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Bárbara Lorena @queroresumo_ | 1 Sistema Digestório 1. A faringe é um órgão que pertence aos sistemas respiratório e digestório, comunica-se com várias cavidades e órgãos através de aberturas e óstios, que somam no total: a) 6 b) 5 c) 3 d) 7 e) 4 A faringe se comunica com a parte nasal através dos cóanos e, por meio óstio faríngeo da tuba auditiva, com a orelha média. Nasofaringe; orofaringe e laringofaringe. 2. Analise as afirmativas abaixo: I. Durante a deglutição, o palato mole fecha a comunicação entre as partes oral e nasal da faringe. II. O principal músculo do soalho da boca é o milo-hioideo. III. Todas as glândulas salivares maiores lançam sua secreção no vestíbulo da boca. IV. O m. bucinador constitui a parede lateral da cavidade da boca. V. A primeira dentição ou decídua possui 20 dentes: 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares. a) Todas as afirmativas estão erradas. b) Todas as afirmativas estão corretas. c) As afirmativas III e V estão erradas. d) As afirmativas II e IV estão corretas. e) Somente a afirmativa III está errada. DEGLUTIÇÃO: Estágio 1 (Voluntário): o bolo alimentar é comprimido contra o palato e empurrado da boca para a parte oral da faringe, principalmente por movimentos dos músculos da língua e do palato mole. Estágio 2 (Involuntário e rápido): o palato mole é elevado, isolando a parte nasal da faringe das partes oral e laríngea. A faringe alarga-se e encurta-se para receber o bolo alimentar enquanto os músculos supra-hioideos e os longitudinais da faringe se contraem elevando a laringe. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 2 Estágio 3 (Involuntário): A contração sequencial dos músculos constritores da faringe (superior, médio e inferior) força a descida do bolo alimentar para o esôfago. Glândula parótida Ducto: Atravessa o m. bucinador e abre-se no vestíbulo da boca Glândula submandibular Ducto: Abre-se no assoalho da boca abaixo da língua próximo ao plano mediano; papila sublingual de cada lado do frênulo da língua Glândula sublingual Ducto: Secreção na cavidade da boca sob a porção mais anterior da língua por diversos canais que desembocam no assolho da boca Bárbara Lorena @queroresumo_ | 3 3. Sobre o reto e canal anal, assinale a alternativa correta: a) O reto é um tubo reto, sem curvaturas. b) Em relação ao reto, o canal anal é voltado anteriormente. c) As veias do plexo hemorroidário situam-se nas colunas anais. d) Ambos os músculos esfíncteres do ânus, o externo e interno, são de controle involuntário. e) A linha pectinada é o limite entre eles. Ampola do reto Flexura anorretal Pregas Transversais Pregas Longitudinais Colunas anais (de Morgani) Linha pectínea Bárbara Lorena @queroresumo_ | 4 Aplicação clínica: presença de câncer na mucosa ou na pele; hemorroidas anais (externa ou interna) – presença de varizes nas veias da região anal; esfíncter interno, sistema nervoso autônomo (involuntário); esfíncter externo, sistema nervoso simpático (voluntário). 4. Sobre a via biliar extra-hepática, assinale a alternativa correta: a) O ducto hepático comum + ducto pancreático principal formam a ampola hepatopancreática. b) A ampola hepatopancreática desemboca na 1ª parte do duodeno. c) Os ductos da via biliar estão entre as lâminas do omento maior. d) O ducto colédoco é resultante da união dos ductos hepáticos direito e esquerdo + ducto cístico. e) O ducto cístico conduz bile em ambos os sentidos. VIA EXTRA-HEPÁTICA Ducto hepático esquerdo (Fígado) Ducto hepático direito (Fígado) Ducto hepático comum (Fígado) Ducto cístico (Vesícula Biliar; Bile: Emulsificação da gordura) Ducto colédoco (D. hepático comum + D. cístico) Ducto pancreático principal (Pâncreas; Sulco pancreático: Enzimas digestórias) Ampola hepatopancreática Papila maior do duodeno (2º porção do duodeno/ porção descendente) Modificação anatômica Ducto pancreático acessório: papila menor do duodeno (2º porção do duodeno/ porção descendente) Bárbara