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PRATICA DE ENSINO - INTRODUCAO A DOCENCIA I - REFLEXOES

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LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) 
 
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 
 
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
 
 
 
José Ricardo Gonçalves RA: 2172294 
 
 
 
 
Polo Santos Boqueirão 
2021 
SUMÁRIO 
1. TEXTOS PARA ATIVIDADES. 
1.1 Título do 1º texto Educação? Educações: Aprender com o índio 
1.2 Título do 2º texto O Fax do Nirso 
1.3 Título do 3º texto A história de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 
1.4 Título do 4º texto Uma Pescaria Inesquecível 
1. 5 Título do 5º texto A folha Amassada 
1.6 Título do 6º texto A Lição dos Gansos 
1.7 Título do 7º texto Assembleia na Carpintaria 
1.8 Título do 8º texto Colheres de Cabo Comprido 
1.9 Título do 9º texto Fazer parte dos 5% 
1.10 Título do 10º texto O homem e o Mundo 
1.11 Título do 11º texto Professores Reflexivos 
1.12 Título do 12º texto um Sonho Impossível 
1.13 Título do 13º texto Pipocas da Vida . 
2. REFLEXÕES REFERENTE AOS 13 TEXTOS. 
3. REFERÊNCIAS. 
 
 
 
 
 
 
 
1. TESTOS PARA ATIVIDADES. 
 
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio 
Pergunto coisas ao buriti; e o que ele responde é: a coragem minha. 
Buriti quer todo o azul, e não se aparta de sua água – carece de espelho. 
Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende. 
(ROSA, 1986, p. 270-1) 
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um 
modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, 
para ensinar, para aprender-e-ensinar. 
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida 
com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações. E já que pelo 
menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação 
que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns 
índios uma vez escreveram? 
Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de 
paz com os Índios das Seis Nações. Ora, como as promessas e os símbolos da 
educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo 
depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem 
alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes responderam 
agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais 
tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que 
nos interessa: “... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o 
bem para nós e agradecemos de todo o coração. 
Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções 
diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber 
que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. 
... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e 
aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram 
maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a 
fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e 
falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não 
serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. 
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos 
aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de 
Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que 
sabemos e faremos, deles, homens.” 
De tudo o que se discute hoje sobre a educação, algumas das questões entre as 
mais importantes estão escritas nesta carta de índios. Não há uma forma única nem 
um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e 
talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor 
profissional não é o seu único praticante. 
Em mundos diversos a educação existe diferente: em pequenas sociedades tribais 
de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades; em sociedades 
camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem 
classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em 
tipos de sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com 
ele consolidado entre e sobre as pessoas. 
Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada 
povo, ou entre povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e 
dominam outros povos, usando a educação como um recurso a mais de sua 
dominância. Da família à comunidade, a educação existe difusa em todos os 
mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos mistérios do aprender; primeiro, 
sem classes de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante 
com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos. 
A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as 
pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como crença, aquilo 
que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida. Ela pode existir imposta 
por um sistema centralizado de poder, que usa o saber e o controle sobre o saber 
como armas que reforçam a desigualdade entre os homens, na divisão dos bens, do 
trabalho, dos direitos e dos símbolos. 
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a 
criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade. 
Formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre 
todos os que ensinam-e-aprendem, o saber que atravessa as palavras da tribo, os 
códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da 
religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, 
todos os dias, a vida do grupo e a de cada um de seus sujeitos, através de trocas 
sem fim com a natureza e entre os homens, trocas que existem dentro do mundo 
social onde a própria educação habita, e desde onde ajuda a explicar – às vezes a 
ocultar, às vezes a inculcar – de geração em geração, a necessidade da existência 
de sua ordem. 
Por isso mesmo – e os índios sabiam – a educação do colonizador, que contém o 
saber de seu modo de vida e ajuda a confirmar a aparente legalidade de seus atos 
de domínio, na verdade não serve para ser a educação do colonizado. Não serve e 
existe contra uma educação que ele, não obstante dominado, também possui como 
um dos seus recursos, em seu mundo, dentro de sua cultura. 
Assim, quando são necessários guerreiros ou burocratas, a educação é um dos 
meios de que os homens lançam mão para criar guerreiros ou burocratas. Ela ajuda 
a pensar tipos de homens. Mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar 
de uns para os outros o saber que os constitui e legitima. Mais ainda, a educação 
participa do processo de produção e crenças e ideias, de qualificações e 
especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em 
conjunto, constroem tipos de sociedades. E esta é a sua força. 
No entanto, pensando às vezes que age por si próprio, livre e em nome de todos, o 
educador imagina que serve ao saber e a quem ensina, mas, na verdade, ele pode 
estar servindo a quem o constituiu professor, a fim de usá-lo, e ao seu trabalho, 
para os usos escusos que ocultam também na educação – nas suas agências, suas 
práticas e nas ideias que ela professa – interesses políticos impostos sobre ela e, 
através de seu exercício, à sociedade que habita. E esta é a sua fraqueza. 
Aqui e ali será preciso voltar a estas ideias, e elas podem ser como que um roteiro 
daqui para a frente. A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia 
dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, 
que a sua missão é transformar sujeitos e mundo em alguma coisa melhor, de 
acordo com as imagens que se tem de uns e outros: “... e delesfaremos homens”. 
Mas, na prática, a mesma educação que ensina pode deseducar, e pode correr o 
risco de fazer o contrário do que pensa que faz, ou do que inventa que pode fazer: 
“... eles eram, portanto, totalmente inúteis”. 
Fonte: BRANDÃO (1993) 
 
