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1 SEL313 - Circuitos Eletrônicos I 1a Prova – 2007 1a Questão: Um diodo retificador de 1 A, 400 V, de silício, possui os seguintes parâmetros de modelagem: IS=76,9pA RS=0,042Ω N=1,45 BV=400V IBV=5µA CJO=39,8pF m=0,333 e TT=2,32µs. Determinar um modelo linearizado, para a região de polarização direta, que tangencie a curva exponencial no ponto ID = 500 mA. Obs: Usar Vt = 25,86502236 mV. 2a Questão: Um trafo apresenta as seguintes características: Vpri = 127 Vef ; Vsec = 12 Vef ; P = 36 VA e reg = 17%. Com esse trafo e com os diodos da Questão 1, foi montado o circuito retificador da Figura 2. Calcular, usando os gráficos de Schade, todas as grandezas elétricas pertinentes a esse circuito. Obs: 19,85 Ω ≤ RL ≤ ∞. 3a Questão: No circuito da Figura 7, calcular os valores de Va e de Vb com Vin = 5 V e com Vin = 0. Resolução: 1a Questão: No ponto de tangência tem-se a seguinte situação para o modelo exponencial: 8474,01 9,76 5,0ln86502236,2545,11ln = +××= +××= p m I IVNV S D tDi [V] e 8684,05,0042,08474,0 =×+=×+= DSDiD IRVV [V] Na região de polarização direta do diodo, como foram deduzidas em aulas, as relações valem: ( ) × × × × ××+× = t D S t DS DSt on VN V I VN IR IRVN R exp exp e DonDfwd IRVV ×−= Onde Ron e Vfwd são os parâmetros do modelo linearizado do diodo em polarização direta e VD e ID são os valores respectivos da tensão e da corrente no diodo, no ponto de tangência. Então: ( ) 117,0 86502236,2545,1 8684,0 exp9,76 86502236,2545,1 5,0042,0 exp5,0042,086502236,2545,1 = × × × × ××+× = m p m m Ron [Ω] 2 Figura 1 – Curvas ID ×××× VD do Diodo Modelado com os Modelos: Exponencial (I(D1)) e Linear (I(D2)). e 80992,05,0117,08684,0 =×−=fwdV [V] ⇒ Vfwd = 809,92 mV e Ron = 0,117 Ω A Figura 1 mostra as curvas características dos dois modelos. Percebe-se que as curvas são praticamente coincidentes para 348 mA ≤ ID ≤ 652 mA. 2a Questão: Como o trafo apresenta as seguintes características: Vpri = 127 Vef ; Vsec = 12 Vef ; P = 36 VA e reg = 17%, ele possui os seguintes parâmetros elétricos: 3 12 36 sec (sec) === V PI nom [A] ; ( ) 96,917,01121001arg =−×= −×= regVV vazioac [V] Então: 68,0 3 96,912 (sec) arg )( = − = − = nom acvazio trafoS I VV R [Ω] - Fonte em vazio (RL → ∞): Com a fonte em vazio (RL → ∞), a tensão de saída vale: Vo(DC) = 12 ×√2 = 16,97 V; o ripple é nulo, isto é, r = 0% ; os diodos devem suportar uma tensão reversa máxima igual a VRRM ≥ VM = 16,97 V e o capacitor idem, isto é, VC = 25 V. Os diodos devem suportar correntes de surto não repetitivos iguais a: Isurto = IFSM ≥ 16,97 ⁄ (0,68+2×0,117) =18,6 A. Por segurança, a constante de tempo, τ = RS × C = 0,914 × 0,0027 =2,47 ms ≤ 8,33 ms. - Fonte com carga (RL =19,85 Ω): Nesse caso: 3 Figura 2 – Circuito Retificador de Onda Completa, Usado na Questão 2. RS = 0,68+2×0,117 = 0,914Ω ; RS⁄RL = (0,914⁄19,85)×100 = 4,6 e ωCRL = 120pi×2,7m×19,85 = 20,2. Usando-se o gráfico de Schade da Figura 3, determina-se, para RS ⁄ RL = 4,6 e para ωCRL = 20,2, que: 80992,0212284,0284,0)( ×−××=×−×= fwdMDCo VVV ⇒ Vo(DC) = 12,635 V e Io = 636,524 mA A Figura 4 ilustra a forma de onda de Vo(t) × t do circuito da Figura 3. A corrente média por diodo vale: 3183,0 85,192 635,12 22 )( = × = × == L DCoo D R VI I [A] Usando-se o gráfico de Schade da Figura 