Buscar

VT - PROCESSO PENAL II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSO - GOIÂNIA
CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL – II
PROF. SÍLVIO ARAÚJO DE OLIVEIRA
1) MÓDULO: EXERCÍCIO DO TRIBUNAL DO JÚRI
 
01-QUAIS SÃO AS FASES DO TRIBUNAL DO JÚRI?
R: O Tribunal do Júri possui um procedimento bifásico (composto por duas fases), também conhecido como escalonado. Na primeira fase ocorre o juízo de formação de culpa (judicium accusatione), é dedicada ao julgamento da denúncia. Nas palavras de Edilson Mougenot Bonfim (2015, p. 631) trata-se de "um juízo da admissibilidade da acusação (...) o judicium accusationis tem como marco inicial o recebimento da denúncia e termina com a decisão de pronúncia".
Já Na segunda fase ocorre o julgamento da causa pelo Conselho de sentença (judicium causae). Nesta fase, que se inicia com a preclusão da decisão de pronúncia e se encerra após as alegações orais, quando os jurados, através do voto sigiloso, manifestam suas convicções sobre a causa, e o magistrado, que é presidente da sessão, por sua vez, prolata a sentença de acordo com os votos dos jurados.
02-QUAL O NÚMERO LEGAL DE TESTEMUNHAS NA PRIMEIRA FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI E NA SEGUNDA FASE?
R: Na primeira fase, tal como a defesa, o defensor terá a oportunidade de arrolar o número de até 08 (oito) testemunhas. Já na segunda fase, a fins de depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), conforme o artigo 422 do Código de Processo Penal.
03-QUAL O PRAZO PARA MÁXIMO PARA SER CONCLUÍDA A PRIMEIRA FASE?
R: Essa primeira fase do procedimento do júri, para a formação da culpa pelo juiz sumariante, de acordo com o art. 412 do Código de Processo Penal, deve ser concluído no prazo máximo de 90 dias.
04-QUAIS AS DECISÕES PROFERIDAS PELO JUIZ NA PRIMEIRA FASE E QUAIS OS SEUS RECURSOS?
R: A decisão, nessa fase do procedimento do Tribunal popular, deve ser fundamentada e pode ser pela: a) pronúncia; b) impronúncia; c) desclassificação; e d) absolvição sumária. São elas:
 a) Pronúncia: O juiz, ao decidir pronunciar o acusado, admite a imputação feita e a encaminha para julgamento perante o Tribunal do Júri. Isso ocorre quando ele se convence da materialidade do fato (crime) e de indícios suficientes de autoria ou de participação. A decisão pela pronúncia é meramente processual e nela não há análise profunda do mérito. Não é necessária prova plena de autoria, mas apenas indícios. 
b) Impronúncia: É a decisão que rejeita a imputação para julgamento perante o Tribunal Popular, ou porque o juiz não se convenceu da existência do fato (crime) ou porque não há indícios suficientes de autoria ou participação. Acontece quando a acusação não reúne elementos mínimos para serem discutidos. Na impronúncia o juiz não diz que o acusado é inocente, mas que, por ora, não há indícios suficientes para a questão ser debatida pelo o Júri. A decisão pela impronúncia do acusado não analisa o mérito da causa. 
c) Desclassificação: A desclassificação acontece quando o juiz se convence da existência de um crime que não é doloso contra a vida. Na decisão pela desclassificação, o juiz apenas diz que aquele crime não é da competência do Tribunal do Júri, pois o Júri só pode julgar os crimes dolosos contra a vida. Assim o juiz desclassifica o crime e encaminha o processo para o juízo competente. 
d) Absolvição sumária O art. 415 do CPP estabelece que o juiz, fundamentadamente, poderá desde logo absolver o acusado quando: provado não ser ele o autor ou partícipe do fato; provada a inexistência do fato; o fato não constituir infração penal e; demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. A sentença pela absolvição sumária é de mérito, pois analisa provas e declara a inocência do acusado. Por essa razão, somente poderá ser proferida em caráter excepcional, quando a prova for indiscutível e o juiz não tiver nenhuma dúvida.