Lorena @queroresumo_ | 5 5. Sobre o intestino grosso, assinale a alternativa correta: a) A parte inicial do colo ascendente possui o apêndice vermiforme. b) Começa na fossa ilíaca direita e termina na fossa ilíaca esquerda. c) Possui saculações, tênias e apêndices omentais em toda a sua extensão. d) Ao longo de seu trajeto há absorção dos alimentos. e) Os colos transverso e sigmoide são fixos à parede do abdome por meio de mesos. Apesar de serem móveis, são mantidos fixos na parede pelos mesos. Composição do Intestino grosso: ceco; colo ascendente; colo transversal; colo descendente; colo sigmoide e reto e ânus; Local de absorção de água e sais minerais; O apêndice vermiforme é uma estrutura presente no ceco composto de tecido linfoide; Saculações ou Hautros: dilatações delimitadas por sulcos transversais (ceco e cólon); Tênias do colo: espessamento longitudinal - condensação da musculatura longitudinal, percorrem em quase toda extensão; mais curta do que os cólons (ceco e cólon); Onde tem tênia não tem saculações; Apêndice omental ou epiplóicos: acúmulos de gordura salientes na serosa da víscera (cólon). Possuem meso: garante a mobilidade Não tem meso: fixos na parede Mesocoloapêndice; Mesocolosigmóide; Mesocolotransverso Ascendente; Descendente. Aplicação clínica: volvo ou vólvulo do colo sigmoide (pode dobrar); torce os vasos, diminui a irrigação causando o abdômen agudo (intervenção rápida); Mesocolosigmóide. 6. O Ponto de McBurney corresponde ao local de palpação da(o): a) Baço. b) Flexura cólica esquerda. c) Apêndice vermiforme. d) Vesícula biliar. e) Flexura cólica direita Ponto de Mcburney: ponto médio entre a cristal ilíaca e a linha umbilical – palpação do apêndice vermiforme 7. As curvaturas gástricas menor e maior apresentam, respectivamente, as seguintes relações topográficas: a) fígado e vesícula biliar/pâncreas e colo transverso. b) fígado e pâncreas/colo transverso; c) baço e omento maior/colo transverso. d) fígado e omento menor/baço e omento maior. e) fígado e omento menor/baço e pâncreas. Curvatura gástrica menor Omento menor; fígado Curvatura gástrica maior Omento maior; colo transverso; baço Bárbara Lorena @queroresumo_ | 6 Bárbara Lorena @queroresumo_ | 7 8. O esôfago: a) É muscular e apresenta o mesmo diâmetro em toda a sua extensão. b) Situa-se posteriormente à traqueia e átrio esquerdo. c) Atravessa o diafragma da pelve. d) É continuação da parte oral da faringe. e) Divide-se anatomicamente em quatro partes. Esôfago: entre a traqueia (anterior) e a coluna vertebral (posterior); a parte torácica do esôfago se relaciona com o átrio esquerdo do coração. É continuação da laringofaringe; Divisão em 3 segmentos: Cervical Torácico Abdominal Não possui o mesmo diâmetro em toda a sua extensão; possui 3 estreitamentos (constrições); Cricóidea Bronco-aórtica Diafragmática Hiato esofágico no diafragma - porção abdominal Aplicações clínicas: Hérnia de Hiato; reflexo gastresofágico; esofagite; esôfago de Barret (alteração da mucosa; complicações – refluxo; pré-câncer); Na clínica: Comumente é dividido em três porções: terço superior, médio e interior (não é uma divisão anatômica). 9. Assinale a afirmativa correta: a) O pâncreas é uma víscera peritonizada. b) A cauda do pâncreas está adiante do rim esquerdo. c) O duodeno é contínuo com o íleo. d) A cabeça do pâncreas está alojada na curvatura em “C” do duodeno. e) O piloro impede que o duodeno se esvazie no jejuno. Os órgãos podem ser: Peritonizados: quando são recoberto por peritônio: cólon sigmoide, Peritonizado parcialmente: (não existe órgão/tecido separando, está "colado" no peritônio: cólon ascendente e descendente, bexiga, jejuno-íleo;calda do pâncreas, fígado Retroperitoneais: (existe outro órgão/tecido separando: rim, pâncreas, gl. suprarrenal, veia cava, parte do duodeno; Intraperitoneal: (dentro da cavidade peritoneal mas não é peritonizado): estômago (considerado como intraperitoneal apesar de não está dentro da cavidade); ovário; 