5, determina-se, para RS ⁄ nRL = 2,3 e para nωCRL = 40,4, que a corrente eficaz nos diodos vale: 3183,065,265,2 ×=×= DDef II ⇒ IDef = 0,8434 A Ainda, usando-se o gráfico de Schade da Figura 5, determina-se, para RS ⁄ nRL = 2,3 e para nωCRL = 40,4, que a corrente de pico repetitivo nos diodos vale: 3183,065,28 ×=×= DM II ⇒ 4 Figura 3 – Gráfico de Schade Usado no Cálculo da Tensão Contínua de Saída do Circuito da Fig. 2. IM = 2,546 A A relação de espiras nominal do trafo vale: n1:n2 ≡ 10,5833:1. A corrente eficaz do secundário do trafo vale: 193,18434,022)sec( =×=×= Defef II [A] Figura 4 – Forma de Onda da Tensão de Saída do Circuito da Fig. 2, em Função do Tempo. 5 Figura 5 – Gráfico de Schade Usado no Cálculo das Correntes dos Diodos do Circuito da Fig. 2. A corrente eficaz no fusível f é igual à corrente eficaz de secundário dividida pela relação de espiras nominal do trafo. Então o fusível deve ser dimensionado para uma capacidade de corrente de: 7,112 5833,10 193,1 =≥fI [mA] ⇒ If = 120 mA Usando-se o gráfico de Schade da Figura 6, determina-se, para RS ⁄ nRL = 4,6 e para nωCRL = 20,2, que o fator de ripple da fonte vale: r = 2,9 % Evidentemente, devido à imprecisão gráfica do gráfico da Figura 6, estima-se que uma tolerância de ± 5% possa ser admitida para esse resultado. Como ilustra a Figura 4, de qualquer modo, sobre a tensão contínua de 12,635 V, presente na saída da fonte da Figura 2, existe uma ondulação de 120 Hz sobreposta, cuja tensão eficaz vale: Vr = 366 mV ± 5%. Conclui-se, portanto, que a fonte da Figura 2 apresenta, em sua saída, uma tensão contínua na faixa: 12,635 V ≤ Vo(DC) ≤ 16,97 V, para uma carga variando na faixa: 19,85 Ω ≤ RL ≤ ∞, com um fator de ripple com valores compreendidos na faixa: 2,9 % ≥ r ≥ 0. Os diodos devem suportar uma tensão reversa mínima de 20V e correntes médias de 0,9A. 6 Figura 6 - Gráfico de Schade Usado no Cálculo do Fator de Ripple do Circuito da Fig. 2. 3a Questão: No circuito da Figura 7, o diodo D1 está cortado em qualquer situação, porque o diodo D2 coloca uma tensão em torno de 11,3 V no ponto a, fazendo com que D1 receba uma polarização reversa. As análises subseqüentes do circuito são: - Para Vin = 5 V: Os diodos D2 e D3 estão conduzindo e o circuito equivalente pode ser visto na Figura 8a. Equacionando-se esse circuito, tem-se: 15000176020660847,0 897981768700,012 baa VVV − = −− e 15000560176020660847,0 897981768700,05 babb VVVV −+=−− Então: 558,2790842086,24915 −×= ab VV e ba VV ×−= 994,24939098,104685 ⇒ ( )558,2790842086,24915994,24939098,104685 −××−= aa VV ⇒ 7 Figura 7 – Circuito Usado na Questão 3. Va = 11,2014 V e Vb = 4,1970 V - Para Vin = 0 V: Nesse caso o diodo D3 fica cortado, pois recebe uma polarização reversa e o circuito equivalente pode ser visto na Figura 8b. Equacionando-se esse circuito, tem-se: ( ) 15000560176020660847,0 560897981768700,012 ++ ×− =bV e ( ) ( ) 15000560176020660847,0 15000560897981768700,012 ++ +×− =aV ⇒ Va = 11,2014 V e Vb = 403,14 mV Conclui-se que, quando Vin varia de 0 a 5 V, a tensão no ponto a não se altera e a tensão no ponto b varia de 0,40314 V a 4,1970 V, dentro, portanto, do padrão TTL. 8 Figura 8 – Circuitos Equivalentes ao Circuito da Figura 7. a.) Com Vin = 5 V. b.) Com Vin = 0 V.
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