Armas: A própria independência da Síria, no século passado, passou por uma aproximação da União Soviética, segundo o comentarista de política internacional da GloboNews Fernando Brancoli. A partir daí, Damasco se tornou um importante cliente da indústria de armamentos soviética.
Influência: A Primavera Árabe, série de revoltas iniciada em 2011 em países do Oriente Médio e do Norte da África, levou ao poder governos mais alinhados aos EUA e à Europa, afastando regimes próximos à Rússia. Quando os levantes começaram na Síria, Moscou decidiu intervir rapidamente para contê-los, destaca Brancoli.
Relevância internacional: A Rússia vê a crise na Síria como uma oportunidade de voltar a ser um ator de peso nas mesas de negociação internacionais. "A Síria, nesse sentido, é vista mais como um trampolim para a Rússia voltar a ser vista como um país relevante no cenário internacional", afirma o comentarista.
Base militar: A Síria abriga a base militar de Tartus, única estrutura da Rússia no Mar Mediterrâneo, construída ainda à época da União Soviética. "Em 1971 um acordo uniu a Síria e a então União Soviética. A União Soviética ofereceu ajuda militar para Síria e em troca do acesso à base de Tartus, que fica no Mediterrâneo. A Síria se tornou uma das principais peças de acesso ao Mediterrâneo", diz David Magalhães, professor do curso de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
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