10. Cálculos biliares não tratados podem bloquear o duto cístico ou qualquer ponto da via biliar extra-hepática. Esse bloqueio pode acarretar nos seguintes problemas: Colecistite aguda ou crônica; Colangite; Coledocolitíase; Pancreatite; Neoplasia de vias biliares e Obstrução intestinal. Em casos de um paciente apresentar colangite (inflamação dos ductos biliares) e pancreatite (inflamação no pâncreas), responda: Bárbara Lorena @queroresumo_ | 8 a) Qual o possível local de obstrução por um cálculo biliar? Um cálculo biliar pode obstruir qualquer ponto da via biliar extra-hepática (Ducto hepático comum; ducto cístico; ducto colédoco; ducto pancreático e ampola hepatopancreática). A ocorrência de colangite é consequência da obstrução do ducto cístico causando inflamação na vesícula biliar em razão do acumulo da bile podendo ocasionar o refluxo para os ductos intra-hepáticos devido a via dupla do ducto cístico. E a ocorrência da pancreatite deve-se a obstrução da ampola hepatopancreática promovendo o refluxo da bile e do sulco pancreático. b) Com bases no conhecimento anatômico, explique o porquê da colangite e pancreatite no mesmo paciente? Devido a comunicação dos ductos da via extra-hepática o cálculo pode aloja-se em qualquer ponto da via. No caso, devido aos sintomas apresentados é possível que o cálculo esteja obstruindo a ampola hepatopancreática promovendo o refluxo da bile e do sulco pancreático causando a inflamação na vesícula biliar e no pâncreas. 11. Descreva a irrigação da curvatura gástrica maior a partir do tronco celíaco Tronco celíaco a. esplênica a. gastromental esquerda Tronco celíaco a. hepática comum a. gastroduodenal a. gastromental direita 12. JPB, 69a, sexo masculino, hipertenso, tabagista há 50 anos, etilista crônico desde os 40 anos, realiza endoscopia digestiva alta, na qual observa-se varizes na submucosa do terço distal do esôfago e região cárdica. Diante do quadro apresentado, responda: a) Qual a patologia provável que causou o aparecimento destas varizes? O alcoolismo crônico pois, este pode levar a cirrose alcoólica do fígado (cirrose hepática) ocasionando a hipertensão porta. b) Com bases no conhecimento anatômico, como você explica o aparecimento destas varizes? As veias submucosas da porção inferior do esôfago drena para a veia porta e sistêmica constituindo a anastomose portossistêmica. Na hipertensão porta o sangue não consegue atravessar o fígado através da veia porta, causando inversão no fluxo sanguíneo da parte inferior do esôfago. O aumento desse volume causa o aumento acentuado das veias submucosas formando as varizes esofágicas. O grande volume de sangue causa aumento acentuado das veias submucosas, com formação de varizes esofágicas. Esses canais colaterais distendidos podem se romper e causar hemorragia grave, com risco à vida e difícil controle cirúrgico. As varizes esofágicas são frequentes em portadores de cirrose alcoólica do fígado (Cirrose hepática). Bárbara Lorena @queroresumo_ | 9 13. Descreva a formação da arcada marginal, ao longo do colo transverso, a partir das artérias mesentéricas superior e inferior: A a. mesentérica superior e inferior são ramos da aorta abdominal que origina outros ramos que são responsáveis por irrigar o quadrante inferior do abdômen. Entre ambas, ocorre anastomose indireta na altura do colo transverso. A a. mesentérica superior origina a a. cólica média que ascende no retroperitônio e passa entre as camadas de mesocolo transverso (prende o colo transverso à parede posterior do abdômen) e se distribui pelo colo transverso sendo a principal responsável pela sua irrigação podendo receber também ramificações da a. cólica direita por anastomose dos arcos da a. marginal (arco justacólico). A a. mesentérica inferior origina a a. cólica esquerda e o seu descendente se anastomosa com a a. cólica média por meio das arcadas marginais da a. marginal (arco justacólico) fazendo a irrigação da porção distal do colo transverso e da flexura cólica