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APOSTILA TEÓRICA PARA CONCURSOS 2019 PROF. ELI CASTRO. FUNDAMENTAÇÃO Esta apostila está fundamentada nas seguintes gramáticas: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha & Lindley Cintra; Nova Gramática da Língua Portuguesa, de Evanildo Bechara; Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, Gramática para Concursos, de Marcelo Rosenthal e A Gramática para concursos, de Fernando Pestana. Das cinco, sugiro a última, uma vez que ela é rica em exercícios e traz base teórica na medida certa. Também sugiro a aquisição do Dicionário Houaiss, o melhor disponível no mercado. ******* O AUTOR Eli Castro é graduado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com licenciatura em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola. Foi professor de espanhol do Núcleo de Línguas da UECE entre os anos de 2002 e 2005. É mestre em Literatura Brasileira Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi professor substituto entre os anos de 2008 e 2010. É professor dos principais cursinhos preparatórios para concursos em Fortaleza. Eventualmente, leciona, também, em cursos de pós-graduação em faculdades particulares. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Regras que não mudaram com o Novo Acordo Ortográfico 1- Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: árvore, lâmpada, têmpora, esplêndido, lápide, sôfrego, hambúrgueres etc. CUIDADO!!!!! Polêmica!!!!! Alguns gramáticos (e consequentemente algumas bancas) defendem a ideia de que palavras como série, mágoa ou tênue são exemplos de proparoxítonas. Assim, seriam separadas da seguinte forma: sé-ri-e, má-go-a e tê-nu-e. Tais gramáticos costumam chamar esses vocábulos, também, de paroxítonas aparentes. 2- Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em: ditongo crescente ou decrescente: sério, ânsia, Mário, mágoa, espontâneo, viáveis, cárie, amáveis, jóquei, jóqueis, quisésseis etc. -ão, -ãos, -ã, -ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; ímã, ímãs, órgão, órgãos. -i, -is: júri, júris, lápis, biquíni, biquínis, táxi, táxis etc. -on, -ons: próton, prótons, nêutron, nêutrons, elétron, elétrons, íon, íons, píton, pítons. -um, -uns, -us: álbum, álbuns, bônus, Vênus, médium, médiuns, fórum, fóruns, quórum. F) l, n, r, x, ps,: amável, fácil, hífen, pólen, dólar, revólver, hambúrguer, Félix, tórax, tríplex, látex, bíceps, fórceps. 3- As palavras oxítonas e os monossílabos tônicos acentuados são os que terminam em A, E, O (seguidas, ou não, de “S”): Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, café, cipó, paletós, mocotó, avô, mostrá- lo, recebê-las, contrapô-la etc. Monossílabas: cá, fé, pó, pôs, mês, ré, sós, mês, fê-la, pô-las etc. 4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as seguintes condições: a) ser tônicas; ser precedidas de vogal; formar sílaba sozinha ou com S. Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre. Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz. Exceções: - Rainha, fuinha, lagoinha, moinho etc. Obs.: Para que se caracterize a exceção, é necessário existir o dígrafo NH depois da vogal. REGRAS QUE MUDARAM COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Uso do Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era agüentar bilíngüe cinqüenta delinqüente Como fica aguentar bilíngue cinquenta delinquente eloqüente eloquente Atenção: O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen, Schönberg etc. Quanto à acentuação Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica idéia ideia paranóia paranoia apóia (verbo apoiar) apoia asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide colméia colmeia Atenção: Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. Atenção: Depois de ditongo crescente, nas palavras oxítonas, o i ou o u serão acentuados normalmente. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 2. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era: Ele pára o carro. Como fica: Ele para o carro. Como era: Ele foi ao pólo Norte. Como fica: Ele foi ao polo Norte. Como era: Ele gosta de jogar pólo. Como fica: Ele gosta de jogar polo. Como era: Esse gato tem pêlos brancos. Como fica: Esse gato tem pelos brancos. Como era: Comi uma pêra. Como fica: Comi uma pera. Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: -Ele tem dois carros. -Ele vem de Juazeiro. -Ele mantém a palavra. -Ele convém aos estudantes. -Ele detém o poder. -Ele intervém em todas as aulas. -Eles têm dois carros -Eles vêm de Juazeiro. -Eles mantêm a palavra. -Eles convêm aos estudantes. -Eles detêm o poder. -Eles intervêm em todas as aulas. É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? Uso do hífen REGRAS Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. 1- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º termo está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. Ano-luz, tio-avô, zé-povinho,má-fé, azul-escuro, seu-vizinho, sul-africano, afro- asiático, vaga-lume, conta-gotas, primeiro-ministro, arco-íris, decreto-lei, joão- ninguém, segunda-feira, porta-retrato, quebra-mar, porto-alegrense etc. NÃO CONFUNDIR: As formas empregadas adjetivamente do tipo afro-, anglo-, euro-, franco-, indo- ítalo- etc. continuam sem hífen em empregos em que só há uma etnia: Afrodescendente, anglomania, eurocêntrico, lusofonia, francolatria etc. Obs.: Algumas palavras, com o tempo, perderam, em certa medida, a noção de composição, e passaram a se escrever sem o hífen. Ex.: girassol, paraquedas, mandachuva, pontapé. Obs.: Mas, se a noção de composição se mantiver na memória do falante, usa-se hífen. Ex.: para-brisa, para-choque, ave-maria, abaixo-assinado etc. 2- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º elemento está representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem. Além-Atlântico, bem-aventurado, bem-estar, sem-vergonha, recém-eleito, aquém-mar, bem-dizer, além-mar etc. 3- EMPREGA-SE HÍFEN nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Traga-Mouro, Baía de Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc. 4- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento está representado pela forma mal e o 2º elemento começar por vogal, h ou l. Mal-afortunado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo etc. PORÉM: malcriado, malgrado, malnascido, malpesado etc. (sem hífen). 5- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos que designam espécies botânicas (plantas) ou zoológicas (animais). Andorinha-do-mar, feijão-verde, erva-doce, couve-flor, capim-limão, bem-me- quer (mas: malmequer é exceção), joão-de-barro, cobra-d’água etc. 6- NÃO SE EMPREGA HÍFEN em certas locuções consagradas pela gramática normativa: Cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, cor de açafrão, cor de café, cor de vinho, depois de amanhã, em cima, por baixo de, por cima de, apesar de, a fim de, em contrapartida, faz de contas, um deus nos acuda, tomara que caia, maria vai com as outras, ponto e vírgula, comum de dois, arco e flecha etc. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 7- Com prefixos, USA-SE SEMPRE O HÍFEN diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano 8- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 9- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 10- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente ultrassom 11- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno 12- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começa pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico 13- EMPREGA-SE HÍFEN sempre que o 1º elemento terminar graficamente acentuado. Pré-natal, Pós-graduação, Pré-história, Pró-europeu, Pré-vestibular etc. Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 14- NÃO SE USA O HÍFEN quando o segundo elemento começar por vogal e o prefixo termina por consoante. Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 15- USA-SE SEMPRE O HÍFEN com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 16- DEVE-SE USAR O HÍFEN com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 17- DEVE-SE USAR O HÍFEN para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, o percurso Lisboa-Coimbra- Porto, o trecho Fortaleza-Itapipoca-Sobral etc. 18- NÃO SE DEVE USAR O HÍFEN em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé Observações Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”: sub- região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. Imposições do Acordo Ortográfico Não se utiliza hífen nas seguintes locuções: Cão de guarda Fim de semana Fim de século Sala de jantar Cor de açafrão Cor de café com leite Cor de vinho Deus nos acuda Salve-se quem puder Um faz de contas Um disse me disse Um maria vai com as outras Bumba meu boi Tomara que caia À toa Dia a dia Arco e flecha Calcanhar de aquiles Comum de dois Tão somente Ponto e vírgula Exceções impostas pelo Acordo Ortográfico Utiliza-se hífen nas seguintes locuções: Água-de-colônia Arco-da-velha Cor-de-rosa Mais-que-perfeitoPé-de-meia Ao deus-dará À queima-roupa Acordo Ortográfico Exercícios 1 Questão única: Analise as composições abaixo e, em seguida, justifique a presença correta ou não do hífen. a) Má-fé: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: 1º termo está representado por forma adjetiva. Ex.: luso-brasileiro, boa-fé, ano-luz etc. b) Luso-fonia: _________________________________________________________________________ _________________________________ Errado: As formas afro- ,anglo-, euro-, indo-, franco- etc. continuam sendo grafadas sem hífen. c) Planalto: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: Não se reconhece mais o sentido de plano + alto. Ex.: Fidalgo, aguardente etc. d) Conta-gotas: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: 1º termo está representado por forma substantiva. Ex.: tio-avô, zé-povinho, primeiro-ministro, porta-retrato etc. e) Bem-dito _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar. f) Sem-vergonha _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar. g) Mal-humorado, Mal-entendido, mal-estar: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. Exceção: Mal de Alzheimer. h) Malcriado, malvisto, malnascido: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. i) Belorizontino, matogrossense, portoalegrense: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _____________ Errado: Adjetivos gentílicos serão grafados sempre com hífen. Ex.: juiz-forano, ouro- pretense etc. j) Erva-doce, galo-de-campina, feijão-verde, couve-flor: _________________________________________________________________________ _________________________________ Correto: nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, usa-se o hífen. Ex.: joão-de-barro, cobra-d`água etc. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS A análise cuidadosa da estrutura das palavras mostra-nos que existem várias pequenas partes que compõem um vocábulo, os chamados morfemas ou elementos mórficos. MORFEMAS Os elementos mórficos são os seguintes: ►Raiz; ►Radical; ►Vogal temática; ►Tema; ►Desinências; ►Afixos; ►Vogais e consoantes de ligação. 1º) RAIZ o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. Para muitos gramáticos, raiz é a mesma coisa que radical. A raiz encerra sentido lato e geral, comum às palavras de mesma família etimológica. Assim, a raiz seria o significado da palavra. Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo etc. 2º) RADICAL o elemento básico e significativo das palavras. Tal morfema é a parte irredutível da palavra, uma espécie de célula-mãe. O radical abriga a raiz, ou seja, abriga o significado originário da palavra. Como achar o radical de verbos e de nomes? Em verbos Coloque o verbo no infinitivo e isole o “R” final e a vogal anterior a ele. Assim, em CANTAR, teremos: RADICAL VOGAL CONSOANTE “R” CANT A R A partir do radical, outras palavras podem ser criadas: Radical CANT- Cantoria, cantiga, cantor, cantada, cantávamos etc. Em nomes Coloque o nome em sua forma primitiva. Depois, isole a parte irredutível do vocábulo. Assim, em PANELA, teremos: RADICAL VOGAL NÃO CONSTITUINTE DO RADICAL PANEL A A partir do radical, outras palavras podem ser criadas: Radical PANEL- Panelas, panelada, panelaço, panelinha, paneleiro. 