estudo de caso

     Moçambique tem grandes níveis de desigualdades, no caso, o crescimento econômico verificado em Moçambique poderia ter tido uma repercussão muito maior na redução da pobreza se os seus efeitos não tivessem sido afetados pelo aumento na desigualdade social. A ausência de políticas de crescimento inclusivo afetou a expansão da riqueza do povo moçambicano. Para expandir a prosperidade em conjunto é necessária uma economia em crescimento que traga mais benefícios para as classes mais carentes, assim como a questão da falta de acesso a escolaridade como elemento que contribui para pobreza. Sob esta formulação, se torna imprescindível à mudança de postura e estratégias de combate à pobreza em Moçambique, visto que o país aderiu às várias convenções internacionais em que se comprometeu adotar políticas de promoção e desenvolvimento humanos. As elites políticas e econômicas, apesar de não ignorar a situação de extrema pobreza em que vive a maioria da população, pouco têm feito em termos de ações incisivas sobre os males que a pobreza acarreta à sociedade. No entanto, os discursos políticos, com objetivos específicos, referem-se a este combate de uma forma persistente. Neste contexto se observa uma negligência na análise e formulação de políticas sociais, assim como na análise de como grupos e setores particulares vivenciam e interpretam a pobreza e as desigualdades.