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Malária - Toxoplasmose - Doença de chagas

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PROTOZOOLOGIA - MALÁRIA, TOXOPLASMOSE, 
DOENÇA DE CHAGAS 
14/08/2020 
Nome: Jemerson Santos do Monte Curso: Odontologia Matrícula: 20.1.001008 
Semestre: 2º semestre Turno: Noturno Sede: Parque Ecológico 
 
Protozoologia é o estudo dos protozoários, ou seja, todos os organismos eucariontes (com núcleo 
celular, geralmente unicelulares, heterotróficos [não realizam fotossíntese] e com locomoção própria, 
quer utilizando cílios ou flagelos, quer com movimentação ameboide [mudando a forma do corpo pela 
emissão de pseudópodes, ou seja, “pés falsos”]), que estejam agrupados no filo Protozoa do reino 
Animália. 
Agente Etiológicos – são os protozoários 
Forma patogênica – É a forma que causa os sinais clínicos (ex: na malária Merosoíto) 
 
PLASMÓDIOS - MALÁRIA 
Agentes etiológicos: 
• Plasmodium falciparum (Predominante na África) – mais grave (febre terçã maligna) 
• Plasmodium vivax – Mais comum no Brasil 
• Plasmodium malariae (Segunda espécie mais prevalente) 
• Plasmodium ovale 
Transmissão: 
• Picada de mosquito (nas glândulas salivares do mosquito Anopheles) 
• Transfusão de sangue contaminado 
• Seringas contaminadas 
• Através da placenta ao feto 
Aspectos Clínicos da malária: 
• [1] Febre alta – Calafrios – Sudorese abundante 
• [1] Dor de cabeça e no corpo 
• Falta de apetite 
• Icterícia 
• Prostração 
• Anemia (por inchaço das hemácias) 
• Hepatoesplenomegalia (inchaço do fígado e baço) 
• [1] Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada 3 ou 4 dias 
[1] sintomas mais recorrentes 
Tipos de malária: 
• Malária Grave ou Complicada – Tem como agente etiológico o P. falciparum ou P. vivax 
• Malária Cerebral – Paciente com malária falciparum em coma profundo 
Diagnóstico: 
• Clínico 
• Exame de sangue (procura trofozoítos no interior das hemácias) 
Tratamento: 
• Antimaláricos (Cloroquina, Primaquina, Doxiciclina) 
Prevenção e Controle: 
• Diagnóstico rápido e tratamento imediato 
• Combater ao vetor (uso de mosquiteiros, repelentes [2]) 
[2] dicloro-difenil-tricoloetano 
O ciclo se inicia com o mosquito Anopheles fêmea (pois só a fêmea faz repasto [pica] o homem) 
contaminado pelo plasmódio vivax. O protozoário na forma infectante terá a forma alongada 
denominada Esporozoíto, que serve de locomoção pela corrente sanguínea, até que chega ao fígado 
(Criptozoíto) e adquire uma forma redonda (Esquizonte) para reprodução denominada Esquizogonia (de 
forma assexuada). O produto da reprodução é os Merozoitos (filhinhos ainda em forma circular), que 
saem do fígado e adentram o interior das hemácias na corrente sanguínea, ao adentrarem recebem o 
nome de Trofozoítos e se reproduzem nas hemácias, até que elas se rompam (motivo da anemia) e eles 
partem a infectar outras hemácias e que isso ocorre em cada 3 ou 4 dias. E os que não adentram outras 
hemácias e permanecem na corrente sanguínea recebem o nome de Gametócitos. 
O Gametócito é a forma infectante do plasmódio para o mosquito, que no interior da fêmea irá se 
reproduzir de forma sexuada formando o Oocisto na parede do estômago do mosquito, que irão maturar 
em Esporozoítos e invadem a glândula salivar da fêmea. 
 
TOXOPLASMA GONDII - TOXOPLASMOSE 
Transmissão: 
Hospedeiro definitivo: Gato 
Hospedeiro Acidental: Ser humano 
• Ingestão de água ou alimentos contaminados (por fezes de gatos contaminadas) 
• Ingestão de carne crua ou mal-passada (porco ou carneiro) 
• Transfusão de sangue 
• Via transplacentária 
• Transplante de órgãos 
Manifestações clínicas: 
• Maioria assintomática (indivíduos imunocompetentes) 
• Linfadenopatia febril (tamanho, consistência e número anormal) 
• Hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço – grande atividade da resposta imune) 
• Mialgias e artralgias 
• Prostração 
• Exantema Cutâneo 
• Lesões na retina 
• Transmissão congênita (pode desencadear alterações psicomotoras e comportamentais) 
IGG – observa se a pessoa já teve a doença 
IGM – observa se a pessoa está com a doença no momento 
 