Principais questões para reflexão 
• Se é verdade que “ninguém escapa da educação”, como se explica a expressão 
“falta de educação”? 
• Os índios das Seis Nações iniciam a sua carta com a expressão com “... Nós 
estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e 
agradecemos de todo o coração”. Seria um sinal de ingenuidade? Explique seu 
ponto de vista. 
• “Diferentes nações têm concepções diferentes das coisas”. Que relação há entre 
as diferentes nações e as diferentes educações de cada povo? 
• A nação brasileira apresenta apenas uma educação? 
• “... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte (...). 
Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram (...) totalmente inúteis. Nos enviem 
alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, 
deles, homens”. Como se insere a educação no processo de dominação de uma 
nação pela outra? 
• “Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o 
único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a 
sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante”. 
Considerando-se esta afirmação, qual o papel da escola no processo educacional 
de um povo? 
• “Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada 
povo, ou entre povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e 
dominam outros povos, usando a educação como um recurso a mais de sua 
dominância”. Com base nesta afirmação, como seria possível definir, em poucas 
palavras, a educação do Brasil? 
• A educação “pode existir imposta por um sistema centralizado de poder, que usa o 
saber e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre os 
homens”. Se há um controle sobre o saber, como ter certeza de que o que se 
aprende nas escolas é verdade? 
• “A educação do colonizador, que contém o saber de seu modo de vida e ajuda a 
confirmar a aparente legalidade de seus atos de domínio, na verdade não serve 
para ser a educação do colonizado. Não serve e existe contra uma educação que 
ele, não obstante dominado, também possui como um dos seus recursos, em seu 
mundo, dentro de sua cultura”. Diante desta afirmação, o que dizer sobre o atual 
estágio da educação brasileira? Reflete a educação do vencedor ou do vencido? A 
educação que nós recebemos, então, não é a única possível? Explique seu ponto 
de vista. 
• “... quando são necessários guerreiros ou burocratas, a educação é um dos meios 
de que os homens lançam mão para criar guerreiros ou burocratas. Ela ajuda a 
pensar tipos de homens. Mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar de 
uns para os outros o saber que os constitui e legitima”. Faça uma relação entre esta 
afirmação e o processo de globalização, atualmente em curso em nosso planeta. 
• “... pensando às vezes que age por si próprio, livre e em nome de todos, o 
educador imagina que serve ao saber e a quem ensina, mas, na verdade, ele pode 
estar servindo a quem o constituiu professor, a fim de usá-lo, e ao seu trabalho, 
para os usos escusos que ocultam também na educação”. Qual a importância do 
professor/educador na formação ou na transformação da sociedade em que ele se 
insere? 
• A missão da educação “é transformar sujeitos e mundo em alguma coisa melhor, 
de acordo com as imagens que se tem de uns e outros (...) e deles faremos 
homens”. Mas, na prática, a mesma educação que ensina pode deseducar, e pode 
correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz, ou do que inventa que pode 
fazer: “... eles eram, portanto, totalmente inúteis”. Comente esta frase 
 
1.2 O fax do Nirso 
O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores: 
Seo Gomis, 
O criente de Beozonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as 
providenssa, 
Abrasso, 
Nirso 
Aproximadamente uma hora depois recebeu outro: 
Seo Gomis, 
Os relatório di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo qui 
manda umas treis mil pessa. Amanhã to xegando. 
Abrasso, 
Nirso 
No dia seguinte: 
Seo Gomis, 
Num xeguei pucausa de que vendi maiz deis mil em Beraba. 
To indu pra Brasilha. 
Abrasso, 
Nirso 
No outro: 
Seo Gomis, 
Brasilha fexo 20 mil. Vo pra Froniloplis e de la pra Sum Paulo no vinhâo das cete 
hora. 
Abrasso, 
Nirso 
E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, 
levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente escutou 
atentamente o gerente e disse: “Deixa comigo, que eu tomarei as providências 
necessárias”. 
E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso e o afixou no mural da empresa, 
juntamente com as mensagens de fax do vendedor: 
A parti de oje, nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos em iscrevê 
serto, mod vende maiz. 
Acinado, O Prizidenti. 
(Autor Desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• A educação escolar está perdendo espaço no mercado de trabalho? 
• Num mercado competitivo, todo profissional precisa de um diferencial para ocupar 
determinadas posições e ascender na carreira. Por vezes, este diferencial é 
representado por um ou mais diplomas. Com base no texto e nesta afirmação, 
analise o papel da educação formal no mercado de trabalho. 
• Alguns estudiosos afirmam que a educação evolui num ritmo muito lento em 
relação a outros elementos da sociedade. Que aspectos devem, então, ser 
ressaltados na educação para que ela acelere sua evolução e consiga acompanhar 
o ritmo dos outros elementos sociais? 
 
1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 
Esta história será contada de uma maneira não tradicional. 
Certa manhã, estava eu passeando pela minha casa – sim, porque eu não sei se 
vocês sabem, mas a floresta é a minha casa – e, de repente, deparei com uma 
visão terrível. 
Vi uma menina vestida com uma roupa vermelha horrorosa, com um chapéu 
vermelho igualmente horroroso, carregando uma cesta cheia de produtos 
embalados com material plástico, que leva milhares de anos para se desintegrar na 
natureza. 
Imaginei que ela fosse fazer um piquenique ou coisa parecida e pensei: não posso 
permitir que ela deixe aquele material jogado pela mata. Ela vai sujar a minha casa 
e dos meus companheiros de floresta. 
Vou tentar preveni-la dos cuidados ecológicos fundamentais. Por outro lado, que 
descuidados são esses humanos: deixar uma menina tão pequena passear pela 
floresta desse jeito, correndo o perigo de ser apanhada por algum predador (dentre 
os quais eu me incluo). 
Como eu estava com o apetite devidamente saciado resolvi, sem segundas 
intenções, falar com a menina e induzi-la a sair da floresta pelo mesmo caminho por 
onde entrou. Isto seria melhor para todos... e assim o fiz, mas, assim que me 
deparei com a menina, ela foi logo gritando feito uma louca e me batendo com a 
cesta que tinha na mão; nem sequer me ouviu, não me deu oportunidade para falar 
o que eu queria e explicar o motivo da nossa conversa. Só repetia várias vezes que 
eu não iria comer o lanche que ela havia preparado para a sua vovozinha, que eu 
era horrível, que isso e aquilo. Logo vi que não conseguiria atingir o meu intento. 
Mas... ela é só uma menina... e assim pensando, resolvi perdoá-la. 
Apesar de ter ficado furioso com ela num primeiro instante, resolvi procurar por uma 
velhinha que, algum tempo antes, havia construído uma casinha de madeira perto 
do rio. Na época, todos nós aqui da floresta havíamos ficado furiosos com ela, pois 
derrubou nossas árvores e, assim, destruiu a casa de muitos de nossos 
companheiros animais para construir aquela casa horrenda, mas, devido à 
avançada idade, resolvemosrelevar e deixá-la ficar. Só podia ser ela a vovozinha 
daquela menina tão mal-educada. 
Segui por atalhos que só nós, moradores da floresta, conhecemos e, assim, cheguei 
na casa da velhinha bem antes da sua neta. Segui um caminho muito longo para 
alertar a senhora dos males que ela e a sua neta poderiam provocar no nosso 
ecossistema, mas ela também não me deu a menor oportunidade de me pronunciar; 
foi logo me batendo e fazendo um escândalo tremendo, muito barulho, muita 
gritaria, virou-se e pegou uma velha espingarda, certamente com a intenção de 
matar-me. Não tive outra alternativa, senão comer a velha senhora. 
Minutos depois, a menina acabou chegando na casa da sua avó. Sabendo que ela 
iria provocar novo escândalo, resolvi me disfarçar e, assim, vesti algumas roupas da 
tal velhinha e tentei me fazer passar por ela, deitado em seu leito. 
Quando ela chegou, tentei dissuadi-la a ir embora o quanto antes, mas a menina 
novamente começou a me insultar dizendo: que nariz grande e horrível você tem... 
que orelhas estranhas você tem... que olhos caídos e remelentos você tem... Eu 
procurei responder a todas as perguntas com ternura, mas para tudo há um limite, e 
minha paciência já estava em ponto de se esgotar, quando tirei o disfarce. 
Diante dos gritos da menina, e temendo a aproximação de caçadores que sempre 
afluíam ao local, não tive alternativa senão comê-la também. 
Meu temor, no entanto, se concretizou: um caçador me encontrou e, antes mesmo 
que eu começasse a me explicar, atirou impiedosamente e me acertou... agora, cá 
estou eu, com a barriga aberta, moribundo, 
e vocês ainda estão vibrando com isto, ensinando suas crianças que o malvado 
dessa história sou eu... isso é muito injusto, muito injusto. 
 