Pelo Código de Processo Penal, os Recursos Cabíveis são: a) em sentido estrito; b) apelação; c) protesto por novo júri; d) embargos; e) revisão; f) recurso extraordinário; g) carta testemunhável; h) habeas corpus. Deve ser mencionado, além dos recursos regimentais, o recurso especial, criado pela Constituição Federal de 1988. 
05-É POSSÍVEL ALTERAR A CLASSIFICAÇÃO DO CRIME APÓS A PRECLUSÃO DO RECURSO?
R: Sim, pois, segundo o art. 421 do Código de Processo Penal: “Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público.” Ou seja, a “circunstância superveniente”, mencionada no dispositivo, capaz de alterar a classificação do crime ocorrerá, por exemplo, quando denunciado o réu por tentativa de homicídio, a vítima falece no transcurso do processo ou mesmo depois do trânsito em julgado da pronúncia. Cumprirá ao Ministério Público, neste caso, ofertar o respectivo aditamento à denúncia, sendo novamente instaurado o contraditório e sobrevindo nova decisão.
06-QUANTO AO ALISTAMENTO DOS JURADOS QUAIS AS PRINCIPAIS LISTAS E QUANDO OCORREM?
R: Os jurados são sorteados e fazem um juramento de julgar com imparcialidade e de acordo com a consciência e os ditames da justiça, assumindo seus lugares no plenário. Da lista geral, o juiz sorteia 25 jurados que serão convocados a se apresentarem no dia do julgamento. Nesse dia, se comparecerem 15 ou mais jurados, haverá novo sorteio e, dentre eles, serão escolhidos os sete jurados que efetivamente formarão o Conselho de Sentença. Os demais jurados são, então, dispensados pelo juiz. Como representante legítimo da sociedade, espera-se que ele esteja atento aos depoimentos e avalie cuidadosamente as versões trazidas pela acusação e pela defesa, tomando uma decisão sobre o que entende ser mais justo naquele caso. Para ser jurado, a pessoa deve reunir os seguintes requisitos, conjuntamente: Ser brasileiro, nato ou naturalizado; Não possuir antecedentes criminais; Ter boa conduta moral e social; Estar em dia com as obrigações eleitorais; Residir na cidade do crime (comarca). Seus poderes dos jurados são ter acesso ao processo; Fazer perguntas às testemunhas e ao acusado através do juiz-presidente; Pedir a quem estiver falando que indique a folha onde se encontra a peça lida ou citada; Requerer esclarecimentos e diligências, como acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimento dos peritos, etc. Já os seus deveres são: Comparecer à sessão de julgamento, quando convocado; Informar ao juízo alguma causa que lhe comprometa a imparcialidade; Não comunicar-se com ninguém, nem mesmo com outro jurado, salvo com o juiz-presidente. Também não podem conversar ao telefone, assistir TV, ou navegar na internet. Isso serve para garantir que se mantenham imparciais e isentos de inuências externas; Cumprir o juramento de julgar com imparcialidade e de acordo com a consciência e os ditames da justiça. O jurado não precisa ser formado em Direito, basta ser alfabetizado, por isso é chamado de juiz leigo. Para cada pergunta, o jurado recebe duas cédulas, uma contendo SIM e outra NÃO. A cada quesito/pergunta lido pelo juiz-presidente, o jurado deve depositar seu voto na urna. O juiz-presidente conta os votos SIM e NÃO. O voto é secreto. A contagem dos votos é feita até atingir a maioria SIM e NÃO, com isso, seja qual for o resultado, é impossível saber como cada jurado votou “sim” ou “não”. Dentre vários outros aspectos, como benefícios em ser jurado, etc.
07-O QUE SIGNIFICA DESAFORAMENTO E QUAIS OS SEUS MOTIVOS?
R: O desaforamento é a transferência do julgamento de um crime doloso contra a vida pelo Tribunal do Júri, da comarca, no caso da Justiça Estadual, ou seção ou subseção judiciária, em se tratando de Justiça Federal, onde se consumou, para outra, com jurados dessa última, derrogando-se a regra geral de competência (art. 70 do Código de Processo Penal).