 
Diagnóstico: 
• Exame de sangue – Aumento dos anticorpos em amostras de sangue 
• Pesquisa do parasita em líquido amniótico 
• Exame clínico 
Tratamento: 
• Sulfadiazina 
• Clindamicina (para pacientes alérgicos as sulfas) 
Prevenção e controle: 
• Evitar consumo de carne crua ou mal-passada 
• Evitar contato com fezes de gato 
• Vegetais e hortaliças bem lavados antes do consumo 
• Água tratada 
Ciclo vital: 
• Gatos alimentam-se de roedores que contém cistos teciduais repletos de bradizoitos. 
• No intestino ocorre um ciclo assexuado e um sexuado, que se fundem formando o zigoto que se 
encista. 
• Em seu lúmen intestinal, a parede dos cistos teciduais é digerida, liberando os bradizoitos. Após 
várias etapas de divisão celular, forma o esquizonte, liberando Merozoitos que originam formas 
sexuadas que darão origem aos Oocistos. 
• Oocistos são eliminados nas fezes 
Formas infectantes para o gato: 
• Taquizoito = Sangue 
• Bradizoito = Músculo 
• Oocisto = nas fezes 
• Esporozoíto = no solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
O gato pode se infectar nas fezes de outro gato (que tem Oocistos), ou no solo pois quando o Oocisto 
eclode, libera esporozoítos que sobrevivem no solo até 40°C e muitos dias, pode ser também por sangue 
(Taquizoito) ou carne (Bradizoito) de outro animal (rato, que é hospedeiro intermediário) 
Todas essas 4 formas infectantes para o gato vão chegar ao sistema digestório do gato e se transformar 
em Merosoíto, sofrerá reprodução assexuada (Esquizogonia) e depois se tornar Gametócitos (no final do 
sistema digestório do gato, reproduzindo-se agora de forma sexuada, liberando Oocisto). 
No Homem o Oocisto vai se transformar em Taquizoito no sangue ou Bradizoito na musculatura (o mesmo 
ocorre com animais de criação, como ovelha, porco). 
 
TRYPANOSSOMA CRUZI - DOENÇA DE CHAGAS 
Vetor: Inseto – Triatoma infestans (Barbeiro) 
• Ingestão de bebidas infectadas (Caldo de cana de açúcar, sucos de alimento da região amazônica 
– açaí, buriti, dentre outros – contaminados com fezes de vetores infectados) 
• Ingestão de carne de caça crua ou mal-cozida 
• Aleitamento materno 
• Transfusão sanguínea 
• Via transplacentária 
• Transplante de órgãos / Acidentes laboratoriais 
 
Manifestações clínicas: 
• Febre baixa 
• Mal-estar 
• Linfadenopatia 
• Hepatoesplenomegalia 
• Sinal de Romanã: Edema bipalpebral unilateral (sugere penetração do parasita pela mucosa 
conjuntiva) 
• Chagoma de inoculação: lesão cutânea eritematosa e endurecida, no sítio de penetração do 
parasita 
• Sinais eletrocardiográficos de miocardite 
• Sinais Crônicos: cardíacos e intestinais, pois o parasita ataca o sistema nervoso parassimpático, 
alterando peristaltismo desenvolvendo Megacólon. No coração causa Cardiomegalia 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
• Fase aguda: Benzonidazol 
• Fase crônica: controle das complicações tardias cardíacas e digestivas 
 
Prevenção e controle: 
• Eliminação de vetores domiciliares (casas de barro, taipa) 
• Controle de transfusões sanguíneas 
• Atenção ao consumo de certos alimentos e bebidas 
Ciclo de vida: 
 
O Triatoma Infestans (barbeiro) infectado com o Trypanossoma Cruzi, vai fazer o repasto sanguíneo/picar, 
ele libera nas suas fezes o Tripomastigota Metacíclico (Forma infectante no homem) que o ser humano 
na hora de coçar irá espelhar as fezes contaminadas indo até o ferimento ou mucosas, percorre o sangue 
e vai para as células do sistema nervoso parassimpático e cardíaco, no interior da célula adquire formação 
mais ovalada denominada Amastigota e se reproduz de forma assexuada por divisão binária, destruindo 
as células, saindo novamente para o sangue tendo outra forma de Tripomastigota Sanguíneo (Forma 
infectante para o barbeiro).

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