Fonte: Adaptado de ANTUNES, 10 Histórias Exemplares (2004) 
 
Principais questões para reflexão 
Esta história possui uma peculiaridade: ela é relatada na versão do lobo. Isto nos 
leva a algumas importantes reflexões sobre a educação que estamos oferecendo 
em nossas escolas: 
• Ao apresentar aos alunos nossas opiniões sobre fatos como verdades absolutas, 
será que não estamos negando aos nossos alunos o direito de optar? 
• Será que é justo negar-lhes o direito de optar, mesmo que esta opção represente a 
ideia da minoria? 
• Será que o que extraímos do conteúdo da geografia, da história, da literatura e 
mesmo da matemática representa uma verdade ou uma opinião? 
• Será que, quando falamos em exclusão, não estamos sendo excludentes ao 
tirarmos a oportunidade do aluno de avaliar, fazer seu próprio julgamento e tirar 
suas conclusões? 
• Com relação ao conteúdo ensinado e aprendido nas escolas, há apenas uma 
verdade? 
• Com relação ao conteúdo ensinado e aprendido nas escolas, há apenas 
verdades? 
• Problematizar uma dúvida não levaria à construção de outras verdades? 
 
1.4 Uma pescaria inesquecível 
Ele tinha 11 anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar num cais próximo ao 
chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. 
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim 
da tarde para pegar apenas peixes, cuja captura estava liberada. O menino amarrou 
uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na 
água. 
Logo, elas se tornaram prateadas, pelo efeito da lua, nascendo sobre o lago. 
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. 
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto, habilmente, e com muito cuidado, 
erguia o peixe exausto da água. 
Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. 
O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras volvendo para trás e 
para frente. 
O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. 
Pouco mais de 10 horas da noite... 
Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. 
Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo: 
— Você tem que devolvê-lo, filho! 
— Mas, papai, reclamou o menino. 
— Vai aparecer outro, insistiu o pai. 
— Não tão grande quanto este, choramingou a criança. 
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à 
vista. 
Voltou novamente a olhar para o pai. 
Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era 
inegociável. 
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. 
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. 
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão 
grande quanto aquele. 
Isso aconteceu há 34 anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem sucedido. 
O chalé continua lá, na ilha, em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no 
mesmo cais. 
Sua intuição estava correta. 
Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como daquela noite. 
Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão 
ética. 
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e 
ERRADO. 
Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. 
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando. 
Esta conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o 
PEIXE À AGUA. 
A boa educação é como uma moeda de ouro: TEM VALOR EM TODA PARTE. 
Fonte: LENFESTEI (2008) 
 
Principais questões para reflexão 
• Complete a frase: “Ética é...”. 
• Se a ética é algo tão importante, por que não faz parte da grade curricular da maior 
parte das escolas de educação básica no Brasil? 
• Comente a frase: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?” – a chamada Lei de 
Gerson – e faça uma relação com o texto; 
• Comente a frase: “O que é certo é certo, mesmo que ninguém o faça... e o que é 
errado é errado, mesmo que todo mundo o faça” e relacione com o texto. 
 
1.5 A Folha Amassada 
Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor 
provocação. 
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e 
me esforçava por consolar a quem tinha magoado. 
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, 
e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse: Amasse-a! 
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha. 
— Agora, deixe-a como estava antes, voltou a dizer-me. 
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel 
continuava cheio de pregas. 
O professor disse então: 
— O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que nele deixamos será 
tão difícil de apagar como esses amassados. 
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de 
estourar, lembro daquele papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas 
é impossível apagar. Quando magoamos alguém com nossas palavras, logo 
queremos consertar o erro, mas é tarde demais. 
Alguém já disse, certa vez: 
— Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio. 
Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro. 
Acredite, principalmente em seus sentimentos! 
“Seremos sempre responsáveis pelos nossos atos – nunca se esqueça.” 
 
(Autor Desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• Como educador, no futuro, você terá que desempenhar várias funções que 
extrapolam o “simples” ensinar e que se inserem no contexto de educar. Você se 
considera preparado emocionalmente para exercer tais funções? 
• Como lidar com alunos explosivos como o do texto? 
• Aluno explosivo representa necessariamente um aluno problema? 
• Como desenvolver autocontrole de modo que, como professor, você não corra o 
risco de soltar bombas com suas palavras com potencial de causar estragos 
irremediáveis na vida de seus futuros alunos? 
 
1.6 A Lição dos Gansos 
No outono, quando se vê bandos de gansos voando ao sul, formando um grande “V” 
no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta 
forma. Sabe-seque quando cada ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando 
a sustentar a ave imediatamente detrás. Ao voar em forma de “V”, o bando se 
beneficia de pelo menos 71% a mais de força de voo do que uma ave voando 
sozinha. 
Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência 
necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em 
formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa 
imediatamente à sua frente. 
Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro 
ganso assume os gansos que voam rumo ao sul. 
Os gansos detrás gritam, encorajando os da frente para que mantenham a 
velocidade. 
Finalmente, quando um ganso fica doente, ou ferido por um tiro e cai, dois gansos 
saem da formação e o acompanham para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até 
que consiga voar novamente, ou até que morra. Só então levantam voo sozinhos, 
ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando. 
 
