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Medicina Veterinária Fenotiazínicos Os fenotiazínicos é um grupo de medicamentos muito usados na medicação anestésica veterinária. Possuem efeitos tranquilizantes capazes de diminuir a ansiedade do animal, impedindo que ele reconheça ate mesmo seu tutor e atua como boa forma de contenção. Entre seus efeitos não inclui analgesia. Seu mecanismo de ação consiste em: Bloqueio parcial dos colinérgicos (colinérgicos agem no sistema parassimpático) Efeito de boca seca – Antissialogogo; Bloqueio de receptores a1 adrenérgico (simpatolíticos | age no sistema simpático – luta e fuga); Atividade antihistaminica – H1; Quanto aos seus efeitos podemos citar: Vasodilatação que leva a Hipotensão Ter cuidado quando o paciente tiver problemas de pressão e renais, assim a dose deve ser reduzida; Depressão no miocárdio; Hipotermia Se manter atento a T°; Antissialogogo Interfere no conforto do animal, por isso é bom estar sempre molhando a boca dele evitar o acumulo de saliva, havendo ainda o risco de que o paciente engasgue; Redução no limiar convulsivo (maior chance de convulsão) Perigoso especialmente para animais com problemas de convulsão. Atenção, pois gatos não respondem bem a esse fármaco como tranquilizante, podendo ter efeito inverso e agitá-lo. É recomendado usá-lo na espécie apenas quando for combiná-lo com neuroleptoanalgésicos (analgesia + sedação/tranquilização). A dosagem varia conforme espécie e também de acordo com a patologia apresentada pelo animal: Dose em cães: De 0,03 a 0,05 mg/Kg, com efeito em 30min e duração de até 6h; Dose em braquicefálicos: 0,02 a 0,03 mg/Kg. Dose menor pois são mais sensíveis a depressores de SNC; Dose em grandes animais: De 0,03 a 0,1 mg/Kg, via IM ou IV com inicio de efeito após 30 min. Acepromazina No grupo esse é o mais usado, e possui uso exclusivo veterinário. Seus efeitos incluem: Doses altas se relacionam a efeitos extrapiramidais. Esses são efeitos inversos ao desejado, como inquietação, tremores e outros; Bom relaxamento muscular, o que é favorável durante a cirurgia; Mais usados! Medicina Veterinária Anti-emético; Ptose palpebral e labial (caimento das pálpebras e lábios), isso dá ao animal um olhar de sono; Protusão da terceira pálpebra/membrana nictitante; Prolapso peniano. Trata-se do relaxamento do músculo retrator do pênis, fazendo com que ele fique exposto, apresentando grande preocupação quando trabalhamos com equinos reprodutores. O fato é que, existe o risco de que esse pênis demore muitas horas até voltar ao normal (chamado de priapismo), e a exposição prolongada pode lesionar o órgão, ou em casos mais raros a exposição seja irreversível, isso comprometeria seu papel como reprodutor. Como normalmente esses animais são caros e importantes para reprodução, esses medicamentos não são usados em equinos, a menos que não haja outra opção. Em cães braquicefálicos esse medicamento também possui uso restrito, pois eles são sensíveis, assim, caso seu uso seja inevitável, a dose deve ser reduzida. Um fator a ser observado no hemograma feito após essa medicação é a redução no valor do hematócrito em até 30%. Acontece que o baço sofre dilatação (dilatação esplênica), fazendo com que o sangue se acumule ali e altera os resultados. Clorpromazina Nesse medicamento é notado redução na atividade anti-histamínica, potentes efeitos anti-secretores, assim como anti-emético. A literatura trás também que seu efeito tranqüilizante seja maior que o anterior, porém na prática não se nota muita semelhança. REFERÊNCIA Flavio, M. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e Técnicas, 7ª edição. Rio de Janeiro/RJ: Grupo GEN, 2019.
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