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História da Terapia Ocupacional na América LatinaAULA 3 A PRIMEIRA DÉCADA DE CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL (1956-1966) Foca nos argumentos para a criação e desenvolvimento na América Latina, mostrando a diferença da justificativa dos Estados Unidos. INTRODUÇÃO → Entender o que é América Latina, compreender as interconexões e processos históricos que trouxeram a Terapia Ocupacional. Com isso os movimentos de criação dos primeiros programas de formação profissional, nos diferentes países da América Latina.Região América Latina · Alguns autores consideram como países de colonização latina (Portugal, Espanha, Itália) e outros os que estão abaixo dos Estados Unidos, sendo eles: Argentina Bolívia Costa Rica Guiana Haiti Paraguai Antiguae e Barbuda Belize Cuba Guatemala Honduras Peru Aruba Brasil Dominica Granada México República Dominicana Bahamas Chile Equador Jamaica Nicarágua Uruguai Barbados Colômbia El Salvador Santa Lucía de Trinidad e Tobago Panamá Venezuela Surgimento da terapia ocupacional nos Estados Unidos da América Nos Estados Unidos, o surgimento ocorre através de mulheres sendo as protagonistas com diferentes formações profissionais, porém necessitando da legitimação do biomédico. · Com a ampliação da circulação e inserção da mulher pela sociedade e em diferentes espaços sociais, as referências femininas começaram a surgir de maneira pública. De instituições de ensino, caridade, universidade etc. · Com a criação da Hull House, Escola de Cívica e Filantropia de Chicago, foi onde muitas jovens foram impulsionadas, principalmente pelo movimento feminista; modificou a noção de ajuda, focando em atividades laborais e redefine o mercado de trabalho (movimento de artes e ofícios). · Era um abrigo, contribuía para formação política, profissional e laboral de muitas mulheres, fornecia ajuda a muitas famílias de imigrantes e crianças carentes. · As mulheres fundadoras, Jane Addams e Ellen Gates Starr, buscavam fornecer uma ajuda imediata as outras mulheres e famílias de imigrantes. · Adolf Meyer se junta a elas e começam a trabalhar com reformas no tratamento de pessoas com problemas mentais; em 1910, ele solicita uma indicação a Julia Lathrop para incorporar ao Hospital Johns Hopkins, ela lhe sugeriu Slagle. · Após dois anos, Slagle se destacava como principal referência no serviço de terapia ocupacional. · As principais dificuldades no início do desenvolvimento da profissão foi: o posicionamento dentro da medicina e ser considerada uma profissão de mulheres. · Buscando articulações com a medicina para ser reconhecida. · As primeiras consideradas terapeutas ocupacionais foram Eleanor Clarke Slagle, Susan Cox Jonhson e Susan Elizabeth Tracy. · Com a Primeira Guerra Mundial a terapia ocupacional recebeu um grande impulso no seu desenvolvimento, se configurando como os “auxiliares da reconstrução”, teve uma retomada da expansão com a Segunda Guerra Mundial, chegando na América Latina, a partir da década de 1950. MÉTODO → Para obter os dados foi necessário a identificação dos colaboradores, os quais são membros da Confederação Latino-americana de Terapia Ocupacional (CLATO, fundada em 1997), cada representante trouxe documentos com um recorte histórico dos primeiros dez anos desde a criação do primeiro programa de formação em terapia ocupacional na América Latina, anos de 1956 e 1966: · Brasil, México, Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia. RESULTADOS E DISCUSSÃO → Não é possível falar uma única história na América Latina (deixar de largo os outros pontos de vistas da história contada). · Realidades diferentes; · Épocas distintas; · Palavras com outros significados. Antecedentes e enquadres da implementação da terapia ocupacional na América LatinaArgumento 1 Epidemias de poliomielite e a história da loucura (ideias do tratamento da moral). A poliomielite e os centros de reabilitação A poliomielite, causou invalidez e morte infantil, durante séculos, até a criação da vacina em meados da década de 1950. · Os primeiros casos identificados e registrados, foram no final do século XIX a 1928, ocorrendo apenas entre os anos 1930, 1940 e 1950, o seu reconhecimento epidêmico.Interdisciplinar · As suas consequências foram utilizadas como argumentos para a criação e/ou ampliação de centros de reabilitação. · Algumas das principais instituições começaram os programas de formação de terapia ocupacional em 1950.Enquanto não chega à vacina · Com esse contexto os países foram obrigados a lidar com as causas das epidemias da poliomielite ao mesmo tempo que tentavam técnicas de prevenções às infecções. · Desencadeou o desenvolvimento das disciplinas que envolvessem reabilitação; · Importação de conhecimentos e práticas utilizadas nos países do Norte. · Estabeleceu criação e expansão de carreiras (tecnologias médias) · Interdisciplinar/multiprofissionalLeitura de comportamento como ação moral · Começa a criar a formação técnicas médicas As ocupações e o trabalho no processo de reabilitaçãoArgumento 2 Hospitais psiquiátricos e as instituições que tratavam as pessoas