(Autor desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• Pessoas que se deslocam numa mesma direção e que têm o sentido de 
comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois se 
beneficiam de impulso mútuo. 
Numa equipe, quando um só elemento se esforça na direção contrária, o dispêndio 
de energia é muito maior e o avanço da equipe, menor. Será que você já aprendeu 
a lição dos gansos? 
• Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, nos manteríamos em formação com 
os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir. Na educação, o 
papel de liderança é exercido pelos pais (na família), professores (na sala de aula), 
diretores (na unidade escolar) e, gradativamente, os liderados vão aprendendo a 
ocupar posições de liderança em suas vidas ou a aceitar as lideranças que se lhe 
apresentam. Você se sente preparado para exercer, por exemplo, o papel de 
professor? 
• Que mensagem passamos quando gritamos detrás? Estímulo aos nossos líderes 
ou desestímulos? 
Será que nossa mensagem como liderados tem sido útil para promover a melhoria 
da qualidade de vida do grupo? Se você descobrir que tem errado na sua atitude, 
não se preocupe, pois isso não é o fim, mas o começo. 
• Se tivéssemos o sentido dos gansos, também ficaríamos um ao lado do outro nos 
momentos de dificuldade. Isto se aplica aos seus futuros alunos. Colar em suas 
testas o rótulo de indisciplinados por este ou aquele motivo é uma tarefa muito fácil, 
que qualquer um pode fazer. Estimulá-los a mudar de atitude e crescer como 
cidadãos, isso é tarefa para pessoas especiais. 
 
1.7 Assembleia na Carpintaria 
Era uma vez uma carpintaria onde aconteceu uma estranha assembleia. Foi uma 
reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. 
Um martelo presidiu a reunião, mas os participantes avisaram-no que teria de 
renunciar, pois fazia muito barulho e golpeava muito. 
O martelo aceitou sua culpa, porém exigiu que fosse expulso o parafuso, alegando 
que dava muitas voltas para conseguir algo. 
Diante do ataque o parafuso concordou desde que expulsassem a lixa por ser muito 
áspera no tratamento com os demais, atritando sempre. 
A lixa acatou a decisão, mas exigiu a expulsão da trena por sempre medir os outros 
segundo a sua medida, como se fosse perfeita. 
No auge da discussão, entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou seu trabalho. 
Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso, convertendo uma rústica madeira em 
um fino móvel. 
Quando a carpintaria ficou novamente em silêncio com a saída do carpinteiro, a 
assembleia reiniciou. 
Foi então que o serrote, até então calado, falou: 
— Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha 
somente com as nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Vamos deixar 
nossos pontos fracos e concentremos em nossos pontos fortes. 
A assembleia entendeu então que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, 
a lixa era especial para limar e afinar a aspereza e a trena era precisa e exata. 
Sentiram-se como uma verdadeira equipe capaz de produzir móveis de qualidade. 
Sentiram, então, uma grande alegria em trabalhar juntos. 
O mesmo ocorre com os seres humanos. Quando se busca defeito no outro, a 
situação fica tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca sinceramente o ponto 
forte, as qualidades dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. 
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades é 
para os sábios! 
 
(Autor desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• Como você se sente quando as pessoas que o cercam dão destaque aos seus 
defeitos, em detrimento das suas qualidades? 
• Como professor, como você acha que os seus alunos se sentiriam caso você 
destacasse seus defeitos, em detrimento das suas qualidades? 
• Como você acha que um professor pode obter maior êxito na sua profissão: 
enfocando os defeitos ou as qualidades de seus alunos? 
• Você considera necessário enfocar tanto os defeitos quanto as qualidades das 
pessoas? Afinal, quando apenas as qualidades são destacadas, a pessoa tende a 
entrar numa zona de conforto e não avançar qualitativamente. Por outro lado, 
quando são destacados seus defeitos, a tendência é que ela procure melhorar. 
• Como tratar do assunto com sabedoria? 
• Sozinho, você pode ser bom. Com outros, você tende a ser melhor. Discuta esta 
questão. 
 
1.8 Colheres de Cabo Comprido 
Um pastor foi convidado por Deus para conhecer o céu e o inferno. Ao abrir-se a 
porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão cheio de suculenta sopa. 
À sua volta estavam pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava 
uma colher de cabo tão comprido que era possível alcançar o caldeirão, mas não a 
própria boca. 
O sofrimento era imenso. 
Em seguida, Deus levou o pastor para conhecer o céu. 
Entraram em uma sala idêntica à primeira. 
Havia o mesmo caldeirão, pessoas em volta e o mesmo cabo comprido. 
A diferença é que todos estavam saciados. 
— Eu não compreendo, disse o pastor. 
— Por que aqui as pessoas estão tão felizes, enquanto na outra sala morrem de 
aflição, se é tudo igual? 
Deus sorriu e respondeu: 
— Você não percebeu? É porque aqui elas aprenderam a dar comida umas às 
outras. 
 
(Autor Desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• O que significa, concretamente, um trabalho em equipe? 
• Uma das competências que se exige de uma pessoa que se forma em nível 
superior é que tenha capacidade de trabalhar em equipe. Portanto, prepare-se. 
• Espera-se que você, no exercício futuro da sua profissão como professor, ajude a 
formar cidadãos, o que envolve desenvolver no aluno o senso de sociabilidade. 
Partindo-se da premissa de que “ninguém pode dar o que não tem”, você se sente 
preparado para este desafio? 
 