Seus motivos são em razão de interesse da ordem pública, por haver suspeita de parcialidade dos juízes leigos, por existir risco à segurança pessoal do acusado, ou, em razão do comprovado excesso de prazo, se o julgamento não puder serrealizado no prazo de seis meses do trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
08-QUAL A ORDEM DE PREFERÊNCIA DOS JULGAMENTOS?
R: Salvo motivo relevante, na ordem de julgamento dos processos terão preferência: os Réus presos; dentre os presos os mais antigos na prisão; em igualdade de condições, os que tiverem sido pronunciados há mais tempo.
09-QUANTOS JURADOS SERÃO SORTEADOS PARA COMPOR A LISTA DAS REUNIÕES PERIÓDICAS OU EXTRAORDINÁRIA?
R: De acordo com o Art. 433. “O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunião periódica ou extraordinária.”
10-QUAL A COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA DORMAÇÃO DO COSELHO DE SENTENÇA?
R: O Tribunal do Júri é composto por um juiz presidente e vinte e cinco jurados, dos quais sete serão sorteados para compor o conselho de sentença e que terão o encargo de afirmar ou negar a existência do fato criminoso atribuído a uma pessoa. O juiz-presidente dirige os trabalhos, mantém a ordem e decide eventuais questões secundárias, cabendo aos jurados definir o destino do acusado
11-O MESMO CONSELHO DE SENTENÇA PODERÁ CONHECER DE MAIS DE UM PROCESSO, NO MESMO DIA?
R: Sim, pois conforme o art. 452 do Código de Processo Penal: “O mesmo Conselho de Sentença poderá conhecer de mais de um processo, no mesmo dia, se as partes o aceitarem, hipótese em que seus integrantes deverão prestar novo compromisso.”
12-O JULGAMENTO DO ACUSADO SOLTO OU PRESO PODERÁ SER ADIADO POR SUAS AUSÊNCIAS?
R: Não, pois conforme o art. 457 do Código de Processo Penal: “O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado.
13-QUAL O NÚMERO MÍNIMO DE JURADOS PARA SE INSTALAR OS TRABALHOS NO PLENÁRIO DO TRIBUNAL DO JÚRI?
R: O Júri, nos termos do que dispõe o art. 447 do Código, é composto por 25 jurados. Mas comparecendo pelo menos 15 jurados já se pode dar início ao julgamento, segundo o art. 463. Esse é o chamado quorum mínimo, de 15 jurados, que permite a realização da sessão de julgamento. Vejamos: “Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento.”
14-QUAL O MOMENTO PARA ARGUIR AS NULIDADES POSTERIORES À DECISÃO DE PRONÚNCIA?
R: Segundo o STF, em se tratando de processo de competência do Tribunal do Júri, as nulidades posteriores à pronúncia devem ser arguidas depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes, e as do julgamento em plenário, em audiência, ou sessão do Tribunal, logo após sua ocorrência, sob pena de preclusão, consoante determina o art. 571, V e VIII, do Código de Processo Penal. Vejamos: “571. As nulidades deverão ser arguidas: VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.”
15-QUAL O MOMENTO PARA SE ARGUIR AS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTOS?
R: De acordo com o art. 106 do Código de Processo Penal: “A suspeição dos jurados deverá ser arguida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.”
16-QUANTOS JURADOS DEVERÃO COMPOR O CONSELHO DE SENTENÇA?
R: Conforme o supracitado nas questões anteriores, um juiz togado presidirá o julgamento, e vinte e cinco jurados (sorteados de uma lista prévia) deverão comparecer ao Tribunal no dia aprazado. Desses vinte e cinco, sete constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão em que houver julgamento.
17-O QUE SIGNIFICA ESCUSA PEREMPTÓRIA?
R: Trata-se da possibilidade de se recusar alguns jurados que formarão o Conselho de Sentença no Plenário. A acusação e a defesa, no entanto, deverão aceitar ou rejeitar cada uma das 7 pessoas que formarão o Conselho de Sentença.