tidas como loucas, ou com problemas consequentes das questões sociais. · Detentos, pessoas em situação de rua ou prostitutas, por exemplo. · Internados nas instituições por serem considerados desviantes (desvio social).Tratamento da moral · Uso das atividades – ocupações – trabalho como forma de tratamento e/ou cuidado. · Sofrimento institucionalizado;O Estado interverias pessoas desviantes · Controle dos corpos; · Manutenção da ordem das tarefas básicas para o funcionamento da instituição.Voltassem a uma “normalização” · Trabalho não remunerado, muitas vezes obrigatórios. Cooperação internacional Devido ao histórico das epidemias de poliomielite, vários projetos de cooperação internacional tiveram papel importante na criação e desenvolvimento dos primeiros programas de formação profissional. Destacam-se: · ONU–Organizações das Nações Unidas; · OIT–Organizações Internacional do Trabalho;Conceito de direitos humanos · OMS-Organização Mundial da Saúde; · OPAS-Organização Pan-Americana da Saúde. · Organismos criados com o fim da Primeira Guerra e compartilhado com a Segunda Guerra Mundial. · Cooperação Internacional para o Desenvolvimento que começou a ser institucionalizada por meio da emergência de normas, discursos, práticas. · Intuito central de resolver os problemas (causados por eles mesmos). · Buscavam também vinculações ideológica nos países de terceiro mundo. · “Subdesenvolvimento” é resultado de relações históricas. · Uma ajuda concebida como intrinsecamente boa, é necessária e humanitária. · “Desenvolvimento” de uma nação se iguala ao crescimento econômico, com o intuito de modernizar e de reproduzir o modelo de primeiro mundo. · A América Latina começa a receber assessoria de consultores da ONU, OIT e OMS, para realizar cursos de capacitação, para ajudar no processo de reabilitação (acidentes de trabalho ou poliomielite). · Formação de recursos humanos · Criação de serviços · Programas de formação de outras profissionalidades Implantação dos programas de formação Na década de 1950 é iniciada a criação dos programas de formação em Terapia Ocupacional na América Latina. · Argentina, Brasil e México, antes dos programas de formação, já existia curso de capacitação. · O Brasil foi o primeiro com escolas técnicas (1956), no Rio de Janeiro. · Os cinco primeiro: Brasil (1956), México (1957), Brasil (1958), Argentina (1959) e Venezuela (1959), eram associações de assistência. · De 1962 em diante começa a ser criado em universidades.WFOT – Federação Mundial de Terapeutas Ocupacionais Hierarquização de carreiras profissionais e subalternização de gênero As instituições de ensino superior não era espaços para mulheres até recentemente, com isso se produziu uma desigualdade de gênero e divisão sexual do trabalho ainda maior, que reflete até os dias de hoje. Algumas profissões foram impulsionadas com o acesso das mulheres ao ensino superior, ajudando a posicionar mais a mulher no campode ensino superior, no mundo do trabalho e no contexto social. · “Homens médicos, mulheres enfermeiras”. · Terapia Ocupacional, suas duas características principais: 1º-Profissão considerada subalterna a medicina, principalmente na área de reabilitação; 2º-Considerada uma profissão para mulheres, por isso foi dado menos valor na hierarquia das profissões. · Por ser formada em sua maioria por mulheres, continua sendo subalterna a medicina. · Com exceção do Chile, todos os países analisados tiveram primeiro a Terapia Ocupacional em nível técnico. · Até se tornar uma formação universitária foi vinculada com outras tecnologias médicas, justificando suas práticas com base no discurso médico, por ser submetida a tais conhecimentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS → Com a análise das histórias da terapia ocupacional e a criação de programas de formação profissional na América Latina tem processos diferentes, porém tem como foco na sua expansão devido às epidemias de poliomielite e a história da “loucura”. · Junta partes da história, características importantes que se localizam no tempo em um contexto social, que nos permite questionar e pensar sobre o que os terapeutas ocupacionais querem e podem produzir em seu tempo. 3 dimensões Prática Formação Profissão Antes de 1956 Criação do curso técnico em 1956 Lei regulamenta a profissão em 1969 Vagas genericas até regulamnetar A PRIMEIRA DÉCADA DE CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL (1956 - 1966) Foca nos argumentos para a criação e desenvolvimento na América Latina, mostrando a diferença da justificativa dos Estados Unidos. INTRODUÇÃO ? Entender o que é América Latina, compreender as interconexões e processos históricos que trouxeram a Terapia Ocupacional. Com isso os movimentos de criação dos primeir os programas de formação profissional, nos diferentes países da América Latina. A mérica Latina · A lguns autores consideram como p aíses de colonização latina (Portugal, Espanha, Itália) e outros os que estão abaixo dos Estados Unidos , sendo eles : Argentina Bolívia Costa Rica Guiana Haiti Paraguai Antiguae e Barbuda Belize Cuba Guatemala Honduras Peru Aruba Brasil Dominica Granada