3º) VOGAL TEMÁTICA Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências de gênero e número, quando for nome; e também, quando for verbo, para indicar a conjugação a que este pertence. ►Exemplo: saber, cantar, vender, partir, terra, milho, cerveja, vinho etc. OBSERVAÇÃO: Nem todas as formas verbais ou nominais possuem a vogal temática. Exemplo: (Eu) parto (radical + desinência), barril, tatu, saci, sabiá, peru, caju, sutil etc. Esses vocábulos que não possuem vogal temática são chamados de atemáticos. Nos nomes, veja que a última vogal dos vocábulos atemáticos é tônica. 4º ) TEMA o radical com a presença da vogal temática. O tema dá o “assunto” da palavra, ou seja, diz o que ela, de fato, significa. Veja: RADICAL VOGAL TEMÁTICA PONT- A PONT- E PONT- O Ex.: O time precisa de dez...........................(pontos, pontes, pontas) para ser campeão. A cidade só tem três ....................(pontos, pontes, pontas) para o acesso à praia. Ele fez .................(pontos, pontes, pontas) para as estacas. Conclusão: é possível que existam palavras com o mesmo radical, mas com significados (raízes) diferentes. O tema, então, expõe essas diferenças. Outros exemplos de temas: chora-r, canta-r, chove-r, bolo-s, bola-s etc. 5ª) DESINÊNCIAS São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em desinências nominais e desinências verbais: 5ª ) DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são “a” e “o”; as desinências de número são o “S” para o plural e ZERO (Ø) para singular, pois ele não tem desinência própria. Veja: DESINÊNCIA DE GÊNERO FEMININO DESINÊNCIA DE GÊNERO MASCULINO A O MENIN- MENIN- ATREVID- ATREVID- GAT- GAT- MAGR- MAGR- ALUN- ALUN- ESPERT- ESPERT- DESINÊCIA DE NÚMERO (PLURAL) DESINÊNCIA DE NÚMERO (SINGULAR) S ø LIVRO- LIVRO- MESA- MESA- PRINCESA- PRINCESA- CONFUSO- CONFUSO- COERENTE- COERENTE- Obs.: o símbolo de vazio (ø) indica que, no português, em geral, só se sabe quando uma palavra está no singular quando não se nota o “S”. Situações em que o “S” não indica plural VOCÁBULO LÁPIS ÔNIBUS ANIS FÓRCEPS Obs.: Lembre-se de que o plural dessas palavras é sabido apenas quando se tem o artigo ou outro determinante antes do vocábulo. CUIDADO!!! Nem todo “O” será uma desinência de gênero masculino. Muitas vezes, esse “O” não faz a oposição entre os gêneros (masculino x feminino). Nesses casos, trata-se, apenas, de uma vogal temática. Veja: VOGAL TEMÁTICA VOGAL TEMÁTICA MILH-A MILH-O SAC- A SAC-O BOL-A BOL-O PORT-A PORT-O 6º) DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos. Desinência modo-temporal (DMT): indica em que modo e tempo se encontra o verbo. MODO INDICATIVO Presente Pret. Pret. Perf. Pret. + q Fut. Pres. Fut. Pret. Imperf. Perf. ø - IA Ø - RA -RE - RIA - VA - RÁ ~ MODO SUBJUNTIVO Presente Pret. Futuro Imperf. -A -E -SSE -R Desinência número-pessoal (DNP): indica em que número se encontra o verbo. Os números dos verbos sãoos seguintes: 1ª do singular (eu) falo 2ª do singular (tu) Falas 3ª do singular (ele/a) Fala 1ª do plural (nós) Falamos 2ª do plural (vós) Falais 3ª do plural (eles/as) Falam Outros exemplos: RADICAL VT DMT DNP Fal A va S Dorm I ría mos Cr E Ø mos Falh A r des Toc A Ø m Fal Ø Ø O Lat I Ø am beb Ê sse is 7º) AFIXOS São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser: PREFIXOS – quando colocado antes do radical. SUFIXOS – quando colocado depois do radical. Exemplo: PREFIXO RADICAL SUFIXO DES ARM- MENTO IN ESQUEC- ÍVEL Obs.: no primeiro exemplo acima, foi retirada a vogal de ligação “A” para que ficassem expostos, apenas, os afixos e os radicais. 8º) VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras. Exemplo: silvícola, cronômetro, psicodélico, cafeicultura, pazada, paulada, chapeLaria, cafeTeira, sonoLento, frioRento etc. Obs.: as organizadoras de concursos pouco pedem aos candidatos que identifiquem as vogais e consoantes de ligação. Baixa possibilidade de esse aspecto aparecer em provas. 8º) PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Inicialmente, observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas: PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que NÃO são formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, livro etc. PALAVRAS DERIVADAS – palavras que SÃO formadas a partir de outras já existentes. Exemplo: pedrada (derivada de pedra), casinha (derivada de casa), livraria (derivada de livro) etc. Na língua portuguesa, existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição. DERIVAÇÃO o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Prefixal-sufixal; Parassintética; Regressiva; Imprópria. ►PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical. Exemplos: DESFAZER INÚTIL AMORAL IMORAL AFÔNICO REORGANIZAR Os falsos prefixos Algumas palavras têm estruturas que se assemelham a prefixos. Contudo não o são, pois fazem parte do radical e, consequentemente, não apresentam valor semântico. Veja: INDÍGENA (não existe o substantivo “dígena”). DESMANTELAR (não existe o verbo “mantelar”). ATÔNITO (não existe o adjetivo “tônito”). RETALIAR (não existe o verbo “taliar”) ►SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical. Exemplos: CARRINHO, LIVRINHO, CAMINHA, TAMPINHA ETC. LOUVÁVEL, AMÁVEL, SOFRÍVEL, ALIENÁVEL ETC. BAMBUZAL, BABAÇUZAL, AÇAIZAL, CAPINZAL ETC. REPUBLICANO, FRANCISCANO, CAMONIANO, ITALIANO ETC. COMUNISTA, CAPITALISTA, MILITARISTA, INDIVIDUALISTA ETC. HORROROSO, AFETUOSO, HABILIDOSO, CRITERIOSO ETC. TOLICE, IMUNDICE, MALUQUICE, CHATICE, CAFONICE ETC. PREFIXAL-SUFIXAL Ocorre quando ambos os afixos surgem acoplados ao radical. Contudo, podem perder um deles que, mesmo assim, o vocábulo continua com significação corrente. INFELIZMENTE AMORALIDADE DESMISTIFICAÇÃO DESMORALIZÁVEL ►PARASSINTÉTICA Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo, simultaneamente, ao radical. Nesse casso, os dois afixos precisam estar acoplados ao radical. Detalhe: não é todo gramático que reconhece esse processo. Exemplo: A-NOIT-ECER PER-NOIT-AR EN-FORC-AR DES-ALM-ADO ►REGRESSIVA (ou DEVERBAL) Processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. As palavras formadas por deverbal terminam em a, e, o e geram substantivos abstratos. Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) Não reconheço nenhuma chamada no meu celular. (do verbo chamar) Outros exemplos: Amparar = o amparo Perder = a perda Enlaçar = o enlace Dançar = a dança Fugir = a fuga Engasgar = o engasgo ►IMPRÓPRIA Processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplos: Classe gramatical 01 Classe gramatical 02 Ele vai jantar cedo. (verbo) O jantar estava ótimo. (substantivo) Respeite os meus cabelos brancos. Respeite os meus cabelos, brancos. (adjetivo) (substantivo) Tenho dois filhos. (numeral) O dois é um número par. (substantivo) Sim, nós vamos à praia. (advérbio) A noiva não disse o “sim”. (substantivo) COMPOSIÇÃO o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas: justaposição e aglutinação. JUSTAPOSIÇÃO Ocorre quando não há alteração nas palavras, e elas continuam sendo faladas e escritas da mesma forma como eram antes da composição. Detalhe: é possível, em palavras formadas por justaposição, que haja hífen ou não. Exemplo: passatempo, pé de moleque, pé-de-meia, beija-flor, guarda-roupa, radiotáxi, abelha-africana, paraquedas, dezoito, beija-flor etc. AGLUTINAÇÃO Ocorre quando há alteração em pelo menos uma das palavras, seja na grafia, seja na pronúncia. Detalhe: Em palavras formadas por aglutinação, é impossível haver hífen. Exemplo: boquiaberto (boca + aberta), petróleo (pedra + óleo), pernilongo (perna + longa), planalto (plano + alto); embora (em+ boa+ hora); viandante (via + andante), lobisomem (lobo + homem), aguardente (água + ardente), pontiagudo (ponta + aguda) etc. Além da derivação e da composição, existem outros tipos de formação de palavras que são abreviação, hibridismo e onomatopeia. ABREVIAÇÃO (OU REDUÇÃO) É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta), boteco (botequim), Rio (Rio de Janeiro), Zé (José), Pneu (pneumático), Foto (fotografia), Pólio (Poliomielite), Ex (Ex-namorada/o), Fone (telefone) etc. HIBRIDISMO a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Raramente aparece em provas de concurso. Exemplo: automóvel (grego + latim), burocracia (francês + grego), micro-ônibus (grego + latim), reportagem (inglês + latim), televisão (grego + latim), bicicleta (latim + grego) etc. ONOMATOPEIA Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!, pingue-pongue, mimimi etc. EXERCÍCIO DE CONCURSOS Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: ajoelhar / antebraço / assinatura atraso / embarque / pesca o jota / o sim / o tropeço entrega / estupidez / sobreviver antepor / exportação / sanguessuga A palavra "aguardente" formou-se por: hibridismo aglutinação justaposição parassíntese derivação regressiva Que item contém somente palavras formadas por justaposição? desagradável - complemente navio- escola / pé-de-cabra encruzilhada - estremeceu supersticiosa - valiosas desatarraxou - estremeceu Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: ( ) aguardente 1) justaposição ( ) casamento 2) aglutinação ( ) portuário 3) parassíntese ( ) pontapé 4) derivação sufixal ( ) os contras 5) derivação imprópria ( ) submarino 6) derivação prefixal ( ) acéfalo Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape: zunzum reco-reco toque-toque tlim-tlim vivido Em que alternativa a palavra sublinhadaresulta de derivação imprópria? a- Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação. b- Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens! c- Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa! d- Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam. e- Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer solução, passional, corrupção, visionário enrijecer, deslealdade, tortura, vidente biografia, macróbio, bibliografia, asteroide acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: derivação onomatopeia hibridismo composiçã o e) prefixação A palavra resgate é formada por derivação: prefixal sufixal regressiva parassintética imprópria Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical: noite, anoitecer, noitada luz, luzeiro, alumiar incrível, crente, crer d) festa, festeiro, festejar tampa, destampado, tampão. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética? Lá vem ele, vitorioso do combate. Ora, vá plantar batatas! Começou o ataque. Assustado, continuou a se distanciar do animal. Não vou mais me entristecer, vou é cantar. Em "O pernalta da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente: um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação dois elementos formados por justaposição dois elementos formados por aglutinação n.d.a Aponte a alternativa que classifica corretamente os elementos mórficos do verbo a seguir: CONFI-A-SSE-S Radical; VL; DNP; DMT Raiz; VL; DNP; DMT Radical; VT; DMT; DNP Raiz; VT; DMT; DNP Radical; VT; DNP; DMT As Desinências Modo Temporais de LEVAR no futuro do presente (3ª pessoa do singular) e pretérito imperfeito (2ª pessoa do singular) são: RA e SSE S e MOS VA e RA S e M RÁ e VA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 B B B 2441536 E D A D C B 11 12 13 14 E A C E MORFOLOGIA I e II As classes de palavras Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça. Quando essas palavras se organizam para formar um texto, adquirem significações específicas: nomear seres, indicar características, qualidades, fazer conexões etc. De acordo com essas significações, as palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais, a saber: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 1 - SUBSTANTIVOS São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral. Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese, virão sempre acompanhados de um determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva). Leia o poema baixo: VERSOS ÍNTIMOS Vês?! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão — esta pantera — Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DOS SUBSTANTIVOS Comum: Indica um nome genérico, aberto e sem história no contexto. Exemplos.: criança, rio, cidade, mesa, garrafa etc. Próprio: aquele que particulariza uma coisa ou um ser. Os substantivos próprios têm uma história no contexto. Exemplos: Ayrton Senna, Recife, Gramado, Fortaleza, Audi, Pão de Açúcar, Heineken, Coca-cola etc. Concreto: Nomeia coisas ou seres (reais ou imaginários) de existência independente de outros seres. Exemplos: Casa, cobra, livros, mar, areia, rato, Deus, Saci etc. Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀ ĀĀ ĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā A bstrato: Nomeia seres ou coisas que dependem de outros seres ou de outras coisas para existir. Exemplos: ódio, solidão, beleza, medo, pavor, salto, vantagem, amor etc. Coletivo: Indica uma multiplicidade de coisas ou seres de uma mesma espécie. Exemplos: antologia (de livros), conselho (de membros de associações, de parlamentares, de classe etc.), horda (de bandidos, de bárbaros), banca (de examinadores) etc. Substantivos coletivos x Concordância verbal. Quando um substantivo coletivo apresenta valor partitivo, nossa banca pode envolvê-lo numa questão de concordância verbal. Fique atento. Ex.: Bando de bactérias................................o corpo do doente. (invadiu / invadiram). A multidão de torcedores........................ a conquista do título. (comemorava / comemoravam). Com quais verbos vamos preencher as lacunas acima? Resposta: com todos. Nesses casos, o verbo pode concordar com o núcleo, ou com a expressão especificadora. ARTIGOS São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determinando-os, isto é, indicando gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Os artigos podem ser definidos ou indefinidos. DEFINIDOS O, A, OS, AS. INDEFINIDOS UM, UNS, UMA, UMAS. PEGADINHAS!!! a) Não confundir os artigos definidos com os pronomes pessoais oblíquos. -João é um rapaz muito determinado. Aquele fato o motivou. (pronome) [o = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e não uma pessoa] -Ele não citou o motivo de sua demissão. (artigo) [o = é o determinante de “motivo”] -Maria muito trabalhava no ano passado. Nunca a encontrava em casa. (pronome) [a = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e não uma pessoa] A moça encontrava-se em casa. (artigo) [ a = é o determinante de “moça”] Morfologicamente Sintaticamente Artigos A, O, AS, OS Adjuntos Adnominais (100% das vezes) Pronomes A, O, AS, OS Objetos Diretos (em 99% das vezes) b) Não confundir os artigos definidos com os pronomes demonstrativos. O que....= aquilo que ou aquele que Os que....= aqueles que A que....= aquela que As que....= aquelas que ESQUEMATIZANDO O “COMBO” DE PRONOMES Pronome demonstrativo Pronome relativo O que Os que A que As que Exemplos: Quase todos os alunos saíram; os que ficaram tinham dúvidas. O que mais admiro em você é a sinceridade. Não sei se o que houve foi proposital. Mulheres são exigentes; as que não são devem ter valores diferenciados. ADJETIVOS São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar qualidade, estado, modo de ser, aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “atmosfera” do substantivo. Portanto, onde há substantivos, há grande chance de se notar, no mínimo, um adjetivo. Ex.: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc. PEGADINHA!!!! As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais pequeno” apenas devem ser utilizadas quando se comparam duas características de um mesmoser. Exemplos: Pedro é mais bom (do) que esforçado. O garoto é mais mau (do) que esperto. Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. Teu quarto é mais grande (do) que ventilado. Esquema 02 Grau superlativo relativo de inferioridade de superioridade Ele é o menos fraco do grupo. Ele é o mais fraco do grupo. Grau superlativo absoluto Analítico sintético Este livro é muito fraco. Este livro é fraquíssimo. Veja outros exemplos: Adjetivos Superlativo absoluto sintético Ágil Agilíssimo ou agílimo Amargo Amaríssimo Áspero Aspérrimo Amigo Amicíssimo Agradável Agradabilíssimo Bom Boníssimo ou ótimo Benéfico Beneficentíssimo Benévolo Benevolentíssimo Cruel Crudelíssimo Capaz Capacíssimo Difícil Dificílimo Dócil Docílimo Doce Dulcíssimo ou docíssimo Eficaz Eficacíssimo Fácil Facílimo Fiel Fidelíssimo Feroz Ferocíssimo Frágil Fragílimo* Geral Generalíssimo Grande Máximo* Humilde Humílimo* Incrível Incredibilíssimo Jovem Juveníssimo Livre Libérrimo* Magro Magríssimo ou macérrimo Manso Mansuetíssimo Miserável Miserabilíssimo Negro Negríssimo ou nigérrimo Notável Notabilíssimo Nobre Nobilíssimo Pobre Paupérrimo ou pobríssimo Pequeno Mínimo* Respeitável Respeitabilíssimo Sábio Sapientíssimo Sagrado Sacratíssimo Simpático Simpaticíssimo Terrível Terribilíssimo Veloz Velocíssimo Voraz Voracíssimo *O Dicionário Houaiss regista as formas marcadas também assim, respectivamente: fragilíssimo, grandíssimo, humildíssimo ou humilíssimo, livríssimo, pequeníssimo. NUMERAIS São palavras que quantificam, ordenam, multiplicam ou fracionam o substantivo. Os numerais podem ser: Cardinais: Indicam uma quantidade determinada de seres. Exemplos: um, dois, três... Ordinais: Indicam a ordem (posição) que o ser ou a coisa ocupa numa série. Exemplos: primeiro, segundo, terceiro... Multiplicativos: Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, Sêxtuplo, Sétuplo, Óctuplo, Nônuplo, Décuplo, Undécuplo e Duodécuplo. Fracionário: Expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. Exemplo: um meio, um terço, dois quartos, dois quintos...etc. Obs.: Ambos e Ambas são considerados numerais duais. Numerais x Concordância verbal a- Já............... (são/é) cinco horas da tarde. b- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) uma e meia. c- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) 13h 30min. d- ..............(É/São) meio-dia e meia. e- ................... (É/São) 12h 30 min. f- ......................... (Resta/Restam) 15 minutos de jogo. g- 1,4% não..................... (sabe/sabem) em quem votar. h- 3% não ................................. (resolve/resolvem) os problemas da população. i- 51% ............................. (decide/decidem) uma eleição. RESPOSTAS a- são, b- marca, c- marcam, d- É, e- São, f- Restam, g- sabe, h- resolvem, i- decidem. PRONOMES Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os substantivos ou evitam a repetição deles dentro do texto. CUIDADO!!!! Quando sujeitos, os pronomes retos não podem ser preposicionados. 1- Não era o momento dele abandonar o futebol. (frase................*). 2- Não era o momento de ele abandonar o futebol. (frase..............*). RESPOSTAS: errada e certa, respectivamente. JUSTIFICATIVA: Em 1, “DELE” é o sujeito preposicionado do verbo “abandonar”. Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome interrogativo “que”, para você mudar a ordem dos elementos da frase. Note que o acento circunflexo passa a ser obrigatório na ordem direta. Ordem inversa Ordem direta - O que você viu ontem? - Você viu ontem o quê? - De que ele gosta mais? - Ele gosta mais de quê? Para que eu fiz isso? - Eu fiz isso para quê? Pronomes possessivos O nome sugere, claramente, a sua função: indicar relação de posse. São estes: Meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). Como podem cair nas provas: Os possessivos femininos no singular permitem, quando há situação de crase, a sua facultatividade. Ele disse tudo à minha família. (a minha família) A direito à tua privacidade é fundamental (a tua privacidade). Esse fato diz respeito à sua vida. (a sua vida) Pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos “apontam” para algo ou alguém, servem para precisar dados, pessoas ou fatos que ocorram num texto. Este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal, o, a, os, as. Como podem cair nas provas: Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras ou ideias no texto. Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e catafórico (referência para frente). A dupla “Bebeto & Romário” = Este(a)(s) & Aquele(a)(s) Este(a)(s) retomará o referente mais próximo. Aquele(a)(s) retomará referente mais distante. “A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Esta, infelizmente, já não parece fazer muito sentido para aquela”. a) “Esta” retoma “............................... ”. b) “Aquela” retoma “................................. ”. “A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Estas deveriam ser mais valorizadas, pois aquele lutou muito para que elas se realizassem”. a)“Estas” retoma “............................ ”. b) “Aquele” retoma “............................. ”. O “Este(a)(s)” pode surgir sozinho no texto: “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de achar”. “Estes” remete a........................................ O “trio ternura” Este(a)(s), Esse(a)(s) e Aquele(a)(s) : “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes foram os mais fáceis de achar, esses estavam em promoção e aqueles tiveram seus preços reduzidos na última semana”. .........................“Estes”remetea .......................;“esses”remetea ; “aqueles” remete a ............................ “Após a Lava a Jato, o único político tucano punido foi este: nenhum”. “Este” remete a........................................ A dupla Esse(a)(s) /Tal + Substantivo “lanterna” SITUAÇÃO 00 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. (....) SITUAÇÃO 01 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Esse fenômeno também pôde ser notado.... SITUAÇÃO 02 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essa pesquisa foi divulgada.... SITUAÇÃO 03 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizaçõespor falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Tais consequências já apreciam em .... SITUAÇÃO 04 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essas patologias se destacaram em um estudo... SITUAÇÃO 05 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Tal curso também divulgou trabalhos em áreas... SITUAÇÃO 06 Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essa universidade colabora com produções científicas.... Como usar o ISSO O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão isolada do texto. “O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. Isso é repetido por todos e lá eles dizem que 98% da floresta estão preservados”. - “Isso” refere-se a.......................................... Como usar o ISTO “Só desejo a você isto: que seja aprovado”. - “Isto” refere-se a................................. Verbos Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos, substituições, irregularidades, significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo do nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque seria uma grande injustiça. Portanto, o que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão versátil. Definição Palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Obs.: “Ação” não significa, necessariamente, ação física. Exemplos: Os médicos deixaram o hospital bem cedo. (ação) A Bovespa especula que tais ações podem cair. (ação) O tema “verbos” é complexo. (qualidade) A cidade parece calma. (estado) Choveu ontem. (fenômeno da natureza) Modos verbais Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem ser notados em cada verbo. Vamos a eles: Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que manifesta o verbo. O leitor não tem dúvidas de que aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer. Ontem, Marcela fez um belo jantar. João sempre joga futebol depois da aula. No fim do ano, eles farão uma grande festa. Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor não está mais seguro quanto à ação verbal; tudo é dúvida. - Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma hipótese) Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez sim, talvez não) Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se sabe.) Imperativo: Manifesta uma ordem, um conselho, um pedido, uma advertência ou uma súplica. Agora, o sujeito da ação é orientado a fazer algo. Leve este livro até sua mãe, meu filho. Nunca mais faça isso, seu mentiroso!!! Rapaz, deixe essa vida de farras! Gente, fiquemos em pé para saudar o diretor! TEMPOS VERBAIS Os tempos verbais expressam o momento de uma ação. Os verbos podem estar no presente, passado ou futuro. Visualmente, é possível identificar em que tempo e modo estão muitos verbos. MODO INDICATIVO Presente Pret. Pret. Perf. Pret. + q Fut. Pres. Fut. Pret. Imperf. Perf. Ø - IA Ø - RA -RE - RIA - VA - RÁ MODO SUBJUNTIVO Presente Pret. Futuro Imperf. -A -SSE -R -E TEMPOS VERBAIS Presente do indicativo O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento cronológico atual. Não tem desinência fixa. O Brasil vive um momento decisivo: o repúdio à corrupção. (ação presente, mas em curso neste momento) Nós, concurseiros, sempre estudamos bastante. (ação rotineira no presente). Quando Cabral chega ao Brasil, vê que o nosso povo é bem diferente do dele. (a ação é passada, mas dita como se fosse presente). PRETÉRITOS Perfeito O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado. Não tem desinência. Na Idade Média, os padres escreveram leis duras ao cristão. Ontem, todos foram ao cinema e se emocionaram. Há dez minutos, escrevi um artigo sobre verbos. Imperfeito O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que não chegou a ser totalmente concluída. As desinências são –VA e –IA. Hoje cedo, eu preparava os convites, quando tive que sair. (ação interrompida bruscamente no passado) Na década passada, os brasileiros comiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas não finalizada em sua totaalidade no passado). Mais-que-perfeito O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada, que começou no passado distante, mas que foi, contudo, a primeira ação a terminar. Desinência: –RA. Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus brinquedos no quarto. O jovem fizera tudo para ser feliz. Detalhe: as formas do pretérito mais-que-perfeito podem ser substituídas por HAVER ou TER + PARTICÍPIO. FUTUROS Futuro do presente O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação ao presente, já que este permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE. No fim do ano, ele comprará aquele carro. Amanhã, resolveremos este problema. Futuro do pretérito O futuro do pretérito (ou condicional) inidica ações futuras em relação ao passado. Desinência: -RIA. Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação ainda não aconteceu, é uma ação futura). Também serve para indicar ações hipotéticas ou irreais. O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não havia enfrentado a Alemanha). ADVÉRBIO: Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Exemplo 1: Choverá amanhã - Advérbio de tempo. O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover". Exemplo 2: Será um divórcio tão complicado! - Advérbio de intensidade. O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado. Exemplo 3: Aquele foi um planejamento tão criteriosamente estudado! - Advérbio de intensidade. O termo grifado, neste caso, modifica o advérbio criteriosamente. Classificação de alguns dos advérbios: LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.). Ex.: Ele dormiu aqui ontem. TEMPO (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora). Ex.: Amanhã, sairemos cedo. MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em - mente). Ex.: Ela deixou a sala de aula bem. INTENSIDADE (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente etc.). Ex.: Ele estudou muito. DÚVIDA (talvez, acaso, provavelmente, quiçá etc.).AFIRMAÇÃO (Sim, certamente, realmente). Ex.: Certamente sairemos hoje. NEGAÇÃO (não, nunca, jamais) Ex.: Nunca menospreze seus amigos. - DE INCLUSÃO: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência. CONFORMIDADE (conforme, segundo, consoante). Ex.: Conforme o jornal, gasolina sofrerá redução. Algumas locuções adverbiais. - CAUSA Ex.: As pessoas não saíram de casa por conta do frio. - FINALIDADE Ex.: Estudava para a prova. - INSTRUMENTO Ex.: Feriu-se com o bisturi. - COMPANHIA Ex.: Saiu com os amigos. - CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.) Ex. Malgrado o tempo ruim, todos foram à praia. 8. PREPOSIÇÃO: Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, durante etc. As preposições não têm, em si, sentido independente. Porém, podem “parasitar” significados dos contextos. João falou a Pedro. João falou ante Pedro. João falou após Pedro. João falou com Pedro. João falou contra Pedro. João falou de Pedro. João falou em Pedro. João falou para Pedro. João falou perante Pedro. João falou por Pedro. João falou sem Pedro. - João falou sobre Pedro. 9. CONJUNÇÃO: Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes, valores semânticos às frases. Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido. Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma palavra; quando isso acontece, chamamos locução conjuntiva. Conjunções ou locuções que manifestam sentidos. Coordenativas Adverbiais O que cai mais em provas? Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores semânticos e se certas trocas são possíveis. Vamos, primeiro, ver as conjunções ou locuções coordenativas mais importantes: Aditivas: e, nem, não só...mas também (não somente...como também etc.) - O prefeito fez a licitação, e resolveu logo os problemas da população carente. O prefeito não só fez a licitação, mas também resolveu logo os problemas da população carente. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante, em contrapartida. - O prefeito fez a licitação, mas não resolveu os problemas da população carente. As demais conjunções coordenativas são as seguintes: alternativas (ou...ou; seja...seja; ora...ora; quer...quer), conclusivas (portanto, logo, por conseguinte) e explicativas (porque, pois, que). Vamos, agora, ver as conjunções ou locuções adverbiais mais importantes: Causais: introduzem relação de causa e se combinam com uma ideia de consequência. As conjunções e locuções mais importantes são as seguintes: já que, como, pois que, na medida em que, uma vez que, visto que, sendo que, dado que, porquanto. Já que os médicos iniciaram uma pesada greve, as unidades de saúde vivem um verdadeiro caos. Concessivas: introduzem relação de contradição, oposição. As conjunções e locuções mais importantes são as seguintes: ainda que, mesmo que, embora, posto que, se bem que, em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, conquanto. Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de saúde resistem bravamente. As conjunções que não manifestam sentido são as integrantes. Os médicos não notaram que as unidades de saúde estavam precisando deles. Eles não viram se tudo aquilo era mesmo verdade. 10. INTERJEIÇÃO: Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia! EXERCÍCIOS 01 01- Em: “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento de todas as sociedades...” (L.32-33) No trecho acima há: quatro adjetivos três adjetivos dois adjetivos d) um adjetivo e) nenhum adjetivo 02- Assinale a frase em que os termos destacados estão corretamente empregados. Promoveu um evento grandioso em setembro deste ano onde gastou uma fortuna. O meu engenheiro é um cidadão em cuja capacidade podemos confiar. Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava prestes a pedir demissão. Prefiro ficar sozinho do que perdoar os que me deixaram neste estado deplorável de dependência física. Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da próxima, sugiro que você consulte a tabela de PRONOMES RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS. 03- Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “onde”. O cinema em que nos encontramos passa bons filmes. Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. Se o tempo melhorar, então vamos à praia. A situação que ele criou não é aceitável. Lembrei-me do tempo no qual íamos junto trabalhar. 04- João e Maria Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você Além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock Para as matinês (...) Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu pião O seu bicho preferido Sim, me dê a mão A gente agora já não tinha medo No tempo da maldade Acho que a gente nem tinha nascido (Chico Buarque e Sivuca). Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos. Está correto o que se afirma em ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ ࠀĀ Ȁ ⸀Ā ЀĀ ȀĀ⤀Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ I, II e III. ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ ࠀĀ Ȁ ⸀Ā ЀĀ ȀĀ⤀Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ I e II, apenas. ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ ࠀĀ Ȁ ⸀Ā ЀĀ ȀĀ⤀Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ III, apenas. ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ ࠀĀ Ȁ ⸀Ā ЀĀ ȀĀ⤀Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ II, apenas. ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ ࠀĀ Ȁ ⸀Ā ЀĀ ȀĀ⤀Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ Ā ᜀ I, apenas. Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você revise o tema MODOS VERBAIS. Lembre-se de que modo verbal é totalmente diferente de tempo verbal. 05- “À evidência imposta, que presume que a única formaaceitável de organização de uma sociedade é a regulação pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos fundamentais.” As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas como: conjunção integrante e conjunção integrante. pronome relativo e conjunção integrante. pronome relativo e pronome relativo. conjunção subordinativa e conjunção subordinativa. conjunção integrante e pronome relativo. Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que você vá aos capítulos FUNÇÕES DO “QUE” e ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS. 06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a seguir em que a preposição com tem o mesmo valor semântico da ocorrência sublinhada é: Com a chuva, todas as ruas ficaram alagadas. Os turistas encontraram-se com os amigos no aeroporto. Todos saímos com os amigos recém-chegados. Com quem eles viajaram nós não vimos. Brigaram com os adversários durante horas. 07- Em “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência”, os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como: indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido de tratamento - demonstrativo - indefinido - demonstrativo de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - demonstrativo demonstrativo - demonstrativo - relativo - demonstrativo 08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho", as palavras destacadas são, respectivamente: adjetivo, adjetivo advérbio, advérbio advérbio, adjetivo numeral, adjetivo e) numeral, advérbio Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você vá ao capítulo CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia, com atenção, a parte que fala das palavras “bastante”, “meio”, “caro” e “barato”. 01- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como: artigo, preposição preposição pronome, preposição, artigo preposição, preposição, artigo preposição, pronome, preposição preposição, artigo, preposição Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras evidências de “a”, uma vez que, na sequência de tais palavras, há dois verbos. 02- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila". Os dois pontos do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção: portanto e como pois embora Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo PONTUAÇÃO e leia, com cuidado, o uso de vírgulas em Orações Coordenadas. 