18-O QUE SIGNIFICA ESTOURO DE URNA?
R: O chamado estouro de urna ocorre quando se torna impossível formar um conselho de sentença no plenário do júri por insuficiência de jurados necessários para a instauração da sessão de julgamento. Ocorre dificilmente em casos onde, por exemplo, presentes quinze jurados (art. 463 do Código de Processo Penal), são iniciados os trabalhos e dispensados três jurados de forma imotivada, por defesa e acusação respectivamente, e, além dos seis, são dispensados mais três por motivo de suspeição ou impedimento. No exemplo, restariam apenas seis jurados e, sendo necessários sete, se tornaria impossível a realização do julgamento.
19-QUAL O MOMENTO EM QUE SE INICIA A INSTRUÇÃO NO JULGAMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI?
R: Inicia-se com o trânsito em julgado da sentença de pronúncia, quando o juiz determina a intimação do Ministério Público e do defensor para apresentarem, respectivamente, o rol de testemunhas. Termina com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri.
20-QUAL O TEMPO DESTINADO PARA A ACUSAÇÃO E DEFESA NOS DEBATES EM PLENÁRIO? E CASO HAJA MAIS DE UM ACUSADO?
R: De acordo com o art. 477, § 1 e 2 do Código de Processo Penal: “O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. § 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o determinado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo.”
21-É POSSÍVEL HAVER A DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME PELO CONSELHO DE SENTENÇA? EXPLIQUE!
R: Sim, pode ocorrer a desclassificação nas hipóteses em que o Conselho de Sentença, no Tribunal do Júri, analisa crime doloso contra a vida ou tentativa de crime doloso contra a vida.
Essa desclassificação pode ser própria ou imprópria. De acordo com alguns entendimentos de que surge a desclassificação própria, quando o conselho de sentença altera a figura penal descrita na pronúncia para outra, sem, no entanto, indicar qual. Negando o segundo quesito: “essas lesões deram causa à morte?”, retiram o nexo de causalidade entre a infração descrita e o delito doloso contra a vida. A competência é encaminhada ao juiz presidente que termina por julgar o mérito.
Assim a desclassificação própria dar-se-ia quando os jurados, ao responderem certos quesitos que lhe são formulados, decidem que o fato imputado não caracteriza crime doloso contra a vida, sem, contudo, identificar qual seria o pretenso crime praticado pelo acusado.
2) MÓDULO: EXERCÍCIOS/PRISÕES CAUTELARES
01-QUAIS OS REQUISITOS OU FUNDAMENTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA?
R: São esses os requisitos para decretação da prisão temporária: 
Ser imprescindível para a investigação criminal, não ter o acusado residência fixa ou, não oferecer o acusado elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade, haver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) Homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) Estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
h) Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
i) Quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
j) Genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889 de 1956), em qualquer de suas formas típicas;
k) Tráfico de drogas (art. 12 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976);
l) Crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986).m) Crimes previstos na Lei de Terrorismo.
Por fim, nos termos da lei 7.960/89, somente poderá ser decretada pelo juiz no curso do inquérito policial, mediante representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. Se requerida pela autoridade policial, o juiz antes de decretá-la, ouvirá o Ministério Público.
02-QUAIS OS PRAZOS PREVISTOS PARA A PRISÃO TEMPORÁRIA?
R: O prazo previsto é de 05 dias, conforme art. 2º da LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989: A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
03-CITE 03 DIFERENÇAS ENTRE A PRISÃO TEMPORÁRIA E A PRISÃO PREVENTIVA.
R: 1- A prisão temporária é decretada quando uma investigação do inquérito policial ainda está acontecendo. Já a prisão preventiva pode ser pedida em qualquer fase da investigação criminal.
2- A prisão temporária conta com prazo de duração de cinco dias, A prisão preventiva, por outro lado, não possui prazo pré-estipulado.
