Legítima defesa e Estado de necessidade

Uma conduta típica somente será lícita se estiver presente uma causa de justificação, que é aquela que exclui a ilicitude de uma conduta típica. O art. 23 do Código Penal diz que não há crime quando o sujeito pratica o fato típico: em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de um dever legal, e exercício regular de um direito.

O estado de necessidade consiste numa situação de um conflito de dois bens jurídicos lícitos, mas, no caso concreto, um desses bens jurídicos está em situação de perigo, de tal forma que não há alternativa senão o sacrifício de outro bem jurídico.

Pratica legítima defesa aquele que, com uso moderado dos meios necessário repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Alguns acreditam que a legítima defesa é a exceção da autotutela.

Na legitima defesa existe uma injusta agressão e não um perigo como no caso do estado de necessidade, sendo este, um dos principais pontos de diferenciação entre as duas causas de justificação.

Estado de necessidade: Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato típico, sacrificando um bem jurídico, para salvar de perigo atual direito próprio ou de terceiro cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir.

Legítima defesa: revidar uma ameaça ou ataque a um bem jurídico, que tem por intenção um alvo certo de agressão humana, ou seja, tem um destinatário certo. o interesse do agressor é ilegítimo.

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