Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO CPC: ENTRAVE À EFETIVIDADE DO PROCESSO. Michel das Chagas Ribeiro RESUMO O estudo traz reflexões sobre a real necessidade de agendamento de audiência em apartado para mediação e conciliação, o que nos faz questionar se em vez de trazer benefícios, para as partes ou rota de fuga para o devedor, ocasionando prejuízos com o ônus da espera, na maioria das vezes, a espera chega em torno de 1 ano para agendamento da audiência aprazada. Analisa-se a incapacidade do Judiciário na solução dos problemas reais das pessoas, além de demonstrar que um dos caminhos para superar este obstáculo é a utilização de meios alternativos de pacificação de conflitos. Nestas vias autônomas de composição de conflitos as partes possuem voz ativa e são as protagonistas das decisões. Serão aqui analisados os institutos da mediação e da conciliação alternativos para tornar efetivo, assim como celeridade no novo diploma processual, traçando algumas ponderações positivas e outras que indicam a necessidade de uma reflexão sobre a utilidade e eficácia dos novos preceitos legais. Palavras-chave: Mediação. Conciliação. Prejuízos a efetividade processual. INTRODUÇÃO A audiência de conciliação e mediação, criada com boas intenções, é no mundo real um entrave à efetividade do processo. Temos de identificar os mecanismos adequados para evitá-la, pensando para além do Código de Processo Civil. A audiência, em princípio, somente poderá ser evitada com a manifestação expressa de ambas as partes (CPC, art. 4º, I). Ainda nesse sentido, tem-se a análise do texto do art. 334 do Novo CPC: Art. 334. § 4o A audiência não será realizada: I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; Desta forma, a simples manifestação via peticionamento é suficiente e, por vezes, mais eficaz, não movimentando a máquina judiciária, do que a realização de uma audiência que seja infrutífera. Desta forma, para o autor, não há qualquer outra possibilidade de resolução da lide, que não seja o adimplemento da obrigação por parte do devedor. Inobstante, o autor perde tempo aguardando pauta para a audiência, enquanto o devedor continua a colocar em risco o patrimônio objeto da obrigação, já que está usufruindo do mesmo! O Novo CPC prevê para as ações que versem sobre direitos disponíveis, a realização da audiência de conciliação e mediação, podendo, no entanto, ocorrer a dispensa de tal audiência, se ambas as partes manifestarem expressamente desinteresse na COMPOSIÇÃO CONSENSUAL (§ 4º, art. 334). Portanto, se faz necessário a intimação do requerido a se manifestar sobre a possibilidade de realização de acordo, já deixando claro seus termos, caso existam. Vale ressaltar que o silêncio do mesmo deve importar em sua anuência para o cancelamento da audiência, já que demonstrado seu também interesse em não conciliar. Isto porque, conforme já nos manifestamos, aos negócios jurídicos processuais se aplicam subsidiariamente as regras do direito civil, dentre as quais o art. 111 do Código Civil, pelo qual “O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa”. Na grande parte das ações de procedimento comum, a inércia da parte em sequer responder à tentativa de conciliação ou mediação prévia, mesmo diante de alerta específico, no contexto social em que inseridas as medidas pré-processuais (CC, art. 422), permite-nos inferir a ausência de pré disposição daquele sujeito em se submeter às referidas técnicas. É sim vontade clara em não conciliar! Desta forma, nesses termos as ações com ausência de manifestação do réu tem que excluído o processo da fila de pautas para audiência conciliatória, bem como a intimação do réu para se manifestar sobre o interesse em conciliar e em quais termos. Ainda em caso de silêncio do embargante ou em sua expressa anuência sobre o pedido feito pelo, que seja cancelada a audiência de conciliação, devendo a lide seguir para a fase de instrução e julgamento. CONCILIAÇÃO NO CPC 2015 O Código de Processo Civil de 2015 reforça os ideais de um processo menos complexo, mais célere, mais justo, mais intimo das partes e da realidade social na qual estão inseridas: Com latente diminuição da complexidade inerente ao processo de criação de um novo Código de Processo Civil, poder-se-ia dizer que os trabalhos da Comissão se orientaram precipuamente por cinco objetivos: 1) estabelecer expressa e implicitamente verdadeira sintonia fina com a Constituição Federal; 2) criar condições para que o juiz possa proferir decisão de forma mais rente à realidade fática subjacente à causa; 3) simplificar, resolvendo problemas e reduzindo a complexidade de subsistemas, como, por exemplo, o recursal; 4) dar todo o rendimento possível a cada processo em si mesmo considerado; e, 5) finalmente, sendo talvez este Último objetivo parcialmente alcançado pela realização daqueles mencionados antes, imprimir maior grau de organicidade ao sistema, dando-lhe, assim, mais coesão. Na Parte Geral, Livro I – Das Normas Processuais; Título Único – Das Normas Fundamentais e da Aplicação Das Normas Processuais; Capítulo I – Das Normas Fundamentais do Processo Civil, os artigos 1º ao 12 expressam os valores e fundamentos no novo sistema processual Civil. Nesses termos, a Constituição Federal como fundamento no artigo primeiro, privilegiando o contraditório, além