3- A prisão temporária tem como intuito prover tempo para que a polícia ou o Ministério Público colete provas que consigam incriminar o suspeito em questão, em poucas palavras, é decretada para ajudar no êxito de uma determinada diligência. Já a prisão preventiva tem intuito de evitar que o réu prossiga atuando fora da lei. É aplicada também para impedir que o mesmo atrapalhe o andamento do processo (seja por meio de ameaças às testemunhas ou destruição de provas).
04- QUAIS AS ESPÉCIES DE PRISÃO EM FLAGRANTE PREVISTAS NO CPP?
R: Conforme previsto no artigo 302 do Código de Processo Penal, ao regular a prisão em flagrante, descreve as situações (espécies) em que a pessoa pode ser considerada como em flagrante delito. O mencionado artigo prevê 3 modalidades:  
1) Flagrante Próprio - previsto nos incisos I e II: ocorre quando a pessoa é pega no momento em que pratica a infração penal ou logo após de ter cometido o crime. 
2) Flagrante Impróprio - previsto no inciso III: é quando a pessoa é perseguida logo após a ocorrência do crime, em situação na qual aparente ser a autora do delito. 
3) Presumido - previsto no inciso IV: nessa hipótese a pessoa é encontrada logo depois do crime, portando instrumentos, armas ou ferramentas que demonstrem ser a possível autora da infração penal.  
Importa ressaltar que, a doutrina elenca outros tipos de flagrante que não estão previstos na lei, tais como: preparado, forjado, esperado e prorrogado.  
05-EXPLIQUE O FLAGRANTE RETARDADO E LEGALMENTE ONDE SE ENCONTRA?
R: O flagrante diferido, também conhecido como retardado ou prorrogado, segundo Guilherme de Souza Nucci, é a possibilidade que a polícia possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do funcionamento, componentes e atuação de uma organização criminosa.
Ou seja, consiste em atrasar o momento da prisão, mantendo acompanhamento sobre os criminosos, para que se consigam melhores provas contra os envolvidos em organizações criminosas ou tráfico de drogas. É válido, nos termos das Leis nº 12.850/13 e nº 11.343/06.
Encontra-se nos artigos 301 a 310 do Código de Processo Penal, no artigo 8º da Lei nº 12.850/13 e no artigo 53, II, da Lei nº 11.343/06.
06-EXISTE PRISÃO EM FLAGRANTE POR APRESENTAÇÃO? JUSTIFIQUE!
R: Relativamente, este conceito diverge entre a teoria e a prática. Pois, como se sabe, a previsão estrita sobre a prisão em flagrante encontra-se no art. 302 do código de processo penal nos seguintes termos: “Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.”
Numa primeira leitura do art. 302, prima facie, percebe-se que seus incisos não fornecem, em verdade, a definição do que seria a “situação flagrancial”. Esses incisos apenas delimitam hipóteses em que se estaria diante de uma.
Contudo, trata-se da denominada “apresentação espontânea” que, para alguns, elidiria a possibilidade de prisão em flagrante. Na linguagem popular, pode ser considerado em flagrante o ladrão que é pego com a mão na botija, fugindo com a botija ou encontrado com ela logo depois. O que a população compreende bem pelo senso comum, a doutrina rotula com nomes técnicos. Logo, os incisos I e II (mão na botija) são denominados flagrante próprio, perfeito ou real. O inciso III (fugir com a botija), flagrante impróprio ou imperfeito; e o inciso IV (encontrado com a botija), flagrante ficto ou presumido.
Ora, como o enunciado questiona a existência da prisão em flagrante por apresentação, é notório afirmar que na prática, lavra-se sim o auto de prisão em flagrante, todavia, na teoria, segundo o artigo supracitado, inciso II, é expressamente elucidado a situação análoga.
07-QUAL O PRAZO PREVISTO PARA A CONCLUSÃO DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE E A QUEM SE DESTINA?
R: O art. 10, do Código de Processo Penal dispõe que: “O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela”. E destina-se ao Juiz, conforme art. 310 do Código de Processo Penal.
08-QUAIS AS PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS PELO JUIZ AO RECEBER O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE?
R: Conforme o art. 310 do Código de Processo Penal: “Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.”
Assim, quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato, também poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
09-QUAIS OS PRESSUPOSTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA?
