1 – Thereza Rocha Dória é viúva de Marcos Freitas Dória, que faleceu em 2021. À época do
casamento, o de cujus possuía 72 anos, motivo pelo qual o casamento foi celebrado sob o regime
da separação obrigatória de bens. Em testamento particular, o falecido deixou a parte disponível
da herança para os filhos do primeiro casamento e, para Thereza, o valor de R$ 10 milhões, além
da quantia em dinheiro necessária para a compra de um apartamento. O de cujus era detentor
de um vultoso patrimônio. Anos antes da morte de Marcos, houve a celebração de contrato de
prestação de serviços atinentes ao congelamento de embriões do casal - embriões
criopreservados. No testamento particular feito pelo de cujus, não houve menção expressa
sobre a possibilidade – ou não – de implantação dos embriões na viúva após a morte de Marcos.
Em termos jurídicos, a viúva alegou, por meio do seu advogado, que não existe exigência legal
quanto à forma de manifestação desse consentimento para a implantação dos embriões post
mortem, e que a autorização foi dada por meio do contrato de prestação de serviços com o
hospital. Tendo em vista os contornos do caso em apreço, a tese suscitada pela viúva está
juridicamente correta? Fundamente a resposta a partir do entendimento atual do STJ sobre a
temática. Explicite os fundamentos jurídicos suscitados pelo STJ para a solução do tema,
considerando o papel da autonomia da vontade na relação jurídica em apreço.
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