de todos os demais valores constitucionais; a disponibilidade pela busca ao devido processo legal pelo princípio dispositivo (em regra, iniciativa da parte); a inafastabilidade da jurisdição e o dever de estímulo a práticas de conciliação (construção da decisão pelas partes, que ao solucionarem o litígio, terão uma decisão mais justa, tratado por alguns como o Modelo Multiportas – consoante Gustavo de Melo Vicelli, no artigo “A Não Designação da Audiência Preliminar de Conciliação ou Mediação e a Real Efetividade do CPC/15”; a busca pela razoável duração do processo e a primazia do mérito, pelo qual se simplificam os procedimentos, permitindo-se a participação ativa de todos os agentes do processo, ou seja, partes e juiz; o princípio da cooperação entre as partes, a fim de agirem de boa-fé; a busca por uma justiça mais próxima da realidade, com proibição de decisão surpresa e efetividade do contraditório; e a obrigatoriedade da fundamentação das decisões, retratando também o artigo 93, IX da Constituição Federal de 1988, para maior segurança jurídica e limitação do arbítrio do julgador. Mencione-se por fim que o artigo 12 prevê questões quanto à cronologia das decisões, visando criar um fluxo que garanta a duração razoável do processo. Ao entendimento da Constituição Federal no processo civil decorreu já de uma sistematização dos artigos de direito processual que traz em seu meio, ou seja, ações, instrumentos e princípios basicamente de processo; além da previsão do processo coletivo, considerado no código nos casos de julgamento de demandas repetitivas e prevalência das decisões dos tribunais superiores. Vale reforçar que a cooperação das partes no andamento processual manifesta-se na efetivação do contraditório, ou seja, não apenas com a possibilidade de ter ciência e manifestar-se sobre tudo que a outra parte produziu no processo, mas com a possibilidade efetiva de influenciar na decisão judicial e que nessa cooperação o juiz efetivamente ouça a parte para decidir o mérito num prazo razoável e dar a justa decisão à lide. Os fundamentos expressos nos artigos mencionados visam exatamente emanar regras e princípios que regularão o processo para uma mudança de paradigma, ou seja, não apenas solucionar o caso posto em juízo, mas resolver o conflito de interesses por trás deste, um conflito social, não uma simples extinção de processo. Para isso deverá ser considerada arealidade social das partes, o meio em que vivem, suas ANGÚStias, promovendo a dignidade da pessoa humana e a eficiência na solução dos casos. AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO E SUA FINALIDADE NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 2015 O Conselho Nacional de Justiça em 2010, por meio da Resolução 125 passou a estimular a solução consensual dos litígios, refletindo previamente os objetos da comissão que elaborou o novo Código de Processo Civil, conforme exposto por Fredie Didier em sua obra “Curso de Direito Processual Civil”, p. 272: a. a) Institui a Política PÚBlica de tratamento adequado dos conflitos de interesses (art. 1); b) define o papel do Conselho Nacional de Justiça como organizador desta política PÚblica no âmbito do Poder Judiciário (Art. 4); c) impõe a criação, pelos tribunais, dos centros de solução de conflitos e cidadania (art. 7); d) regulamenta a atuação do mediador e do conciliador (art. 12), inclusive criando o seu Código de Ética (anexo da Resolução); e) imputa aos tribunais o dever de criar, manter e dar publicidade ao banco de estatísticas de seus centros de solução de conflitos e cidadania (Art. 13); f) define o currículo mínimo para o curso de capacitação dos mediadores e conciliadores.[...] O supracitado autor, fazendo um resumo da novel norma processual, a qual refletiu os objetos da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, ensina que ela regulamenta em um capítulo inteiro a conciliação e a mediação (arts. 165 a 175), propondo a tentativa de autocomposição em momento até mesmo anterior à resposta do réu (arts. 334 e 695); permite a homologação judicial de acordo extrajudicial, em fase pré-processual (arts. 515, III; 725, VIII); possibilita a inclusão de matéria estranha ao objeto do litígio no acordo (art. 515, § 2º) e, acordos processuais atípicos (art. 190). A Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015, que instituiu o atual Código de Processo Civil, dispõe no artigo 334, do capítulo V, sobre a audiência de conciliação ou mediação, a chamada audiência preliminar: Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. § 1oO conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. § 2oPoderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. § 3oA intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. § 4oA audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição. § 5oO autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. § 6oHavendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. § 7oA audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. § 8oO não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. § 9oAs partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores PÚblicos. § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. § 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. § 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. Segundo