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SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO

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Anatomia do sistema digestório
Cecília Gabrielle Lima Matos - Medicina FIPGBI
Definições
Mastigação Desintegração parcial dos alimentos,
processo mecânico e químico.
Deglutição Condução dos alimentos através da faringe
para o esôfago.
Ingestão Introdução do alimento no estômago.
Digestão Desdobramento do alimento em moléculas
mais simples.
Absorção Processo realizado pelos intestinos.
Defecação Eliminação de substâncias não digeridas do
trato gastrointestinal.
Composição do Sistema Digestório
 TRATO DIGESTÓRIO
É um tubo oco que vai da boca ao ânus, também chamado de
canal alimentar ou trato gastrointestinal;
Boca, faringe, esôfago, estômago, duodeno, intestinos
delgado e grosso, reto e ânus;
 ÓRGÃOS DIGESTÓRIOS ANEXOS
Dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar,
pâncreas;
Função do Sistema Digestório
Transformação do alimento ingerido em pequenas partículas
essenciais que podem ser absorvidas para gerar energia para
as diversas atividades metabólicas.
- Digestão mecânica
- Digestão química
Transporte dos alimentos para passarem por estes processos
e eliminação dos rejeitos pelas fezes.
CAVIDADE ORAL
Essa região constitui
a “porta de entrada”
do sistema digestório,
local onde o alimento
é mastigado e ingeri-
do para continuar seu
percurso ao longo do
tubo digestório na
forma de “bolo ali-
mentar”. A cavidade oral é dividida em duas partes: o
vestíbulo e a cavidade própria da boca.
A rima da boca corresponde à delimitação da abertura da
cavidade oral quando os lábios estão em contato, cujas
extremidades constituem a comissura labial.
Limites da cavidade oral:
ANTERIOR: Lábios
POSTERIOR: Istmo das fauces
SUPERIOR: Palato
INFERIOR: Músculo Milo – Hióideo
LATERAIS: Bochechas
Vestíbulo da boca
Fenda localizada entre os dentes e os lábios e que se
comunica com o exterior através da rima bucal;
Parte mucosa entre os dentes + genviva e os lábios +
bochecha.
Cavidade própria da boca
Espaço entre as arcadas dentais maxilar (superior) e
mandibular (inferior), o palato e a orofaringe.
Em repouso, é totalmente ocupada pela língua;
Teto da cavidade oral: pálato (duro e mole);
Posteriormente se comunica com a orofaringe (parte da
faringe que está na boca);
Lábios
São pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca,
sendo revestidos externamente por pele e internamente por
uma túnica mucosa lisa e brilhante.
Principal músculo: orbicular da boca;
A zona de transição dos lábios (muitas vezes considerada o
próprio lábio) varia de marrom, na região mais externa, à
vermelha, na região interna, onde é contínua com a mucosa
na área vestibular da cavidade oral. É chamada de zona de
transição pois nem é pele nem é mucosa.
Frênulos labiais (pregas mucosas na linha média):
ancoramento dos lábios aos vestíbulos;
O lábio superior é limitado superiormente pelo nariz, ao qual
se une por um sulco raso e largo – o filtro. É separado das
bochechas, de ambos os lados, por um sulco profundo e de
comprimento variável, chamado de sulco nasolabial. O lábio
inferior apresenta como limite externo, inferiormente, um
sulco que o separa do mento, denominado de sulco
mentolabial, e outro que vai da comissura dos lábios a base
da mandíbula, o sulco labiomarginal.
Os sulcos nasolabial, mentolabial e labiomarginal tendem a
ficar bastante pronunciados em pessoas de mais idade.
Legenda: 1 – Rima da boca; 2 – Comissura labial; 3 – Filtro; 4–
Sulco Nasolabial; 5 – Sulco Mentolabial
Bochechas
Semelhantemente aos lábios, são compostos de pele,
músculo e mucosas;
Correspondem às paredes laterais móveis da cavidade oral e
são compostos, principalmente, pelos músculos bucinadores,
onde a mucosa está firmemente aderida, e por corpos
adiposos – gordura localizada superficialmente aos músculos
(bola gordurosa de Bichat) -> Bichectomia;
OBS: Em lactentes (bebês), a quantidade de corpos adiposos
das bochechas tende a ser proporcionalmente muito maior,
provavelmente para reforçar essas regiões e evitar seu
colapso durante a sucção.
Internamente, na altura do segundo molar superior,
encontra-se a papila do ducto parotídeo, abertura do ducto
da glândula parotída, caracterizado por atravessar o músculo
bucinador.
Limites da bochecha:
Anterior - Suco Nasogeniano
Superior - Arco zigomático
Inferior - Ramo da mandíbula
Posterior - Parte anterior da orelha
Gengiva
É um tecido fibroso recoberto por mucosa, normalmente
rósea, pontilhada e queratinizada.
Em indivíduos negros, a gengiva pode apresentar-se bastante
pigmentada (escura) devido à alta presença de melanina.
Ela é adjacente a várias estruturas e recebe um nome
específico para cada local que é encontrada:
Bochecha - bucal
Dentes -maxilar e mandibular
Lábio - labial
Língua - lingual
Pálato - palatina
No vestíbulo, encontramos pregas mucosas na linha mediana
que unem a gengiva vestibular a túnica mucosa dos lábios, os
frênulos do lábio superior e do lábio inferior. Normalmente, o
frênulo do lábio superior é mais pronunciado e, em alguns
casos, pode necessitar de redução cirúrgica (frenectomia).
Dentes
Estruturas rígidas e cálcicas que tem função de cortar, reduzir
e misturar os alimentos;
Ajudam também na articulação de palavras;
Os dentes podem ser classificados em decíduo (primário) ou
permanente (secundário), além de ser identificado de acordo
com o tipo.
Crianças: arcada dentária com 20 dentes decíduos (de leite);
Adultos: arcada dentária com 32 dentes permanentes;
Se dividem em incisivos, caninos, pré-molares e molares;
Pálato
É o teto da cavidade oral e assoalho da cavidade nasal.
Separa a cavidade oral das cavidades nasais e da parte nasal
da faringe (nasofaringe). A face superior (nasal) do palato é
coberta por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral)
é coberta por túnica mucosa oral, densamente povoada por
glândulas. O palato é dividido em uma porção anterior, o
palato duro, e uma parte posterior, o palato mole.
 Pálato Duro - 2/3 anteriores, ósseo. É côncavo e forma
um espaço ocupado pela língua em repouso.
 Pálato Mole (véu palatino): 1/3 posterior, móvel;
caracterizado pela ausência de esqueleto ósseo e se
inclina entre as partes nasal e oral da faringe. É possível
encontrar papilas gustativas na face oral do palato mole,
auxiliando na atribuição de sabor aos alimentos
enquanto ele estiver na boca.
Durante a deglutição, o palato mole é tensionado para que a
língua consiga empurrar o bolo alimentar para a parte
posterior da boca. Em seguida, é elevado
posterossuperiormente contra a parede da faringe, para
impedir a entrada do alimento na cavidade nasal e conduzi-lo
à orofaringe.
Úlvula: pendente no pálato mole; Ajuda a empurrar o bolo
alimentar e impede a ascenção para a cavidade nasal.
 Músculos do pálato mole:
Mm levantador do véu palatino;
Mm tensor do véu palatino;
Mm da úvula;
Mm palatofaríngeo;
Mm palatoglosso;
Istmo das Fauces
Corresponde a um curto espaço de transição, que conecta a
cavidade própria da boca e a parte oral da faringe,
constituindo a parede posterior da cavidade bucal.