1.9 Faça parte dos 5% 
Certa vez, tivemos uma aula de Fisiologia na escola de Medicina, logo após a 
Semana da Pátria. 
Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos 
estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. 
Nosso velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho 
para conseguir silêncio. 
Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha 
turma correspondeu? 
Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio 
educadamente. 
Não adiantou. Ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. 
Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já 
presenciei. 
— Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez, disse, levantando a 
voz, e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala. E o professor 
continuou: 
— Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós, 
professores, trabalhamos 
apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada 
100 alunos, apenas 5 sãorealmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; 
apenas 5 se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para 
melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95 servem apenas para fazer 
volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. 
O interessante é que esta porcentagem vale para quase tudo no mundo. Se vocês 
prestarem atenção, notarão que, de 100 professores, apenas 5 são aqueles que 
fazem a diferença; de 100 garçons, apenas 5 são excelentes; de 100 motoristas de 
táxi, apenas 5 são verdadeiros profissionais. 
E podemos generalizar ainda mais: de 100 pessoas, apenas 5 são verdadeiramente 
especiais. É uma pena muito grande não termos como separar esses 5% do resto, 
pois, se isso fosse possível, eu deixaria apenas esses alunos especiais nesta sala e 
colocaria os 95% restantes para fora, e então teria o silêncio necessário para dar 
uma boa aula e dormiria tranquilo à noite, sabendo ter investido nos melhores. 
Mas, infelizmente, não há como saber quais de vocês são esses 5% de alunos 
especiais. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e 
tentar dar uma aula para esses alunos especiais, apesar da confusão que estará 
sendo feita pelos 95% restantes. Claro que cada um de vocês sempre pode 
escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje. 
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor 
conseguiu após esse discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois, 
depois desse dia minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas 
de Fisiologia, durante todo o semestre; afinal, quem gostaria de espontaneamente 
ser classificado como fazendo parte dos 95% que o professor gostaria de ver longe 
dali? 
Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do 
professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que 
fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão, e desde 
então tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, 
não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo 
pertencemos. 
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que 
fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente faremos 
parte da turma do resto. 
(Autor Desconhecido) 
 
 
Principais questões para reflexão 
• Será mesmo que 5% das pessoas que existem fazem a diferença? Isto não é 
pouco? 
• Será mesmo que 5% das pessoas que existem fazem a diferença? Isto não é 
muito? 
• Será possível “trocar de grupo” com o passar do tempo? 
• O que fazer para “trocar de grupo”? 
• Este texto estimula você a continuar ou age no sentido contrário? 
• O raciocínio do velho professor, de trabalhar para os 5%, está correto? 
 
1.10 O Homem e o Mundo 
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a 
encontrar meios de respostas para suas dúvidas. 
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a 
trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, pediu que o filho fosse brincar em 
outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse 
ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção: deparou-se com o 
mapa do mundo, o que procurava. 
Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um 
rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: 
— Filho, você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. 
Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! E 
faça tudo sozinho. 
Então, calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. 
Passadas algumas horas, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente. 
— Pai, pai, já fiz tudo! Consegui terminar tudinho. 
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade 
ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista 
levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma 
criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam 
sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? 
Como o menino havia sido capaz? 
— Você não sabia como era o mundo meu filho, como conseguiu? 
— Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista 
para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. 
Tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e 
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o 
homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo. 
 
(Autor desconhecido) 
 
Principais questões para reflexão 
• Comente a frase: “Quando o homem resolver o problema entre homens e homens, 
aí estará pronto para resolver os problemas entre homens e mundo”. 
• Você está preparado para aprender com uma criança? Afinal, isto é o inverso do 
que a educação pensa que faz, ou seja, é a geração mais nova ensinando a 
geração mais velha. 
• Você pretende dedicar tempo para que seus futuros alunos se manifestem e, 
assim, você aprenda com eles? Ou não acha isto prudente? 
 
 
1.11 Professores Reflexivos 
... a narrativa de como a experiência concreta de turista me fez pensar em como 
pode se sentir o aluno, o estagiário ou o professor que chega, pela primeira vez, a 
uma escola que não conhece... Cheguei ao hotel, vinda do aeroporto. Eram duas e 
meia da tarde. Situado no característico nordeste brasileiro, o hotel era o exemplo 
bem acabado da globalização. Pela ausência, quase total, de marcas da civilização 
local, poderia situar-se em qualquer parte do mundo. 
A primeira informação que me foi dada dizia-me que, apesar de serem duas e meia 
da tarde, eu não podia ocupar o apartamento. Não estava arrumado ainda. 
Podia preencher a ficha de entrada, deixar as bagagens no hall e ir almoçar. 
“Logo, logo” comunicariam, quando estivesse pronto. 
E assim tentei dirigir-me ao primeiro piso onde deveria encontrar o restaurante para 
satisfazer o meu apetite motivado pelo atraso de um voo que, de curto, não deu 
direito a refeição nem sequer o refrigerante. 
À míngua de informação da recepcionista, e desconhecendo que o piso da entrada 
era o terceiro, não me foi fácil encontrar o restaurante no primeiro piso. 
Culpa minha, sem dúvida. O meu constructo de que, normalmente, as recepções se 
encontram no piso zero, cegou-me para a hipótese de que, para ir para o primeiro, 
em vez de subir, era preciso descer Mas não tinha ficado mal à recepcionista uma 
informação menos exígua, ainda por cima expectável num país e numa região onde 
os autóctones são comunicativos por natureza. 
Nestes momentos iniciais, eu ainda não tinha percebido que já não me encontrava 
no país da comunicação, mas sim num hotel standard, igual a tantos outros por 
esse mundo além, incrustado numa cultura que não acolheu e da qual se alheou. 
Alheamento que não me permitiu usufruir dos sabores típicos, da arte indígena, do 
calor humano característico das gentes nordestinas. Nem deixou que me tratassem 
pelo meu nome, que me colocassem logo na mão um mapa da cidade, que me 
informassem sobre o que poderia visitar. 
Vinda de outros hotéis no mesmo país, onde eu era “a senhora Isabel”, onde, sem 
que eu tivesse pedido ou sequer insinuado, o restaurante abriu mais cedo para que 
eu pudesse tomar o café da manhã antes de partir para o aeroporto, onde a 
espontaneidade do empregado o leva a dizer-me, na sua atenção à pessoa do 
hóspede: “pode levar alguma coisa para comer, pois quando se vai viajar às vezes 
até dá fome”. Ou, num outro, em que, num dia de calor, me entra pelo quarto 
adentro, logo após a chegada, uma grande jarra de suco e um magnífico prato de 
frutos tropicais. E onde as refeições cheiravam e sabiam ao Brasil. 
Vinha mal habituada,habituada a ser pessoa e a ter a informação de que 
necessitava para me sentir “em casa”. Tinha passado a ser um número, 
descaracterizada, com tratamento indiferenciado, dentro de um edifício e numa 
organização onde tudo estava estandardizado, em contraste com a originalidade da 
natureza e a pessoalidade das gentes e das culturas. 
Mas... se já estive em tantos hotéis deste tipo, por que estranhar agora? O que me 
fez sentir um número, um no meio de tantos outros? 
Creio que duas ordens de razões podem explicar o meu sentimento desta vez. 
Ambas têm a ver com as experiências sofridas nos dias anteriores. Este episódio 
tem, pois, um valor experiencial sobre o qual “me deitei a refletir”, tentando, a partir 
dele, aprofundar o meu conhecimento sobre a vida. 
Em primeiro lugar, eu vinha de proferir duas palestras sobre educação em que tinha 
abordado o tema da refletividade, da contextualização, da pessoalidade, da 
cidadania, da comunicação. Numa delas tinha situado o tratamento destes temas no 
contexto da sociedade da informação globalizante em que vivemos. 
Em segundo lugar, vinha de contextos em que se valorizava o local, o único, o 
expressivo, o pessoal culturalmente socializado. Contextos que me socializaram na 
cultura autóctone e me trouxeram o encanto de aprender com aquilo que para mim 
era novo. Trazia expectativas de continuidade. Encontrei o dejà vu. 
A reflexão sobre esta minha experiência concreta não me pode levar a generalizar a 
partir do que foi episódico. Eu sei. Mas suscitou em mim algumas inquietações 
enquanto cidadã do mundo e enquanto educadora. 
Questiono-me se será necessário aniquilar o autêntico e o local para se viver o 
conforto ditado por critérios globalizantes. Mesmo pensando em termos econômicos 
– pois são esses evidentemente os termos em que os empresários devem pensar – 
não será possível encontrar formas de harmonizar o socialmente genuíno com o 
tecnologicamente moderno? Como será possível conciliar a eficiência de gerir 
grandes hotéis com a atenção pessoalizada a dispensar ao cliente? 
O pensamento, que se torna bem mais alado nos momentos de férias como o que 
eu estava a viver, levou-me para outras esferas e dei comigo a pensar nos alunos 
quando transitam de uma escola para outra e, sobretudo, de um ciclo de estudo 
para o subsequente (por exemplo, do 1º para o 2º grau). Foi sobre eles que passei a 
refletir. 
Como se sentirão esses alunos no primeiro dia de aulas? Quebrada a continuidade 
da familiaridade e dos afetos que os entrelaçavam na escola já familiar, como os 
receberá a nova escola: como pessoas ou como números? 
Fornecer-lhe-ão a informação necessária e correta para que eles possam se 
contextualizar? 
Aparecer-lhe-á como uma escola “com cara” ou terá dela a ideia de uma escola 
indistinta e estandardizada? 
Quem se preocupará com o que eles sentem? Quem criará o contexto que os leve a 
integrarem-se e a viverem a escola em vez de se isolarem e quererem apenas 
“passar pela escola o mais depressa possível”? 
Fonte: ALARCÃO (2003) 
 