a Lei 13.140/2015 que regulamenta a mediação e autocomposição nos conflitos, seu artigo 28, prevê prazo de sessenta dias e não dois meses conforme o § 2º do artigo 331, e deve prevalecer, podendo por acordo entre as partes, ser prorrogado. O mecanismo incorporado pelo CPC de 2015, que versa sobre procedimento comum, CPC, art 318 e seguintes, far-se-á necessário agendar audiência de conciliação, em todo o processo, CPC, 334, assim, em muitas comarcas, tendo por parâmetro a obrigatoriedade da lei, muitas das audiências não serem realizadas, determinando o juiz, a citação do réu para contestar fundando a decisão na inteligência do art. 139, VI do mesmo diploma. Nesse contexto, o CPC é reto e prediz que a audiência apenas não será realizada de acordo com o versar dos parágrafos 4 a 6 do art. 334. a. O autor dispensar na inicial; e, b. O réu dispensar pelo menos 10 dias antes da audiência. Dessa forma a contestação será protocolizada no prazo de 15 dias contados da ultima audiência de conciliação, ou em data do protocolo de dispensa da audiência pelo réu. Se pararmos para analisar, podemos imaginar um devedor, ansiando uma solução rápida e um lide com composição amigável. Mesmo porque, na maioria dos casos o autor já esgotou as possibilidades em compor um acordo amigável e encerrar o embate antes mesmo de procurar o judiciário, sendo esta opção ultimo caminho, antes de prescreve a dívida. A autocomposição contemplada pelo CPC 2015, de modo que o não comparecimento injustificado de ambas partes representará ato atentatório a dignidade da justiça, culminando em multa de ate 2% do valor da causa ou da vantagem almejada, CPC, §8 do art. 334. O CPC não contemplou o procedimento de conciliação, apenas doutrinou a questão dos conciliadores judiciais, nos art. 165 a 175, conquanto no que versa a otimização do procedimento, em nada foi pensado, e na questão da realização da audiência no art. 334, trouxe algumas regras básicas, além daquelas que trataremos a seguir: a. Possibilidade de mÚLtiplas sessões destinadas a conciliação e mediação, CPC, art.334§2; b. Intimação para audiência na pessoa do patrono, se assim for constituído, CPC, 334, §3; c. Necessidade de acompanhamento por advogado ou curador, CPC, art. 334, §9; d. Homologação por sentença da transação obtida pelo resultado Útil da mediação ou conciliação, CPC, art.334§11, e e. Necessidade de intervalo de pelo menos 20 min na pauta de audiências de conciliação, CPC, art.334§12. Como podemos observar as mudanças na prática, não trouxe melhoras nem celeridade para as demandas em procedimento comum, em si, foram atualização já empregas indiretamente no curso dos anos. Em suma, o que realmente seria necessário, é a retirada de pautas de audiências de conciliação que hoje demandam muito mais tempo e recurso, visto que foram criadas unidades especificas para tal processo, que além de tornar o tempo da ação mais longo e árduo, assim como mais dinheiro em recurso e pessoal. Como opção, deixaríamos a cargo do autor a opção em realização ou não de audiência de conciliação, e caso o requerido assim quisesse compor, o mesmo se manifestaria a qualquer momento, e fase processual, deixando a cargo do autor aceitar ou não a proposta e alinharem caso for, os termos compatíveis para encerrar a ação em comum. Outra vertente, seria a adoção de medidas semelhante a justiça trabalhista, como criação de audiência una, num primeiro contato, o juiz leigo, presidia a audiência inicial para intervir caso exista a possibilidade de acordo e levar a homologação ao juiz do feito, em outro caso, não ocorrendo a composição,no mesmo dia, realizaria a fase instrutória com inquirição das testemunhas. Dessa forma, em vez de encaminhar o processo para o setor especializado para agendamento de audiência e conciliação, o juiz do feito, receberia a petição inicial, e caso fosse a intenção do autor em composição, realizaria a intimação do requerido para contestação e após formalidades, agendaria a audiência uma, de conciliação e instrução, tornando a demanda mais célere em atendimento aos pressupostos legais. Pela análise do sistema proposto, verifica-se que o legislador pautou-se na doutrina e legislação mais moderna, prevendo um regramento, até certo ponto impositivo quanto ao comparecimento à audiência preliminar de conciliação/mediação (já que do não comparecimento decorrem as consequências do § 8º do art. 331), a fim de tentar modificar a cultura do litígio, e que as partes sintam-se a tal ponto envolvidas que busquem a solução por si mesma, e esta por certo será a mais justa. Tanto assim, que os conciliadores e mediadores devem ser qualificados. A preocupação com os aspectos quantitativos, de findar processos, ao invés da efetivação e distribuição da justiça nas situações reais apresentadas pode atrapalhar a consecução dos fins previstos pelo legislador, exigindo de todos os envolvidos uma transformação de mentalidade na busca da solução pacífica e consensual. A relação da sociedade com o Judiciário e a autocompreensão dos agentes do sistema judicial é, em Última medida, determinada pela maturidade cívica de um Povo. Nesse sentido, ressalte-se que o aprendizado sobre a cidadania emana precipuamente da própria experiência dessa comunidade política em face dos dilemas e opções existenciais que lhe