esquerda. Irrigação arterial do colo transverso: a. Cólica média (ramo da a. mesentérica superior) responsável por maior parte da irrigação a. Cólica direita (pode receber ramos devido a anastomose com arcos da a. marginal, arco justacólico a. Cólica esquerda (ramo da a. mesentérica inferior) irriga o terço distal do colo transverso e flexura cólica esquerda; o ramo descendente se anastomosa com a a. cólica média por meio de arcos anastomóticos que coletivamente formam o arco justacólico (a. marginal) O arco justacólico, arcada de Riolan ou ainda artéria marginal de Drummond é a anastomose formada por ramos da artéria mesentérica superior, artérias cólicas média e direita, com ramo da artéria mesentérica inferior, cólica esquerda. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 10 Bárbara Lorena @queroresumo_ | 11 14. Quais são os músculos envolvidos na mastigação que são responsáveis pela suspensão da mandíbula formando o sistema suspensório da mandíbula? Masseter; pterigoideo medial e temporal. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Masseter (mais potente da mastigação); fixo no arco e osso zigomático. Fixado no ângulo da mandíbula; Temporal (músculo em leque); se fixa (inserção) no processo coroide da mandíbula; presente na fossa temporal - fechamento da boca; Pterigoideo medial (auxilia o masseter) fixo no ângulo da mandíbula e na fossa pterigoidea; eleva a mandíbula Pterigoideo lateral não eleva a mandíbula; saída do côndilo até lâmina lateral do processo pterigoideo; faz a protrusão da mandíbula e movimento de lateralidade. Inervados pelo nervo trigêmeo (5º par do nervo craniano) Articulação temporo-mandibular (Disco no interior da ATM) Entre a fossa mandibular do osso temporal e o côndilo da mandíbula. 15. Quais as funções da cavidade oral para o funcionamento do sistema digestório? Apreensão dos alimentos, o processo mecânico da mastigação, salivação (lubrificando o alimento com as secreções salivares e mucosas), digestão de carboidratos (ação da enzima amilase salivar e ptialina) e a etapa voluntária da deglutição. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 12 16. Analise as afirvativas e classifique como verdadeiro ou falso (V) As bochechas constituem as paredes laterais e móveis da cavidade oral e são continuas com os lábios (F) O principal músculo é o bucinador, responsável por reforçar a bochecha evitando seu colapso durante a sucção e mastigação sendo inervado por ramos do nervo vago (X) É inervado por ramos do nervo fácil (VII) (F) O teto da cavidade oral é formada pelo palato duro (posterior) e palato mole (anterior) Palato duro (anterior) e palato mole (posterior) (V) Durante a etapa voluntária (1ª etapa) da deglutição o palato mole é tensionado enquanto a língua é pressionada contra o teto da cavidade oral conduzindo o alimento para a parte posterior da boca (V) Na etapa involuntária e rápida da deglutição (2ª etapa) o palato mole é elevado superior e posteriormente contra a parede posterior da faringe impedindo a entrada de alimento na porção nasal da faringe e cavidade nasal (V) Na etapa involuntária (3ª etapa) ocorre a contração sequencial dos músculos constritores da faringe (superior, médio e inferior) força a descida do bolo alimentar para o esôfago (V) A cavidade oral se comunica com a parte oral da faringe por meio do istmo das fauces (F) O assoalho da cavidade oral e formado principalmente pelos músculos: digástrico e estilo- hiódeo, constituindo o “diafragma oral”, auxiliando na etapa voluntáriada deglutição Pelo músculo milo-hióideo (V) Os dentes estão envolvidos no ato de cortar, reduzir e misturar o alimento à saliva durante a mastigação e participa da articulação da fala 17. Quais são os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua? Qual(is) nervo(s) craniano(s) inervam a língua? Músculos extrínsecos Músculos intrínsecos m. genioglosso m. hioglosso m. estiloglosso m. palatoglosso m. longitudinal superior m. longitudinal inferior m. transversal m. vertical