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Caravaggio - O barroco católico e o naturalismo dramático

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Caravaggio:
O barroco católico e o 
naturalismo dramático
• As bases da pintura barroca segundo Ernst Gombrich 
podem ser vistas em alguns aspectos da pintura de 
Tintoretto e El Greco: 
“a ênfase sobre a luz e a cor; o desprezo pelo equilíbrio 
simples; e a preferência por composições mais 
complicadas” (p.390).
• Ambos os artistas faziam parte do período maneirista: 
a última fase do renascimento marcado pela 
exploração mais ousada das idéias renascentistas. 
Clássico
Rafael – Madona entronada (1504)
Maneirista
Tintoretto – Cristo lavando os pés de seus discípulos (1556)
El Greco – Pietá (1587)
Mantegna – adoração dos pastores (1450) El greco – adoração dos pastores(1603)
• Mas as manifestações da pintura barroca não tinham 
o interesse de “prolongar” a arte renascentista, mas 
sim ultrapassá-la. 
• Nesse momento surgem Annibale Carracci e 
Miquelangelo Caravagio com propostas estéticas para 
se fazer essa superação. 
• Annibale Carracci influenciou-se profundamente pela 
pintura de Rafael quando chegou a Roma, buscando 
aplicar a sua clareza e simplicidade, ou seja, o 
“cultivo da beleza clássica” (p.390). 
Rafael – Madona (1505) 
• Em Pietá (1599), Carracci apresenta a intenção de sua 
obra: fazer uma composição dramática, porém com 
um aspecto sublime do clássico, ou seja, como diz 
Gombrich, “sem nos oferecer os horrores da morte e 
as agonias da dor” (391). 
• Carracci cria uma composição harmônica e simples 
como os clássicos, mas diferencia-se destes por meio 
da incidência de luz e do apelo emotivo. 
Rafael – Cristo deposto (1560) Carracci – lamentação de Cristo(1606)
Rafael – crucificação(1502)
Carracci – Crucificação (1583)
• Em síntese, Carracci é um precursor do barroco pelas 
inovações que aplica à composição, mas grande parte 
de seu sentimento frente à pintura permanece no 
aspecto sublime do clássico. 
• O seu ideal é criar uma espécie de drama delicado, 
não um sentimento violento e sim quase 
transcendental. 
• Podemos observar esta questão no seu uso das cores, 
que não ajuda a criar um realismo pungente, mas 
atribuí à cor a função de suavizar os sofrimentos. 
Carracci – Cristo com coroa de espinhos (1585)
Carracci – Gozando Cristo (1596)
Carracci – Lamentação (1582)
• No entanto, Caravaggio desenvolveu a sua obra pelo 
lado oposto da de Carracci, vendo na recusa deste 
último em retratar a agonia profunda (“a fealdade”) 
um sinal de “fraqueza desprezível” da função do 
artista. 
• Caravaggio foi um “naturalista” de fato, pois buscou 
o que ele chamava de “verdade”: chegar ao 
sentimento real do seu objeto e não apenas à sua 
representação idealizada. 
• Nesse sentido ele diferencia-se profundamente dos 
renascentistas clássicos e mesmo de seu 
contemporâneo Carracci: recusava a idealização do 
modelo na composição, procurando aproximar a 
imagem do quadro da encarnação real da cena. 
• No caso de Caravaggio, “naturalismo” era uma 
condenação e não um elogio ao seu trabalho. 
• Gombrich faz uma análise de Tomé, o Incrédulo
(1602-3) para explicar as principais questões do 
naturalismo de Caravaggio: a mudança na concepção 
dos personagens e o tratamento da luz e sombra.
Caravaggio –Incredulidade de S Thomás( 1601)
As cinco categorias formais da pintura barroca 
segundo Heinrich Wolfflin
• O historiador suíço Heinrich Wolfflin, um dos 
primeiros grandes estudiosos do barroco, apresentou 
em 1915 em seu livro Princípios fundamentais da 
história da arte, cinco categorias para explicá-la em 
oposição à arte clássica do Renascimento. 
• Essas categorias são critérios que nos auxiliam a 
diferenciar os dois períodos a partir de aspectos 
formais contidos no sistema de composição dos dois 
períodos. 
• É importante ressaltar que na concepção do autor, as 
oposições vão progredindo a partir das anteriores. 
• A partir delas podemos compreender melhor os 
trabalhos de Caravaggio. 
1) Linear versus Pictórico
Clássico: os quadros clássicos visam isolar os objetos 
pelo contorno. 
A linha conduz o olhar e limita os volumes.
Rafael – Crucificação (1502)
Barroco: nos trabalhos barrocos os objetos não são 
limitados pela linha, mas pela passagem de tom em 
decorrência da vibração luminosa. 
Caravaggio – Crucificação de St André (1607)
2)Plano versus Profundidade
Clássico: construção em planos sucessivos em um 
espaço organizado geometricamente. 
Ou seja, há uma transição entre o primeiro, o segundo 
e o terceiro plano da composição de forma bem clara 
mostrando a independência entre os planos. 
Piero della Francesca – Flagelação (1469)
Barroco: Não há transição entre os planos, pois a 
composição é circular, ressaltando a dependência 
entre os planos. 
Caravaggio – Flagelação (1607)
3) Forma Fechada versus Forma 
Aberta
Clássico: Eixos de construções estáveis e claros 
(horizontais e verticais). A cena torna-se auto-
suficiente. 
Piero Della Francesca – Ressurreição (1463)
Barroco: Eixos dinâmicos (diagonal). A cena parece 
transbordar os limites do quadro. 
Caravaggio – Crucificação de S Pedro (1600)
4) Plural versus Unitário
Clássico: Cada elemento do quadro existe por si 
(devido isolamento linear) e se articulam de acordo 
com a organização geométrica do todo. 
Piero della francesca – Batismo (1442)
Barroco: Cada elemento do quadro parece depender 
da ação do conjunto. 
Caravaggio – Cristo coroado com espinhos (1602-3)
5) Luz Absoluta versus Luz 
Relativa
Clássico: Luz homogênea que ilumina todos os 
detalhes. (luz abstrata – idealizada)
Fra Angelico – Transfiguração (1439)
Barroco: Seleciona certas regiões escurecendo outras. 
(luz circunstancial – dramatizada) 
Caravaggio – Cristo na coluna (1607)
Outros trabalhos de Caravaggio
A morte da virgem (1606)
Caravaggio – Madona di Loretto (1603)
Caravaggio – S Francisco (1606)
Caravaggio – Salomé com a cabeça de S João Batista(1607)
Caravaggio – deposição (1602)
Caravaggio – Martírio de S Matheus (1600)
Caravaggio –Inspiração de S Matheus(1602)
Caravaggio – O sacrifício de Isaac (1602)
Caravaggio – Conversão de S Paulo(1600)
Caravaggio – Ceia(1602)
Caravaggio – S Geronimo(1602)
Caravaggio – S Francisco em extase(1595)
Caravaggio – S João batista jovem com ovelha (1600)
Caravaggio – Baco(1596)
Caravaggio –Narciso (1598)

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