Limite Superior - pálato mole;
Limites Laterais - arcos palatoglossos e
palatofaríngeos; Entre os dois arcos, situa-se a fossa
tonsilar, onde se localiza a tonsila palatina
(amígdala), uma massa de tecido linfoide de
tamanho variável.
Limite Inferior - raiz da língua;
Faringe
Órgão visceral mediano, miomembranáceo;
A Faringe é um órgão tubular com formato de cone invertido,
localizado na região cervical, com extensão de 12– 15 cm.
Apresenta notável importância, devido a sua participação em
dois sistemas vitais, sendo um órgão que participa da
constituição tanto do Sistema Respiratório, quanto do
Sistema Digestório;
Passagem comum para alimentos sólidos, líquidos e ar;
Está dividida em 3 partes:
• PARTE NASAL DA FARINGE/NASOFARINGE;
• PARTE LARÍNGEA DA FARINGE/LARINGOFARINGE
• PARTE ORAL DA FARINGE/OROFARINGE;
Comunica-se com a cavidade oral pelo istmo das fauces e é
contínua até o esôfago;
Durante a deglutição, o pálato mole é elevado e bloqueia a
nasofaringe;
Cartilagem epiglótica (glote)- fecha o ádito da laringe e evita
a penetraçãodo alimento na via respiratória (traqueia).
Língua
Órgão muscular móvel recoberto por mucosa;
Importante para a articulação de palavras, paladar,
movimentação do bolo alimentar e deglutição;
Partes da Língua:
Raiz - fixa, parte posterior quase vertical; está
voltada para a orofaringe;
Corpo - 2/3 anteriores, entre a raiz e o ápice; móvel;
se apoia sobre os dentes incisivos.
Ápice - ponta da língua; móvel;
Faces da língua:
Dorso - face mais extensa, superior e posterior;
Inferior - descansa sobre o assoalho da boca;
Sulco mediano: divide a língua entre metades direita e
esquerda;
Sulco terminal: limite que divide a língua entre partes da
cavidade oral e orofaringe;
A mucosa que reveste a língua possui algumas
especializações como as papilas, que são importantes na
sensibilidade gustativa. Existem vários tipos de papila:
 Circunvaladas: São as mais volumosas, enfileiradas
anteriores ao sulco terminal; Cada papila apresenta a
forma semelhante a um cogumelo mergulhada na
mucosa lingual formando um “vale” ao seu redor, no
qual se abrem os ductos de glândulas linguais cuja
secreção mantém este vale limpo para a ação dos
calículos gustatórios, importantes receptores do gosto.
 Folhadas: Pequenas pregas laterais da túnica mucosa
lingual que são pouco desenvolvidas em humanos.
 Filiformes: São longas, numerosas estreitas e rosa-
acinzentadas, distribuídas densamente em todo o dorso
da língua e atribuem um aspecto piloso à língua. Não
apresentam corpúsculos gustativos, apenas corpúsculos
relacionados ao tato.
 Fungiformes: rósea-avermelhadas, entre as papilas
filiformes, mais frequentes no ápice e nas margens.
Na face inferior da língua, temos uma mucosa fina e brilhante,
unida ao assoalho pelo frênulo da língua, que permite o
movimento livre da parte anterior da língua. Essa região é a
saída dos ductos das glândulas sublinguais (carúncula
sublingual);
Músculos da língua
 INTRÍNSECOS
Estão contidos inteiramente na língua, com origem e inserção
nela e são responsáveis pela alteração de sua forma.
- Longitudinal superior e Longitudinal inferior: TORNAM A
LÍNGUA CURTA E GROSSA E RETRAEM A LÍNGUA PROTRUSA.
-Transverso e Vertical: TORNAM A LÍNGUA LONGA E
ESTREITA E PROTRAEM A LÍNGUA
 EXTRÍNSECOS
Prende a língua à mandíbula, ao osso hioide, ao processo
estiloide e ao palato. Quando estes músculos se contraem,
movimentam a língua em todas as direções (modificam a
posição).
- Genioglosso (sai da espinha geniana em direção à língua)
- Hioglosso (sai do hioide em direção à língua)
- Estiloglosso (sai do processo estilóide em direção à língua)
- Palatoglosso (sai do pálato em direção à língua);
Mastigacão
mandíbula
Dividida em ramo da mandíbula, ângulo e corpo.
 Articulação têmporo-mandibular (ATM)
Permite mobilidade da mandíbula para mastigação;
Contíguo com o osso da maxila;
Essa articulação possibilita movimentos de extensão/flexão,
protrusão/retrusão e rotação;
Músculos da mastigação - Para que essa movimentação
aconteça é necessários que alguns músculos atuem:
Músculo temporal (extensão/flexão)
Músculo masseter (extensão/flexão)
Músculo pterigóideo medial (protrusão/retrusão e rotação)
Músculo pterigóideo lateral (protrusão/retrusão e rotação)
Glândulas salivares
A saliva é um líquido viscoso transparente, inodoro e insípido,
responsável por diversas funções na boca, como a
umidificação da cavidade oral e lubrificação dos alimentos
durante a mastigação;
As glândulas salivares são órgãos anexos ao sistema
digestório, que secretam saliva e produzem enzimas
importantes que serão liberadas dentro do trato digestório;
São responsáveis pelo início da digestão do amido (enzima
amilase), e é importante para a prevenção das cáries e no
paladar; Estas podem ser classificadas, segundo o seu
tamanho, em menores e maiores.
As glândulas salivares menores apresentam ductos
excretores pequenos e, segundo a sua localização topográfica,
são denominadas de: labiais, bucais, palatinas e linguais.
Enquanto isso, as glândulas salivares maiores são bilaterais,
de maior volume e tamanho e que, geralmente, apresentam
grandes e longos ductos excretores. Dentre elas, estão as
glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais.
Colutório intrínseco - controla o pH e neutraliza a acidez da
região;
- Parótidas
Maior e mais desenvolvida das glândulas salivares;
Situada lateralmente na face e anterior à orelha;
O tecido adiposo entre os lobos da glândula confere a
flexibilidade necessário para permitir o movimento da
mandíbula.
Ducto parotídeo: abre-se no vestíbulo da boca, na região do
2º dente molar molar superior; perfura o músculo bucinador
e entra na cavidade oral através da papila parotídea;
*Papeira/parotidite - inflamação da parótida; sente dor
quanto come muito doce, pois estimula a liberação da
amilase;
- Submandibular
Localiza-se anteriormente à parte inferior da parótida;
Protegida pelo corpo da mandíbula;
Apresenta uma forma ovoide, tendo um tamanho que
corresponde à metade da parótida, e sua superfície não é lisa;
Ducto submandibular: atravessa o assoalho da boca e abre-
se por meio de um a três óstios em uma pequena papila
sublingual ao lado da base do frênulo da língua, a carúncula
sublingual.
- Sublingual
É a menor e mais profunda glândula salivar maior. Apresenta
uma forma alongada e achatada e situa-se no assoalho da
boca, entre a mandíbula e o músculo genioglosso.
Situada lateral e inferiormente à língua;
Não apresenta ducto excretor único, mas sim
aproximadamente uma dúzia de ductos sublinguais menores,
que se abrem separadamente no assoalho da cavidade oral;
Assoalho da cavidade oral
O assoalho é uma região pequena situada abaixo da parte
móvel da língua, sendo recoberta por uma mucosa delgada,
vermelha e translúcida que continua com a mucosa da língua.
Quando a língua é elevada em direção ao palato,
encontramos uma prega mucosa mediana que atinge a face
inferior da língua, o frênulo da língua. O principal músculo
que forma o assoalho da boca é o milo-hióideo, com o gênio-
hióideo situado imediatamente acima dele.