03- Assinale a alternativa cuja relação é incorreta: Sorria às crianças que passavam - pronome relativo Declararam que nada sabem - conjunção integrante Que manifestação alegre foi a sua - advérbio de intensidade Que enigmas há nesta vida - pronome adjetivo indefinido Uma ilha que não consta no mapa - conjunção coordenativa explicativa Obs.: Para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo “FUNÇÕES DO QUE”. 04- Há três substantivos em: “... com sérias dificuldades financeiras.” “... não conseguiu prever nem a crise econômica atual.” “... vai tornar inúteis arquivos e bibliotecas.” “... o site precisa da confirmação e do endosso do ‘impresso’,” “Muitos dos blogs e sites mais influentes...” GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D B A D B A A C C D 11 12 E D PARA VOCÊ SE ADMIRAR COM OS SUBSTANTIVOS Gêneros confusos Mascote é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Os nossos principais dicionários e o Vocabulário da ABL consideram MASCOTE um substantivo sobrecomum, ou seja, A MASCOTE é uma palavra feminina que serve aos dois sexos. Acredito que a forma masculina esteja consagrada e deva ser aceita. MASCOTE passaria a ser um substantivo de dois gêneros: O MASCOTE e A MASCOTE. Modelo é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Para o dicionário Aurélio e para o Vocabulário Ortográfico da ABL, é sobrecomum, ou seja, a forma masculina O MODELO serviria para homens ou mulheres. O dicionário Houaiss considera MODELO substantivo de dois gêneros: O MODELO e A MODELO. Ídolo é sobrecomum ou comum de dois gêneros? É sobrecomum. Devemos dizer O ÍDOLO tanto para homens como para mulheres: “Ela é o meu ídolo”. Não há registro de “ídola” nem de “ídala”. Personagem é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Originariamente, PERSONAGEM era substantivo sobrecomum: A PERSONAGEM para homens e para mulheres. Hoje em dia, PERSONAGEM é comum de dois gêneros: O PERSONAGEM e A PERSONAGEM. O tapa OU a tapa? A forma masculina é aceita por todos os dicionários: “Recebeu UM TAPA no rosto”. A forma feminina é considerada regionalismo pelo dicionário Aurélio e pelo Vocabulário Ortográfico da ABL. O grama OU a grama? A forma feminina é a relva: “A grama do jardim estava bem aparada”. A forma masculina refere-se à massa (peso): “Comprei DUZENTOS gramas de mortadela”. Acredito que a forma feminina (A GRAMA) para massa (peso) está de tal forma consagrada que provavelmente venha a ser aceita em breve. Um telefonema OU uma telefonema? As palavras de origem grega terminadas em “- ema” são masculinas: o problema, o teorema, o estratagema, O TELEFONEMA. O tsunami OU a tsunami? TSUNAMI refere-se a um fenômeno: terremoto no fundo do mar que provoca ondas gigantes. Em japonês os substantivos são neutros e são aportuguesados no masculino: o quimono, o caratê, o caraoquê ou o karaoke, o sushi, o sashimi, O TSUNAMI. O xerox OU a xérox? Tanto faz. Tudo é válido: o xerox, a xerox, o xérox ou a xérox. O lotação OU a lotação? O LOTAÇÃO é o microônibus: A Dama do Lotação; A LOTAÇÃO é a “capacidade de lotar”: “O cinema estava com sua lotação esgotada”. O moral ou a moral? O conjunto de regras, a ética ou a conclusão é A MORAL. O ânimo, brio ou vergonha é O MORAL: “Os jogadores estão com o moral baixo”. 12. O alface OU a alface? Alface é substantivo feminino. Devemos dizer A ALFACE. 13. Caixa eletrônica OU caixa eletrônico? caixa ELETRÔNICO. O caixa também pode ser o homem que trabalha no banco. A caixa pode ser a mulher ou o objeto: a caixa registradora, a caixa de sapato. 14. O cal OU a cal? Cal é substantivo feminino. No caso do pênalti, a bola deve ser colocada na marca da cal. 15. O chinelo OU a chinela? Tanto faz. A forma mais usada é O CHINELO. A forma feminina é regional e está em desuso. 16. Cônjuge é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, O CÔNJUGE é substantivo sobrecomum, ou seja, é masculino e serve tanto para o homem como para a mulher. O Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras já considera CÔNJUGE como substantivo de dois gêneros: O CÔNJUGE e A CÔNJUGE. O dengue OU a dengue? Segundo o dicionário Aurélio, é masculino: o dengue hemorrágico. Para o dicionário Houaiss, é feminino: a dengue hemorrágica. O Vocabulário Ortográfico da ABL considera DENGUE um substantivo de dois gêneros: O DENGUE ou A DENGUE. 18. O diabete OU a diabete? DIABETE ou DIABETES é substantivo de dois gêneros. Pode ser o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes. 19. O dó OU a dó? DÓ é um substantivo masculino: “Estou com UM DÓIMENSO”. 20. O êxtase OU a êxtase? É substantivo masculino: O ÊXTASE. 21. O fondue OU a fondue? O dicionário Aurélio e o Vocabulário Ortográfico da ABL registram FONDUE como substantivo feminino. Para o dicionário Houaiss, é substantivo de dois gêneros: O FONDUE e A FONDUE. 22. O musse OU a musse? Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, é substantivo feminino: A MUSSE. 23. O omelete OU a omelete? O Aurélio registra A OMELETE. O dicionário Houaiss e o Vocabulário Ortográfico da ABL consideram OMELETE um substantivo de dois gêneros: O OMELETE e A OMELETE. 24. O gambá OU a gambá? Tanto faz. As duas formas são corretas. 25. O guaraná OU a guaraná? É substantivo masculino. Vamos beber UM GUARANÁ. OUTRAS CURIOSIDADES SOBRE OS SUBSTANTIVOS Algumas curiosidades sobre os substantivos: Palavras masculinas: o ágape (refeição dos primitivos cristãos); o anátema (excomungação); o axioma (premissa verdadeira); o caudal (cachoeira); o carcinoma (tumor maligno); o champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (Fem classificam como gênero vacilante); o diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); o herpes, hosana (hino); o jângal (floresta da Índia); o lhama; o praça (soldado raso); o proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero vacilante); o suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante); o teiró (parte de arma de fogo ou arado); o telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). Palavras femininas: a abusão (engano); a alcíone (ave doa antigos); a aluvião, araquã (ave); a áspide (reptil peçonhento); a baitaca (ave); a cataplasma, cal, clâmide (manto grego); a cólera (doença); a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); a filoxera (inseto e doença); a gênese, guriatã (ave); a hélice (FeM classificam como gênero vacilante); a jaçanã (ave); a juriti (tipo de aves); a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); a usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); a xerox (cópia). Gênero vacilante: • acauã (falcão); inambu (ave); laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de autores pelo masculino); víspora. Alguns femininos: abade - abadessa; abegão (feitor) - abegoa; alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina; aldeão - aldeã; anfitrião - anfitrioa, anfitriã; beirão (natural da Beira) - beiroa; besuntão (porcalhão) - besuntona; bonachão - bonachona; bretão - bretoa, bretã; cantador - cantadeira; cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz; castelão (dono do castelo) - castelã; catalão - catalã; cavaleiro - cavaleira, amazona; charlatão - charlatã; coimbrão - coimbrã; cônsul - consulesa; comarcão - comarcã; cônego - canonisa; czar - czarina; deus - deusa, déia; diácono (clérigo) - diaconisa; doge (antigo magistrado) - dogesa; druida - druidesa; elefante - elefanta e aliá (Ceilão); embaixador - embaixadora e embaixatriz; ermitão - ermitoa, ermitã; faisão - faisoa (Cegalla), faisã; hortelão (trata da horta) - horteloa; javali - javalina; ladrão - ladra, ladroa, ladrona; felá (camponês) - felaína; flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; frade - freira; frei - sóror; gigante - giganta; grou - grua; lebrão - lebre; maestro - maestrina; maganão (malicioso) - magana; melro - mélroa; mocetão - mocetona; oficial - oficiala; padre - madre; papa - papisa; pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; parvo - párvoa; peão - peã, peona; perdigão - perdiz; prior - prioresa, priora; mu ou mulo - mula; rajá - rani; rapaz - rapariga; rascão (desleixado) - rascoa; sandeu - sandia; sintrão - sintrã; sultão - sultana; tabaréu - tabaroa; varão - matrona, mulher; veado - veada; vilão - viloa, vilã. Substantivos em -ÃO e seus plurais: Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā a lão - alões, alãos, alães; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā a ldeão - aldeãos, aldeões; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā c apelão - capelães; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā c astelão - castelãos, castelões; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā c idadão - cidadãos; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā c ortesão - cortesãos; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā e rmitão - ermitões, ermitãos, ermitães; Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ĀĀĀ Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā e scrivão - escrivães; • folião - foliões; hortelão - hortelões, hortelãos; pagão - pagãos; sacristão - sacristães; tabelião - tabeliães; tecelão - tecelões; verão - verãos, verões; vilão - vilões, vilãos; vulcão - vulcões, vulcãos. Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural: abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco. Substantivos só usados no plural: anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios (presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes. Coletivos: alavão - ovelhas leiteiras; armento - gado grande (búfalos, elefantes); assembleia (parlamentares, membros de associações); atilho - espigas; baixela - utensílios de mesa; banca - de examinadores, advogados; bandeira- garimpeiros, exploradores de minérios; bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; boana - peixes miúdos; cabido - cônegos (conselheiros de bispo); cáfila - camelos; cainçalha - cães; cambada - caranguejos, malvados, chaves; cancioneiro - poesias, canções; caterva - desordeiros, vadios; choldra, joldra - assassinos, malfeitores; chusma - populares, criados; conselho - vereadores, diretores, juízes militares; conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; concílio - bispos; canzoada - cães; conclave - cardeais; congregação - professores, religiosos; consistório - cardeais; fato - cabras; feixe - capim, lenha; junta - bois, médicos, credores, examinadores; girândola - foguetes, fogos de artifício; grei - gado miúdo, políticos; hemeroteca - jornais, revistas; legião - anjos, soldados, demônios; malta - desordeiros; matula - desordeiros, vagabundos; miríade - estrelas, insetos; nuvem - gafanhotos, pó; panapaná - borboletas migratórias; penca - bananas, chaves; récua - cavalgaduras (bestas de carga); renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas; réstia - alho, cebola; ror - grande quantidade de coisas; súcia - pessoas desonestas, patifes; talha - lenha; tertúlia - amigos, intelectuais; tropilha - cavalos; vara - porcos. REGÊNCIA VERBAL Sem dúvida, o assunto que mais ajudará você a resolver importantes questões das principais bancas de concursos públicos do país. É que o tema “regência verbal” funciona como uma espécie de “porta de acesso” a vários raciocínios gramaticais. Mas quais questões, especificamente, você poderia resolver? Vamos a elas: Todas as de regência verbal (o que é óbvio); Muitas das de crase (quase todas, sem exagero); Muitas das de análise sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto etc. Muitas das de vozes verbais; Muitas das de orações subordinadas substantivas; Muitas das de funções do “QUE”; Algumas das de funções do “SE”; Algumas das de concordância verbal; Algumas das de interpretação de texto. O conceito de Regência Verbal. Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o complemento verbal) por meio de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o conhecimento das transitividades verbais. Os verbos podem assumir as seguintes transitividades: Verbo transitivo direto (vtd) Verbo transitivo indireto (vti) Verbo transitivo direto e indireto / bitransitivo (vtdi) Verbo intransitivo (vi) Mas, para que você descubra a que transitividade pertence um verbo, é necessário que utilize um simples procedimento para identificar se o verbo pede ou não preposição. A seguir, você verá aquilo que eu chamo de “Aplicativo”. É com ele que você descobre que tipo de complemento o verbo regerá. LADO A LADO B Quem + Verbo + Verbo → Algo ou Alguém a, de, em, para, com, por. Instalando o “Aplicativo”. 1. Deposite o verbo envolvido na questão onde há a palavra VERBO. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao LADO B), repetindo o verbo duas vezes. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata (direta) até o LADO B (e você não precisar usar nenhuma preposição do quadrado abaixo), o verbo é transitivo direto. Ex.: Quem estuda + estuda algo ou alguém. Logo, ESTUDAR é VTD (não rege preposição, apenas um objeto, que é direto) Ex.: O técnico estudava as jogadas adversárias. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de preposição por parte do verbo, este será transitivo indireto. Ex.: Quem crê + crê EM algo ou crê EM alguém. Logo, CRER é VTI (rege preposição EM; tem-se, logo, um objeto indireto) Ex.: Os cristãos creem na vida eterna. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos. Ex.: Quem diz + diz algo A alguém. Logo, DIZER é VTDI (regendo dois objetos: o primeiro sem preposição [objeto direto] e o segundo com preposição [objeto indireto]). Ex.: Nós dissemos a verdade aos nossos pais. Agora, se a leitura nem precisar chegar ao ALGO ou ao ALGUÉM, o verbo deve ser interpretado como intransitivo. Ex.: Quem existe + existe. Logo, EXISTIR é VI (não rege preposição, nem pede complemento) Ex.: Fantasmas existem? CONTUDO, CUIDADO! Algumas frases podem induzir você a interpretar certas estruturas de forma errada, a saber: - A mulher chegou ø. A mulher chegou ao entardecer. A mulher chegou de sapatos vermelhos. A mulher chegou em seu carro novo. A mulher chegou para o treino. A mulher chegou com os pais. A mulher chegou por volta das dez. Conclusões Nem tudo que é introduzido por preposição é objeto indireto; Ainda que um verbo não peça (exija) uma preposição, ele pode aceitá-la; Quando um verbo exige uma preposição, tem-se aí um objeto indireto. Quando um verbo aceita uma preposição, tem-se aí um adjunto adverbial. Aquela criança não gosta de sapatos. (o verbo exige a preposição “de”). Aquela criança dormiu de sapatos. (o verbo não exige a preposição “de”, mas a aceita). Obs.: os verbos intransitivos têm sentido cheio, completo, 100%. O que surgir a mais é só “um extra”, ou seja, um Adjunto Adverbial (ou complemento circunstancial), que chamo aqui de “10%”. MAIS UM CUIDADO: O FALSO V.T.D.I . Alguns verbos se parecem muito com VTD’Is, mas não o são. A criança riscou o livro do pai. A criança entregou o livro ao pai. Nas frases acima, os dois verbos são bitransitivos? Antes de responder, veja as construções a seguir: - A criança riscou [ ] do pai. - A criança entregou [ ] ao pai. Conclusão Só o segundo é VTDI, pois o complemento “ao pai”, de fato, está ligado ao verbo, ou seja, complementa o sentido do verbo “entregar”. Já o termo “do pai” se liga ao nome “livro” (e manifesta ideia de posse), cumprindo papel de adjunto adnominal. Vamos fazer um teste agora? Use o aplicativo e descubra as transitividades dos verbos abaixo e transcreva os seus possíveis objetos: Obs. 01: as regências não são fixas. Obs.02: leve em conta o contexto de cada frase. Só para lembrar: Tipo de Verbo Exigência VTD Objeto Direto (OD) VTI Objeto Indireto (OI) VTDI OD / OI VI Ø Obs.: “Ø” quer dizer que não vai aparecer nem OD nem OI na frase. Verbos de ligação São aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora cumprirá a função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para indicar estados ou qualidades do sujeito. Ser, Estar, Permanecer, Ficar, Andar (=estar), Viver(=estar), Tornar-se, Continuar, Parecer. Ex.: Brasil permanece caótico. Parecem insuficientes as medidas do governo. Tornou-se frequente banalizar a vida. O clima, depois da reunião, ficou tenso. Meu filho anda preocupado. Verbos supostamente de ligação São aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Contudo, não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma. Ex.: Os senadores ainda estão em Fortaleza. Os fãs permanecem na entrada do hotel. O pai está com as crianças. Note que “em Fortaleza”, “no local do acidente” e “na gaveta” indicam ideia de lugar, e não de estado. Logo, são Adjuntos Adverbiais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não pode mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e, assim, assume o caráter de verbo intransitivo. REGÊNCIAS CLÁSSICAS As regências clássicas são aquelas que devem ser memorizadas por você. Por quê? Simplesmente porque elas caemem provas, só por isso. Fechado? 1 – AGRADAR/DESAGRADAR (Duas possibilidades) Sentido 1: Causar agrado, ser agradável (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: Estes projetos já não agradam aos alunos. Sentido 2: Acariciar; mimar (VTD). Preposição exigida: Exemplo: Ele agradava o pelo do animal. 2 – ASPIRAR (Duas possibilidades) Sentido 1: Desejar, pretender, ter como objetivo (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: O homem aspirava a este posto de trabalho. Sentido 2: Sorver, respirar (VTD). Preposição exigida: Exemplo: Aspire seu carro uma vez por semana. 3 – ASSISTIR (Quatro possibilidades) Sentido 1: Ajudar, auxiliar (VTD) ou (VTI). Preposição: ou “a”. Exemplo: Os pais assistem os filhos desde cedo. Exemplo: Os pais assistem aos filhos desde cedo. Os dois exemplos acima estão corretos e dizem, semanticamente, a mesma coisa. Sentido 2: Presenciar, ver (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: Eu assisti a uma cena degradante. Exemplo: Vamos assistir ao jogo da Alemanha. Sentido 3: Morar, ter residência ou fixar-se (VI). Exemplo: Ele assiste em Fortaleza. Exemplo: A loja de tintas assiste na avenida João Pessoa. Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” e “na avenida João Pessoa” NÃO são objeto indireto, mas sim ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR (também chamado de LOCATIVO ou mesmo COMPLEMENTO CIRCUNSTANCIAL). Sentido 4: Ter direito; Caber (VTI). Preposição: a Exemplo: Este é um direito que assiste a todo trabalhador. 4 - CHEGAR Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda (VI). Preposição exigida: Ø Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. Tal expressão NÃO é o objeto indireto, mas sim o ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR, também conhecido como locativo ou complemento circunstancial. Exemplo: Ele já chegou ao colégio. Minha filha nunca chegava cedo ao trabalho. Obs.: É errada a construção que usa a preposição EM para indicar o adjunto adverbial de lugar. Assim, em “Ele chegou em casa” é, para a gramática tradicional, um erro. A forma correta é “Ele chegou a casa”. Detalhe: não se usa crase em “a casa”, pois não está especificada. Caso estivesse, aí teria: “Ele chegou à casa das primas”. Fechado? 5 – IR Sentido: Deslocar-se de um lugar para outro (VI). Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento circunstancial, o qual poderá ser introduzido ou por “a” ou por “para”. Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. Ex.: Ele ia para Belém no fim deste ano. A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. Ex.: Ele irá a Sobral no próximo mês. 6 – MORAR Sentido: Ter habitação ou residência, habitar (VI). Preposição: Ø Exemplos: Moro em Porto Alegre desde os sete anos. Nunca morei só. Obs.: “em Porto Alegre” é adjunto adverbial de lugar e, “desde os sete anos”, é de tempo. 7 - NAMORAR Sentido: Cortejar, desejar(VTD). Preposição: Exemplos: Janaina namora seu primo desde a época do colégio. Depois da estressante festa do casamento, os noivos não namoraram. 8 – OBEDECER/DESOBEDECER Sentido: Submeter-se à vontade de alguém (VTI). Preposição: a Exemplo: O atleta obedeceu às orientações do técnico. Exemplo: O cão obedecia ao dono. 9 – PAGAR (Também com AVISAR, DIZER, REVELAR, INFORMAR etc.). Sentido: Satisfazer dívida, encargo etc. De acordo com a tradição gramatical é: Transitivo Direto e Indireto. Exemplos: Paguei a consulta (vtd). Paguei ao médico (vti). Paguei a consulta ao médico (vtdi). 10 - PISAR Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD). Exemplos: Não pise o tapete da sala. Ele sempre pisava os seus adversários. O chef pisava as especiarias para compor o tempero. 11 – PREFERIR Sentido: Dar primazia a (VTDI). Preposição: a Exemplo: O governador preferiu investir em novas escolas a recuperar a penitenciária da cidade. Exemplo: Eu prefiro caju a goiaba. Exemplo: Ele prefere Raul Seixas a Lobão. 12 – QUERER Sentido 1: Ter afeto, amar, estimar (VTI). Preposição: a Exemplo: - Os pais querem bem aos filhos. Sentido 2: Ter posse (VTD). Preposição: Exemplo: Ele só queria diversão. 13 – VISAR Sentido 1: Almejar, ter em vista, objetivar (VTI). Preposição: a. Exemplo: Aqueles jovens profissionais visam a fins nobres. Sentido 2: Ver, dar visto (VTD). Preposição: Exemplo: A professora visou a tarefa da aluna. 14- IMPLICAR Sentido 1: Provocar, acarretar: VTD. Exemplo: Essa decisão deve implicar mudanças significativas. Obs.: alguns gramáticos consideram o verbo “implicar”, no sentido de “provocar”, VTI, regendo a preposição EM. Tal ideia não é consensual. Ex.: O depoimento implicou na descoberta dos fatos. Sentido 2: Envolver (alguém ou a si mesmo) em complicação: VTDI, regendo preposição “em”. Exemplo: O depoimento que prestou implicava Fulano na fraude. Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”. Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas. 15- ABDICAR Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. Exemplo: O príncipe abdicou. (VI) Não abdicarei das minhas ideias. (VTI) 16- AGRADECER Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto. Exemplo: Agradeci as flores. (VTD) Agradeci aos diretores. (VTI) Agradeci o presente ao amigo. (VTDI) 17- CHAMAR Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. Exemplo: - Nós chamamos todos os presentes. No sentido denominar há 4 construções possíveis: Eles chamaram o político de ladrão. ( transitivo direto); Eles chamaram o político ladrão. (transitivo direto); Eles chamaram ao político de ladrão. (transitivo indireto); Eles chamaram ao político ladrão. (transitivo indireto). Obs.: todas as formas acima estão corretas e dizem a mesma coisa. 18- CUSTAR - No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto. Exemplo: Aquela difícil meta custou ao governo. - No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. Exemplo: A insensatez custou a ele os bens. 19- ESQUECER 20- LEMBRAR Serão transitivos diretos se não forem pronominais. Exemplo: Esqueci o nome da rua. Lembrei um caso antigo. Serão transitivos indiretos se forem pronominais. Exemplo: Esqueci-me do nome da rua. Lembrei-me de um caso antigo. 21- PRECISAR No sentido de marcar com precisão é transitivo direto. Exemplo: Ele precisou a hora e o local da consulta. No sentido de necessitar é transitivo indireto. Exemplo: - Nós precisamos de bons políticos. EXERCÍCIOS 01 01- FCC: “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”. O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase: A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la. As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação. Por haver predomíniode certos hábitos e comportamentos, é que o inglês tornou-se uma espécie de língua global. Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade de cada um. Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos. 02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”. ( ) A forma verbal “reside” (2º período do texto) tem sentido completo. ( ) A forma verbal “causam” (2º período do texto) não tem sentido completo. 03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira incalculável...” (final do texto) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é: Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos naturais do país. Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos traficantes de animais silvestres, nos termos da lei. O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade. Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo. Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos naturais do país. 04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos ...”. (1o parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: ...ele é um dos nossos instintos básicos. ....realidade que cresce a passos largos ... ... situações que conduziram a isso ... ... as famílias encolheram drasticamente ... ... fator que acrescenta ansiedade ... 05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo nível de desenvolvimento humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a participarem do processo de produção”. ( ) O emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma verbal "obriga". 06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de criminalidade e a atuação de organizações criminosas transnacionais colocaram a segurança pública entre as principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social”. ( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a população" - a toda a população - visto que a forma verbal "afetam" apresenta dupla regência. 07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país”. ( ) A preposição em "de que o desenvolvimento" é exigida pela regência da palavra "crença". 08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: Os brasileiros aspiram a uma vida mais confortável. Obedeceu rigorosamente o horário do planejamento. O rapaz assistiu à demolição do prédio. O fazendeiro agrediu o funcionário sem necessidade. Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 09- UECE: O “Que” devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo ............................. aspiro depende de concurso. b) A situação....................... passei foi bem difícil. c) Rui é o orador...................... mais admiro. d) O jovem ................... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....................... necessitamos. 05- CESGRANRIO: “Foram inúmeros os problemas ________ nos defrontamos e inúmeras as experiências ________ passamos. De acordo com a norma culta da língua, completam a frase, respectivamente, que e em que. que e de que. de que e por que. com que e por que. com que e em que. 10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o superendividamento exerce...”. Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho destacado acima, não se manteve adequação à norma culta. Ignore as alterações de sentido. a que o superendividamento se refere de que o superendividamento lembra a que o superendividamento procede a que o superendividamento prefere de que o superendividamento se queixa 12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do poderio das redes criminosas transnacionais, a solução para a criminalidade depende de decisões político- econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e repressivas de órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais de que dispõe o Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”. ( ) A preposição "de" empregada antes de "que" é exigência sintática da forma verbal "dispõe"; portanto, sua retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período. GABARITO EXERCÍCIOS 01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E F/V E E V F V B C D 11 12 B V EXERCÍCIOS 02 01- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) “Coisas espantosas acontecem conosco, a cada segundo, pelo simples fato de existirmos. Agora mesmo, enquanto escrevo – ou enquanto você lê –, fatos fantásticos e dramáticos se desenrolam dentro de nós. Células se reproduzem aos milhões. Bando de bactérias percorrem nossas vias interiores, procurando encrenca. Nossos sucos se encontram e se misturam em alquimias inacreditáveis. E giramos em torno do Sol, que, por sua vez, se desloca pelo espaço, em alta velocidade, cuspindo fogo”. (Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1989, p.80- 1, Adaptado). ( ) No segmento “percorrem nossas vias interiores” o termo “nossas vias interiores” expressa uma circunstância de lugar do verbo intransitivo “percorrem”. ( ) Na oração “e se misturam em alquimias inacreditáveis”, conforme faculta a regência, o complemento do verbo “misturar” poderia ser introduzido pela preposição “com”. 02- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) Assinale a opção correta a respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre, encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber”. ( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem. 03- Padrão ESAF/CESPE - Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de grande circulação. Julgue-os quanto à regência de verbos e de nomes. Marque o que não apresentar erro. Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão de uma grave escassez de água em 2050 na medida em queo aquecimento global piorar os efeitos da urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira. A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento no mundo, particularmente na Índia, mas também representa riscos para à vida silvestre caso as cidades bombeiem água de fora, afirma o artigo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS). O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em meados deste século, em torno de 990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 litros diários de água cada um ─ mais ou menos a quantidade necessária para encher uma banheira ─, quantidade que, segundo os autores, é a mínima necessária. Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir no banheiro. "Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDonald. Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros de uso diári o. A casa de um americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa, apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald. Mas o mundo está experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as populações rurais de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para as cidades Correio Braziliense, 01/ 04/ 11 (Com adaptações) 04- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) “Restam os pedestres, em sua humilde visibilidade, para nos lembrar de que as cidades foram feitas para as pessoas”. ( ) Seriam mantidos o sentido original do período e a correção gramatical se o último período do texto fosse reescrito da seguinte forma: Restam os pedestres que, em sua humilde visibilidade, lembram-nos que cidades foram construídas para pessoas. GABARITO EXERCÍCIOS 02 01 02 03 04 EE E C E EXERCÍCIOS 03 01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Quando possível, os teoremas e teorias mais belos são também os mais simples: dadas duas ou mais explicações para o mesmo fenômeno, vence a mais simples. Esse critério é conhecido como a lâmina de Ockham, atribuído a William de Ockham, um teólogo inglês do século XIV”. ( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R .13), que serve como aposto apresentador de informações acerca de William de Ockham, o artigo indefinido poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto. 02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “O problema da linguagem é inseparável do conteúdo essencial daquilo que se quer comunicar, quando não se visa apenas a informar, mas também a fornecer modelos e diretivas de ação. A linguagem de um código não se dirige a meros espectadores, mas se destina antes aos protagonistas prováveis da conduta regulada”. ( ) No trecho “não se visa (...) a informar (...) a fornecer”, o elemento “a”, em ambas as ocorrências, poderia ser omitido sem que isso trouxesse prejuízo à correção gramatical do texto. 03- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Diferentes autores apresentam de maneiras diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam que mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção”. ( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas. 04- (CESPE 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no entanto, o jovem arquiteto interessava-se menos por torres que escalavam os céus do que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subterrâneos da cidade. Em vez de construir, seu projeto era ‘cortar’ edifícios ou ‘desfazer espaços’”. ( ) O uso da forma não pronominal “interessar”, retirando-se o pronome de “interessava- se”, preservaria a correção gramatical e a coerência textual, desde que fosse empregada a preposição “a” antes de “o jovem arquiteto”, escrevendo “ao jovem arquiteto interessava”. 05- (CESPE 2013 Serpro) “O novo milênio ― designado como era do conhecimento, da informação ―é marcado por mudanças de relevante importância e por impactos econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”. ( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração “aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada no plural, desde que suprimida a partícula “-se”. 06- (CESPE MPU 2013) “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. Nessa desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade”. ( ) A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste”. GABARITO EXERCÍCIO 03 01 02 03 04 05 06 C C C E E C EXERCÍCIOS 04 01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte (...)”. ( ) Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em “pedindo-lhes” e “dispensando-os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto. 02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “ ‘Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação.’ (...) Escrito há 80 anos, o enunciado do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova continua tão atual quanto em 1932”. ( ) Mantém-se a correção gramatical do primeiro período ao se considerar a forma verbal ‘sobreleva’ como transitiva direta, com a seguinte reescrita: nenhum sobreleva em importância e gravidade o da educação. 03- CESPE ( PF 2012) “Essa discrição é apresentada como um progresso: os povos civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um corolário da incerteza ética de nossa cultura. Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo, frustrados, zelamos pela prisão daqueles que não se impõem as mesmas renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”. ( ) Considerando-se a dupla regência do verbo “impor” e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”. 04- CESPE ( PF 2012) “Considerai no mistério dos humanos desatinos, e no polo sempre incerto dos homens e dos destinos! Por sentenças, por decretos, pareceríeis divinos: e hoje sois, no tempo eterno, como ilustres assassinos. Ó soberbos titulares, tão desdenhosos e altivos! Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos, inutilmente matastes: — vossos mortos são mais vivos; e, sobre vós, de longe, abrem grandes olhos pensativos. Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8 ( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29) e “Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos” ( v.35-36) exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o meio empregadona ação representada pelo verbo a que se referem. GABARITO EXERCÍCIO 04 01 02 03 04 E C E E COMPLEMENTOS VERBAIS X USO DE PRONOMES OBLÍQUOS Para que você inicie esta segunda pare do assunto, é importante (para não dizer fundamental) que você conheça o funcionamento dos pronomes enquanto elementos que representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos e os indiretos). Portanto, iniciemos com esta tabela: o, a, os, as Terão, NORMALMENTE, função de OD. lhe, lhes terão, NORMALMENTE, função de OI. me, te, se, nos, vos terão, NORMALMENTE, função de OD ou OI. Exemplos com problemas: A criança riscou-lhe. O filho o obedecia. O ladrão lhes molestou. Exemplos corrigidos: A criança riscou-o. O filho lhe obedecia. O ladrão os molestou. Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da língua, porque não podemos associar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE. QUANDO USAR LO, LA, LOS e LAS? Se verbos terminam em R, S ou Z. E se os pronomes o, a, os ou as devem surgir na posição de ênclise. FAÇA O SEGUINTE: Retire a dita consoante final. Coloque um hífen. E acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir. Exemplos: Trouxemos os livros ontem. Trouxemo-los ontem. Fiz todas as compras hoje. Fi-las hoje. Ele gosta de criticar esses atores. Ele gosta de criticá-los. QUANDO USAR NOS, NAS, NO e NA? Se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim: Acrescente a letra “N” ao pronome para indicar nasalização. treinador propõe-nas antes do jogo. Ex.: Levaram as alunas depois da aula. Levaram-nas depois da aula. DETLAHE: A gramática diz que, toda vez que um verbo for flexionado na 1ª pessoa do plural e tiver que usar, encliticamente, o pronome NOS o “S” do final do verbo deverá ser suprimido. Assim: Vimos + nos perdidos = Vimo-nos perdidos. (forma correta) Vimos + nos perdidos = VimoS-nos perdidos. (forma INcorreta) Encontramos + nos na festa = Encontramo-nos na festa. (forma correta) Encontramos + nos na festa = EncontramoS-nos na festa. (forma INcorreta) COLOCAÇÃO PRONOMINAL o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise). PRÓCLISE Usamos a próclise nos seguintes casos: Com palavras negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem etc. Nada me perturba. Ninguém se mexeu. Jamais me afastarei daqui. Ela nem se importou com meus problemas. Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções: Nada perturba-me. Ninguém mexeu-se. Jamais afastar-me-ei daqui. Ela nem importou-se com meus problemas. Com conjunções ou locuções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, ainda que, já que, quanto etc. Quando se trata de boa comida, ele é um especialista. É necessário que a deixe em casa. Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções: É necessário que deixe-a em casa. Embora encontre-me com problemas, estou indo bem no trabalho. Advérbios: só, apenas, muito, pouco, cedo, tarde, ali, aqui, também etc. Aqui se tem paz. Sempre me dediquei aos estudos. Talvez o veja na escola. OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome. Aqui, trabalha-se. Ontem, revelei-lhe toda a verdade. Pronomes relativos, indefinidos e interrogativos. Um lembrete: Relativos: que, quem, onde. Indefinidos: tudo, nada, algo, alguém, ninguém, qualquer etc. Interrogativos: que, quem, qual, quanto etc. Exemplos: Quem te ligou bem cedo? (interrogativo) A pessoa que me chamou era minha amiga. (relativo) Nada nos traz felicidade. (indefinido) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). “Macacos me mordam!” Deus te abençoe, meu filho! Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/ http://www.infoescola.com/portugues/pronome-relativo/ http://www.infoescola.com/portugues/pronome-indefinido/ Em se plantando tudo dá. Em se tratando de beleza, ela é a campeã. CASOS FACULTATIVOS (a) Diante de substantivos quando funcionam como sujeito: Os alunos se aproximaram. Os alunos aproximaram-se. (b) Diante de pronomes retos: Ela me disse tudo. Ela disse-me tudo. (c) Diante de pronomes de tratamento. Vossa Excelência me perguntou algo? Vossa Excelência perguntou-me algo? (d) Diante de pronomes demonstrativos. Aquilo me deixou triste. Aquilo deixou-me triste. Quando houver conjunções coordenativas (exceto as aditivas Nem, Não só...mas também e companhia e todas as alternativas): O homem chegou e se dirigiu a mim imediatamente. O homem chegou e dirigiu-se a mim imediatamente. Eu cheguei cedo, mas me barraram na entrada. Eu cheguei cedo, mas barraram-me na entrada. BOMBA BOMBA BOMBA!!!!! A maior pegadinha de todas!!!! (f) Infinitivo não flexionado precedido de palavras atrativas ou de preposições: Meu desejo era não o incomodar. (FORMA CORRETA) Meu desejo era não incomodá-lo. (FORMA CORRETA) Calei-me para sempre o contrariar. (FORMA CORRETA) Calei-me para sempre contrariá-lo. (FORMA CORRETA) Corri para o defender. (FORMA CORRETA) Corri para defendê-lo. (FORMA CORRETA) MESÓCLISE Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Convidar-me-ão para a festa. Convidar-me-iam para a festa. Revelar-lhe-ei meus segredos. Não me convidarão para a festa. Algo te levará a um bom destino. ÊNCLISE Regra básica: a ênclise será sempre obrigatória no início de período. - Amo-te muito, meu amor! http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/ Dá-me mais um pouco de vinho? Comprei-o no mês passado. Outros casos: Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se. b) Com o verbo no gerúndio: - Saiu rapidamente, deixando-nos a sós por alguns instantes. Com o verbo no infinitivo impessoal: - Contar-lhe tudo é fundamental. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio. AUXILIAR + INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes ou depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. A polícia nos deseja revelar a verdade. A polícia deseja-nos revelar a verdade. A polícia deseja revelar-nos a verdade. http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/ http://www.infoescola.com/portugues/locucao-verbal/ http://www.infoescola.com/portugues/verbos-auxiliares-portugues/ AUXILIAR + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes ou depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. As crianças me vêm perguntando muitas coisas. As crianças vêm-me perguntando muitas coisas. As crianças vêm perguntando-me muitas coisas. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Infinitivo A polícia não nos deseja revelar a verdade. A polícianão deseja revelar-nos a verdade. Gerúndio As crianças agora me vêm perguntando muitas coisas. As crianças agora vêm perguntando-me muitas coisas. AUXILIAR + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar sempre depois do verbo auxiliar, nunca depois do particípio. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar. O preso lhe havia contado a verdade. O preso havia-lhe contado a verdade. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá SOMENTE antes do verbo auxiliar. - O preso jamais lhe havia contado a verdade. Para as perguntas de 01 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e com “I” os incorretos: ( ) O presente é a bigorna onde se forja o futuro. (próclise) ( ) Nossa vocação molda-se às necessidades. (ênclise) ( ) Se não fosse a chuva, acompanhar-te-ia. (mesóclise) ( ) Macacos me mordam! ( ) Caro amigo, muito lhe agradeço o favor... ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos difíceis. ( ) As informações que se obtiveram, chocavam-se entre si. ( ) Quem te falou a respeito do caso? ( ) Não foi trabalhar porque machucara- se na véspera. ( ) Não só me trouxe o livro, mas também me deu presente. ( ) Ele chegou e perguntou-me pelo filho. ( ) Em se tratando de esporte, prefere futebol. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo Domingo. ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades. ( ) Os alunos nos surpreendem com suas tiradas espirituosas. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora. ( ) O torneio iniciará-se no próximo domingo. ( ) Ele tinha oferecido-lhe as explicações. ( ) Convido-te a fazeres-lhes essa gentileza. ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo. ( ) É possível que o leitor nos não creia. ( ) A turma quer-lhe fazer uma surpresa. ( ) A turma havia convidado-o para sair. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora. ( ) Algumas haviam-nos contado a verdade. ( ) Todos se estão entendendo bem. ( ) As meninas não tinham-nos convidado para sair. 29) Assinale a frase com erro de colocação pronominal: Tudo se acaba com a morte, menos a saudade. Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe tudo. João tem-se interessado por suas novas atividades. Ele estava preparando-se para o vestibular de Direito. 30) Assinale a frase com erro de colocação pronominal: Tudo me era completamente indiferente. Ela não me deixou concluir a frase. Este casamento não deve realizar-se. Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas. GABARITO 01.C 02.C 03.C 04.C 05.C 06.I 07.C 08.C 09.I 10.C 11.C 12.C 13.C 14.C 15.I 16.C 17.C 18.I 19.I 20.C 21.C 22.C 23.C 24.I 25.C 26.I 27.C 28.I 29.B 30.D EXERCÍCIOS 05 01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa nova arma”. Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima: Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa nova arma. Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós. Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós. Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós. Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós 02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. Não lhe agrada semelhante providência? A resposta do professor não o satisfez. Ana o ajudou na semana passada. O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. Vou visitar-lhe na próxima semana. 03- FCC: “Maquiavel escreveu um tratado político, e a potência de análise desse tratado político permite considerar esse tratado político como um texto que efetivamente revela os mecanismos do poder, embora sempre haja quem julgue indevassáveis esses mecanismo do poder, pois todos os políticos buscam dissimular esses mecanismo do poder”. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por cuja potência de análise / considerá-lo / os julgue indevassáveis / dissimulá-los. em cuja potência de análise / o considerar / lhes julgue indevassáveis / os dissimular. cuja a potência de análise / considerá-lo / julgue-os indevassáveis / dissimular-lhes. que a potência de análise / considerar-lhe / os julgue indevassáveis / dissimulá-los. de cuja potência de análise / lhe considerar / os julgue indevassáveis / lhes dissimular. 04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos”. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: a pronunciam - lhe atribuem - a elevam a pronunciam - atribuem-na - elevam-na lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam pronunciam-na - atribuem-na - a elevam 05- FCC: “O editorial foi considerado um desrespeito à soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba como uma questão menor, pretenderam reduzir a soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não tivessem construído a soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas”. Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por trataram a ela / reduzir-lhe / a tivessem construído. trataram-na / reduzi-la / a tivessem construído. a trataram / a reduziram / tivessem-na construído. trataram-lhe / reduziram-lhe / lhe tivessem construído. trataram-na / reduziram-lhe / lhe tivessem construído. 06- FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada corretamente em: que pretende construir máquinas multifuncionais = que lhes pretende construir que desejam limpar seu carpete = que desejam o limpar precisa processar dados coletados = precisa processá-los. que busque uma caneca = que busque-a. requerem um grande conjunto de habilidades = requerem-nas. GABARITO EXERCÍCIOS 02 01 02 03 04 05 06 D E A A B C BIBLIOGRAFIA PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. Editora Campus Elsever, 2013. São Paulo. BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo acordo ortográfico. Editora nova fronteira, 2008, Rio de Janeiro. CUNHA, Celso ; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Editora Nova Fronteira. 1985, Rio de Janeiro. CEGALLA, Domingos P. Novíssima gramática da língua portuguesa. Editora Nacional, 2008. São Paulo. HOUAISS. Dicionário eletrônico. 2010. LIMA, A. Oliveira. Manual de redação oficial. Editora Elsevier, 2010, Rio de Janeiro. MEDEIROS, João Bosco; TOMASI, Carolina. Português forense. Editora Atlas, 2010, São Paulo. SCHLITTLER, José Maria Martins. Manual prático de redação profissional. Editora Servanda,2006, Campinas. VIANA, Joseval Martins. Manual de redação forense e prática jurídica. Editora Juarez de Oliveira, 2010, São Paulo. HOUAISS. Dicionário eletrônico. 2010.