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DIREITO – UNIVESIDADE PAULISTA
NOME COMPLETO DAS AUTORAS – ORDEM ALFABÉTICA
ALANES LIMA BARREIROS-T898DH-1
MIKAÉLY CHANTAL ALVES DOS SANTOS RODRIGUES-G749448
SASHA KETLE PAZ FERREIRA-N0468E5
APS DIREITO DA PERSONALIDADE
NOME COMPLETO DO PROFESSORA ORIENTADORA
MAURÍCIO PINHEIRO
2023
SANTOS/SP
1° ANO/2° SEMESTRE 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3 a 5
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................................. 6
3. CONCLUSÃO.........................................................................................................................7
1 INTRODUÇÃO.
 São os direitos da personalidade, cuja existência tem sido proclamada pelo direito natural, destacando-se, dentre outros, o direito à vida, à liberdade, ao nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra.
No Brasil, têm sido tutelados em leis especiais e principalmente na jurisprudência, a quem coube a tarefa de desenvolver a proteção à intimidade do ser humano, sua imagem, seu nome, seu corpo e sua dignidade.
O grande passo para a proteção dos direitos da personalidade foi dado com o advento da Constituição Federal de 1988, que expressamente a eles se refere no art. 5º, X, nestes termos:
“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Dispõe o art. 11 do Código Civil que, com “exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.
e) Impenhorabilidade — Se os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana e dela inseparáveis, e por essa razão indisponíveis, certamente não podem ser penhorados, pois a constrição é o ato inicial da venda forçada determinada pelo juiz para satisfazer o crédito do exequente.
Todavia, como foi dito no item sob letra a, retro, a indisponibilidade dos referidos direitos não é absoluta, podendo alguns deles ter o seu uso cedido para fins comerciais, mediante retribuição pecuniária, como o direito autoral e o direito de imagem, por exemplo. Nesses casos, os reflexos patrimoniais dos referidos direitos podem ser penhorados.
f ) Não sujeição a desapropriação — Os direitos da personalidade inatos não são suscetíveis de desapropriação, por se ligarem à pessoa humana de modo indestacável. Não podem dela ser retirados contra a sua vontade, nem o seu exercício sofrer limitação voluntária (CC, art. 11).
g) Vitaliciedade — Os direitos da personalidade inatos são adquiridos no instante da concepção e acompanham a pessoa até sua morte. Por isso, são vitalícios. Mesmo após a morte, todavia, alguns desses direitos são resguardados, como o respeito ao morto, à sua honra ou memória e ao seu direito moral de autor, por exemplo.
A propósito, preceitua o art. 12, parágrafo único, do novo Código Civil que, em se tratando de morto, terá legitimação para requerer que cesse a ameaça, ou a lesão a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, “o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau”.
4.5. Do direito à imagem O artigo 20 do novo Código Civil focaliza, especificamente, o direito à imagem, estabelecendo:
 1 °) que poderão ser proibidas: a) a divulgação de escritos; b) a transmissão da palavra; 
c) a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa; 2°) que essa proibição poderá ser requerida pela própria pessoa, sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais;
3°) que se ressalvam as hipóteses em que houver autorização ou forem aqueles atos necessários à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública; 4°) que, em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer a proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Esse dispositivo está em sintonia com o disposto no artigo 5°, inciso X da Constituição Federal, que considera inviolável a imagem das pessoas, encontrando precedentes, por exemplo, no artigo 10 do Código Civil Italiano e no artigo 79 do Código Civil de Portugal. O direito à imagem protege o interesse da pessoa a que o seu retrato ou conjunto de caracteres pelos quais é conhecida socialmente (artigo 5°; X e V da CF) seja difundido, exposto publicamente, reproduzido ou lançado no comércio, sem o seu consentimento, em detrimento de sua honra, reputação ou simples decoro. De um modo geral, essa proteção prevista pelo artigo 20 do novo Código Civil encontra limite:
 a) no consentimento ou autorização da própria pessoa, desde que não constitua renúncia que contrarie a dignidade humana; 
b) no interesse público de manutenção da ordem pública, ou de medidas necessárias àadministração da justiça. A divulgação de escritos e a transmissão da palavra, a que se refere o artigo 20, podem ser vedadas quando tiverem ligação com a imagem-retrato ou com a imagem-atributo. O que, em síntese, pode ser obstado é a difusão ou exposição pública, reprodução, divulgação, ou lançamento no comércio de imagem, efígie, retrato, representação de uma pessoa, sem o seu consentimento, a não ser quando necessários à administração da justiça ou à preservação da ordem pública.
2 DESENVOLVIMENTO
 
“Uma jovem cantora e compositora brasileira de música pop firma um contrato em que cede, com exclusividade e de forma permanente até sua morte, sua imagem para ser utilizada por um fabricante de instrumentos musicais”. 
 Esse contrato não é válido, a restrição temporal e espacial na cessão de direitos, conforme estabelecido na Lei de Direitos Autorais, é fundamental para garantir a proteção dos direitos da pessoa envolvida, neste caso, a cantora e compositora.
 A Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) estabelece que a cessão de direitos deve ser limitada no tempo e no espaço, garantindo assim a proteção dos direitos do autor ou da pessoa em questão.
 O contrato deve respeitar a dignidade, honra e imagem da pessoa, não podendo comprometer sua integridade moral. Nesse caso, a cessão permanente e irrestrita violaria esses princípios, tornando o contrato inválido perante a lei brasileira.
3 CONCLUSÃO
A Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) e o Código Civil (Lei nº 10.406/02) estabelecem que a imagem de uma pessoa é considerada parte de seu patrimônio e, como tal, não pode ser utilizada sem seu consentimento.
Os direitos da personalidade representam um conjunto fundamental de prerrogativas inalienáveis e intrínsecas a cada indivíduo, resguardando sua dignidade, integridade física e psicológica. Esses direitos, embora variem culturalmente, formam a base essencial para a proteção da identidade e autonomia de cada pessoa. A evolução jurídica nesse campo reflete a busca constante por equidade e justiça, assegurando que a sociedade reconheça e respeite a singularidade de cada ser humano.
O contrato em questão é inválido de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98), pois restrição temporal e espacial na cessão de direitos é essencial para proteger os direitos da cantora e compositora. A legislação exige limites claros nesses aspectos, garantindo a integridade moral e respeitando a dignidade, honra e imagem da pessoa envolvida. A cessão permanente e irrestrita violaria tais princípios, tornando o contrato incompatível com a lei brasileira.
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Cf. Carlos Alberto Bittar, Os Direitos da Personalidade, 1995,
p. 87; Luiz A. David Araújo, A proteção constitucional da própria imagem, Ed. Del Rei,
1996).
https://www.projuris.com.br/blog/lei-de-direitos-autorais/
 https://www.jusbrasil.com.br/noticias/o-direito-de-imagem-e-suas-limitacoes/2995368#:~:text=O%20direito%20de%20imagem%2C%20de,por%20seu%20titular%20a%20terceiros.https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/direito-de-imagem#:~:text=O%20direito%20de%20imagem%20%C3%A9,como%20um%20direito%20da%20personalidade.
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