenchimento do que você recebeu ou tem a receber e o que pagou ou tem a pagar. Dadas as informações citadas acima, pode se concluir que com o controle do fluxo de caixa o MEI pode lucrar muito mais e ter uma visão mais ampla de seu negócio. 55 24. GESTÃO DE CUSTOS Segundo o site DICASMEI que foi criado para auxiliar o microempreendedor individual. Para colocar em prática a gestão de custos, o MEI deve identificar todos os custos em um determinado período, mesmo que os valores sejam pequenos e registrar diariamente em uma planilha, lembrando que é necessário separar o que for fixo do que for variável. Para o mesmo período adotado, deve também fazer o apontamento dos itens produzidos e de todas as vendas de produtos ou serviços. Com os dados obtidos, é hora de analisar a estrutura de custos e transformar em informações valiosas que vão contribuir para o desempenho e rentabilidade da empresa, além de apoiar nas tomadas de decisões para: adquirir matérias-primas e insumos, adequar o volume de produção, negociar pagamento com fornecedores e ofertar promoções ao cliente. MEI fique atento com a estrutura de custos da empresa e estabeleça metas mensais para controlar e reduzir os gastos, isto implica na saúde financeira da empresa e principalmente em aumentar a entrada de dinheiro no bolso. Já segundo o blog da UpBrasil Uma das principais qualidades que um gestor precisa ter para levar a sua empresa ao sucesso é a organização. Esse atributo facilita a administração da empresa, torna os processos administrativos mais simplificados e gera o reconhecimento de toda a equipe de colaboradores. Manter um registro atualizado de todos os custos da empresa facilita de forma considerável a gestão dos mesmos. Agindo dessa maneira, o empresário tem acesso de forma prática e rápida a toda relação de gastos da sua empresa e pode planejar ações, ou investimentos com maior segurança. Portanto, organize uma planilha relacionando todos os dispêndios financeiros da sua empresa em determinado período. Assim, você terá total controle das operações em que ela está envolvida e a elaboração de metas ou redução de despesas será facilitada. 56 Após relacionar todos os custos que a sua empresa teve, é essencial que você possa também categorizá-los. Desse modo, será mais fácil controlar e dimensionar ações segundo as divisões que você programar. Segundo o site DICASMEI e o blog UpBrasil o Microempreendedor Individual deve identificar e separar todos os custos e despesas da sua empresa para facilitar a sua gestão é importante planejar suas ações para que a saúde da empresa melhore e o empreendedor tenha melhores informações em mãos para sua administração. 57 25. MÉTODOS DE GESTÃO DE ESTOQUE PARA O MEI De acordo com a Patrus Transportes: “Entre os processos gerenciais fundamentais para a otimização das práticas e dos resultados na rotina empresarial, os métodos de controle de estoque ainda representam um grande desafio para muitas empresas, principalmente às microempresas. ” Os desafios podem estar na inexistência de um planejamento estratégico que contemple o controle de estoque e os demais processos contábeis, bem como na dificuldade para entender e implementar os métodos de gestão de estoque existentes. “Devido a boas ações de controle do estoque, é possível fazer um gerenciamento da jornada de cada produto, permitindo aos microempreendedores
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