Sensibilidade geral 2/3 anteriores n. trigêmeo Sensibilidade gustativa 2/3 anteriores n. facial Sensibilidade geral e gustativa 1/3 posterior n. glossofaríngeo Inervação motora n. hipoglosso 18. Quais os músculos da faringe estão envolvidos no processo de deglutição? Músculos constritores superior, médio e inferior da faringe (constrigem a faringe e empurram o bolo alimentar em direção ao esôfago) são auxiliados pelos músculos palatofaríngeo, estilofaríngeo e salpingofaríngeos (elevam a laringe e encurtam a faringe) e pelos músculos do palato mole: levantadores e tensores do véu palatino (auxilio na etapa voluntária e reflexa da deglutição). A musculatura da faringe trabalha sinergicamente a musculatura do esôfago Bárbara Lorena @queroresumo_ | 13 19. Cite as constrições do esôfago Constrição superior ou constrição cricofaríngea; constrição bronco-aórtica; constrição inferior ou constrição diafragmática. 20. Na passagem do esôfago pelo hiato esofágico do diafragma acontece a comunicação entre o esôfago e o estômago (junção gastroesofágica) onde se tem uma mudança abrupta do epitélio com impacto clínico caso ocorra refluxos constantes podendo levar a uma complicação. Qual seria a possível complicação e porquê? O esôfago possui um epitélio estratificado pavimento não queratinizado e o estômago epitélio simples colunar. O refluxo constante do estômago para o esôfago retorna o suco gástrico (ácido) ocasionando lesões e alterações na mucosa do esôfago impactando em uma inflamação do epitélio podendo levar ao esôfago de Barret, um pré-câncer. 21. O esôfago entra no abdome pelo __________________, a nível de ___, onde é contínuo com o ______ do estômago. Hiato esofágico; T10; orifício cárdico/cárdia 22. Quais grandes vasos encontram-se nas laterais da porção cervical do esôfago? Artérias carótidas comuns 23. Analise as afirmativas e classifique como verdadeiro ou falso. (V) A cavidade peritoneal é dividida em sacos peritoneais maior e menor (F) Uma incisão cirúrgica através da parede posterior do abdome penetra a cavidade peritoneal Através da parede anterolateral do abdome (V) A bolsa omental situa-se posteriormente ao estômago e ao omento menor Bárbara Lorena @queroresumo_ | 14 (V) O mesocolo transverso (mesentério do colo transverso) divide a cavidade abdominal em um compartimento supracólico, que contém o estômago, o fígado e o baço, e um compartimento infracólico, que contém o intestino delgado e os colos ascendente e descendente (V) O compartimento infracólico situa-se posteriormente ao omento maior e é dividido em espaços infracólicos direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado (F) A divisão pelo mesocolo transverso em compartimentos não permite a livre comunicação entre eles. Há comunicação livre entre os compartimentos supracólico e infracólico através dos sulcos paracólicos, os sulcos entre a face lateral dos colos ascendente e descendente e a parede posterolateral do abdome. O fluxo é mais livre no lado direito. (F) A bolsa omental é uma cavidade saciforme extensa, situada anteriormente ao estômago, ao omento menor e as estruturas adjacentes. A bolsa omental tem um recesso superior, limitado superiormente pelo diafragma e as camadas posteriores do ligamento coronário do fígado, e um recesso inferior entre as partes superiores das camadas do omento maior É situada posteriormente ao estômago (F) A bolsa omental mantem o estômago preso a parede do abdome Permite o livre movimento do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores a ela (V) A bolsa omental comunica-se com a cavidade peritoneal por meio do forame omental, uma abertura situada posteriormente à margem livre do omento menor (ligamento hepatoduodenal). O forame omental pode ser localizado passando-se um dedo ao longo da vesícula biliar até a margem livre do omento menor (V) Os limites do forame omental são: Anteriormente: o ligamento hepatoduodenal (margem livre do omento menor), contendo a veia porta, a artéria hepática