A principal ação do músculo milo-hióideo é elevar o assoalho
da boca durante a primeira fase da deglutição, além de elevar
o osso hioide ou abaixar a mandíbula. Já o músculo genio-
hióideo eleva o osso hioide, leva-o para a frente e, quando o
osso hioide está fixo, ele abaixa a mandíbula.
 Composto por alguns músculos:
Milo-hióideo, Digástrico, Estilo-hióideo, Genio-hióideo;
APLICACÕES CLÍNICAS
 Fenda labial ou Fenda Palatina
Anomalia congênita do lábio superior que comete 1/1000
nascidos vivos (cerca de 60-80% são do sexo masculino)
Uso de teratógenos na gestação aumenta o risco;
Pode ser uni ou bilateral.
Tratamento: cirúrgico;
Lábio Leporino - é uma pequena separação na zona de
transição do lábio superior, normalmente logo abaixo do
nariz.
Fenda Palatina - caso mais
grave; a fenda estende-se
mais profundamente para
dentro do nariz e é
contínua com uma fenda
no palato, gerando uma
abertura anômala na parte
superior do céu boca.
Trato digestório inferior
Cecília Gabrielle Lima Matos - Medicina FIPGBI
Esôfago
É um tubo miomembranáceo oco localizado no tórax, na
região do mediastino;
Possui aproximadmente 25cm de comprimento com um
diâmetro médio de 2cm;
Conduz o alimento da orofaringe até o estômago em razão
dos movimentos peristálticos (contração da musculatura no
sentido centrípeta-centrífuga e crânio-caudal), auxiliado pela
gravidade (mas não depende dela).
Possui uma luz virtual, que aumenta com a passagem do
alimento; Quando a pessoa não está comendo, o lúmen
encontra-se colabado para evitar a regurgitação de alimentos
ou suco gástrico para o esôfago;
Dividido em 3 partes: cervical, torácica (mais longa)
e abdominal (coberta por peritônio, transição com o
estômago);
No tórax: anterior à coluna vertebral e aorta, posterior à
traqueia; Na região cervical ele está posterior às vértebras
cervicais e os músculos longos do pescoço.
 Esfíncter esofágico extrínsecos (funciona como válvula,
comprime ele de fora pra impedir que as coisas voltem).
Superior - musculatura cricofaríngea;Inferior- pinçamento diafragmático;
 Transição esôfago-gástrica [TEG] (fica na região do
abdome): válvula com o nome de cárdia; é comum aos
dois órgãos;
Falha na contração -> Doença do refluxo gastro-esofágico
É a condição mais comum de desconforto esofágico; se
desenvolve quando o ácido do estômago ou a bile voltam
pelo esôfago, causando irritação na mucosa do tubo
alimentar. O sintoma mais comum é a pirose ou azia
(sensação de queimação); Contudo, a pirose também pode
estar associada à hérnia de hiato;
A técnica operatória mais usada para tratar a DRGE é a
cirurgia de fundoplicatura ou técnica de Nissen, com acesso
por via laparoscópica.
Complicações da DRGE:
Inflamação do esôfago (esofagite)
Úlceras do esôfago (esofagite erosiva)
Estreitamento do esôfago (estenose esofágica)
Células anormais no esôfago que podem se tornar
cancerosas / metaplasia (esôfago de barret)
Falha no relaxamento -> Acalasia
Distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado
por peristaltismo esofágico defeituoso e falta de relaxamento
do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição; Os
movimentos peristálticos estão ausentes ou comprometidos;
Como sintomas têm-se a disfagia (dificuldade de engolir); A
pessoa emagrece pq não se alimenta.
O alimento não passa e se acumula progressivamente no
esôfago até a pessoa vomitar;
Megaesôfago (dilatação anormal) - até 10cm de dilatação; O
órgão perde sua função;
Tratamento dilatação com balão (insere um balão no
esfôfago para insuflar a região) ou miotonia (procedimento
cirurgico que corta as fibras musculares do esfíncter);
Quando essa dilatação está muito avançada é preciso fazer a
Esofagectomia para a pessoa conseguir voltar a se alimentar;
Pode ser realizada a remoção de parte ou de todo o esôfago.
Ele pode ser substituído por um tubo produzido com o
estômago, com o intestino delgado ou com o intestino grosso.
Muito causada pela doença de Chagas;
Relações anatômicas
Inicialmente lateral e depois anterior à aorta;
Posterior à traqueia, brônquio fonte esquerdo (desvio para a
esquerda) e base do coração;
Anterior à coluna torácica;
Constrições
Esfíncter superior do esôfago;
Arco da aorta;
Brônquio fonte esquerdo
Diafragmática (pinçamento diafragmático, o diafragma dá
uma contraída no esôfago, controla o refluxo tbm/ hiato
esofágico- conteudo abdominal entra no tórax)
ABDOME
Cavidade onde encontra-se a maior parte do tubo digestivo;
Receptáculo dinâmico e flexível; Parte do tronco situada
entre o tórax e a pelve;
Quatro quadrantes da cavidade abdominal são delimitados
por 2 planos facilmente demarcados: o plano transumbilical
(que define as metades superior e inferior) e o plano
mediano vertical (que define as metades direita e esquerda).
É importante saber quais são os órgãos encontrados em cada
região abdominal ou quadrante para que se saiba onde
devem ser feitas ausculta, percussão e palpação e para
registrar a localização dos achados ao exame físico.
Regiões do abdome
1. Hipocôndrio direito
2. Epigástrio
3. Hipocôndrio esquerdo
4. Flanco direito/lateral direita
5. Mesogástrio;
6. Flanco esquerdo/ lateral esquerda
7. Fossa ilíaca direita
8. Hipogástrio/púbica
9. Fossa ilíaca esquerda;
Quadrantes
I. Superior direito (QSD)
II. Superior esquerdo (QSE)
III. Inferior direito (QID)
IV. Inferior esquerdo (QIE)
Limite superior: diafragma - septo muscular que separa o
tórax do abdome. Ele é atravessado pela aorta, veia cava
inferior e o esôfago (hiatos diafragmáticos);
Limite inferior: peritônio pélvico (fundos de saco) - músculos
da pelve;
Limites anterior, posterior e laterais formados por suas
paredes;
Revestido internamente pelo peritônio parietal e visceral;
ESTÔMAGO
Parte mais dilatada do tubo digestório, localizada entre o
esôfago e o intestino delgado, com o objetivo de
armazenamento alimentar e digestão enzimática;
Inicia após o esfíncter esofágico inferior;
Atua como reservatório (bastante expansível), mistura e faz
digestão química dos alimentos;
Suco gástrico - conjunto das secreções liberadas no
estômago que liquefaz o bolo alimentar, tornando-o
uma mistura semilíquida chamada quimo.
