1) Concentração da defesa: o réu deve arguir toda a defesa possível na mesma oportunidade, tanto as processuais quanto as de direito material. A contestação, uma vez apresentada, ainda que esteja dentro do prazo, não abrirá oportunidade para o réu alterá-la ou aditá-la. Deve-se unir tanto a contestação, quanto a impugnação e a reconvenção sob pena de preclusão logica e consumativa (quem recorreu, não pode recorrer novamente).
2) Eventualidade: cumulação de defesas – por força desse princípio, cabe ao réu CUMULAR defesas, para que o juiz, rejeitando uma, possa acolher a outra, ainda que sejam incompatíveis. É uma decorrência do princípio anterior, pois a parte poderia guardar defesas para apresentar ao longo do processo, não fosse o princípio da concentração. Já que deve-se apresentar toda a defesa, a parte pode valer-se do princípio da eventualidade, ainda que as defesas sejam incompatíveis entre si.
3) Impugnação especificada: cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos alegados pelo autor, sob pena de presumir a sua veracidade. Não basta a defesa genérica ou por negação geral. Aqueles fatos que não forem rebatidos, serão presumidos como verdadeiros. Em regra, não se admite contestação com negação geral, pois deve-se impugnar especificamente cada ponto. Excepcionalmente aceita-se a contestação genérica, como é o caso do réu que, citado por edital, não comparece. O juiz nomeará curador especial, que deve apresentar a defesa do réu e, assim, pode fazer defesa por negação geral (porque não tem contato com o cliente, de modo que não tem condições de rebater fato a fato). Nas hipóteses em que se admite a negação, faz com que todos os fatos tornem-se controvertidos. Se todos os fatos são controvertidos, faz incidir o ônus da prova sobre o Autor. Isso vale tanto para o código revogado quanto para o atualmente em vigor.
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Direito Processual Civil I
•UNIMEP
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