Antes da Reforma Psiquiátrica, a maneira como os pacientes com transtornos mentais eram tratados era marcada por práticas desumanas e violações aos direitos humanos. A abordagem predominante era baseada em modelos de asilo, que consistiam em manter os pacientes isolados do convívio social em instituições conhecidas como manicômios.
Nos manicômios, os pacientes eram frequentemente submetidos a condições degradantes, incluindo privação de sono, alimentação inadequada, isolamento, contenção física (amarrados), choques elétricos e outras formas de tortura. Além disso, muitos pacientes eram submetidos a tratamentos invasivos e desprovidos de qualquer base científica, como lobotomias e terapia de insulin.
Outra característica marcante desse período era a falta de individualização no tratamento, já que os pacientes eram tratados como uma massa uniforme, sem levar em conta as especificidades de cada caso.
A Reforma Psiquiátrica surgiu como uma reação a essa abordagem desumana e propôs uma mudança radical no tratamento de transtornos mentais. A Reforma defendia que o tratamento deveria ser humanizado e baseado na inclusão social e na dignidade humana. Assim, o tratamento psiquiátrico passou a ser focado na reabilitação e reinserção social dos pacientes, com ênfase no cuidado em ambientes extra-hospitalares, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outras unidades de saúde mental comunitárias.
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