Parede anterior e parede posterior;
Quando está vazio também possui uma luz virtual;
Possui duas incisuras: cardíaca e angular;
Quando contraída, a mucosa gástrica forma estrias
longitudinais denominadas pregas gástricas; estas estão mais
acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da
curvatura maior. As pregas diminuem e desaparecem
quando o estômago está distendido;
Ele possui 4 partes:
1. Cárdia - localiza-se ao redor da abertura do esôfago no
estômago, conhecida também como óstio cárdico;
controle do refluxo de alimento;
2. Fundo gástrico - área dilatada acima do óstio cardíaco;
5º EIE;
3. Corpo do estômago - maior região do estômago,
intermediária; localizada entre o fundo gástrico e o
antro pilórico;
4. Parte pilórica - parte terminal afunilada do estômago
dividida em antro pilórico e canal pilórico;
Ele também possui 2 curvaturas:
 Curvatura menor - forma a margem direita côncava
mais curta do estômago; A incisura angular, parte
inferior da curvatura, indica a junção do corpo gástrica
com a parte pilórica do estômago;
 Curvatura maior - forma a margem convexa mais longa
do estômago;
Piloro
Pequena abertura que faz a comunicação entre o estômago e
o duodeno;
Controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio
pilórico (abertura inferior do estômago);
Normalmente o piloro encontra-se em estado de contração
tônica;
A peristalse gástrica faz o quimo atravessar o canal e o óstio
pilórico até o intestino delgado, onde continua a mistura,
disgestão e absorção;
ÓRGÃOS
QSD lobo direito do fígado, vesícula biliar, piloro, todo
o duodeno, cabeça do pâncreas, rim direito e a
glândula adrenal direita, a porção distal
do cólon ascendente, a flexura hepática do cólon e a
metade direita do cólon transverso;
QSE lobo esquerdo do fígado, baço, estômago, jejuno, a
parte proximal do íleo, o corpo e a cauda
do pâncreas, rim esquerdo, glândula adrenal
esquerda, a metade esquerda do cólon transverso, a
flexura esplênica do cólon e a parte superior do cólon
descendente;
QID a maior parte do íleo, o ceco, o apêndice
vermiforme, a parte proximal do cólon ascendente, a
parte proximal do ureter direito;
QIE a parte distal do cólon descendente, cólon sigmoide
e o ureter esquerdo;
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/vesicula-biliar
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/colon
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/baco
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/jejuno
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ileo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/colon
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ileo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/o-ceco-cego-e-o-apendice-vermiforme
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/o-ceco-cego-e-o-apendice-vermiforme
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/colon
Esternose hipertrófica do piloro -> Criança nasce com o
piloro hipertrofiado; Condição em que a abertura entre o
estômago e o intestino delgado fica mais espessa. Nessa
condição, os músculos do piloro impedem a entrada de
alimentos no intestino delgado; Pode ser corrigida com
cirurgia.
Gastroplastia, cirurgia bariátrica ou cirurgia de
redução de estômago
A cirurgia bariátrica é realizada em indivíduos com obesidade
mórbida com a meta de perda ponderal. Basicamente, é um
procedimento que promove uma alteração na anatomia do
sistema digestivo. Pode ser feita somente a diminuição do
tamanho do estômago ou a diminuição somada a um desvio
do trânsito intestinal. Em uma das técnicas que podem ser
realizadas, se confecciona um tubo gástrico vertical,através
da ressecção da grande curvatura e do fundo gástrico, que se
estende até o antro, próximo ao piloro.
Inclui várias abordagens redutoras do volume gástrico
(procedimentos restritivos), redutoras da área de absorção
de nutrientes (procedimentos disabsortivos) ou uma
combinação dessas abordagens (procedimentos mistos),
muitos dos quais são realizados por via laparoscópica.
Úlceras gástricas, Helicobacter pylori e vagotomia
A maioria das úlceras do estômago e do duodeno está
associada à infecção por uma bactéria específica,
Helicobacter pylori (H. pylori). As pessoas com ansiedade
crônica grave são mais propensas a desenvolverem úlceras
pépticas. Com frequência têm taxas de secreção de ácido
gástrico muito acima do normal entre as refeições. Acredita-
se que o elevado conteúdo de ácido no estômago e no
duodeno supere o bicarbonato normalmente produzido pelo
duodeno e reduza a eficácia do revestimento mucoso,
deixando-o vulnerável ao H. pylori. As bactérias causam
erosão do muco protetor que reveste o estômago,
inflamando a túnica mucosa e tornando-a vulnerável aos
efeitos do ácido gástrico e das enzimas digestivas (pepsina)
produzidas pelo estômago. Se a úlcera causar erosão das
artérias gástricas, pode haver sangramento com risco à vida.
Como a secreção de ácido pelas células parietais do
estômago é controlada principalmente pelo nervo vago, tem
sido realizada historicamente a vagotomia (secção cirúrgica
dos nervos vagos) para reduzir a produção de ácido em
algumas pessoas com úlceras crônicas ou recorrentes.
Hérnia diafragmática ou hérnia de hiato
É a protrusão de uma parte do estômago para o mediastino
através do hiato esofágico do diafragma. As hérnias são mais
frequentes após a meia-idade, possivelmente devido ao
enfraquecimento da parte muscular do diafragma e
alargamento do hiato esofágico. Clinicamente, são mais
comuns 2 tipos de hérnias: hérnia hiatal por deslizamento e
hérnia hiatal paraesofágica.
A por deslizamento, mais comum, consiste no deslocamento
da parte abdominal do esôfago, cárdia e partes do fundo
gástrico através do hiato para o tórax, sobretudo quando a
pessoa se deita ou se curva para a frente. É possível que haja
alguma regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago.
Já em uma hérnia de hiato paraesofágica, a junção entre o
esôfago e o estômago está na sua posição normal sob o
diafragma, mas uma bolsa de peritônio contendo parte do
fundo gástrico é empurrada para cima do diafragma,
situando-se anteriormente ao esôfago. Nesses casos, não há
regurgitação do conteúdo gástrico.
INTESTINO dELGADO
Formado pelo duodeno, jejuno e íleo;
É o principal local de absorção de nutrientes dos alimentos
ingeridos;
Estende-se do piloro até a junção íleo-cecal, onde o íleo une-
se ao ceco (primeira parte do intestino grosso);
A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a
admissão duodenal controlada pelo piloro.
Duodeno
Primeira parte do intestino (superior), a mais curta e a mais
larga - única móvel; peritoneal; Comprimento estimado em
12 dedos (+/- 25cm)
Possui formato de C ao redor da cabeça do pâncreas;
Começa no piloro no lado direito e termina na flexura
(junção) duodeno-jejunal no lado esquerdo;
O duodeno pode ser subdividido em 4 seções, que podem se
localizar tanto dentro quanto fora do peritônio:
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/peritonio
1. Superior - ascende a partir do piloro; Os primeiros 2cm,
imediatamente distais ao piloro, são móveis, possui
mesentério e é chamada de bulbo duodenal, tendo uma
aparência diferente do restante do duodeno; Os 3cm
distais da parte superior e as outras três partes do
duodeno não tem mesentério e são imóveis porque são
retroperitoneais;
2. Segunda (descendente) - segue inferiormente; os ductos
biliar (colédoco) e pancreático se unem e formam uma
ampola hepatopancreática que desemboca nessa
região, passando a ser chamada de papila duodenal
(abertura da ampola);
3. Terceira (inferior) - segue transversalmente (horizontal)
para a esquerda;
4. Quarta (ascendente) - segue superiormente e ao longo
do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem
inferior do corpo do pâncreas. Ela se curva
anteriormente para se unir ao jejuno na flexura (junção)
duodeno-jejunal. Nessa região, a flexura forma o ângulo
de Treitz (formado pelo músculo suspensor do duodeno
ou ligamento de Treitz);
Jejuno e íleo
Embora não haja uma linha de demarcação entre os dois,
eles têm características anatômicas distintas que são
cirurgicamente importantes. Juntos, possuem cerca de 6 a
7m de comprimento, os quais o jejuno representa 2/5 e o
íleo 3/5.
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, inicia após a
flexura duodeno-jejunal, onde o sistema digestório volta a
ser intraperitoneal; A sua maior parte está situada no QSE;
A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na
junção íleocecal, união da parte terminal do íleo e o ceco. A
parte terminal do íleo geralmente está na pelve, de onde
ascende, terminando na face medial do ceco.
Mesentério
É uma prega de peritônio em forma de leque que prende o
intestino à parede posterior do abdome;
Tecido de sustentação que contém gordura, nervos
autônomos, vasos sanguíneos, vasos mesentéricos superiores
e linfonodos -> drenagem venosa e linfática;
No intestino grosso é chamado de mesocólon;
INTESTINO Grosso
Moldura mais calibrosa em torno do intestino delgado que
possui cerca de 1,5m de comprimento;
É o local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do
quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas, que são
temporariamente armazenadas e acumuladas até que haja
defecação.
