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ANHANGUERA EDUCACIONAL
KASSYANNA HENNING PREU DOS SANTOS
ATIVIDADE DISCURSIVA
Disciplina de Direito Penal – Teoria das Penas
Pelotas, 
2021.
KASSYANNA HENNING PREU DOS SANTOS
ATIVIDADE DISCURSIVA
Disciplina de Disciplina de Direito Penal – Teoria das Penas
Trabalho apresentado no curso de Direito,
disciplina de Disciplina de Direito Penal – 
Teoria das Penas, sob supervisão da Prof. 
Débora Stagliano.
Pelotas, 
2021.
INTRODUÇÃO
O instituto da graça abrange a anistia, o indulto coletivo, o indulto individual (que são conhecidos como graça em sentido estrito), e a redução e a comutação de pena.
O indulto individual e o coletivo, bem como a redução e a comutação de pena, visam a individualização de sanções aplicadas em situações onde a própria lei não pôde individualizar.
As reduções e comutações são de competência exclusiva do Presidente da República, no Brasil. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, no artigo 84, XII, prevê a graça como ato de vontade privativa do chefe do executivo nacional. Já o artigo 81, XXII da Constituição, autoriza o Presidente da República outorgar ou delegar os poderes, mas isso, no entanto, não acontece. 
O instituto da graça abrange a anistia, o indulto coletivo, o indulto individual (que são conhecidos como graça em sentido estrito), e a redução e a comutação de pena.
A palavra anistia tem origem no grego amnestia, que significa esquecimento. Juridicamente o termo é usado para identificar aqueles atos do Estado que implicam perdão de condutas reprováveis.
O funcionamento de uma anistia varia segundo a época, o Estado, as circunstâncias. Mas a sua essência está no perdão, na extinção da punição, seja total ou parcial. Geralmente, um crime anistiado é tratado como um crime que nunca ocorreu. 
Além disso, a anistia difere de sentenças absolvitórias. Não se anistia alguém por julgá-lo e declará-lo inocente; indivíduos anistiados cometeram um crime, mas foram, por quaisquer motivos, perdoados. Não há processo legal, mas uma decisão política que parte do Poder Executivo ou Legislativo, do Chefe de Estado ou de quem detém este poder.
O entendimento da professora Maria Helena Diniz é de que anistia e indulto individual são sinônimos: “a graça é o perdão concedido pelo Presidente da República, favorecendo um condenado por crime comum ou por contravenção, extinguindo-lhe ou diminuindo-lhe a pena imposta. Ter-se-á o perdão, se a graça for individual, e o indulto, se coletiva.”
Indulto coletivo é concedido independentemente de provocação, sem audiência dos órgãos técnicos, pelo Presidente da República, em ocasiões especiais, sendo uma tradição o indulto coletivo, concedido, todos os anos, nas vésperas do Natal (ROMANO, 2017).
A comutação de pena refere-se a substituição de uma pena ou sentença mais grave por uma mais branda/leve.
A substituição da pena, por exemplo, privativa de liberdade pode ser mudada para uma pena restritiva de direitos, a qual é mais leve que a primeira. Tal substituição é deliberada pelo Presidente da República.
A redução de pena, como o próprio nome evidencia, reduz o tempo do apenado, sem que este necessariamente tenha cumprido o tempo mínimo legal.
Na idade média, o poder era exercido por pessoas sem soberania, por exemplo, em situações de clemência dos tribunais e asilo oferecido por senhores feudais.
A graça, prevista no artigo 117, II, se insere como instrumento de freios e contrapesos, passando a ser usada como medida modeladora para contenção do Poder Judiciário, dentro do princípio dos controles recíprocos, como também medida de política criminal individualizadora da pena (SOUZA, 1983).
A graça encontra-se entre as causas da extinção de punibilidade. Roberto Lyra afirma que a graça atende as razões excepcionais de política penitenciária, aperfeiçoa a individualização e completa a indeterminação, legalmente limitadas. 
González Roura evidencia que, se o comportamento do preso demonstra, de fato, capacidade de readaptação social, inexiste razão de a pena continuar como sendo útil e necessária. Desta forma, haveria a possibilidade de realizar o pedido da graça.
Lembra-se, aqui, que, obtida a graça, o crime ainda existe e, se o agraciado cometer outro delito, não será mais réu primário. 
A graça e o indulto também não impedem a reparação do dano na esfera Cível.
Quando se trata de pedidos individuais de graça, o Presidente da República considerará a necessidade de permanência em determinado regime, quando o preso já demonstrou estar apto a passar para regime menos severo. Ou seja, se a pena tem a finalidade de punir e readaptar, é correta a aplicação do instituto quando a pena já atingiu seu fim e a readaptação é concretizada.
