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41 141. (FGV/2018) Aproveitando-se do reforço populacio- nal e espiritual, os reinos cristãos acentuaram sua ofen- siva contra os domínios muçulmanos. Em 1492, con- cluía-se a conquista da península, com a incorporação de Granada. A reconquista representou, para os ibéricos, uma pri- meira expansão feudal. Caracterizou-se pela incorpora- ção de novas terras, pelo crescimento demográfico, pelo desenvolvimento das cidades, das atividades mer- cantis e pela expansão cristã. No entanto, 1492 não se encerra em Granada. Meses depois, em outubro, Co- lombo daria continuidade à conquista material e espiri- tual. Do outro lado do Atlântico. (Flavio de Campos. Folha de S. Paulo, 17.10.2000. Adaptado) A Reconquista Ibérica a) remonta aos meados do século IX, momento no qual os cristãos ibéricos, refugiados no norte da península, consti- tuíram-se em pequenos reinos independentes e, a despeito das suas diferenças étnicas e das rivalidades, edificaram uma identidade cultural e política, porque objetivavam ven- cer militarmente os muçulmanos. b) contrapõe-se ao movimento das Cruzadas porque a luta e as ofensivas contra o poder mulçumano não foram reali- zadas como uma conquista militar, mas por meio de lenta e progressiva incorporação de novas terras, obtidas com as relações de vassalagem, em especial a partir do século XII. c) significou uma recomposição das forças cristãs ociden- tais e parte das orientais, a partir do início do século XIV, unificadas pelo Concílio de Trento, que estabeleceu uma nova mística em torno da figura de Jesus Cristo, que passou a ser tratado como tendo essência divina e não humana. d) constitui-se em um processo que tem as suas origens localizadas após a formação das nações ibéricas, Portugal e Espanha, em fins do século XIV, porque a expulsão dos invasores mouros dependia de uma enorme ação militar que apenas Estados unificados podiam organizar e arcar com os custos. e) dependeu menos da ação das forças cristãs ibéricas e muito mais da progressiva fragilização dos domínios mou- ros nessa região, condição do califado de Granada, no sé- culo XIII, que foi obrigado a mandar forças militares para conter uma série de invasões aos seus domínios no Norte da África. 142. (PUCCamp SP/2020) O Antigo Regime foi conside- rado, por alguns historiadores, um período de impor- tantes transformações políticas e econômicas, vistas como parte da transição do feudalismo para o capita- lismo, uma vez que a) o surgimento das cidades, somado às recentes invasões bárbaras, contribuíam para acelerada fragmentação da pro- priedade da terra, até então concentrada nos grandes feu- dos. b) a burguesia despontava como força política e econômica, ameaçando o status, o prestígio junto à Coroa e a estabili- dade da nobreza no poder. c) os impostos deixavam de ser cobrados à população, em decorrência das pressões exercidas pelas revoltas campo- nesas contra as monarquias, abalando assim o padrão de vida da nobreza. d) os reis, que detinham amplos poderes durante a Idade Média, deixaram de ser valorizados e reconhecidos, em vir- tude do questionamento do absolutismo e das pressões exercidas pelos burgueses nos Parlamentos. e) os camponeses, com a formação dos Estados-nações, passaram a ser considerados cidadãos, com direito à parti- cipação política, e consumidores com poder de compra, al- terando por completo a economia rural e a sociedade esta- mental vigentes. 143. (UEG GO/2020) Leia o texto a seguir. Nasce daí o debate: se é melhor ser amado que temido ou o inverso. Dizem que o ideal seria viver-se em ambas as condições, mas, visto que é difícil acordá-las entre si, muito mais seguro é fazer-se temido que amado, quando se tem de renunciar a uma das duas. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. p. 80. A famosa citação de O Príncipe explica a estratégia de funcionamento das monarquias absolutistas, nas quais o rei a) vale-se da prática de suplícios e execuções públicas, como enforcamento e decapitações, para reforçar o temor de seus súditos. b) promove a transformação dos servos em soldados por meio de recrutamento compulsório e treinamento militar ri- goroso e cruel. c) rompe com a Igreja, uma vez que o exercício do poder não pode ser conciliado com a doutrina de amor universal dos evangelhos. d) estimula a perseguição de heréticos, tornando-se, a partir da permissão do Papa, o chefe honorário do Tribunal da Santa Inquisição. e) permite a livre manifestação da opinião dos intelectuais para difundir uma imagem pública ambígua que perpassa pelo temor e o amor. 144. (IFBA/2019) A Idade Moderna entre os séculos XV e XVIII foi um período de intensas mudanças sociais, políticas, econômicas, geográficas e culturais en- tre outras mudanças, entre as quais po- demos ressaltar: a) Na Idade Moderna, em razão do absolutismo dos reis, foi desenvolvida e implantada a cultura da tolerância religiosa, sobretudo entre católicos e luteranos após 1517. b) A sociedade de Antigo Regime da Idade Moderna tinha como característica a igualdade perante a lei, fruto da Soci- edade de Corte. c) A expansão marítima, comercial e militar organizada pe- los países europeus desenvolveu na América uma socie- dade com base no trabalho livre e na liberdade comercial. d) A Revolução Industrial, no século XVI, constituiu uma so- ciedade dividida entre capital e trabalho. e) A formação do Estado Moderno constituindo o território mais ou menos centralizado, como foi o caso de Portugal e da Espanha.