Text Material Preview
93 351. (FATEC SP/2020) O projeto de ocupação populaci- onal da Colônia foi estabelecido entre 1534 e 1536, com a adoção do sistema de capitanias hereditárias, que já havia sido empregado com sucesso nas ilhas atlânticas e, além do Brasil, seria estendido à Angola. O objetivo do rei D. João III com o sistema de capitanias hereditá- rias era promover a ocupação territorial, transferindo o ônus para particulares. O sistema consistia na conces- são pelo rei de extensos domínios a particulares, os quais recebiam uma carta de doação real e um foral, no qual estavam especificadas suas obrigações. O dona- tário, nome dado ao particular que recebia a capitania, tinha o direito de explorá-la economicamente, adminis- trar a Justiça e, ao mesmo tempo, estava obrigado a se sujeitar à autoridade da Coroa, a recolher os tributos e a expandir a fé católica, entre outras atribuições. Cabia ao donatário, ainda, a concessão de sesmarias, gran- des extensões de terras que estão na origem do latifún- dio no Brasil. O sistema, contudo, começou a apresen- tar problemas para os donatários. Poucas foram as ca- pitanias que efetivamente prosperaram. Acesso em: 15.10.2019. Adaptado. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, al- gumas das causas do fracasso do sistema descrito no texto. a) A maior parte dos donatários enfrentou a resistência dos grupos indígenas à ocupação de seus territórios tradicio- nais, os altos custos de manutenção e de desenvolvimento das capitanias e/ou a falta de assistência por parte da Co- roa portuguesa. b) Por serem de origem nobre, os donatários não demons- traram as habilidades necessárias para administrar adequa- damente os recursos econômicos de suas capitanias e ge- rar lucros, forçando a Coroa portuguesa a promulgar a Lei de Terras. c) A natureza política do sistema de capitanias hereditárias foi questionada pela burguesia portuguesa, que recorreu a cortes internacionais para impedir a distribuição da maior parte das terras americanas aos membros da nobreza. d) O declínio do sistema é consequência do fracasso agrí- cola, causado pela alternância de períodos de chuva in- tensa e secas prolongadas, características do clima de monções predominante na maior parte do território ameri- cano. e) O sistema entrou em colapso quando a terceira geração de donatários foi derrotada na guerra contra os corsários franceses, que, após a vitória, ocuparam os territórios das antigas capitanias hereditárias. 352. (UniCESUMAR PR/2020) França e Holanda invadi- ram e instalaram colônias no litoral brasileiro ao longo do período colonial. São exemplos dessas investidas: a) A construção de São Luís, no Maranhão, como capital da França Equinocial, e a criação da Companhia das Índias Ocidentais, para colonizar o Brasil holandês, quando houve a ocupação de Olinda, cidade que passou a sediá-la. b) A edificação do Palácio de Nova Friburgo, por Holande- ses, na região serrana do Rio de Janeiro, onde fundaram sua primeira colônia, e a fundação da cidade de Macapá como parte da Guiana Francesa, antes de sua retomada pelos portugueses. c) A ocupação temporária de Salvador pelos holandeses e a fundação da Confederação dos Tamoios por colonizado- res franceses, que organizaram os índios da região do lito- ral norte de São Paulo para guerrear contra tropas portu- guesas. d) A primeira colonização do Rio de Janeiro por calvinistas franceses e a participação dos comerciantes holandeses na Guerra dos Mascates, em Pernambuco, contra os portugue- ses. e) A fundação da colônia denominada França Antártica na Baía do Rio de Janeiro e a construção da Cidade Maurícia pelos holandeses, em uma parte de Recife. 353. (Mackenzie SP/2019) As diversas etapas político- administrativas do Período Colonial brasileiro são mar- cadas a) pelo prestígio das Câmaras Municipais, em que se mani- festava o poder político dos grandes proprietários de terras locais. b) pela seleção dos altos cargos da hierarquia administra- tiva e eclesiástica entre os naturais da Colônia. c) pela progressiva autonomia da Colônia, principalmente após a elevação a Vice-Reinado em 1720. d) pelo incentivo à ocupação de terras no interior no país e pela catequese dos povos indígenas pelos jesuítas. e) pela superposição do poder dos representantes eclesiás- ticos sobre o poder dos donatários, evidenciando o forte ca- ráter religioso da nossa colonização. 354. (UNICAMP/2019) Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou a língua de comunicação interét- nica falada por diversos povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os carmelitas e os franciscanos a ca- pacitarem seus missionários a falarem esta língua geral amazônica tão fluentemente como os jesuítas, já que em 1689 havia determinado seu ensino aos filhos de co- lonos. (Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português na Amazônia brasileira. Amerín- dia, Paris, n. 8, 1983, p.25.) Com base na passagem acima, assinale a alternativa correta. a) Os jesuítas criaram um dicionário baseado em línguas indígenas entre os séculos XVI e XIX, que foi amplamente usado na correspondência e na administração colonial nos dois lados do Atlântico. b) O texto permite compreender a necessidade de o coloni- zador português conhecer e dominar a língua para poder disciplinar os índios em toda a Amazônia durante o período pombalino e no século XIX. c) O aprendizado dessa língua associava-se aos projetos de colonização, visando ao controle da mão de obra indí- gena pelos agentes coloniais, como missionários, colonos e autoridades. d) A experiência do nheengatu desapareceu no processo de exploração da mão de obra indígena na Amazônia e em função da interferência da Coroa, que defendia o uso da língua portuguesa.