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Estudos Esquematizados Direito Penal v. 2 – Parte Especial (arts. 121 a 212) Cleber Masson 3.ª para 4.ª edição P. 475 – Atualizar a redação do art. 65 da Lei 9.695/1998 como segue: Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1.º Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa. § 2.º Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. P. 520 – Substituir os três últimos parágrafos pela redação abaixo: Se o agente for beneficiado pela concessão do parcelamento dos valores devidos a título de contribuição social previdenciária, ou qualquer acessório, o pagamento integral do débito importará na extinção da punibilidade, com fulcro no art. 83, § 4.º, da Lei 9.430/1996, com a redação conferida pela Lei 12.382/2011. É de se observar que, na hipótese de concessão de parcelamento do crédito tributário, a representação fiscal para fins penais somente será encaminhada ao Ministério Público após a exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento (Lei 9.430/1996, art. 83, § 1.º). Além disso, fica suspensa a pretensão punitiva do Estado durante o período em que a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no parcelamento, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do recebimento da denúncia criminal (Lei 9.430/1996, art. 83, § 2.º). Finalmente, a prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva (Lei 9.430/1996, art. 83, § 3.º). P. 541 – Substituir os três últimos parágrafos da item 2.9.1.5.2 pelo texto abaixo: Para nós, a “cola eletrônica” sempre caracterizou o crime de estelionato. Com efeito, a conduta de quem a comete ou concorre para a sua prática se subsume no art. 171, caput, do Código Penal. O sujeito obtém para si vantagem ilícita de índole econômica (ingresso em Universidade ou aprovação em processo seletivo, concurso ou exame público), em prejuízo alheio (da Universidade, do Poder Público e de outro candidato, preterido em razão do procedimento ilegal), induzindo alguém em erro (comissão examinadora) mediante o emprego de meio fraudulento (resolução das questões com auxílio de terceiros). Entretanto, este panorama sofreu profundas alterações com a entrada em vigor da Lei 12.550/2011, a qual criou um crime especial – fraudes em certames de interesse público – no qual se subsume a conduta daquele que pratica ou concorre para a prática da “cola eletrônica”. A redação do tipo penal é a seguinte: “Art. 311‐A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: I – concurso público; II – avaliação ou exame públicos; III – processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou IV – exame ou processo seletivo previstos em lei: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1.º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. § 2.º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. § 3.º Aumenta‐se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público”. Destarte, atualmente existe crime específico envolvendo a fraude em certames de interesse público. O comportamento inerente à cola eletrônica se enquadra na descrição do art. 311‐A do Código Penal. O conflito aparente com o art. 171, caput, do Código Penal é solucionado pelo princípio da especialidade.1 1 Para o estudo aprofundado do crime definido no art. 311‐A do Código Penal, veja os comentários lançados em nosso Direito Penal Esquematizado: Parte Especial, vol. 3.
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