Principais questões para reflexão 
• Entende-se que as principais questões para reflexão já foram suscitadas pela 
autora, porém, isto não impede que outras reflexões surjam em sua mente a partir 
da leitura, principalmente baseadas em sua experiência pessoal. 
 
1.12 Um Sonho Impossível? 
Todos os pais querem ver seus filhos formados e bem sucedidos. Esperando isso, 
matriculam a criança na escola e sonham: ela aprenderá tudo muito bem, terá 
ótimas notas, avançará sempre e depois... Depois, o diploma, o sucesso... 
Esse interesse dos pais, a ajuda e o apoio que dão aos filhos para que eles possam 
fazer suas tarefas, é muito importante para a boa realização da criança. A 
participação dos pais pode ser direta, com explicações detalhadas e repetidas, 
orientação para cada tarefa. Ou então pode ser indireta, com o estímulo para a 
realização dos trabalhos e lições, o elogio, o cuidado com o material escolar e a 
preocupação com a frequência às aulas. 
As famílias de classe média e alta, em geral, dão esse tipo de apoio às crianças. 
Mas o mesmo não acontece nas famílias mais pobres Nesse último caso, é difícil 
para os pais darem tal apoio aos filhos. Mesmo que estejam interessados e queiram 
participar ativamente, muitas vezes não sabem como fazer isso, não se sentem em 
condições de colaborar. 
Frequentemente, não conhecem o conteúdo das matérias, estranham os métodos 
de ensino e as atitudes da escola. É comum ficarem inibidos, desarmados e até 
humilhados em seus contatos com a escola. 
De modo geral podemos dizer que esses pais não se sentem em condições de 
avaliar o que está sendo ensinado e só julgam o desempenho dos filhos através das 
notas baixas. Além de assistirem, desarmados, à insatisfação e fracasso das 
crianças, não ficam à vontade no ambiente da escola. 
Diante de tudo isso é bem possível que esses pais passem a achar mais proveitoso 
e lucrativo preparar “de fato” seus filhos para a vida. 
Acabam tirando a criança da escola, para que comece logo a trabalhar. 
Esta não é, certamente, a melhor solução. 
O importante mesmo é fazer com que a escola se torne mais adequada às 
necessidades reais das crianças, atendendo às esperanças dos pais. 
 
Fonte: Revista “Pensamento e linguagem” – Fundação Carlos Chagas 
 
Principais questões para reflexão 
• Reflita sobra a desigualdade social no Brasil. Na sequência, reflita sobre o papel a 
ser desempenhado pela educação, neste contexto. 
• Imagine-se lecionando, no período da manhã, para alunos que pertencem a 
famílias de classe alta e, à tarde, para alunos que pertencem a famílias de baixa 
renda. Sua atuação profissional como professor deve ser diferente em cada 
contexto? 
• Qual seria uma boa estratégia para combater a evasão escolar? 
 
1.13 Pipocas da Vida 
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. 
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando 
passamos pelo fogo. 
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma 
mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu 
jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. 
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. 
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o 
emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, 
depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. 
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. 
Com isso, a possibilidade da grande transformação também. 
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais 
quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada 
em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode 
imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina 
do que ela é capaz. Aí sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande 
transformação acontece: BUM! E ela aparece como outra coisa completamente 
diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. 
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. 
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas 
acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A 
presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o 
destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. 
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para 
ninguém. 
 
