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Análise reflexiva do texto: As danças circulares e as possíveis contribuições da terapia ocupacional para as idosas O presente artigo relata os benefícios da dança no cotidiano de mulheres idosas aliada às práticas e intervenções da terapia ocupacional. O estudo elaborou uma pesquisa com doze mulheres que participam das práticas de danças circulares, com o objetivo de entender como este recurso de arte interfere na vida dessas mulheres. Com isso, é importante enfatizar o processo de envelhecimento, já que este causa grande impacto na vida do sujeito. Ou seja, envelhecer gera mudanças biopsicossociais e cada esfera da vida que é afetada, contribui para uma má qualidade de vida. E é nesse contexto que entram as atividades culturais como forma de manter a saúde, através da participação social e do lazer, melhorando o desempenho nos papéis ocupacionais dos idosos (Fleury e Gontijo, 2006). Posto isto, a velhice ainda pode trazer momentos de prazer e bem-estar, além da descoberta de novos papéis ocupacionais. Logo, as danças circulares ou de roda são definidas por uma dança coletiva que visa integrar o grupo e fortalecer os valores de empatia, compreensão e pertencimento. Nesse tipo de dança, as pessoas são dispostas em um círculo e são coreografadas juntas. Dessa forma, cabe ao profissional preparar intervenções que vão de encontro com esse recurso, já que, de acordo com Lorthiois (2002) e Neistadt e Crepeau (2002), citados por Fleury e Gontijo (2006), “a terapia ocupacional constitui a arte e a ciência capazes de restaurar, fortalecer e desenvolver capacidades e funções, a partir de atividades que possam ter como recurso, o próprio corpo”. Com isso, pode-se perceber que a prática das danças circulares trouxeram diversos benefícios às idosas, tais como melhora nos fatores de sono, disposição física e mental, desempenho sexual, flexibilidade, postura, força muscular, tensão, dores, consciência corporal, bem estar, socialização e sentimentos como solidão, isolamento social e/ou familiar (Fleury e Gontijo, 2006). Todos esses fatores observados foram melhorados ao passo que as idosas participavam dos grupos de dança, melhorando a qualidade de vida. Além disso, também é muito trabalhada a questão corporal e autoestima, já que para algumas mulheres idosas, essa área da vida é muito afetada, ou seja, promover o autoconhecimento gera uma maior independência para essas mulheres (De Moura et al., 2017). Em relação a essas questões, cabe a reflexão acerca da pandemia mundial de COVID-19 que nos cerca e como esse período tem afetado a qualidade de vida da população. Nesse período, muitos locais pararam com os atendimentos devido às aglomerações e com isso, muitas atividades foram suspensas, impactando diretamente o cotidiano de muitas pessoas. É notável que os aspectos físicos, sociais e emocionais ficam muito abalados, pois um período de isolamento social reflete diretamente nos comportamentos humanos. Desse modo, observamos cada vez mais a importância das relações interpessoais e sociais para todos os públicos e como as intervenções da terapia ocupacional são de extrema valia. É visível que a participação ativa em atividades que trazem prazer ao indivíduo melhora vários aspectos da saúde, seja ela física, psíquica, mental ou espiritual. Portanto, no caso das idosas, vemos que o isolamento social pode causar depressão e outros problemas relacionados ao envelhecimento, como a discriminação social, alterações cognitivas, déficits de atenção e memória, que fazem com que os idosos se sintam desesperançados e solitários (Fleury e Gontijo, 2006). Em vista disso, as práticas das danças circulares levam ao sentimento de união e equidade, revelando as potencialidades de cada indivíduo e promovendo a inclusão social. Através do convívio com outras mulheres, as participantes se afastam de sentimentos negativos de solidão e isolamento, permitindo-se manter felicidade e confiança em si e nas outras pessoas. REFERÊNCIAS FLEURY, Tânia Maria Assis; GONTIJO, Daniela Tavares. As danças circulares e as possíveis contribuições da terapia ocupacional para as idosas. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 9, 2006. DE MOURA, Karina Santos; SANTOS, Maria Eysianne Alves; DA SILVA, Lucas Kayzan Barbosa. DANÇAS CIRCULARES COMO ATIVIDADE NA PROMOÇÃO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA, 2017.
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