A graça se interpõe, portanto, de acordo com Jarbas Fidelis de Souza, entre todos os permissivos legais com o fim único de corrigir os rigorismos na elaboração de leis, sua execução e aplicação.
O capítulo IV, título I, do Código de Processo Penal, em seus artigos 734 a 742, determinam um pouco sobre como funciona o pedido de graça:
Art. 734.  A graça poderá ser provocada por petição do condenado, de qualquer pessoa do povo, do Conselho Penitenciário, ou do Ministério Público, ressalvada, entretanto, ao Presidente da República, a faculdade de concedê-la espontaneamente.
Art. 735.  A petição de graça, acompanhada dos documentos com que o impetrante a instruir, será remetida ao ministro da Justiça por intermédio do Conselho Penitenciário.
Art. 736.  O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo, e depois de ouvir o diretor do estabelecimento penal a que estiver recolhido o condenado, fará, em relatório, a narração do fato criminoso, examinará as provas, mencionará qualquer formalidade ou circunstância omitida na petição e exporá os antecedentes do condenado e seu procedimento depois de preso, opinando sobre o mérito do pedido.            
Art. 737.  Processada no Ministério da Justiça, com os documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a petição subirá a despacho do Presidente da República, a quem serão presentes os autos do processo ou a certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar.
Art. 738.  Concedida a graça e junta aos autos cópia do decreto, o juiz declarará extinta a pena ou penas, ou ajustará a execução aos termos do decreto, no caso de redução ou comutação de pena.
Art. 739.  O condenado poderá recusar a comutação da pena.
Art. 740.  Os autos da petição de graça serão arquivados no Ministério da Justiça.
Art. 741.  Se o réu for beneficiado por indulto, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, do Ministério Público ou por iniciativa do Conselho Penitenciário, providenciará de acordo com o disposto no art. 738.
Art. 742.  Concedida a anistia após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, do Ministério Público ou por iniciativa do Conselho Penitenciário, declarará extinta a pena.
Os citados artigos, porém, são extremamente superficiais, não esclarecendo quais peças devem instruir a petição.
De acordo com SOUZA (1983), além dos documentos que o interessado achar conveniente, deve-se anexar cópias da denúncia, sentença ou acórdão, transitados em julgado, ou prova de que só a defesa recorreu. Se foi julgado em Tribunal do Júri, deve-se anexar também a sentença de pronúncia. Também deve ser encaminhada demonstração das penas, indicando o quantum já cumprido, prova de cessação de periculosidade se for o caso e relatório do dirigente do estabelecimento prisional onde o interessado cumpre pena. 
Segundo o artigo 188 da Lei de Execução Penal, também são legitimados para provocar o pedido: o Ministério Público, Conselho Penitenciário ou a autoridade administrativa.
Embora seja apenas uma possibilidade ainda não usada na República, especialmente em casos de corrupção, em favor dos delatores (ou mesmo condenados em face de serviços prestados ao país) o Presidente pode conceder a graça a estes delatores ou condenados. Discute-se a possibilidade de controle do méritode ato presidencial, por parte do Judiciário (CONSOLARO; ROSA; LOPES Jr; 2017).
Em geral, não há caminhos, métodos ou precedentes que sejam regras para a concessão da graça pelo Presidente da República. É ato de vontade do chefe do executivo nacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DICIONÁRIO JURÍDICO. Comutação de Pena. Disponível em: < https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1034/Comutacao-de-pena > Acesso em 18 de março de 2021.
SOUZA, Jarbas Fidelis. Breves Considerações sobre a Graça, Indulto e Comutação de Pena. Disponível em: < https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/181478/000403563.pdf?sequence=3&isAllowed=y > Acesso em 18 de março de 2021.
TARGUETA, Ana. Anistia, Graça ou Indulto. Disponível em: < https://anacarolinatargueta.jusbrasil.com.br/artigos/307662669/anistia-graca-ou-indulto > Acesso em 23 de março de 2021.
SOUZA, Jarbas Fidelis. Breves Considerações sobre a Graça, Indulto e Comutação de Pena. Disponível em: < https://bdjur.tjdft.jus.br/xmlui/bitstream/handle/tjdft/35133/breves%20considera%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20a%20gra%C3%A7a.pdf?sequence=1 > Acesso em 23 de março de 2021.
CONSOLARO, Gabriela; ROSA, Alexandre Morais da; LOPES Jr, Aury. O presidente pode conceder a delatores perdão da pena por meio da graça? Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2017-nov-24/limite-penal-presidente-perdoar-pena-delatores-meio-graca > Acesso em 23 de março de 2021.
República Federativa do Brasil. Código de Processo Penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm > Acesso em 23 de março de 2021.
República Federativa do Brasil. Lei de Execução Penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm > Acesso em 23 de março de 2021.
República Federativa do Brasil. Constituição Federal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm > Acesso em 23 de março de 2021.

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