Fonte: ALVES (1999) 
 
Principais questões para reflexão 
• Um grande dilema do ser humano é mudar. E isso se explica pelo simples fato de 
que, mudar, pode ser para melhor ou para pior. Assim é o ser humano. Neste 
contexto, como zelar para que a mudança pretendida seja para melhor? 
• Háquem goste de piruá... ele não é, necessariamente, ruim. 
• Cada milho de pipoca tem seu tempo certo para estourar... precisa de mais ou 
menos tempo, mais ou menos calor. Como este raciocínio pode ajudar no lidar com 
alunos? E consigo mesmo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. REFLEXÕES REFERENTE AOS 13 TEXTOS 
 
Reflexão do 1º texto Educação? Educações: aprender com o Índio. 
A educação não vem somente da que adquirimos na escola mas sim do 
conhecimento que é vivenciado dentro da sociedade, onde o indivíduo por 
meios do convívio com diferentes realidades de povos em que vive 
com suas diferentes culturas sempre está pronto a receber conhecimento, 
o primeiro lugar onde o saber é adquirido começa em casa, sendo através 
dos pais que são peças principais para a base da formação de uma boa 
educação, assim quando as crianças adentram na escola já se vem com uma 
base do que é o apreender, e, a partir dali começa a conhecer outras 
culturas e modos de educação de outros povos, acredita-se que todo 
conhecimento adquirido é vivenciado. Porém a maioria de nós não aceita a 
educação de diferentes povos. 
 
 
Reflexão do 2 º texto: O Fax de Nirso. 
Quando a educação passa por uma desvalorização por parte do alunado 
ocorre diversos prejuízos que quando se chega ao mercado de trabalho 
não se obtém os melhores resultados, isso é relatado no texto de Nirso. 
Apesar do texto mencionar, ser, ele um excelente prestador de serviços na 
sua área de vendas, na veracidade sabemos que ele provavelmente não 
conseguirá chegar a um cargo maior por falta do emprego da forma culta da 
língua. O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais a utilização do modo 
correto do uso da língua falada e escrita, de como são expressadas é de 
melhor desempenho dentro das empresas, o mercado de trabalho é 
competitivo, por esse motivo as pessoas precisam estar bem preparadas 
para que consigam melhores oportunidades de emprego, e, para que isso 
ocorra é de fundamental importância ter uma educação de qualidade. 
 
 
 
Reflexão do 3º texto: A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do 
lobo). 
Após a leitura do texto foi observado que a versão da história do lobo não 
pode ser ouvida, e, com isso a versão da chapeuzinho ficou conhecido como 
sendo a verdadeira história. Isto acontece muito dentro da sala de aula onde 
o professor na maioria das vezes é o dono do saber, sem sequer dar a 
oportunidade do aluno se expressar com suas opiniões. É importante pensar 
que não importa se a opinião desses alunos possa estar certa ou errada, mas 
é importante lançar mão de outras formas de aprendizado. É preciso entender que 
o conteúdo de determinada matéria passado pelo professor dentro das escolas 
pode não ser a única forma de se aprender, não há somente uma forma de 
aprendizagem, existem fora das paredes da sala de aula uma sociedade que 
transmite outros tipos de saberes e opiniões que se possa levar a uma 
problematização e debater outras verdades. 
 
Reflexão do 4º texto: Uma Pescaria Inesquecível. 
Ao tomar-se exemplo pelo texto que fala justamente de ética essa palavra 
traz consigo a integridade e honestidade de um pai que é passada para 
uma criança, nisso tudo que é passado para uma criança na sua formação 
é levado para toda a vida. Na frase “Levar vantagem em tudo“ que traz a (lei 
de Gerson) que vai de certo modo longe dos princípios do que é ética vem, 
a mostra-se a qualquer indivíduo, que a honestidade vai além dos olhos de 
qualquer outro que esteja ao seu redor. Quando mostrado na fala do pai 
que ao soltar o peixe na agua estaria não só ensinando o valor da 
honestidade mas sim, de que fazer a coisa certa dentro de qualquer situação, 
obteremos o melhor resultado para a vida. 
 
Reflexão do 5 º texto: A folha Amassada. 
O educador por sua vez tornar-se refém da rotina diária e passa a ter menos 
tempo para tudo, nunca podemos deixar que o descontrole emocional no 
momento em que o professor está diretamente relacionado com o seu aluno 
possa afeta-lo com palavras ou atos que prejudiquem a sua formação. O 
aluno indisciplinar é encarado como o aluno problema, cabe ao professor a 
comunidade escolar juntamente com a família buscar meios onde o problema 
seja solucionado, e, de que forma? Da forma mais prudente onde não afete 
a sua formação o que podemos nos deparar hoje é que o professor está se 
cada vez mais se preparando para o exercício da sua função, e, para obter 
bons resultados com o seu aluno dentro da escola, é preciso saber lidar 
coma as palavras e atos, porque muitas atitudes, sejam elas certo ou errado 
irão deixar marcas que serão levadas para o resto de suas vidas “as marcas 
que deixamos nos outros é impossível de serem removidas “ 
 
 
Reflexão do 6 º texto: A Lição dos Gansos 
Quando a comunidade escolar passar a se sentir membros da cadeia dos 
gansos, essa se tornaria um exemplo de união onde cada um faria sua 
parte com responsabilidade, e, onde já se diz “a união faz a força” os 
objetivos planejados obteriam o resultado esperado na aprendizagem dos 
alunos. Em momentos de dificuldade da aprendizagem do aluno o corpo 
docente que tenha o intuito de alcançar o seu objetivo jamais deixará que o 
seu alvo se prejudique. Cabe aos responsáveis aqui sendo pais, mestres, 
gestor e comunidade escolar que são os lideres exercer a sua função 
visando a melhor maneira para a consolidação da educação para o seu 
alunado tornando cada vez mais produtiva a educação onde todos saem 
ganhando. 
 
Reflexão do 7 º texto: Assembleia na Carpintaria 
O professor que também é educador e estimulador para a reflexão, deve ter como 
objetivo apresentar os dois lados da história, de formos refletir, há os dois lados 
de uma mesma moeda, qualidades e defeitos precisamos levar em conta que 
podemos excluir ou discriminar aquele aluno que apresenta uma dificuldade 
maior em determinado assunto, é nesse momento em que devemos motiva-
lo para que possa alcançar o seu objetivo final. Saber lidar com os dois 
lados é de fundamental importância. É Levado em consideração aquele que 
tem qualidades que possam ajudar a superar os defeitos do outro, nisso 
retomamos ao trabalho em equipe, a escolha de alunos que possam 
motivar uns aos outros, assim se tornara mais fácil de cumprir a missão 
estabelecida pelo professor, e, com isso a troca de experiência entre 
ambos levará a um bom êxito. 
 