Contém flora bacteriana própria, que produz algumas
vitaminas.
Inicia após a junção íleo-cecal e vai até o ânus;
Fixo à parede posterior do abdome pelo mesocólon;
Formado pelo ceco; apêndice vermiforme; colos ascendente,
transverso, descendente e sigmoide; reto e canal anal.
Diferenças anatômicas entre os intestinos grosso e delgado:
 Tênia - feixe muscular fibroso na superfície do intestino
grosso
 Apêndices epiplóicos - prologamento gorduroso na
superfície do intestino grosso
 Haustrações - dobrinhas na parede; o intestino grosso
possui mais o que aumenta a absorção;
 Calibre - um é mais grosso que o outro;
Ceco
É a primeira parte do intestino grosso; É uma bolsa cega, que
mede aproximadamente 7,5cm de comprimento e largura;
Situa-se na fossa ilíaca do QID do abdome;
É contínuo com o colo ascendente;
Quando distendido por fezes ou gases, o ceco pode ser
palpável através da parede anterolateral do abdome;
Não tem mesentério; É quase totalmente revestido por
peritônio -> costuma estar ligado à parede lateral do abdome
por uma ou mais pregas cecais de peritônio.
É onde está localizada a válvula íleo-cecal, que impede o
retorno de fezes para o intestino delgado;
É nele também que se encontra o apêndice cecal
(vermiforme), um divertículo intestinal cego (6 a 10 cm) que
contém massas de tecido linfoide. A posição do apêndice é
variável, mas geralmente é retrocecal.
Apendicite -> inflamação do apêndice vermiforme
A apendicite é uma inflamação do apêndice, um órgão em
forma de tubo situado na junção do intestino grosso e
delgado (fossa ilíaca direita). Essa é uma causa comum de
abdome agudo (dor abdominal intensa e súbita). Além disso,
ela provoca enjoo, diarreia e perda de apetite. Pode ser
causada por infecção ou obstrução de algum ducto do
apêndice;
Sinal de Blumberg (sinal positivo de apendicite); Ponto de
McBurney;
A infecção aguda do apêndice vermiforme pode resultar em
trombose na artéria apendicular, o que costuma resultar em
isquemia, gangrena (morte do tecido) e perfuração de um
apêndice vermiforme com inflamação aguda. A ruptura do
apêndice vermiforme provoca infecção do peritônio
(peritonite), aumento da dor abdominal, náuseas e/ou
vômito, e rigidez abdominal (enrijecimento dos músculos
abdominais)
Cólon
É dividido em 4 partes: ascendente, transverso, descendente
e sigmóide, que sucedem uma à outra formando um arco.
O cólon circunda o intestino delgado: o cólon ascendente à
direita do intestinodelgado, o cólon transverso superior e/ou
anteriormente a ele, o cólon descendente à esquerda e, por
fim, o cólon sigmoide inferiormente a ele.
 Cólon ascendente (direito)
Segunda parte do intestino grosso;
É mais estreito do que o ceco;
Segue para cima na margem direita da cavidade abdominal,
do ceco até o lobo hepático, onde vira para a esquerda na
flexura direita do cólon (flexura hepática);
É separado da parede anterolateral do abdome pelo omento
maior;
Principal parte de absorção de água;
Local muito comum de ter tumor;
 Cólon transverso
Terceira parte do intestino grosso, a mais longa e mais móvel;
Atravessa o abdome da flexura direita do cólon (flexura
hepática) até a flexura esquerda do cólon (flexura esplênica),
onde se curva para baixo e dá origem ao cólon descendente;
Flexura esplênica - dobra/angulação do lado esquerdo que
separa o tranverso do descendente; Ela geralmente é
superior, mais aguda e menos móvel que a flexura hepática;
Sendo livremente móvel, sua posição é variável;
Fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico;
 Cólon descendente (esquerdo)
Ocupa posição secundariamente retroperitoneal entre a
flexura esplênica e a fossa ilíaca esquerda, onde é contínua
com o cólon sigmóide.
 Cólon sigmóide
Caracterizado por sua alça em forma de S com comprimento
variável, une o cólon descendente ao reto.
Geralmente tem um mesentério longo e, portanto, tem
grande liberdade de movimento (o mesocólon é solto nessa
parte);
Diverticulite -> A diverticulite, ou doença diverticular, é uma
inflamação causada na parede do intestino grosso devido à
infecção ou inflamação dos divertículos, pequenas bolsas
salientes formadas na parede intestinal. A formação de
divertículos é mais comum após os 40 anos de idade, e esse
quadro é chamado de diverticulose. Na maioria das vezes, os
divertículos são assintomáticos e não causam nenhum
problema para a saúde, exceto quando se estabelece a
diverticulite. A diverticulite é causada pelo acúmulo de
pedaços de fezes nos divertículos, que acabam proliferando
bactérias nesses locais e gerando a infecção.
Aproximadamente 30% das pessoas acima de 50 anos
desenvolvem a diverticulose, sendo que esse número chega a
70% entre os pacientes em 80 e 90 anos. Os
principais sintomas de diverticulite incluem: Náusea, Dor
abdominal intensa do lado esquerdo, Alterações intestinais
(diarreia ou prisão de ventre), Vômitos, Inchaço e flatulência.
Colonoscopia -> O interior do colo pode ser observado e
fotografado em um procedimento denominado colonoscopia
ou coloscopia, que usa um endoscópio de fibra óptica longo e
flexível (colonoscópio) inserido através do ânus e do reto. Por
meio dele, é possível introduzir pequenos instrumentos, que
são usados para facilitar pequenos procedimentos cirúrgicos,
como biopsias ou retirada de pólipos. A maioria dos tumores
do intestino grosso ocorre no colo sigmoide e no reto ou colo
ascendente.
Reto e Canal Anal
É a parte terminal fixa do intestino grosso;
O reto é responsável pelo armazenamento de fezes e é
contínuo inferiormente com o canal anal;
ÓRGÃOS INTRA-PERITONEAIS OU RETROPERITONEAIS
Classificados de acordo com as reflexões peritoneais;
 Órgãos Intraperitoneais: dentro do peritônio
completamente/móveis;
 Órgãos Retroperitoneais: fixados na parte posterior do
peritônio/imóveis;
Omento
Pregas que se estendem entre dois órgãos;
Cobertura adiposa que está na zona do abdome, em frente
aos órgãos viscerais;
Contém alguns componentes do sistema linfóide;
Responsável pela proteção e defesa direta e indireta (impede
que um agravo se dissemine no abdome inteiro);
Bolsa Omental: é um espaço oco que é formado pelos
omentos maior e menor e seus órgãos adjacentes; Cavidade
extensa, semelhante à um saco, situada posteriormente ao
estômago.
→ Omento maior: tem quatro camadas de peritônio e
pende da curvatura maior do estômago a parte proximal
do duodeno
→ Omento menor: dupla, une a curvatura menor do
estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado.
Também une o estômago a uma tríade de estruturas
que seguem entre o duodeno e o fígado na margem
livre do omento menor;
FÍGADO E VIAS BILIARES
Órgão anexo do sistema digestório - ajuda na digestão mas o
alimento não passa por dentro dele; Pesa cerca de 1500g;
Segundo maior órgão do corpo humano; maior glândula.
No feto atua como órgão hematopoiético e é
proporcionalmente 2x maior;
Localizado principalmente no QSD, protegido pelos arcos
costais inferiores e pelo diafragma; cruza a linha média; Se
movimenta de acordo com a respiração (essa mobilidade
facilita a palpação);
Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo
sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo
sistema venoso porta.
Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado
armazena glicogênio e secreta bile, um líquido amarelo-
acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das
gorduras.
A bile sai do fígado pelos ductos biliares – ductos hepáticos
direito e esquerdo – que se unem para formar o ducto
hepático comum, que se une ao ducto cístico para formar o
ducto colédoco.
A produção hepática de bile é contínua; no entanto, entre as
refeições ela se acumula e é armazenada na vesícula biliar.
Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia
a bile concentrada pelas vias biliares até o duodeno.
 Face diafragmática convexa (lisa)
Recessos diafragmáticos ou subfrênico (abaixo do diafragma).
Eles são separados em recesso direito e esquerdo pelo
ligamento falciforme.
 Face visceral plana ou levemente côncava (não é
totalmente lisa, tem algumas impressões)
Recesso sub-hepático;
Recesso hepatorrenal (Morison) - entre o fígado e rim;
 Área nua
Está em contato direto com o diafragma;
Área na parte posterior do fígado que não recebe a cobertura
do peritônio por causa do recesso subfrênico superior e o
hepatorrenal que é inferior;
Ligamentos
Ele é afixado no parede muscular e no diafragma por alguns
ligamentos:
 Ligamento coronário (posterior) - Lâminas anterior e
posterior se encontram pra formar o ligamento
triangular direito;
 Ligamentos Triangulares D e E
 Ligamento falciforme (separa os lobos D e E)
 Ligamento redondo (remanescente fibroso da veia
umbilical)
Lobos anatômicos do fígado
Externamente, o fígado é dividido em dois lobos anatômicos
e dois lobos acessórios pelas reflexões do peritônio a partir
de sua superfície.
LOBOS HEPÁTICOS
 Lobo direito
 Lobo esquerdo
LOBOS ACESSÓRIOS (fica
na face inferior do
fígado)
 Lobo quadrado
(anterior)
 Lobo caudado
(posterior)
SUBDIVISÃO FUNCIONAL HEPÁTICA: Cada parte recebe um
ramo principal de artéria e da veia porta, e drena para um
ducto biliar;
 Parte esquerda do fígado
Segmentos II, III, IV
 Parte direita do fígado
Segmentos V, VI, VII, VIII (sentido horário)
 Lobo caudado
Segmento I; Possui comportamento independente.
Cada um tem sua função independente, você pode mexer em
um lobo sem prejudicar o restante;
Lobectomias e segmentectomia hepáticas -> Quando se
descobriu que as artérias e os ductos hepáticos direitos e
esquerdos, assim como os ramos das veias portas direita e
esquerda, não se comunicavam, tornou-se possível realizar
lobectomias hepáticas, a retirada da parte direita ou
esquerda do fígado, sem sangramento excessivo. Mais
recentemente, sobretudo desde o advento do bisturi
cauterizador e da cirurgia a laser, tornou-se possível realizar
segmentectomias hepáticas. Esse procedimento torna
possível ressecar apenas aqueles segmentos que são
afetados por um tumor. Indicado em casos de
hepatocarcinoma e metástases de CA em outros órgãos;
Palpação do fígado -> Um método
de palpação do fígado consiste em
colocar a mão esquerda
posteriormente atrás da parte
inferior da caixa torácica. Em
seguida, colocar a mão direita no
quadrante superior direito da
pessoa, lateralmente ao músculo reto do abdome e
inferiormente à margem costal. A pessoa é instruída a
inspirar profundamente enquanto o examinador comprime
em direção posterossuperior com a mão direita e empurra
anteriormente com a mão esquerda.
Porta hepática (poronde o sangue entra no fígado)
O fígado, tem irrigação dupla: uma venosa dominante e uma
arterial menor;
Tríade Portal -> artéria hepática, veia porta (apesar de ser
uma veia, está entrando sangue no fígado) e o ducto
hepático ou biliar (por onde passa a bile);
Plexo nervoso e vasos;
Vasos sanguíneos hepáticos
SUPRIMENTO HEPÁTICO:
 VEIA PORTA
É o principal canal do sistema venoso porta -> o principal
volume de sangue que ENTRA no fígado (75-80%); tem um
calibre maior.
Formada pela união da veia mesentérica superior + inferior
+ esplênica;
É quem traz o sangue com nutrientes dos órgãos digestórios
para o fígado para serem metabolizados;
Drenagem de todo trato digestório contendo sangue pouco
oxigenado, mas rico em nutrientes;
Próximo ao hilo hepático, divide-se em ramos portal direito e
esquerdo.
 ARTÉRIA HEPÁTICA
Ramo do tronco celíaco;
Representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo fígado;
Pode ser dividida em artéria hepática comum e artéria
hepática própria;
Na porta do fígado, ou perto dela, a artéria hepática própria
e a veia porta terminam dividindo-se em ramos direito e
esquerdo;
DRENAGEM HEPÁTICA:
O sangue sai do fígado pela veia cava e pelas veias hepáticas;
Veias hepáticas direita, média (intermédia) e esquerda;
Cirrose hepática -> O fígado é o local primário de
destoxificação das substâncias absorvidas pelo sistema
digestório; sendo assim, é vulnerável a lesão celular e
consequente fibrose, acompanhadas por nódulos
regenerativos. Na cirrose hepática há destruição progressiva
dos hepatócitos, que são substituídos por gordura e tecido
fibroso. A condição é mais frequente em pessoas que sofrem
de alcoolismo crônico.
Hipertensão portal -> Quando a cicatrização e a fibrose
causadas por cirrose obstruem a veia porta no fígado, há
aumento de pressão do sistema porta, o que causa
hipertensão porta. É mais comumente causada por cirrose
alcóolica e esquitossomose (o sistema de drenagem fica
obstruído); Diagnóstico com endoscopia e exame para
coagulopatia;
O grande volume de sangue que flui do sistema porta para o
sistema sistêmico nos locais de anastomoses
portossistêmicas pode provocar o surgimento de varizes,
principalmente na parte inferior do esôfago. O sangue não
consegue atravessar o fígado pela veia porta ->
desenvolvimento de vasos colaterais para desviar o sangue
do fígado; Nos casos graves de obstrução porta, as veias da
parede anterior do abdome (normalmente tributárias da veia
cava) que se anastomosam com as veias paraumbilicais
(normalmente tributárias da veia porta) tornam-se varicosas
e assemelham-se a pequenas cobras que se irradiam sob a
pele ao redor do umbigo. Essa condição é denomina de
circulação colateral abdominal ou “cabeça de Medusa”
(continua a ter uma drenagem contudo perde a função
nutricional do fígado);
Principais varizes colaterais: esofágicas, gástrica (varizes do
fundo gástrico), retais (varizes hemorroidárias), veias da
parede abdominal (varizes abdominais), veias umbilicais
(cabeça de medusa/telangiéctasias);
Anastomoses porto-sistêmicas
Uma técnica comum para reduzir a hipertensão portal é
desviar o sangue do sistema venoso porta para o sistema
venoso sistêmico, criando uma comunicação entre a veia
porta e o sistema venoso sistêmico (cava);
Quando a circulação porta através do fígado é reduzida ou
obstruída por doença hepática ou compressão física por um
tumor, por exemplo, o sangue do sistema digestório ainda
pode chegar ao lado direito do coração pela veia cava inferior
graças a essas vias colaterais. Essas vias alternativas estão
disponíveis porque a veia porta e suas tributárias não têm
válvulas; assim, o sangue pode fluir em sentido inverso para a
veia cava inferior. No entanto, o volume de sangue forçado
pelas vias colaterais pode ser excessivo, resultando em
varizes potencialmente fatais se a obstrução não for
contornada cirurgicamente.
