Em uma palavra, não. Desde a Segunda Guerra Mundial, a psicologia concentrou seus esforços nos problemas psicológicos e em como resolvê-los. Esses esforços renderam grandes dividendos. Grandes avanços foram feitos na compreensão e no tratamento de distúrbios psicológicos. Tratamentos eficazes agora existem para mais de uma dúzia de distúrbios que antes eram vistos como intratáveis (Barrett & Ollendick, 2004; Evans et al., 2005; Hibbs & Jensen, 1996; Kazdin & Weisz, 2003; Nathan & Gorman, 1998, 2002; Seligman, 1994).
Uma consequência desse enfoque nos problemas psicológicos, entretanto, é que a psicologia tem pouco a dizer sobre o que torna a vida mais digna de ser vivida. A psicologia positiva se propõe a corrigir esse desequilíbrio concentrando-se nos pontos fortes e fracos, na construção das melhores coisas da vida e também na reparação do pior. Afirma que a bondade e a excelência humanas são tão autênticas quanto a angústia e a desordem, que a vida envolve mais do que a solução de problemas.
A preocupação da psicologia com a solução de problemas humanos é compreensível e certamente não deve ser abandonada. O sofrimento humano exige soluções cientificamente informadas. Sofrimento e bem-estar, entretanto, fazem parte da condição humana, e os psicólogos devem se preocupar com ambos.
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