Com relação aos sujeitos do instituto jurídico do penhor, estes são denominados: credor pignoratício e devedor pignoratício, se considera credor pignoratício o sujeito ativo da relação entabulada, ou seja, a parte que empresta o dinheiro e recebe em troca a título de garantia de cumprimento obrigacional o bem empenhado, ou seja, acaba por receber, através da simples tradição, a posse da coisa. Por sua vez, o devedor pignoratício consiste no sujeito passivo da obrigação principal, ou ainda, o terceiro que oferece a coisa objeto do ônus real. Cumpre esclarecer que o devedor pignoratício acaba por contrair o débito e transferir a posse do bem empenhado como garantia ao credor pignoratício, logo, o devedor deverá ser o proprietário do objeto onerado de modo a poder exercer a livre disposição do bem oferecido como garantia ao cumprimento da obrigação. Assim, a exemplo, poderíamos considerar como credor pignoratício a instituição financeira/bancária, que forneceria certa quantia traduzida em pecúnia ao devedor pignoratício, este que seria a pessoa que passa por dificuldades financeiras e que transmitiria a posse de joias valiosas de sua propriedade (adquiridas por força de herança) à instituição, que, por sua vez, a receberia a título de garantia ao pagamento da dívida existente entre credor e devedor. Superada a exposição de quem são as partes que compõem o instituto jurídico objeto do presente artigo, bem como qual o seu conceito doutrinário e amparo legislativo, passaremos a discorrer sobre suas principais características. No que diz respeito às principais características do instituto jurídico do penhor, destacam-se: é um direito real de garantia; trata-se de um direito acessório; depende de tradição; recai em regra sobre coisa móvel; exige alienabilidade do objeto dado em garantia; requer que o bem empenhado seja de propriedade do devedor pignoratício; trata-se de um direito real, uno, indivisível e temporário.
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