México República Dominicana Bahamas Chile Equador Jamaica Nicarágua Uruguai Barbados Colômbia El Salvador Santa Lucía de Trinidad e Tobago Panamá Venezuela Surgimento da terapia ocupacional nos Estados Unidos da América Nos Estados Unidos, o surgimento ocorre através de mulheres sendo as protagonistas com diferentes formações profissionais, porém necessitando da legitimação do biomédico. · Com a ampliação da circulação e inserção da mulher pela s ociedade e em diferentes espaços sociais, as referências femininas começaram a surgir de maneira pública. De instituições de ensino, car idade, universidade etc. · Com a criação da Hull House, Escola de Cívica e Filantropia de Chicago, foi onde muitas jovens foram impulsionadas, principalmente pelo movimento feminista; modificou a noção de ajuda, focando em atividades laborais e redefine o me rcado de trabalho (movimento de artes e ofícios) . o Era um abrigo, contribuía para formação política, profissional e laboral de muitas mulheres, fornecia ajuda a muitas famílias de imigrantes e crianças carentes. · As mulheres fundadoras, Jane Addams e Ellen G ates Starr, buscavam fornecer uma ajuda imediata as outras mulheres e famílias de imigrantes. · Adolf Meyer se junta a elas e começam a trabalhar com reformas no tratamento de pessoas com problemas mentais; em 1910, ele solicita uma indicação a Julia Lathrop para incorporar ao Hospital Johns Hopkins, ela lhe sugeriu Slagle. o Após dois anos, Slagle se destacava como principal referência no serviço de terapia ocupacional. · As principais dificuldades no início do desenvolvimento da profissão foi: o posicion amento dentro da medicina e ser considerada uma profissão de mulheres. o Buscando articulações com a medicina para ser reconhecida. · As primeiras consideradas terapeutas ocupacionais foram Eleanor Clarke Slagle, Susan Cox Jonhson e Susan Elizabeth Tracy. · Com a Primeira Guerra Mundial a terapia ocupacional recebeu um grande impulso no seu desenvolvimento, se configurando como os “auxiliares da reconstrução”, teve uma retomada da expansão com a Segunda Guerra Mundial, chegando na América Latina, a partir da déca da de 1950. AULA 3 A PRIMEIRA DÉCADA DE CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL (1956-1966) Foca nos argumentos para a criação e desenvolvimento na América Latina, mostrando a diferença da justificativa dos Estados Unidos. INTRODUÇÃO ? Entender o que é América Latina, compreender as interconexões e processos históricos que trouxeram a Terapia Ocupacional. Com isso os movimentos de criação dos primeiros programas de formação profissional, nos diferentes países da América Latina. América Latina Alguns autores consideram como países de colonização latina (Portugal, Espanha, Itália) e outros os que estão abaixo dos Estados Unidos, sendo eles: Argentina Bolívia Costa Rica Guiana Haiti Paraguai Antiguae e Barbuda Belize Cuba Guatemala Honduras Peru Aruba Brasil Dominica Granada México República Dominicana Bahamas Chile Equador Jamaica Nicarágua Uruguai Barbados Colômbia El Salvador Santa Lucía de Trinidad e Tobago Panamá Venezuela Surgimento da terapia ocupacional nos Estados Unidos da América Nos Estados Unidos, o surgimento ocorre através de mulheres sendo as protagonistas com diferentes formações profissionais, porém necessitando da legitimação do biomédico. Com a ampliação da circulação e inserção da mulher pela sociedade e em diferentes espaços sociais, as referências femininas começaram a surgir de maneira pública. De instituições de ensino, caridade, universidade etc. Com a criação da Hull House, Escola de Cívica e Filantropia de Chicago, foi onde muitas jovens foram impulsionadas, principalmente pelo movimento feminista; modificou a noção de ajuda, focando em atividades laborais e redefine o mercado de trabalho (movimento de artes e ofícios). o Era um abrigo, contribuía para formação política, profissional e laboral de muitas mulheres, fornecia ajuda a muitas famílias de imigrantes e crianças carentes. As mulheres fundadoras, Jane Addams e Ellen Gates Starr, buscavam fornecer uma ajuda imediata as outras mulheres e famílias de imigrantes. Adolf Meyer se junta a elas e começam a trabalhar com reformas no tratamento de pessoas com problemas mentais; em 1910, ele solicita uma indicação a Julia Lathrop para incorporar ao Hospital Johns Hopkins, ela lhe sugeriu Slagle. o Após dois anos, Slagle se destacava como principal referência no serviço de terapia ocupacional. As principais dificuldades no início do desenvolvimento da profissão foi: o posicionamento dentro da medicina e ser considerada uma profissão de mulheres. o Buscando articulações com a medicina para ser reconhecida. As primeiras consideradas terapeutas ocupacionais foram Eleanor Clarke Slagle, Susan Cox Jonhson e Susan Elizabeth Tracy. Com a Primeira Guerra Mundial a terapia ocupacional recebeu um grande impulso no seu desenvolvimento, se configurando como os “auxiliares da reconstrução”, teve uma retomada da expansão com a Segunda Guerra Mundial, chegando na América Latina, a partir da década de 1950. AULA 3
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