 
Reflexão do 8 º texto: Colheres de Cabo Comprido 
O texto apresenta uma questão a ser refletida, a forma de, que como o 
trabalho desenvolvido em equipe e como a colaboração de ambos que a 
compõe possa alcançar o mesmo objetivo. Quando buscamos os mesmos 
ideais e trabalhamos para que eles aconteçam, dar-se a exemplos suas 
duas salas o inferno e o céu, em um lado, todos não se importavam com o 
sucesso do outro assim traziam pra si mesmos, o egoísmo de que se eu não 
cresço ele tambémnão, ambos ficaram naquela situação desagradável, já 
vendo a outra sala onde todos colaboram e se preocupavam uns com os 
outros os resultados foram de total respeito e colaboração e o objetivo que é 
de saciar-se com o alimento se completou. Assim também devemos levar para 
a vida dentro da escola se contribuirmos com nossos companheiros de 
trabalho, as minhas ideias o nosso objetivo que é de educar o aluno será 
de grande proveito para todos. O trabalho em equipe tem uma forma de 
fortalecer todos que ali estão a trabalhar uma contribuição para resolver as 
dificuldades que encontradas no meio do caminho torna mais simples de se 
resolver quando todos contribuem, e o objetivo será alcançado. 
 
 
Reflexão do 9 º texto: Fazer parte dos 5% 
O professor quis mostrar de uma forma lúdica para os alunos que ninguém 
quer fazer parte dos 95 % mais sim dos 5 % assim as pessoas da sala 
poderiam chegar aos 100% com o exemplo do professor ele usou do seu 
conhecimento para convencer mostrar que com interesse dos alunos eles 
podem sim fazer a diferença, fazendo algo que contribua para o seu 
crescimento. Por sua vez é possível que um indivíduo possa trocar de grupo 
dependendo exatamente do seu desempenho e interesse em querer algo 
melhor para o seu futuro. 
 
Reflexão do 10 º texto : O Homem e o Mundo 
É de conhecimento que o homem que faz parte do mundo, e, o que leva o 
mundo a ser mudado são as atitudes dos homens em fazer ou desfazer a 
construção dele, pois é no dia a dia que promovemos a esperança desse 
crescimento para o amanhã. Saber ouvir uma criança com a sua opinião é 
de grande fundamento para a visão do mundo pois não é por ser um 
indivíduo adulto, que se é o dono do saber. Hoje nas escolas dentro das 
nossas próprias casas vemos crianças e adolescentes, a ensinar os adultos, 
outras formas de ver o mundo através das tecnologias que para eles tem 
maior dificuldade, é importante que o professor dentro da sala de aula 
procure desenvolver aulas mais dinâmicas que instiguem o seu aluno a produzir. 
 
Reflexão do 11 º texto Professores Reflexivos 
O novo é sempre uma dúvida as expectativas em que crianças em relação 
a ele muitas vezes não retribuídas. Isso acontece não só na vida, na nossa 
escola, uma criança cria uma expectativa de seu primeiro dia de aula em 
uma escola nova, e, se chegou lá e não for bem recebida pelo seu corpo 
docente, principalmente o professor com quem se cria um vínculo maior, dentro 
da escola, pode ocasionar um trauma e o seu desenvolvimento pode vir a ser 
prejudicado. Tentar o máximo de gentileza para essa criança, saber ouvir 
pois através desse ato se mostra a ela que a escola é um ambiente 
prazeroso onde, é lá que ela vai se identificar com esse novo ambiente. O 
simples fato de ser bem recebida lhe tornará um aluno que o professor 
obterá os resultados esperados. O professor tem que ser reflexível pois para 
cada criança ele irá enfrentar obstáculos diferentes assim com essas atitudes 
poderá ter uma boa aprovação. 
 
 
Reflexão do 12 º texto um Sonho Impossível 
O texto nos retrata a desigualdade que convivemos no nosso mundo a 
questão da educação que ele está sendo retratada nesse texto é só um de 
alguns que recebem famílias vem a enfrentar. A educação deixa muitos pais 
insatisfeitos e com anseio de que se o filho não estudar em uma escola de 
referência nada poderá conseguir quando chegar na fase adulta, esses pais. 
com condições financeiras melhor conseguem transferir ou matricular seus filhos 
em escolas que entendem ser modelos, já os pais de famílias menos favorecidas 
financeiramente, podem nunca vir a ter a oportunidade de verem seus filhos 
participarem dessa mesma formação. 
Isso nos vem mostrar a desigualdade que as famílias passam a ter que 
conviver no nosso mundo. O professor tem que enfrentar de maneira 
profissional dar-se ao seu máximo e incentivar aquelas crianças que não é por 
serem de classe menos favorecida que eles não possam obter o 
conhecimento e um dia chegarem a ser bem sucedidas, quando vemos 
escolas se fechando por faltas de alunos, alunos esses começam a evadir da 
escola porque tem que trabalhar ou mesmo ajudar em casa, é, preciso que a 
escola renove seus métodos para evitar a evasão e que a educação venha a ser 
de qualidade. 
 
 
 
Reflexão do 13 º texto Pipocas da Vida 
Na vida sempre temos o medo da mudança enfrentar uma nova etapa da 
vida muitas vezes custa a seu máximo não queremos correr risco remover 
pedras tudo por conta do medo. É de fundamental importância não 
querermos ser o milho piruás que prefere nunca florescer com o medo. 
Devemos ser pipocas e enfrentar os medos assim vencendo suas barreiras e 
florescem para a vida. Assim acontece nas salas de aulas muitos alunos são 
como milho piruá devemos como professores cumprir o nosso papel de 
transformador fazer com que eles sejam milhos de pipoca e florescer 
para ter sua aprendizagem e florir para a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Audiovisuais 
(ANTUNES, C. 10 Histórias Exemplares. In: Coleção Grandes Autores. São 
Paulo: Atta Mídia e Educação, 2004 . 1 (vídeo-disco) 
Textuais 
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva . São Paulo: 
Cortez, 2003. p. 7-10. 
ALV ES, R. A pipoca. In: O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999. p. 
54 -57. 
BRANDÃO, C. R. O que é educação. In: Coleção Primeiros Passos. 28 ª ed. São 
Paulo: Brasiliense, 1993. 
CRUZ, C. H. C. Competências e Habilidades: da proposta à prática. Coleção 
Fazer e Transformar. 2 ª ed. São Paulo: Loyola, 2002. 
HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2002. 
LENFESTEI, J. Histórias para aquecer o coração dos pais. Rio de Janeiro: Sextante, 
2003. 
RAMOS, M. N. Da Qualificação à Competência: deslocamento conceitual na relação 
trabalho-educação. Niterói: UFF, 2001. 
ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. 33ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

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