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Origem e formação dos solos

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1
ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS
A NBR 6502 (1995, p. 17) define solo como material proveniente da decomposição
das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não conter materia
orgânica.
O solo suporta toda carga proveniente das obras de engenharia que são construi-
das sobre o mesmo, sendo necessário, antes de tudo, que sejam feitas análises deta-
lhadas do comportamento, da composição, entre outros fatores indispensáveis para o
dimensionamento das estruturas, por exemplo.
Todos os solos se originam da decomposição das rochas que constituíam inicial-
mente a crosta terrestre.(PINTO, 2016, p. 2).
A decomposição das rochas pode ser alcançada por meios físicos: os quais provo-
cam nas rochas a fraguimentação por ação de elevadas temperaturas, águas (conge-
lamento), ventos, etc. ou químicos: os quais alteram, como o próprio nome já induz,
às propriedades químicas dos minerais presentes na rocha, por meios como hidrata-
ção, oxidação e carbonatação. A formação dos solos pode levar centenas, milhares
de anos, dependendo da rocha que o originará.
Segundo Pinto (2016, p. 3), os processos de formação dos solos atuam mais em
climas quentes que nos climas frios, dando origem aos solos com grande mistura de
partículas e grande diferença também no tamanho delas. A diversidade do tamanho
dos grãos é enorme.
Os solos, apresentam características que podem ser percepitíveis a olho nu, por
exemplo, algumas partículas maiores; outros são necessários uso de equipamentos
para melhor análise, no caso de algumas argilas.
O tamanho dos grãos são denominados especificamente, e variam coforme o sistema
de classificação adotado. (PINTO, 2016).
Figura 1 – Limite das frações de solo pelo tamanho dos grãos
Fonte: Pinto (2016)
2
Tipos de solos quanto a origem
• Solos residuais: são aqueles que permanecem no local onde foram formados;
• Solos sedimentares: solos que são transportados pelo vento, água, (cursos de
rios), gravidade, após a decomposição da rocha que o originou;
• Solos orgânicos: são formados pela mistura de resíduos orgânicos, (vegetais e
animais) após a decomposição da rocha.
A constituição mineralógica depende da composição da rocha matriz, sendo assim
alguns solos podem apresentar características distintas.
Quanto à composição química dos principais minerais grossos, Caputo (1996) agrupa
em:
• silicatos – feldspato, mica, quartzo, serpentina, clorita, talco;
• óxidos – hematita, magnetita, limonita;
• carbonatos – calcita, dolomita;
• sulfatos – gesso, anidrita.
“Algumas partículas maiores, dentre os pedregulhos, são constituidas frequente-
mente de agregações de minerais distintos. É mais comum, entretanto, que as partí-
culas sejam constituídas de um único mineral.” (PINTO, 2016).
Para conhecer um determinado solo é necessário analisá-lo por meio de ensaios que
devem seguir todo procedimento previsto em normas como a (NBR 7181, 2018) e (NBR
6484, 2020).
Os grãos de silte e areia são formados a partir do quartzo, enquanto os feldspatos
são os mais atacados pela natureza dando origem as frações finas do solo, os argilo-
minerais que possuem estrutura complexa.
Como já foi apresentado, em um solo existem diversos tamanhos de partículas que
nem sempre são faceis de identificá-las devido as grandes misturas presentes. Como
exemplo, a argila que é formada por partículas muito finas que podem aglomerar facil-
mente e dificultar o reconhecimento quando seca, mas úmida pode facilmente identifi-
car misturas com areias através do tato.
“[…] numa tentativa de identificação tátil-visual dos grãos de um solo, é fundamental
que ele esteja bastante úmido. […]” (PINTO, 2016, p. 9).
Para o reconhecimento do tamanho dos grãos de um solo, realiza-se
a análise granulométrica, que consiste, em geral de duas fases: pe-
neiramento e sedimentação. O peso do material que passa em cada
peneira, referido ao peso seco da amostra, é considerado como a “por-
centagem que passa” em cada peneira. […]. A abertura nominal da
peneira é considerada como o “diâmetro” das partículas. Trata-se, evi-
dentemente, de um “diâmetro equivalente”, pois as partículas não são
esféricas. (PINTO, 2016, p. 10).
3
O uso de peneiras para análise de um solo é limitado pela malha das peneiras,
que, quanto maior o seu número de identificação, mais fina será a abertura. Para
determinar os tipos de solos, são usadas suas próprias granulometrias. Um solo é
dito argila quando seu comportamento é o de um solo argiloso, mesmo que contenha
outros componentes com frações menores em sua composição. Da mesma forma com
areias e siltes.
Uma grandemaioria das construções de engenharia está sobre os solos, entre elas:
barragens, rodovias, túneis, etc. e essa maioria apresenta características distintas
para serem executadas de maneira correta. Em alguns casos existe a possibilidade
de correção do solo para sejam executadas tais obras. Tudo depende de como o
solo foi formado, de qual rocha o originou, sendo assim o reconhecimento, análise de
propriedades de um solo é primordial para uma obra de engenharia.
4
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6502: Rochas e
solos. Rio de Janeiro, 1995. 18 p. 1
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7181: Solo –
análise granulométrica. Rio de Janeiro, 2018. 16 p. 2
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6484: Solo –
sondagem de simples reconhecimento com spt – método de ensaio. Rio de Janeiro,
2020. 28 p. 2
CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações. 6ª. ed. Rio de Janeiro-RJ:
LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1996. 2
PINTO, C. S. Curso básico de Mecânica dos Solos. 3ª. ed. São Paulo-SP: Oficina
de Textos, 2016. ISBN 9788579751165. 1, 2

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