são peculiares. Noutras palavras, só se aprende a ser cidadão no exercício heurístico da cidadania. SILVA, Karen Magalhães da. A Conciliação no Novo Código de Processo Civil. Sendo assim, a finalidade da audiência preliminar, de conciliação/mediação é bem mais que chegar-se a uma solução consensual, pela vontade das partes e apoio de todos os envolvidos, mas mudar a mentalidade e cultura existentes no ordenamento processual brasileiro, quanto à necessidade da litigiosidade, de demandar judicialmente para a solução dos conflitos e satisfação dos interesses das partes, para uma cultura, um entendimento de consensualidade, resolução de problemas sem buscar o contencioso judicial. A EFETIVIDADE DAS AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO NA PRÁTICA DO PROCESSO CIVIL Refletindo sobre a dualidade entre a autonomia das partes e a obrigatoriedade da participação na audiência preliminar, dispensada somente em alguns casos, que em prática beneficia somente o réu; e a política e preferência do Estado, demonstrados no Código para uma mudança de mentalidade para uma justiça de consensualidade, a qual traria maior efetividade, garantindo uma justiça mais célere. Na sua obra, Fredie Didier na obra supracitada, p. 280, expõe que o incentivo à solução consensual não pode ser visto como acelerador de conclusão de processos, estão pois, outros valores incutidos nas normas relativas ao assunto, ou seja, a efetiva participação dos sujeitos processuais para a busca da solução da lide: A autocomposição não pode ser encarada como panaceia. DIDIER JUNIOR (2017, p. 316); Na verdade, o estado cria esta falsa crença. Pois na verdade, qual seria a visão correta? A autocomposição é um instituto que se mascara na realidade atual, o interesse das partes devem ser pautados de boa fé, contudo não ocorre na prática, em face do devedor astuto que se beneficia do descaso do estado. Existem entendimentos diversos sobre a postura de alguns juízes que incentivam as partes à realização de acordos judiciais. Não é recomendável, porém muito efetivo, aliás que o juiz da causa exerça as funções de mediador ou conciliador. Indo de encontro com o proposto no presente artigo, desenvolvendo o deslinde da causa mais célere e assim tornando a audiência de conciliação mais efetiva, agendando audiência uma, de conciliação e instrução. Saulo do Nascimento Santos e Danielli Gadenz, ao analisarem a questão da autonomia da vontade no artigo “A conciliação e a mediação no novo código de processo civil: incentivo do estado ou violação do princípio da autonomia das partes?”, trazem à exposição as ideias de dois procuradores federais sobre o tema. De um lado o Procurador Federal Rodrigo Matos Roriz, entendendo que a obrigatoriedade da audiência preliminar atrasa a marcha processual, e que poderia ser realizada em momento anterior, mas na própria audiência de instrução, já que a diminuição da judicialização somente ocorreria com a mudança cultural. E de outro o Procurador Federal Wendson Ribeiro, expõe que o Novo Código de Processo Civil buscou valorizar a autonomia da vontade, com regramentos definidos para a conciliação e incentivo a meios alternativos de solução das controvérsias. Ainda quanto à celeridade, o Novo Código de Processo Civil primou pelo princípio da razoável duração do processo, tratando que a injustiça também decorre de um processo muito lento, no entanto, como exposto na Exposição de Motivos do Anteprojeto do Código de Processo Civil, este princípio deve ser observado em consonância com a realidade das partes, com a realidade exposta no processo: Afinal, a celeridade é um valor que deva ser perseguido a qualquer custo. 'Para muita gente, na matéria, a rapidez constitui o valor por excelência, quiçá o ÚNIco. Seria fácil invocar aqui um rol de citações de autores famosos, apostados em estigmatizar a morosidade processual. Não deixam de ter razão, sem que isso implique – nem mesmo, quero crer, no pensamento desses próprios autores – hierarquização rígida que não reconheça como imprescindível, aqui e ali, ceder o passo a outros valores. Se uma justiça lenta demais é decerto uma justiça má, daí não se segue que uma justiça muito rápida seja necessariamente uma justiça boa. O que todos devemos querer é que a prestação jurisdicional venha ser melhor do que é. Se para torná-la melhor é preciso acelerá-la, muito bem: não, contudo, a qualquer preço (MOREIRA, 2001, p. 232). Grifou-se. Todas essas preocupações serão enfrentadas na prática diária forense. E nessa prática, muito real a conclusão exposta por André Vasconcelos Roque, trazida no artigo de Victor Roberto Corrêa de Souza, “O Novo Código de Processo Civil Brasileiro e a Audiência de Conciliação ou Mediação como fase inicial do Procedimento”: O fato é que se torna preciso buscar a valorização do ordenamento jurídico em sua dimensão objetiva, abandonando a concepção de tutela exclusivamente de direitos subjetivos, algo tão arraigado na cultura brasileira que, para estruturar a tutela coletiva, criaram-se novas categorias de direitos (difusos, coletivos e individuais homogêneos). Concessionárias, grandes empresas e demais litigantes habituais em geral raciocinam a questão sob o aspecto macroeconômico. Se a perspectiva de um determinado comportamento ilícito proporcionar a estimativa de um montante de