R: Os pressupostos para a decretação da prisão preventiva são: a fumaça do cometimento do crime, o fumus comissi delicti, que é o pressuposto fundamental para a decretação da prisão preventiva. Dentro deste, estão contidos os indícios suficientes de autoria e prova da materialidade. O perigo na liberdade do agente e o cabimento.
10-QUAIS OS REQUISITOS OU FUNDAMENTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA?
R: Os fundamentos para a decretação da prisão preventiva estão descritos no Art. 313 do Código de Processo Penal: “Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamenteem liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.”
11-QUAIS AS HIPÓTESES AUTORIZADORAS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA?
R: Essas circunstâncias autorizadoras se ramificam em quatro proposições que são: 1º) garantia da ordem pública; 2º) garantia da ordem econômica; 3º) conveniência da instrução criminal; 4º) assegurar a aplicação da lei penal.
12-A AUTORIDADE JUDICIÁRIA PODERÁ SUBSTITUIR A PRISÃO PREVENTIVA POR PRISÃO DOMICILIAR? EM QUAIS SITUAÇÕES?
R: Sim, pois como o prevê o artigo 318 do Código de Processo Civil: “Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar [...]”
As situações estão elencadas nos seguintes incisos: [...] quando o agente for: “I – maior de 80 (oitenta) anos; II – extremamente debilitado por motivo de doença grave; III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV – gestante; V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.”
13-QUAIS OS FUNDAMENTOS OU REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES?
R: Conforme o art. 282 do Código de Processo Penal: “As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.”
14-JUSTIFIQUE A SEGUINTE AFIRMATIVA: A PRISÃO PREVENTIVA SOMENTE SERÁ DECRETADA COMO ÚLTIMA RATIO.
R: Esta afirmativa consolidou-se, pois, entende-se que a prisão preventiva se aplicará em último caso, quando nenhuma outra medida puder ser aplicada, em extremos casos. Ou seja, o direito penal deve ser mínimo.
15-JUSTIFIQUE A SEGUINTE AFIRMATIVA: A DECISÃO QUE DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA OU MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO SERÁ MOTIVADA E FUNDAMENTADA.
R: É notório que a demonstração do requisito da prova do perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado retira por completo o caráter de estado automático e presumido de perigo ou de risco para o processo gerado apenas pela presença das tradicionais quatro hipóteses da decretação da prisão preventiva.
16-O JUIZ DO PROCESSO DEVERÁ REVER A DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA EM QUAL TEMPO?
R: Conforme o art. 316 do Código de Processo Penal: “O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.”
3) MÓDULO: EXERCÍCIOS/PROCEDIMENTOS
01- DE QUE FORMA ESTÃO DIVIDIDOS OS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO CPP?
R: Os procedimentos criminais podem ser comuns ou especiais. E estão previstos e divididos nos seguintes artigos do Código de Processo Penal:
“Art. 394. O procedimento será comum ou especial. § 2º Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.”
Os procedimentos especiais podem estar previstos no Código de Processo Penal (ex: rito do júri) ou em leis especiais (ex: rito da lei de drogas), e são previstos para determinados casos específicos. O procedimento comum é a regra, e este pode ser dividido em procedimento comum pelos ritos ordinário, sumário e sumaríssimo. Exemplos: o CPP prevê um procedimento especial para o Júri, razão pela qual, nesse caso específico, não se aplicam as regras do procedimento comum, conforme, aliás, ressalva contida no § 3° do artigo 394. O Código prevê rito especial em outras situações (crimes de responsabilidade de funcionários públicos, contra a honra). Assim também a legislação extravagante, como a Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/06).
02- DE QUE FORMA ESTÁ DIVIDIDO O PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E QUAIS OS LIMITES DE PENAS MÁXIMAS PREVISTAS?
R: O procedimento comum ordinário é o rito padrão utilizado no Processo Penal, e está dividido da seguinte forma:
1. oferecimento da denúncia ou queixa. Recebimento ou rejeição pelo juiz;
2. citação do réu;
3. resposta à acusação;
5. absolvição sumária (art. 397, CPP);
6. audiência de instrução e julgamento.
