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CENTRO UNIVERSITARIO LUTERANO DE SANTARÉM CEULS/ULBRA BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL ADRIANI GALVÃO RODRIGUES BENJAMIN GUSTAVO ROCHA MOREIRA GABRIEL SOUSA DE OLIVEIRA JACKSON FREITAS BATISTA LEANDRO FERREIRA BENEVENTES SÉRGIO FERNANDES DE AGUIAR CÁLCULO DAS CAMADAS DE UM REVESTIMENTO FLEXÍVEL Santarém-PA 2021 ADRIANI GALVÃO RODRIGUES BENJAMIN GUSTAVO ROCHA MOREIRA GABRIEL SOUSA DE OLIVEIRA JACKSON FREITAS BATISTA LEANDRO FERREIRA BENEVENTES SÉRGIO FERNANDES DE AGUIAR CÁLCULO DAS CAMADAS DE UM REVESTIMENTO FLEXÍVEL Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Santarém, como requisito parcial para obtenção da nota da AP1 da disciplina de Pavimentação Rodoviária, ministrada pelo Profº. MSc. Sérgio Melo. Santarém-PA 2021 LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Extensão de Uso Av. Cuiabá 06 Figura 02 – Área da via em estudo 06 Figura 03 – Coeficientes de Equivalência Estrutural 08 Figura 04 – Definição do Tipo e Espessura do Revestimento 09 Figura 05 – Inequações para deter. das Espessuras Camadas Figura 06 – Definição das espessuras das camadas 09 Figura 07 – Curvas para determinação das espessuras das camadas 10 Figura 08 – Determinação das espessuras das camadas para Cálculo 12 Figura 09 – Determinação da Resultante 14 09 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 2. CÁLCULO DAS CAMADAS DE UM REVESTIMENTO FLEXIVEL ................. 6 2.1. ÁREA EM ESTUDO ............................................................................................................... 6 2.2. CARACTERIZAÇÃO ............................................................................................................... 7 3. METODOLOGIA ............................................................................................... 7 3.1. SEQUÊNCIA DE CÁLCULOS ................................................................................................... 8 3.2. MEMORIAL DE CÁLCULO ................................................................................................... 11 4. CONCLUSÃO ................................................................................................. 15 5. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 16 5 1. INTRODUÇÃO Os pavimentos flexíveis são aqueles constituídos por camadas que não trabalham à tração. Normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas puramente granulares. A capacidade de suporte é função das características de distribuição de cargas por um sistema de camadas superpostas, onde as de melhor qualidade encontram-se mais próximas da carga aplicada. No dimensionamento tradicional são consideradas as características geotécnicas dos materiais a serem usados, e a definição da espessura das várias camadas depende do valor da CBR e do mínimo de solicitação de um eixo padrão. Segundo a NBR-7207/82 da ABNT tem-se a seguinte definição: "O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto, a: resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego; melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança; resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento. Sabendo desses critérios, elencamos neste estudo as etapas necessárias junto com memorial de cálculo para evidenciar a importância dos processos que estão incluindo em cada parte das camadas, junto com suas peculiaridades nos respectivos cálculos. O estudo foi elaborado com a finalidade de conceber e detalhar a estrutura do pavimento fictício, com base nas normas e recomendações do DNIT. Assim, procurou-se obter camadas do pavimento de forma que elas tenham condições de suportar as solicitações impostas pelo tráfego, mantendo o conforto e a segurança dos usuários. 6 2. CÁLCULO DAS CAMADAS DE UM REVESTIMENTO FLEXIVEL 2.1. ÁREA EM ESTUDO Em primeiro lugar, foi necessário fazer a escolha da área em estudo. Para isto, escolhemos uma rodovia de alta importância na cidade de Santarém PA, onde a mesma da acesso a diversos veículos diariamente e possui um tráfego intenso de carretas. Trata-se da Av. Cuiabá, especificamente entre o Viaduto de acesso a Fernando Guilhom, até ao 3° Batalhão de Policia Civil. Esse perímetro possui mão de sentido duplo, sendo a respectiva via dividida por um meio-fio com arvores nativas da região. Figura 01 – Extensão de Uso Av. Cuiabá Fonte: Google Earth, 2021. A rodovia tem área total média de 7344 m², sendo estes a extensão de 537,54 m e uma largura média de 8 m cada sentido. Para efeito de cálculo, consideraremos o valor de 10 m de largura, para mensurar uma proximidade dos resultados desejados. Figura 02 – Área da via em estudo Fonte: Google Earth, 2021. 