Conforme Mazza (2018, p. 747), agentes públicos são “todos aqueles que exercem função pública, ainda que em caráter temporário ou sem remuneração”.
A função do agente público pode ser dividida em várias ocupações, desde servidores públicos estatutários, empregados públicos, servidores de entes governamentais de direito privado, ocupantes de cargos em comissão, agentes políticos e agentes militares até contratados temporários e particulares em colaboração com a administração pública (agentes honoríficos).
Portanto, faz parte da categoria de agente público, por exemplo, os agentes políticos, como prefeitos, secretários e ministros, que gerenciam e dirigem o Estado, além de responderem por ele.
Com base nisso, considere a situação a seguir.
Com base nessa situação, quem ou o que deverá integrar o polo passivo da lide? Justifique sua resposta.
Escreva sua resposta no campo abaixo:
No polo passivo da lide, ou seja, na parte contra quem será dirigida a ação de mandado de segurança impetrada por Pedro, como advogado de Pedro, você deverá incluir o prefeito de Belo Horizonte (MG).
O prefeito é o agente político responsável pela gestão e direção do município, sendo uma autoridade pública com poderes para praticar atos administrativos, inclusive de nomeação e posse de servidores públicos. Neste caso, ao convocar os candidatos classificados em 2º e 3º lugares do concurso para assumirem as vagas disponíveis sem convocar Pedro, que ficou em 1º lugar, o prefeito agiu de forma contrária à ordem de classificação estabelecida no edital do concurso.
Portanto, ao impetrar o mandado de segurança, Pedro deverá incluir o prefeito de Belo Horizonte (MG) no polo passivo da ação, pois é ele quem está praticando o ato que Pedro considera ilegal e que está prejudicando seus direitos líquidos e certos à nomeação
Nesse caso, o mandado de segurança deverá ser interposto contra a autoridade coatora que promoveu o ato administrativo de convocação dos candidatos aprovados em 2º e 3º lugar: o prefeito municipal.
Portanto, o prefeito municipal de Belo Horizonte integraria o polo passivo da lide.
Nos termos do art. 6º da Lei do Mandado de Segurança (Lei nº 12.016/2009; BRASIL, 2009), a petição inicial indicará a autoridade coatora e a pessoa jurídica que esta integra.
Ainda nos termos do art. 6º, § 3º: "Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática" (BRASIL, 2009, on-line).
É importante ressaltar que esse conhecimento é de extrema importância para a prática jurídica, uma vez que evita a confusão entre o prédio (Prefeitura de Belo Horizonte), o ente (Município – pessoa jurídica) e a própria autoridade coatora (agente público que age e atua em nome do Estado e, portanto, comete a ilegalidade passível de mandado de segurança).
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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