Uma das alternativas
terapêuticas mais comuns
é a técnica da anastomose
portossistêmica intra-
hepática transjugular
(TIPS). Os TIPS podem
controlar as complicações
da hipertensão portal,
enquanto os pacientes
aguardam o transplante
hepático. No procedimento
TIPS se introduz um cateter com um stent não expandido na
veia jugular interna direita e o direciona sob orientação
fluoroscópica até uma das principais veias hepáticas. Uma
vez na veia hepática, o stent não expandido é tracionado até
a veia porta do fígado. Em seguida, o stent é expandido e
deixado no lugar, propiciando um shunt portossistêmico
(anastomose).
OBS: A veia (e a artéria) mesentérica superior drena todo o
intestino delgado, cólon direito e a parte inicial do cólon
transverso. Já a mesentérica inferior drena a parte final do
cólon tranverso, cólon, esquerdo, sigmoide e a parte superior
do reto. O ânus e o reto baixo é drenado pelo sistema cava.
OBS: Drenagem do Reto
A parte superior drena para o sistema porta;
A parte baixa/distal do reto drena direto para o sistema cava,
sem passar pelo fígado; Por isso o tratamento de um câncer
no reto depende da localização dele. Um tumor no reto
médio/baixo gera metástase pulmonar por drenar para a
cava. Já um tumor no reto alto, essa metástase vai para o
fígado.
Vias biliares
 Intra-hepáticas
Pequenos canalículos biliares
Ductos biliares interlobulares
Ductos biliares segmentares
Ductos hepáticos direito e esquerdo
 Extra-hepáticas
Ducto hepático comum - união dos ductos hepáticos direito e
esquerdo; fica localizado logo na entrada do fígado;
Esfíncter de Oddi - fecha o canal que leva a bile ao intestino e
com isso a bile volta e fica armazenada na vesícula biliar;
Ducto cístico - liga a vesícula biliar ao ducto colédoco
(espiralado)
Ducto colédoco - união dos ductos cístico e hepático comum;
conduz a bile ao duodeno.
Ducto colédoco
Antes chamado de ducto biliar comum, possui de 5-15cm de
comprimento;
Passa posterior à parte superior do duodeno, entra na cabeça
do pâncreas.
A união do ducto colédoco com o ducto pancreático principal
forma a ampola hepatopancreática. Sua extremidade distal
desemboca na papila duodenal maior.
Presença do esfíncter do ducto colédoco (Oddi), que faz o
controle da eliminação da bile; Quando o esfíncter contrai, a
bile não consegue entrar na ampola e no duodeno.
A irrigação arterial do ducto colédoco provém de:
• Artéria cística: que irriga a parte proximal do ducto
• Artéria hepática direita: que irriga a parte média do ducto
• Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria
gastroduodenal: que irrigam a parte retroduodenal do ducto.
vesícula Biliar
Órgão em formato de pêra, localizado na face visceral do
fígado, na parte superior direita do abdômen, adjacente ao
seguimento V;
Possui de 7-10 cm de comprimento;
Armazena e concentra a bile (absorve água);
É dividida em 3 partes: fundo; corpo; colo (voltada para a
porta do fígado; normalmente faz uma curva em forma de S e
se une ao ducto cístico).
A vesícula não está no trânsito biliar mas sim anexo. Ou seja,
cálculos na vesícula/colescistite (colesterol) não geram
obstrução biliar;
A mucosa do colo forma a prega espiral, que ajuda a manter
o ducto cístico aberto; assim, a bile pode ser facilmente
desviada para a vesícula biliar quando a extremidade distal
do ducto colédoco é fechada pelo músculo esfíncter do ducto
colédoco e/ou músculo esfíncter da ampola
hepatopancreática, ou a bile pode passar para o duodeno
quando a vesícula biliar se contrai.
Colelitíase -> formação de cálculos na vesícula biliar; são
formadas pela precipitação de componentes do líquido biliar
no interior da vesícula desencadeando uma calcificação
formada principalmente por cristais de colesterol; Quanto
mais tempo os cálculos permanecerem imaturos, menor a
probabilidade de surgimento dos sintomas. O paciente tem
dor aguda no hipocôndrio direito e epigástrio.
Para desencadear a dor devem alcançar tamanho suficiente
para causar lesão mecânica da vesícula biliar ou obstrução
das vias biliares; A extremidade distal da ampola
hepatopancreática é a parte mais estreita das vias biliares e
é o local comum de implantação dos cálculos biliares;Os
cálculos biliares também podem se alojar nos ductos
hepáticos e císticos (quando está no ducto cístico causa cólica
biliar – dor intensa);
Além disso, o cálculo pode grudar no colo da vesícula e
impedir a passagem da bile (obstrução) ocasionando
Coledocolitíase (cálculos no interior do colédoco); A
coledocolitíase pode ser primária (quando o cálculo é
formado dentro do colédoco, ou secundária quando o cálculo
veio da vesícula e desceu para o colédoco; mais comum);
Quando come gorduras o líquido calcificado é liberado e gera
dor; Quando a vesícula é removida (Colecistectomia) o
colédoco se dilata para armazenar a bile;
Complicações: colecistite aguda (identificado pelo exame
físico - Sinal de Murphy);
Ductos e Artéria císticos
Ducto cístico: 3-4cm de comprimento; comunica a vesícula
biliar ao colédoco;
A artéria cística é ramo da artéria hepática direita (irriga a
vesícula biliar); É localizada no triângulo de Calot (trígono
cisto-hepático) - triângulo formado pelo ducto cístico, ducto
hepático comum e pela borda hepática.
A drenagem venosa do colo da vesícula biliar e do ducto
cístico flui pelas veias císticas;
Colestase -> consiste em uma diminuição ou interrupção do
fluxo biliar devido a alguma obstrução na via biliar, causada
por algum cálculo (+ comum) ou tumor; Ela tem como
consequência a estase de bilirrubina/bile;
Tratamento: Colangeopancreografia Retrógrada Endoscópica
(CPRE); desobstrução da via biliar;
Tumores peri-ampulares (neoplasias que surgem na
proximidade da Ampola) -> papila duodenal, duodeno (nele
próprio), colangiocarcinoma (no colédoco), cabeça de
pâncreas.
Icterícia -> quando a pessoa fica amarela por acúmulo de
bilirrubina, que é absorvida no sangue e deixa a urina escura
(colúria); não pode ser justificado pela pedra na vesícula
porque por mais que feche a vesícula, o trânsito biliar não é
afetado. Contudo quando essa pedra desce para o ducto
colédoco por exemplo, ocorre uma obstrução na via biliar e
essa bile se acumula no sangue, gerando a icterícia. Como as
fezes possuem uma cor amarromzada por causa da bile, num
paciente com icterícia as fezes são mais claras (acolia fecal).
Síndrome colestática -> É causada por cálculo na via
biliar; Os sintomas podem ser observados a olho nu:
icterícia, colúria e acolia fecal.
Pâncreas
Glândula acessória do sistema digestório - a comida não
passa por ele, mas ele auxilia na digestão;
Localizada no retroperitônio (não está totalmente coberto);
Função endócrina: glucagon, insulina -> produzidos pelas
ilhotas pancreáticas (de Langerhans) que passam para o
sangue;
Função exócrina: suco pancreático -> produzido pelas células
acinares, liberado no duodeno pelos ductos pancreáticos
principal e acessório.
Pancreatite -> é uma inflamação grave do pâncreas que
acontece quando as enzimas digestivas produzidas pelo
próprio órgão são liberadas em seu interior, promovendo a
sua destruição progressiva; Também pode ocorrer devido ao
refluxo da bile pelo ducto pancreático ou pela presença de
cálculos biliares no ducto pancreático; Ela tem várias causas,
incluindo o tabagismo (ato de fumar), consumo de bebidas
alcoólicas, distúrbios genéticos do pâncreas e alguns
medicamentos (como corticoides e antibióticos).