7 2.2. CARACTERIZAÇÃO Para efeito do memorial de cálculo, abordaremos as seguintes característica das camadas: Subleito: CBR >= 2%; Expansão <= 2%. Reforço do Subleito: CBR maior que o do subleito; e Expansão <= 1%. Sub-base: CBR >= 20%; e Expansão <= 1%. Base: Quando o número “N” > 5 x 106, então: CBR >= 80%; Expansão <= 0,5%; Limite de Liquidez (LL) <= 25%; e Índice de Plasticidade (IP) <= 6%. Quando o número “N” <= 5 x 106, então: CBR >= 60%; e Faixas Granulométricas> E e F. 3. METODOLOGIA Além dos materiais, o dimensionamento do pavimento também leva em consideração o efeito destrutivo do tráfego que é representado pelo número equivalente de operações de um eixo tomado como padrão, durante o período de projeto escolhido (entenda a influência do tráfego sobre o dimensionamento do pavimento flexível. De posse das informações das camadas constituintes e do número “N”, o próximo passo é determinar os coeficientes de equivalência estrutural para as diferentes camadas que irão constituir o futuro pavimento. De acordo com o tipo de material é possível determinar o coeficiente através da tabela da Figura 1, tal 8 coeficiente varia de 2 para bases ou revestimento com material betuminoso até 1 para as camadas granulares. Figura 3 - Coeficientes de Equivalência Estrutural Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, os coeficientes estruturais são designados por: Revestimento: KR; Base: KB; Sub base: KS; Reforço: KRef. 3.1. SEQUÊNCIA DE CÁLCULOS O primeiro passo para definição das camadas é escolher o tipo de revestimento, o qual está diretamente relacionado com o esforço do tráfego indicado pelo número “N”. A Figura 2 apresenta a tabela na qual o tipo e a espessura mínima do revestimento são definidos. 9 Figura 4 – Definição do Tipo e Espessura do Revestimento Tentando ser o mais didático possível para facilitar o entendimento, o próximo passo para dimensionamento do pavimento é definir as espessuras das camadas utilizando inequações pré-definidas no método (Figura 5) e pelas curvas indicadas na Figura 7, as quais determinam a espessura de material que deve estar sobre uma camada considerando parâmetros de tráfego e de suporte dos materiais constituintes. Figura 5 – Inequações para determinação das Espessuras das Camadas • R = Espessura do revestimento; • B = Espessura da camada de base; • H20 = Espessura sobre a camada de sub base; • h20 = Espessura da camada de sub base; • Hn = Espessura sobre a camada de reforço do subleito; • hN = Espessura da camada de reforço do subleito;• HM = Espessura sobre a camada de subleito; • A figura 6 ajuda no melhor entendimento dos índices apresentados. Figura 6– Definição das espessuras das camadas 10 Figura 7 – Curvas para determinação das espessuras das camadas Para facilitar o entendimento, na Figura 7 o eixo das abscissas apresenta a potência de 10 do número “N” e o eixo das ordenadas apresenta a espessura máxima que deve existir sobre a camada estudada. É importante ressaltar que as normas apresentam que as espessuras máximas e mínimas que devem ser adotadas para cada camada são respectivamente 20cm e 10cm. As normas ressaltam também que a espessura mínima para facilitar a construção a ser adotada para as camadas deve ser de 15cm. Uma observação importante é que, mesmo que o CBR da camada de sub base seja superior a 20%, a espessura do pavimento para protegê-la é determinada como se o valor fosse 20 e, por esta razão, sempre são usados os símbolos H20 e h20. 11 Dessa forma, utilizando-se as inequações da (Figura 5) e as curvas da respectiva, é possível determinar as espessuras das camadas do pavimento. 3.2. MEMORIAL DE CÁLCULO Dados fictícios da Rodovia de análise do estudo; • Volume médio = 1600 veículos\dia • Período = 20 anos • Fator de Veículo = 1,8 • Subleito existente: CBR=4; • Material disponível para o reforço do subleito: CBR=10; • Material disponível para a sub-base: CBR=25; • Material disponível para a base: CBR=90. RESOLUÇÃO: 1°ETAPA: Calcular o valor de N Para iniciarmos o cálculo do número de operações de um eixo padrão, representado por N, durante um determinado intervalo de tempo, precisamos encontrar o valor do volume de tráfego na via, conforme abaixo: Vt=365.P*Vm Vt=365.20*1600 Vt=11.680.000 Portanto: N=Vt*FV N=11680000.1,8=2,1x107 2°ETAPA: Determinar a espessura mínima do revestimento Calculado o valor de N, devemos agora determinar a espessura mínima para o revestimento e seu tipo indicado, por meio da (Figura 4). O revestimento será, portanto, do tipo concreto betuminoso com espessura mínima (R) de 10,0 cm. 3°ETAPA: Determinar a espessura total do pavimento Devemos agora determinar a espessura total do pavimento (Hx), por meio do ábaco da (figura 6). 