e o ducto colécodo; Posteriormente: a VCI e uma faixa muscular, o pilar direito do diafragma, cobertos anteriormente pelo peritônio parietal. (Eles são retroperitoneais); Superiormente: o fígado, coberto por peritônio visceral; Inferiormente: a parte superior ou primeira parte do duodeno Bárbara Lorena @queroresumo_ | 15 24. Sobre o estômago marque a alternativa incorreta a) O estômago é dividido em três partes: fundo, corpo e região pilórica b) Secreta enzimas e ácido gástrico para dar continuidade a digestão formando o quimo c) A abertura entre o estômago e o duodeno é chamada de piloro e é protegido pelo esfíncter ou válvula pilórica formada por músculo liso e é responsável por controlar a entrada do quimo impedindo o seu refluxo d) O estômago é irrigado por arteriais que tem origem no tronco celíaco e) A curvatura menor do estômago é irrigada pelas artérias gastromentais (direita e esquerda) e a curvatura maior pelas artérias gástricas (direita e esquerda) Curvatura menor: artérias gástricas; curvatura maior: artérias gastromentais 25. Sobre a irrigação do sistema digestório marque a alternativa incorreta a) A irrigação do sistema digestório provém da parte abdominal da aorta. Os três principais ramos da aorta que irrigam o intestino são o tronco celíaco e as artérias mesentéricas superior e inferior b) A veia porta é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica Bárbara Lorena @queroresumo_ | 16 c) Do tronco celíaco emerge três artérias: gástrica direita, hepática própria e esplênica d) O canal do sistema venoso porta recebe sangue da parte abdominal do sistema digestório, pâncreas, baço e da maior parte da vesícula biliar e conduz ao fígado passando pelo sistema porta-hepático antes de voltar para o coração e) A artéria aorta na porção abdominal emite vários ramos: a. frênica inferior; tronco celíaco; a. mesentérica superior; aa. renais; aa. gonadais; a. mesentérica inferior. Sendo as principais responsáveis pela irrigação do intestino são o tronco celíaco e as aa. mesentéricas superior e inferior Os ramos do tronco celíaco são: gástrica esquerda, hepática comum e esplênica 26. O que consiste o trígono de Callot e qual a sua importância clínica? É um ponto de reparo anatômico utilizado para identificar estruturas importantes durante a colecistectomia, é limitado por: Ducto cístico, ducto hepático comum, borda inferior do fígado (face visceral). Contém a artéria cística, que é um ramo da artéria hepática direita, de modo que a dissecção correta durante a colecistectomia cirúrgica é essencial para evitar lesões no ducto cístico. 27. A respeito do fígado, marque a alternativa incorreta. a) A face visceral é dividida em quatro lobos: caudado, quadrado, direito e esquerdo b) A divisão em oito segmentos hepáticos é importante para a prática clínica – cirurgias, transplantes, tumor, etc. E a veia porta e a veia cava inferior com as suas ramificações contribuem para essa divisão c) A bile flui diretamente do fígado para o duodeno através da via intra-hepática d) Os ligamentos presente no fígado são: Ligamento redondo, falciforme, coronário (direito e esquerdo), ligamento venoso e ligamento triangular e) A face visceral possui contato com o rim, estômago, duodeno, flexura cólica do intestino grosso e veia cava inferior A bile não flui diretamentedo fígado para o duodeno. Isto é possível porque na desembocadura do colédoco há um dispositivo muscular que controla a abertura e fechamento deste ducto. Quando fechado, a bile reflui para vesícula biliar onde é armazenada e concentrada. A contração da vesícula, eliminando o seu conteúdo no colédoco através do ducto cístico, coincide com a abertura da desembocadura do colédoco no duodeno. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 17 28. A Vesícula biliar possui intima ligação com quais estruturas? Porção superior do duodeno e colo transverso Inflamação e dilatação da vesícula biliar pode provocar aderências nessas vísceras adjacentes podendo ocasionar fistulas - fístula colecistoentérica. 