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1.120 Questões Resolvidas e Comentadas - Português
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473.Esta e a próxima questão referem-se ao seguinte texto:
Nestes dias de Natal, a arte de comprar se reveste de exigências particularmen-
te difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa
vista: seria uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível,
o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente ne-
cessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua
desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou
mesmo um saco) de arroz ou feijão para a insidiosa fome que se alastra por
estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de
sabonetes desodorantes para o suor da testa com que – especialmente neste
verão – teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto
é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva, a bem dizer, para coisa
alguma.
De acordo com o texto,
a. é bom estudar os preços do mercado natalino antes de efetuar as primei-
ras compras.
b. ninguém faz compras de Natal atendendo à funcionalidade dos presentes.
c. não há presentes úteis postos à disposição dos compradores durante as
festas de Natal.
d. as festas natalinas revestem-se invariavelmente de um caráter de super-
ficialidade e anti-religiosidade.
e. os presentes natalinos têm que apresentar, não utilidade, mas a marca
do significado espiritual da data.
474. Do texto da questão anterior conclui-se que
a. as necessidades econômicas e sociais deixam de existir durante a épo-
ca de Natal.
b. o aspecto decorativo sobrepuja o aspecto funcional dos presentes natali-
nos.
c. a escolha dos presentes natalinos não está comprometida com os pro-
blemas da realidade vigente.
d. os natais modernos são bem diversos do espírito dos antigos natais.
e. o Natal não passa de uma transação comercial em que a oferta não
corresponde à procura.
475. O texto a seguir refere-se a esta e às três próximas questões:
A liberdade tem muitos apaniguados. Os liberais consideram-se
seus defensores acreditados. Mas os marxistas, contra quem comba-
tem, pretendem preparar, em oposição àqueles, o verdadeiro “reino da
liberdade” para lá de suas caricaturas. Existencialistas e cristãos colo-
cam-na também no centro de suas perspectivas, embora a sua concep-
ção não coincida, nem coincida com nenhuma das outras duas. Por
que tanta confusão? Por que cada vez que a isolamos da estrutura total
da pessoa, exilamos a liberdade para alguma aberração?
A liberdade não é uma coisa – Se não existe liberdade, que somos
nós? Joguetes em pleno universo. É esta a razão de nossas angústias.
Para as apaziguar queríamos surpreender a liberdade em flagrante