A transmissibilidade da obrigação de prestar alimentos, prevista no artigo 23 da Lei nº 6.515, de 1977, é restrita às pensões devidas em razão da separação ou divórcio judicial, cujo direito já estava constituído à data do óbito do alimentante. Isso significa que a obrigação de pagar alimentos não se estende a ações novas, fora desse contexto. No entanto, a jurisprudência estabeleceu que o espólio tem a obrigação de continuar prestando alimentos àquele a quem o falecido devia, mesmo que vencidos após a morte deste. Isso ocorre porque o alimentado e herdeiro não pode ficar à mercê do encerramento do inventário, considerando a morosidade desse procedimento e o caráter de necessidade implícito nos alimentos. Vale ressaltar que, em sede de recurso especial, não é possível apreciar matéria constitucional.
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