29. Quais as porções iniciais e finais do duodeno? Existe alguma importância clínica? Inicia-se no óstio pilórico e termina ao nível de brusca angulação, a flexura duodenojejunal/ ângulo de Treitz. Aplicação clínica: paciente com fezes escura devido a presença de sangue – borra de café; digerida no duodeno – hemorragia digestiva baixa; sangue nas fezes vermelho – não houve passagem pelo duodeno – hemorragia digestiva baixa. Além das úlceras na porção superior: úlcera duodenal, recebe o quimo ácido do estômago; úlcera perfurante, o conteúdo cai na cavidade peritoneal. 30. A respeito do peritônio julgue as afirmativas como verdadeiro ou falso (V) É uma membrana serosa que tem a capacidade de refletir de um lugar para outro formando uma cavidade (F) Só está presente no abdômen Sua localização consiste em 3P: pulmão (pleura); coração (pericárdio) e abdômen (peritônio) (V) Dentre as suas características podemos destacar: reflete formando uma cavidade; possui células produtoras de líquido que ocupa a cavidade possibilitando o deslizamento e impede o atrito; transparente; brilhante; contínua; reveste as paredes das cavidades abdominais e pélvicas e envolve as vísceras. (V) Consiste em duas divisões: parietal (parede) e visceral (vísceras/órgãos) (F) É uma lâmina formada pela junção das várias membranas, dessa forma, não é contínua É uma lâmina contínua e permite a comunicação entre os seus órgãos, com isso, uma infecção pode se espalhar por todo o interior do abdômen. (V) O espaço peritoneal atrás do estômago forma a bolsa omental (espaço virtual) (V) Existe uma "valeta" entre o colo ascendente, o colo descendente e a parede - sulco parietocólico esquerdo e direito, que permite a passagem de líquido na cavidade; forame hepiplóico (forame de Winslow) e recesso hepatorrenal (F) As pregas formam depressões - descida do peritônio como se fosse o lençol recobrindo as estruturas. Um exemplo é a prega umbilical mediana. É uma elevação ou saliência linear do peritônio parietal que se forma ao contornar ou recobrir uma estrutura vascular ou não. A definição acima, consiste em uma escavação O Ligamento umbilical mediano torna-se a prega umbilical mediana; equivalente ao úraco, sendo assim, um exemplo de prega (V) Os ligamentos do fígado são exemplos de pregas do peritônio (V) A escavação retrouterina também conhecida como Fundo do saco de Douglas: é ponto mais baixo da cavidade peritoneal feminina localizada entre o útero e o reto, tem como principal função o suporte dos órgãos, possui líquido em seu interior e em caso de acumulo em grande quantidade pode indicar uma infecção. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 18 31. Descreva a formação da veia porta v. mesentérica inferior se anastomosa com a v. esplênica que se anastomosa com a v. mesentérica superior formando a v. porta esta que, recebe também a v. gástrica esquerda. Dentro do fígado a v. porta se ramifica em dois ramos: direito e esquerdo, onde se divide em capilares formando uma rede até desembocar na v. hepática direita e v. hepática esquerda que vão desembocar na v. cava inferior. 32. Descreva as anastomoses porto sistêmicas Existem três anastomoses porto sistêmicas importantes: v. esofágicas (vv. submucosas) para o fígado e para o sistema ázigo/hemiázigo onde a v. ázigo vai para a v. cava superior; v. axilar para a v. cava superior em direção a axila e via v. mesentérica superior para o fígado + v. safena magna para os MMSS via v. cava inferior e para o fígado via v. mesentérica superior; v. retal superior via v. mesentérica inferior para o fígado e a v. retal média e v. retal inferior drenam para a v. ilíaca interna que vai para a v. ilíaca comum em seguida v. cava inferior. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 19 Bárbara Lorena @queroresumo_ | 20 REFERÊNCIA: NETTER, F. H. Atlas de anatomia, 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 21
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