condenações judiciais inferior aos custos operacionais para a correção dessa conduta, as empresas continuarão a praticar o ilícito em questão, ensejando o ajuizamento de iNÚMeras demandas repetitivas. Tais agentes direcionam sua conduta não sob o código lícito/ilícito, mas sim de acordo com o código lucrativo/não lucrativo. Assim é que serviços nunca solicitados, cobranças indevidas, mau atendimento e falhas variadas na prestação de serviços e no fornecimento de produtos se transformaram em acontecimentos corriqueiros no Poder Judiciário brasileiro. (ROQUE, 2013, p. 638). Grifou-se. Nesse mesmo artigo, o autor conclui, em uma pesquisa realizada nos Juizados Especiais Federais que, mesmo com as alterações no artigo 331 do Código de ProcessoCivil de 1973, buscando prioridade na conciliação, a inexistência de uma cultura de pacificação por autocomposição, principalmente no tocante às demandas que envolvem grandes litigantes como os prestadores de serviços. Em pesquisa realizada na Comarca de Manaus, Amazonas, ao perquirir-se sobre a efetividade de conciliação nas audiências preliminares desde a vigência do Novo Código de Processo Civil, oficiando-se o juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos, Cejusc, constatou-se exatamente a dificuldade de soluções consensuais, pois de acordo com os documentos informativos deste artigo no anexo, do total de 2356 audiências do ano de 2018, somente 15% (354) resultaram em acordo, as demais, por negativa ou ausência ou recusa pelas empresas litigantes (principalmente os habituais), resultaram infrutíferas. No ano de 2019 de 3274 audiências realizadas no Cejusc, apenas 22% (721), restaram em acordo e as demais, pelos motivos supramencionados, restaram infrutíferas. Realidade que estampa e comprova a cultura do litígio, concluindo-se que há um caminho longo e várias outras estratégias a serem pensadas para que a audiência preliminar prevista no novo código seja realmente efetiva. Há casos que realmente merecem serem repensados, pois somente o réu ganha com a designação obrigatória de uma audiência preliminar que torna uma pauta bem distante da propositura da ação, principalmente como já mencionado, ganham os “litigantes profissionais”, como os grandes prestadores de serviços, que na maioria dos casos preferem protelar do que resolver a situação do consumidor. A injustiça que se buscou combater com o novo sistema, estaria ocorrendo com a demora de uma solução para a lide e trazendo insatisfação para a parte, ferindo os princípios da eficiência, celeridade, duração razoável do processo, dentre outros. Em seu brilhante trabalho, Rodrigo Cunha Ribas: A audiência una como uma possível solução para o problema da morosidade do processo civil brasileiro. “O importante é iniciar um debate efetivo para que o Brasil abandone o atual cenário nefasto, em que processos judiciais demoram muito para tramitar, o que gera INÚMeros prejuízos aos sujeitos do processo e à sociedade como um todo”. Sua tese vai de encontro com o artigo aqui discutido, vejamos: A audiência una se iniciará com uma tentativa de conciliação. Não obtida a transação, o juiz delimitará os pontos controvertidos em conjunto com as partes, tornando regra a hipótese do artigo 357, § 3º, e na sequência passará à produção de prova oral, se necessária. Após, se não houver mais provas a serem produzidas (pericial, por exemplo) e se ambas as partes concordarem em fazer as suas alegações finais em audiência ou de forma remissiva, e o juiz sentir-se confortável para tanto, a sentença será prolatada na própria audiência ou, não ocorrendo qualquer uma dessas hipóteses, em gabinete. Fernando da Fonseca Gajardoni, citado no artigo de Marcelo Pacheco Machado, “Como escapar da audiência de conciliação ou mediação”, ao ser favorável à flexibilização do procedimento pelo juiz, na sua obra, Comentários ao CPC de 2015, vol. 2, explica: A parte poderia requerer ao magistrado, com arrimo nos já citados deveres, que flexibilizasse o rito processual e dispensasse o ato, nos casos em que a realização da audiência pudesse comprometer a celeridade do processo ou comprometer a sua efetividade. Diversas razões podem inspirar tal pedido, tal como a demonstração de prévia e frustrada tentativa de conciliação (trocas de email), o comportamento refratário à autocomposição do adverso, em causas pretéritas semelhantes, etc. Evidentemente, o ônus argumentativo em prol da dispensa do ato seria todo da parte. O juiz faria, então, um juízo de valor sobre a justificativa apresentada unilateralmente por autor ou réu e, em verdadeira atividade de case management, dispensaria o ato, determinando a citação do réu diretamente para resposta, ou o início do curso deste prazo nos casos de ele já ter sido citado para a audiência da qual declinou. Neste cenário tem-se de um lado a norma (com aspiração superior de mudança de mentalidade para uma cultura de autocomposição e a efetividade na garantia do direito da parte. DA AUTONOMIA DAS PARTES EM CONCILIAR EM QUALQUER TEMPO Não se olvida que o novo Código de Processo Civil prestigiou a mediação e a conciliação como instrumento para solução rápida e pacífica dos conflitos, nas áreas judicial e extrajudicial (art. 334). Importante destacar para este egrégio tribunal que com a advento do NCPC, surgiu também, o incentivo a conciliação e mediação em seu Art. 3ª §3º, devidamente instruído no Art. 334 e seguintes do NCPC. A sistemática do Código de Processo Civil vigente privilegiou a solução consensual dos conflitos, sendo dever do magistrado, das partes e instituições intervenientes estimular a conciliação, a mediação e outros métodos de resolução amigável da lide (CPC, art. 3º, § 3º). Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores PÚblicos e membros do Ministério PÚBlico, inclusive no curso do processo judicial. Porém, estimular a conciliação como método de solução do conflito não significa imposição da vontade do magistrado ou de quaisquer das partes para que isso ocorra. Na verdade, a conciliação deve ser construída e aperfeiçoada mediante possíveis concessões pelos titulares das pretensões em disputa, a fim de que se alcance um denominador que possa amparar e satisfazer todos os envolvidos. É por isso que o Código de Processo Civil estabelece princípios que devem nortear a conciliação e a mediação. São eles os “princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada”. Além disso, apesar da adoção da tônica da solução do conflito pela via consensual, é possível às partes recusar a realização da audiência de conciliação ou mediação. Nesse ponto, o Código de Processo Civil enfatiza a possibilidade de manifestação de desinteresse na autocomposição, seja pelo autor, na própria petição inicial, seja pelo réu, em petição específica a ser apresentada com 10 (dez) dias de antecedência da audiência designada (art. 334, § 5º). Para tanto, é preciso que as partes estejam cientes dos pontos controvertidos para que haja possíveis concessões dos direitos pretendidos e, posteriormente, chegarem a um denominador comum. Vale lembrar que o Código de Processo Civil estabelece princípios que devem nortear a conciliação e a mediação, dentre eles o princípio da autonomia, ou seja, as partes têm livre autonomia para encontrarem as melhores alternativas para resolverem suas questões. Além disso, o próprio Código prevê que a audiência de conciliação pode ser realizada a qualquer momento no curso do processo, nos termos do art. 3º, §3º. Conforme entendimento uníssono da corte paulista, A composição das partes, caso haja efetivo interesse, independe da realização de audiência, e é possível até mesmo após o trânsito em julgado. Apelação nº 1005011-17.2019.8.26.0005 (digital) Comarca: São Paulo F. R. São Miguel Paulista - 1ª Vara Cível Juiz(a): Lucilia Alcione Prata Apelante: KARLIANE LIDIANE DO AMARAL LEITE Apelada: CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S/A Voto nº 30.784 APELAÇÃO. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIÇOS EDUCACIONAIS. NULIDADE PELA FALTA DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO PREVISTA NO ART. 334 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC). FALTA DE PREJUÍZO. POSSIBILIDADE DE AS PARTES TRANSIGIREM A QUALQUER MOMENTO. PRECEDENTES. QUESTÃO PRELIMINAR NÃO ACOLHIDA. RECURSO DESPROVIDO. A falta de realização da audiência de conciliação e mediação prevista no art. 334 do CPC não acarreta nulidade do processo, pois inexiste prejuízoàs partes e podem transigir a qualquer momento. AÇÃO DE COBRANÇA. Sentença de procedência. Apelo do réu. Inconformismo que se limita a alegar a nulidade da sentença, por falta de designação de audiência de conciliação. Descabimento. Partes que poderão, a qualquer momento e grau de jurisdição, transigir, sem necessidade de designação de audiência para tanto. Inocorrência, ademais, de cerceamento defensório. Sentença mantida. Apelo desprovido. (TJSP, Apelação 1124201-48.2017.8.26.0100, 18ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Ramon Mateo JÚnior, DJe. 17/07/2018). Respeitando entendimento em contrário, a dispensa de audiência de conciliação, desde que devidamente fundamentada, não representa afronta aos princípios que regem o Código de Processo Civil, ao revés, prestigia a celeridade processual, inibindo o réu devedor em conturbar e atrasa o andamento do feito com chicanas paliativas. A despeito da obrigatoriedade da sessão de conciliação, a Lei previu hipóteses de sua dispensa, conforme §4º do art. 334 da Lei Processual, que não são hipóteses taxativas, de modo que o magistrado pode, de acordo com as circunstâncias do caso concreto, deixar de realizar a audiência de conciliação. Frise-se, igualmente, que segundo o princípio constitucional da legalidade, “ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Registre-se, ainda, que a parte interessada na composição pode aventá-la extrajudicialmente, incumbindo ao juízo tão somente a homologação do pacto, de sorte que não se verifica prejuízo com a supressão do ato processual. È indiscutível que encaminhar o processo para um centro especializado de conciliação para assim, prever pauta para agendamento é prejuízo certo para o autor, tendo em vista que pressupõe que o réu esteja citado, e somente após o ato, poderá manifestar-se se tem interesse ou não de compor acordo. O que costumeiramente não ocorre, pois o devedor se utiliza do manto da morosidade processual para se valer da impunidade. Pois, as audiências de conciliação, antes mesmo da pandemia de COVID, eram agendadas para data superior a 200 dias após encaminhamento para o CEJUSC, setor descentralizado especializado em audiências de conciliação. Nesse