Relações anatômicas
Anterior: estômago/mesocólon
Direita: duodeno
Esquerda: baço
Posterior: aorta, cava e ramos (grandes vasos)
Ele pode ser dividido em 4 partes:
Cabeça
Parte estendida em contato com o “C” do duodeno.
O colédoco passa dentro dela, ou num sulco posterior a ela;
Processo uncinado - projeção medial que passa por trás dos
vasos mesentéricos (dobrinha: incisura pancreática)
Local comum de tumor - a parte boa é que um tumor nessa
região dá sintomas precocemente (obstrui o
colédoco/icterícia); a parte ruim é que a cirurgia nesse local
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/cirurgia-geral/colecistectomia/
tem alto risco por ter muitos órgãos envolvidos
(duodenopancreatectomia)
Colo
Transição entre cabeça e corpo, 1-2cm. Está sobre os vasos
mesentéricos superiores.
Corpo
Continuação do colo à esquerda dos vasos mesentéricos
superiores; Contato com a parede posterior do estômago e o
mesocólon transverso.
Cauda
Parte final, anterior ao rim esquerdo e que se relaciona com
o hilo esplênico. É relativamente móvel;
Pode-se dividir a abordagem pancreática em 3:
Duodenopancreatectomia -> Recesso na cabeça do
pâncreas tem que tirar o duodeno também;
Pancreatectomia corpo-caudal -> deixa a cabeça do
pâncreas;
Pancreatectomia total -> tira todo. Não é
incompatível com a vida, a pessoa pode tomar
hormônios exógenos; terá um prejuízo na digestão
de gorduras.
Ducto pancreático
Liberação de hormônios do trato digestivo;
 Ducto pancreático principal (Wirsung) começa na cauda
e percorre toda a glândula até a cabeça; Se une com o
ducto colédoco para formar a ampola
hepatopancreática (de Vater) - desemboca na papila
duodenal maior.
 Ducto acessório (Santorini) - desemboca na papila
duodenal menor. Em geral, o ducto pancreático
acessório comunica-se com o ducto pancreático. Em
alguns casos, o ducto pancreático é menor do que o
ducto pancreático acessório e pode não haver conexão
entre os dois. Nesses casos, o ducto pancreático
acessório conduz a maior parte do suco pancreático.
 Ductos secundários - traz secreções para o ducto
principal.
Esfíncter de Oddi - válvula de controle que impede que o
conteúdo do duodeno volte para os ductos; unidirecional;
Músculo esfíncter da ampola hepato-pancreática.
Em conjunto com os músculos esfíncteres do
colédoco e do ducto pancreático impedem o refluxo
de conteúdo intestinal para o ductos.
Irrigação/drenagem do pâncreas
ARTÉRIAS:
 Artéria esplênica (baço)
Pancreáticas caudal, magna, dorsal e inferior
 Gastroduodenal (hepática)
Pancreático-duodenal superior, anterior e posterior.
 Mesentérica superior
Pancreático-duodenal inferior, anterior e posterior.
VEIAS: correspondentes às artérias, drenam na maioria para
a veia esplênica.
LINFÁTICOS: acompanham os vasos sanguíneos.
Baco
Órgão oval arroxeado do tamanho de uma mão fechada,
localizado no QSE do abdome; Não é um órgão vital,
necessário para manter a vida;
Protegido pela arcada costal/caixa torácica, por isso
raramente é palpável;
Maior órgão do sistema imune (proliferação de linfócitos,
vigilãncia e resposta imune); O baço atua como reservatório
de sangue, armazenando hemácias e plaquetas;
Antes do nascimento: hematopoiese - formador de sangue;
Após o nascimento: hemocatarese (destruição de hemácias e
plaquetas velhas e reabsorção de componentes pra fazer
novas); reciclagem do ferro e globina;
É recoberto por uma camada de peritônio visceral, que
circunda todo o baço, exceto na face ínferomedial, no hilo
esplênico, local de entrada e saída dos vasos esplênicos;
Órgão vascular mole com cápsula fibroelástica (consegue se
contrair em um momento de sangramento);
Ele possui uma face diafragmática convexa; uma borda
anterior e superior agudas e entalhadas; e uma borda
posterior e inferior encurvadas; e uma face côncava;
O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à
curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim
esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. Esses ligamentos,
que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico
em sua face medial.
Sequestro Esplênico -> O sequestro esplênico é uma
complicação aguda decorrente da retenção das hemácias no
interior do baço, responsável por grande morbidade e
mortalidade em pacientes com doença falciforme. O paciente
normalmente fica com anemia e plaquetopenia, pois o
o baço "sequestra" e acaba destruindo em um ritmo
acelerado todos os tipos de células sanguíneas, levando à
condição denominada "hiperesplenismo".
Esplenomegalia por hipertensão portal -> O aumento da
pressão no sistema venoso portal, induzido pela redução do
aporte sanguíneo ao fígado, provoca o desenvolvimento da
circulação colateral para que o sangue dos vasos esplênicos
alcance o sistema da veia cava superior. O baço funciona
como um sistema de capacitância que auxilia a
compensação do aumento da pressãoportal, podendo
ocorrer a esplenomegalia. Como a veia esplênica junta-se
com as mesentéricas superior e inferior para formar a porta,
quando há hipertensão portal a obstrução gera a dilatação
em todo o sistema, inclusive no baço. Pode ser identificado
por palpação no exame físico.
O baço não costuma ser palpável no adulto. De modo geral,
se for possível sentir sua margem inferior ao palpar abaixo
da margem costal esquerda ao fim da inspiração, ele está
aumentado cerca de três vezes acima do seu tamanho
“normal”.
Baço acessório -> O baço acessório raramente apresenta
relevância clínica ou patológica e normalmente passa
assintomático e não diagnosticado. É uma alteração
congênita causada por uma falha no desenvolvimento
embriológico do tecido esplênico, onde pode se desenvolver
um ou mais pequenos baços acessórios próximos do hilo
esplênico. Eles são relativamente comuns, pequenos e
podem se assemelhar a um linfonodo. Na imagem abaixo
mostra as possíveis localizações de baços acessórios:
Esplenectomia -> O reparo de uma ruptura do baço é difícil;
consequentemente, costuma-se realizar uma esplenectomia
(remoção do baço) para evitar que haja hemorragia até a
morte. Quando possível, a esplenectomia subtotal (parcial), é
seguida por rápida regeneração. Mesmo a esplenectomia
total geralmente não tem efeitos graves, sobretudo em
adultos, porque a maioria de suas funções é assumida por
outros órgãos reticuloendoteliais (p. ex., o fígado e a medula
óssea), mas há maior suscetibilidade a algumas infecções
bacterianas.
Relações anatômicas
Superior/posterior/lateral: diafragma
Anterior (e medial): estômago
Inferior: flexura esquerda do cólon
Medial: rim esquerdo, cauda do pâncreas, estômago.
Face anterior do pâncreas tem uma relação íntima com a
parede posterior do estômago.
Irrigação/drenagem do Baço
 Artéria esplênica
Maior ramo do tronco celíaco
Divide-se em vários ramos no ligamento esplenorrenal e
entram no hilo esplênico.
 Veia esplênica
Formada por várias tributárias do hilo esplênico
Junta-se com as mesentéricas superior e inferior para
formar a porta. Por isso uma hipertensão portal leva a uma
dilatação do baço (esplenomegalia) e varizes esofágicas.
 Linfáticos: seguem o trajeto dos vasos esplênicos desde
o hilo até o tronco celíaco.

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