12 Conforme a imagem acima, precisamos determinar, através do ábaco abaixo, os valores de Hm, sendo m=4 (CBR do subleito), Hn, sendo m=10 (CBR do reforço do subleito), e H20. Vale observarmos que o CBR da sub-base é 25 e não 20, no entanto, a espessura do pavimento necessário para protegê-la é determinada como se esse valor fosse 20 e, por esta razão, usa-se sempre a simbologia H20. Figura 8 – Determinação das espessuras das camadas para Cálculo Para determinarmos as espessuras acima basta que tracemos uma reta vertical a partir do valor de N da estrada até cruzar a reta com o valor do CBR da camada a ser protegida (ou um valor aproximado). Por fim, basta apenas traçarmos uma outra reta horizontal em direção ao valor da espessura. Resultantes: H4= 78 cm - H10= 46 cm - H20= 27 cm 13 4°ETAPA: Determinar K Para determinarmos o valor de K de cada camada, basta observarmos a (Figura 4). Já temos a informação acerca do tipo de revestimento, logo, de acordo com a tabela acima, o K do revestimento será 2,0. No entanto, não possuímos informações as camadas de base, sub-base e reforço do subleito, iremos considerá-las como sendo de material granular, com K=1,0. Logo: KR=2,0 KB=1,0 KS=1,0 KRef=1,0 5°ETAPA: Cálculo da Espessura das Camadas O cálculo da espessura das camadas é feito de maneira bem simples por meio das inequações abaixo. Devemos começar pela ordem que as equações estão colocadas, usando a espessura mínima de revestimento encontrada no passo 02. Vale lembrar que, como nesta situação N>107, ao se utilizar a inequação, devemos usar um fator de segurança de 1,2 multiplicando a espessura de proteção da sub-base(H20). Logo: R.KR+B.KB≥H20.1,2 10.2,0+B.1,0≥27.1,2 B≥12,4cm Portanto, iremos adotar o valor de 15 cm para a base. R.KR+B.KB+h20Ks≥H9 10.2,0+15.1,0+h20.1≥46 h20≥11cm Portanto, iremos adotar o valor de 15 cm para a sub-base. R.KR+B.KB+h20.KS+h9.Kref≥H3 10.2,0+15.1,0+15.1,0+h9.1,0≥78 h9≥28cm 14 Como já sabemos, a espessura máxima para compactação é de 20 cm. Portanto, não podemos adotar esta configuração. Neste caso, uma das várias alternativas possíveis será aumentar a espessura da base e sub-base para 20 cm. Vejamos: R.KR+B.KB+h20.KS+h9.Kref≥H3 10.2,0+20.1,0+20.1,0+h9.1,0≥78 h9≥18cm Portanto, iremos adotar o valor de 20 cm para o reforço do subleito. 6°ETAPA: Resultante Este foi o resultado final do dimensionamento de uma estrada. Figura 9 – Determinação da Resultante 15 4. CONCLUSÃO Como elencado no conteúdo do trabalho proposto, o cálculo para dimensionamento das camadas de um pavimento asfáltico é de suma importância para os processos construtivos envolvido neste meio de execução. Faz-se necessário o entendimento teórico e prático de cada determinante, adotando os métodos corretos e analisando cada situação diretamente envolvida de cada ambiente a ser trabalhado. É com extrema importância a mensuração fictícia desse memorial enumerado, visto que trata da pertinente abordagem do ser humano no dia-dia para trafego de veículos e locomoção em massa da população e insumos, sem falar no grande envolvimento comercial, social e político, portanto, faz-se necessários os principais agentes construtivos de criação e execução de projetos de pavimentação flexível tenham aprimorada esses respectivos objetos como base. 16 5. REFERÊNCIAS GOOGLE EARTH. Mapeamento global: cidade de Santarém/PA. 2021. Disponível em: <https://satellite-map.gosur.com/pt/?mylocation=1&ll=- 2.45186539059722,-54.70259892409558&z=18.715895247410675&t=satellite>. Acesso em 15 de setembro de 2021. GOOGLE EARTH PRO. Mapeamento global: cidade de Santarém/PA. 2021. Disponível em: <https://satellite-map.gosur.com/pt/?mylocation=1&ll=- 2.45186539059722,-54.70259892409558&z=18.715895247410675&t=satellite>. Acesso em 15 de setembro de 2021. SOUZA, Ruiter da silva. Terraplanagem e pavimentação. PUC GOIAIS, 2020. Disponível em: <http://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/17735/materi al/AulaPavimento.pdf>. Acesso em 16 de setembro 2021. VIANNA, A. A. D., 2002, Contribuição para o Estabelecimento de um Material Padrão e de Metodologia para Calibração de Equipamentos de Ensaios Dinâmicos. Tese de M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Bras
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