sentido, era praxe do devedor, quando citada se mantiver inerte e aguardar o agendamento da audiência, pois conforme já mencionado alhures, a audiência de conciliação só será dispensada se ambas as partes manifestarem contra sua realização. Assim, o devedor nem precisa de muito esforço para postergar a solução da lide em questão, tendo em vista que o próprio Código de Processo Cível, lhe beneficia com ônus do subterfugio. Consubstanciando com a afirmativa, o caput. Do artigo 334 é taxativo, não diz que o juiz poderá designar audiência de conciliação, afirma que o juiz designará audiência de conciliação. Por outro lado, A simples dispensa da audiência de conciliação não implica em nulidade processual, em vista da ausência de prejuízo para as partes, as quais podem transigir a qualquer tempo Princípio “pas de nullité sans grief”. Conquanto a conciliação deva ser estimulada no curso do processo (art. 3, §3º, do CPC), o agendamento de audiência para este fim específico não constitui ato obrigatório imposto ao Juiz, já que, além de a própria legislação adjetiva prever hipóteses excepcionando a regra (art. 334, §4º, do CPC), nada impede que as partes transijam a qualquer momento. Assim, ao se considerar que no ordenamento processual brasileiro exige-se a comprovação de inequívoco prejuízo à parte para que seja reconhecida a nulidade de um ato (princípio “pas de nullité sans grief”), inviável o acolhimento da preliminar em face da ausência de qualquer dano aos litigantes. CONCLUSÃO Conclui-se, então, que o agendamendo/encaminhamento para setor especializado para realização de audiência preliminar de conciliação quando não marcada, não trará prejuízo às partes, reforçando a teoria de que o instituto da conciliação deve ser buscada em todas as fases do processo, não havendo qualquer nulidade, e sim, nessas condições devem ser buscada a qualquer momento e insentivada pelos adminsitradores do direito e agistrados e nesse sentido, sopesada com o princípio da autocomposição, sabendo-se que se marcada haverá excessiva duração do processo, morosidade, e consequentemente, será favorável ao réu (principalmente naqueles casos dos grandes prestadores de serviços, litigantes habituais), deverá prevalecer o seguimento do processo, independente de tal audiência, sob pena de ferir-se todos os demais valores processuais. Na realidade prática, constata-se que embora somente em duas situações o juiz não poderá marcar a audiência preliminar de conciliação/mediação (desinteresse pelas duas partes em não conciliar e a impossibilidade de composição diante do objeto do litígio), o real é que por outros inumeros argumentos (excesso de pauta, ausência de moradia da parte do local da ação, ausência de prejuízo às partes pela possibilidade de conciliarem em outros momentos processuais etc) as audiências preliminares deixam de ser designadas, embora o Código de Processo Civil utilize o verbo dever, ou seja, o juiz deve marcar tal audiência. Havendo quem defenda a arguição de nulidade em preliminar de apelação pela não designação da audiência preliminar. Entende-se que não há como se falar em nulidade, pois que a todo o tempo a parte pode conciliar e o juiz deverá buscar a conciliação, conforme dispõe o art. 139, V do Código de Processo Civil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Leonardo Santana de. Comentários ao art. 331 do CPC – Da audiência preliminar. Rev. tex pro. Disponível em: <http://www.tex.pro.br/home/artigos/71-artigos-nov-2007/5 72 4-comentarios-ao-art-331-do- cpc-da-audiencia-preliminar-5556>. Acesso em: 08 set. 2017. ALVES, Bruno Luís. A conciliação e mediação no novo Código de Processo Civil. Rev. Conteúdo Jurídico. (2016) Disponível em:<http://conteudojuridico.com.br/ ?artigos&ver= 2. 56076>. Acesso em: 08 set. 2017. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O futuro da justiça: alguns mitos. Revista de Processo, v. 102, p. 228- 237, abr.-jun. 2001, p. 232. BATISTA, Fernando Domiciano Gonçalves. Conciliação e mediação no Novo Código de Processo Civl. Lex Magister Disponível em: <https://www.lex.com.br/doutrina_27507985 _CONCILIACAO_E_MEDIACAO_NO_NOVO_CODIGO_DE_P ROCESSO_CIVIL.aspx>. Acesso em: 13 set. 2017. BRASIL. Congresso nacional. Senado federal. Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil - 2010. Disponível em: <https://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/Anteprojeto. pdf>. Acesso em: 23 out. 2017. ______. Constituição Federal de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br /ccivil_ 03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em: 19 out. 2017. ______. Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civl. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 20 out. 2017. _______. Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2o do art. 6o da Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/Lei /L13140.htm >. Acesso em: 20 out. 2017. _______. Lei n. 5869/1973. Institui o Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm>. Acesso em: 19 out. 2017. _______. Resolução n. 125, de 29 de novembro de 2010. Conselho Nacional de Justiça, Poder Judiciário, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2579>. Acesso em: 20 out. 2017. FERREIRA, Diógenes. Aconciliação e a mediação frente ao novo Código de Processo Civil – Estudo comparado entre as duas codificações e suas mudanças. Disponível em: <https://diogenesferreira.jusbrasil.com.br/artigos/268101576/a-conciliacao-e-a-mediacao-frente-ao-novo- codigo-de-processo-civil>. Acesso em: 08 set. 2017. FERREIRA, Vieira. Juízes e Tribunais do Primeiro Império e da Regência, Imprensa Nacional, Boletim do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1937. OLIVEIRA FILHO, Jorge Roberto Cunha de. Da (in) eficácia e da (falta de) efetividade da audiência de conciliação prevista no novo Código de Processo Civil – NCPC aos processos em procedimento comum. (2017) Disponível em: <http://www.migalhas. com. br/dePeso/16,MI263832,41046- Da+in+eficacia+e+da+falta+de+efetividade+da+audiencia+ de+conciliacao>. Acesso em: 25 out. 2017. http://www.tex.pro.br/home/artigos/71-artigos-nov-2007/5%2072%204-comentarios-ao-art-331-do-cpc-da-audiencia-preliminar-5556 http://www.tex.pro.br/home/artigos/71-artigos-nov-2007/5%2072%204-comentarios-ao-art-331-do-cpc-da-audiencia-preliminar-5556 http://conteudojuridico.com.br/ https://www.lex.com.br/doutrina_27507985 https://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/Anteprojeto. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%3E. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm%3E. http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2579 https://diogenesferreira.jusbrasil.com.br/artigos/268101576/a-conciliacao-e-a-mediacao-frente-ao-novo-codigo-de-processo-civil%3E. https://diogenesferreira.jusbrasil.com.br/artigos/268101576/a-conciliacao-e-a-mediacao-frente-ao-novo-codigo-de-processo-civil%3E. http://www.migalhas./ GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. Coordenador Pedro Lenza. 8.ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2017. JÚNIOR, Fredie Didier. Curso de Direito Processual Civil – Introdução ao Direito Processual Civil, Parte Geral e Processo de Conhecimento. Vol 1. 18 ed. Salvador: Editora Jus Podivm, 2016. LUDWIG, Frederico Antônio Azevedo. A evolução histórica da busca por alternativas eficazes de resolução de litígios no Brasil. Rev. Ambito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito- juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12354>. Acesso em: 08 set. 2017. MACHADO, Marcelo Pacheco. Como escapar da audiência de conciliação ou mediação. (2016) Disponível em: <https://jota.info/colunas/novo-cpc/como-escapar-da-audiencia-de-concilia cao-ou-mediacao- novo-cpc-11042016>. Acesso em: 25 out. 2017. MARTINS, Daniela Vieira; MENDES, Roberta Mariana Souto; NEVES, Amanda Veloso. A conciliação no processo judicial brasileiro à luz do Código de Processo Civil de 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/51692/a-conciliacao-no-processo-judicial-brasile iro-a-luz-do-codigo-de-processo- civil-de-2015>. Acesso em: 08 set. 2017. MIGLIAVACCA, Carolina Moraes; MACEDO, Elaine Harzheim – Coordenação-Geral. Novo Código de Processo Civil Anotado – Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Escola Superior de Advocacia da OAB/RS. Porto Alegre, 2015. NÓBREGA, Guilherme Pupe da. As normas fundamentais do processo civil no CPC/15 – Primeira parte. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/ProcessoeProce dimento/106, MI230826,71043- As+normas+fundamentais+do+processo+civil+no+CPC15+ Primeira+parte>. Acesso em: 25 out. 2017. RINALDI, Luciano. As normas fundamentais do novo Código de Processo Civil. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-mai-24/luciano-rinaldi-normas-fundamen tais-cpc>. Acesso em: 25 out. 2017. SANTOS, Saulo do Nascimento; GADENZ, Danielli. A conciliação e a mediação no novo código de processo civil: incentivo do Estado ou violação do princípio da autonomia das partes?. Disponível em: <https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rdp/article/downloa d/851 8/4772>. Acesso em: 08 set. 2017. SILVA, KAREN MAGALHÃES DA. A Conciliação no Novo Código de Processo Civil. Disponível em: <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/10913/1/2015_KarenMagalhaesda Silva. pdf>. Acesso em: 08 set. 2017. SOUZA, Victor Roberto Corrêa de. O Novo Código de Processo Civil Brasileiro e a Audiência de Conciliação ou Mediação como fase inicial do Procedimento. Rev. Conpedi. Disponível em: <https://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/0j0ub037/6N3NEIBT5V xsI0fq>. Acesso em: 08 set. 2017. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. Vol 1. 26. ed. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1999. VICELLI, Gustavo de Melo. A Não Designação da Audiência Preliminar de Conciliação ou Mediação e a Real Efetividade do CPC/15. Disponível em: <http://emporio dodireito.com.br/leitura/a-nao-designacao-da- audiencia-preliminar-de-conciliacao-ou-medi acao-e-a-real-efetividade-do-cpc-15>. Acesso em: 25 out. 2017. http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12354 http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12354 https://jota.info/colunas/novo-cpc/como-escapar-da-audiencia-de-concilia https://jus.com.br/artigos/51692/a-conciliacao-no-processo-judicial-brasile http://www.migalhas.com.br/ProcessoeProce https://www.conjur.com.br/2017-mai-24/luciano-rinaldi-normas-fundamen http://bdm.unb.br/bitstream/10483/10913/1/2015_KarenMagalhaesda https://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/0j0ub037/6N3NEIBT5V
Compartilhar