O limite de penas máximas previstas são aplicáveis para os crimes com pena máxima igual ou superior a 04 anos.
03- CASO O JUIZ REJEITE, LIMINARMENTE, A DENÚNCIA OU QUEIXA, CABERÁ RECURSO? QUAL?
R: Sim, o recurso cabível para combater a rejeição da denúncia ou queixa, como se lê do artigo 581, I, do Código de Processo Penal, é o recurso em sentido estrito. Se for recebida, caberá da parte do réu a impetração de habeas corpus, se for o caso, objetivando trancar o processo. Vejamos: 
“Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa;”
04- QUAL O PRAZO PARA A CITAÇÃO DO ACUSADO?
R: Oferecida a denúncia ou queixa, o juiz ordena a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
05-QUAIS AS ESPÉCIES DE CITAÇÕES PREVISTAS NO CPP?
  R: As espécies de citação possíveis no PROCESSO PENAL são a citação pessoal, a citação por edital e a citação por hora certa (recorde que, nos Juizados Especiais - artigos 66 e 67 da Lei 9.099/1995, somente é possível a citação pessoal, sendo vedada qualquer citação ficta, por edital ou hora certa. Vejamos: 
“Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.”
       “Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores.”
06-O QUE DEVE CONSTAR DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO, PELA DEFESA?
R: Conforme o art. 396-A do Código de Processo Penal: “Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.”  
07-QUAL O PRAZO PARA RESPONDER À ACUSAÇÃO?
08- O JUIZ PODERÁ ABSOLVER SUMARIAMENTE O ACUSADO? EM QUAIS SITUAÇÕES?
R: De acordo com o art. 396 do Código de Processo Penal: “Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.”
09- QUAL O MOMENTO PROCESSUAL EM QUE ENCERRA A ATUAÇÃO DO JUIZ DAS GARANTIAS, SEGUNDO A LEI 13.964/19?
R: Conforme o art. 3º-C Código de Processo Penal: “A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.” 
10- QUAL A ORDEM DOS TRABALHOS PREVISTOS NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO?
R: 1. oferecimentoda denúncia ou queixa. Recebimento ou rejeição pelo juiz;
2. citação do réu;
3. resposta à acusação;
5. absolvição sumária (art. 397, CPP);
6. audiência de instrução e julgamento.
11 - QUAIS OS PRINCÍPIOS ESTÃO PRESENTES NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO?
R: Os principais princípios que norteiam a audiência de instrução e julgamento, são: princípio da publicidade, imediação, oralidade e por último os princípios da concentração e da unidade da audiência.
12- O JUIZ PODERÁ DIVIDIR A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO? EM QUAIS SITUAÇÕES?
R: De acordo com o art. 400, §1 e 2 do Código de Processo Penal: “Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como os esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. § 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. § 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.”    
13-QUANDO AS PARTES DEVERÃO APRESENTAR AS SUAS DEFESAS POR MEIO DE MEMORIAIS NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO?
 Em todos os procedimentos, comuns e especiais, ressalvados o procedimento do Júri e o dos juizados especiais, haverá resposta escrita da defesa, após a citação do réu. O réu terá o prazo de 10 dias para apresentar a defesa escrita.
14- QUANTAS TESTEMUNHAS SERÃO ARROLADAS PELAS PARTES NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO?
R: De acordo com o art. 401, §1 e 2 do Código de Processo Penal: “Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. §1º Nesse número não se compreendam as que não prestem compromisso e as referidas.  §2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209, deste Código. 
A parte poderá desistir de inquirir qualquer de suas testemunhas, se o juiz fizer questão de ouvi-la, pois o Juiz pode determinar a oitiva de testemunha que não tenha sido arrolada pela parte.
As provas deverão ser sempre produzidas numa mesma audiência. Caso as partes desejem algum esclarecimento dos peritos, deverão requerer esses esclarecimentos previamente.
15- QUAIS OS PRAZOS PREVISTOS PARA A CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO?
R: Ordinário: quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade e o Sumário: quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

Outros materiais